O Processo De Treino Do Guarda-Redes De Futebol – Da Prática À Teoria Um Estudo Com Wil Coort E Ricardo Peres

O Processo De Treino Do Guarda-Redes De Futebol – Da Prática À Teoria Um Estudo Com Wil Coort E Ricardo Peres

O Processo de Treino do Guarda-redes de Futebol – Da Prática à Teoria Um estudo com Wil Coort e Ricardo Peres Pedro Filipe da Silva Pereira Porto, 2009 O Processo de Treino do Guarda-redes de Futebol – Da Prática à Teoria Um estudo com Wil Coort e Ricardo Peres Monografia realizada no âmbito da disciplina de Seminário do 5º ano da Licenciatura em Desporto e Educação Física, na opção de Futebol, na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto Orientador: Mestre José Guilherme Oliveira Autor: Pedro Filipe da Silva Pereira Porto, 2009 Pereira, P. (2009). O Processo de Treino do Guarda-redes de Futebol – Da Prática à Teoria. Um estudo com Wil Coort e Ricardo Peres. Porto: P. Pereira. Dissertação de Licenciatura apresentada à Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Palavras-Chave: FUTEBOL; TREINO DE GUARDA-REDES; ESPECIFICIDADE; Dedicatória As coisas vulgares que há na vida Não deixam saudade Só as lembranças que doem Ou fazem sorrir Há gente que fica na história Da história da gente E outros de quem nem o nome Lembramos ouvir São emoções que dão vida À saudade que trago Daquelas que tive contigo E acabei por perder Há dias que marcam a alma E a vida da gente E aquele em que tu me deixaste Não posso esquecer (“A Chuva” de Mariza) Por Ti e Para Ti Meu PAI... V Agradecimentos Num momento em que termina uma etapa importante da minha formação pessoal e profissional, existem várias pessoas às quais tenho de prestar o meu reconhecimento pelo papel que têm assumido na minha vida: À minha Mãe, Benilde Pereira, por ser a minha vida e porque sem ela não seria nada do que sou hoje. És uma “fazedora de Homens” e conténs em Ti a mais pura das pedagogias da Educação. À minha Irmã, Inês Pereira, porque representa uma fonte de sabedoria e um ponto de equilíbrio nas minhas escolhas. Tenho muito orgulho em Ti mana… À minha namorada, Rute Gonçalves, que tem sido a pessoa que mais poderia desejar ao meu lado. Tens qualidades inigualáveis e dás-me tranquilidade para encarar o futuro. A minha paixão por Ti não tem limites. Ao Professor Vítor Frade, por me ter aberto horizontes e por ser uma figura incontornável no meu percurso académico. Ao Professor José Guilherme, por ser um profissional de grande competência e por me ter permitido entender mais sobre o Jogo. Aos Professores: Olga Vasconcelos, Felismina Pereira, Teresa Lacerda, António Cunha, José Soares, André Seabra e Manuel Botelho. Agradeço tudo aquilo que consciente ou inconscientemente fizeram por mim. Aos meus amigos: Barões, Nasa, PP, Mizuno, Isa, Capu e Ticha. Do fundo do meu coração, vos agradeço por existirem na minha vida. São estes os nomes de 5 anos inesquecíveis. Aos amigos de outras andanças: Hélder Maxenxão, Gui, Chico e Mário! Os “maridos” todos juntos! Ao Wil Coort, por ter demonstrado uma enorme cortesia e grande espírito de partilha de conhecimentos. Ao Ricardo Peres que mais do que a entrevista concedida, me permitiu aprender muito numa semana inesquecível. Saúde… A vocês e a todos aqueles que não estão aqui mas cuja importância é por mim reconhecida, um MUITO OBRIGADO! VII Índice Geral Dedicatória V Agradecimentos VII Índice Geral IX Índice de Figuras XIII Índice de Quadros XV Índice de Anexos XVII Resumo XIX Abstract XXI Résumé XXIII 1. Introdução 1 2. Revisão de Literatura 7 2.1 A evolução do jogo de Futebol 7 2.2 A formação do Guarda-Redes de Futebol 12 2.2.1 Primeiro pensar logicamente… 13 2.2.2 …para depois se actuar congruentemente! 16 2.2.3 Saber o que pretendemos: que tipo de guarda-redes para a nossa equipa? 28 2.2.4 A especificidade que está na Especificidade: conteúdos de ensino do guarda-redes 37 2.2.4.1. Qualidades Tácticas 39 2.2.4.2 Qualidades Técnicas 49 2.2.4.3 Qualidade Físicas 60 2.2.4.4 Qualidades Psicológicas 65 2.2.5 Saber como ensinar: a importância da intervenção 69 3. Metodologia 75 3.1 Metodologia de Pesquisa 75 3.2 Caracterização da Amostra 75 3.3 Recolha de dados 76 3.4 Definição do Sistema Categorial 76 3.5 Justificação do Sistema Categorial 77 4. Apresentação e Discussão das Entrevistas 81 IX 4.1 O Plano das Experiências 81 4.1.1 Sentir a baliza como experiência primária 83 4.1.2 Então, ter sido Guarda-Redes, não é condição essencial mas… 84 4.2 O Plano das Ideias 88 4.2.1 Filosofia do clube como suporte das ideias 89 4.2.2 Formação: que preocupações ao longo do processo de formação do guarda-redes de Futebol? 90 4.2.3 O que pretendemos direcciona o que procuramos, o que vemos e o que treinamos 97 4.2.3.1 O que é um guarda-redes talentoso? 100 4.2.3.2 Como vamos observar a evolução do guarda-redes ao longo do processo? 103 4.2.3.3 Treinar o quê e em função do quê? 105 4.2.3.3.1 As Bolas Paradas 105 4.2.3.3.2 Momento de Organização Ofensiva 108 4.2.3.3.3 Momento de Organização Defensiva 110 4.2.3.3.4 Momento de Transição 111 4.2.3.3.5 Qualidades Táctico-Técnicos 113 4.2.3.3.6 Qualidades Físicas 114 4.2.3.3.7 Qualidades Psicológicas 116 4.3 O Plano da Operacionalização 119 4.3.1 O guarda-redes na equipa: o solidificar da visão do que ele deve ser através do processo de treino 120 4.3.2 Treinar em Especificidade: um imperativo para o alcançar de um determinado jogar 123 4.3.3 Período Preparatório e Microciclo Semanal Tipo: que preocupações para alcançar o jogar pretendido? 126 4.3.3.1 Operacionalização dos Princípios 129 4.3.3.2 Operacionalização dos Conteúdos: o cruzamento e o posicionamento como acções táctico-técnicas fundamentais 138 4.3.3.2.1 Posicionamento 140 4.3.3.2.2 Cruzamentos 142 4.3.4 Preparar para a acção: o que deve conter a activação geral? 147 X 4.3.5 O exercício como elo de ligação na concretização da Especificidade… 149 4.3.5.1 …através da elaboração de situações com base nos processos de percepção, antecipação e tomada de decisão… 150 4.3.5.2 …criando hábitos sustentados no desenvolvimento de um saber sobre um saber-fazer… 153 4.3.5.3 …despoletando emoções no exercício com vista a diferentes objectivos… 156 4.3.5.4 …tendo na intervenção a chave do processo ensino- aprendizagem! 159 5. Conclusões 165 6. Referências Bibliográficas 169 7. Anexos 181 XI Índice de Figuras Figura 1 - Superfície plantar para a adopção de uma correcta posição básica 53 Figura 2 - Posição das mãos para a recepção alta 53 Figura 3 - Proteger sempre a bola com o corpo – Recepção Média 54 Figura 4 - Proteger sempre a bola com o corpo – Recepção Baixa 54 Figura 5 - Braços estendidos no prolongamento do corpo 55 Figura 6 - É importante que a acção dos braços e antebraços seja coordenada com o impacto da bola no peito 55 Figura 7 - Recepção média 55 Figura 8 - Recepção em queda 56 Figura 9 - Momento da intervenção do guarda-redes sobre a bola 57 Figura 10 - Deslocamento frontal e extensão completa do braço que lança a bola para o pé 57 Figura 11 - Extensão completa do braço e olhar dirigido para a zona alvo 58 XIII Índice de Quadros Quadro 1 - Proposta de Formação do guarda-redes 17 Quadro 2 - Condutas motoras específicas do guarda-redes 18 Quadro 3 - Proposta de Formação do guarda-redes 22 XV Índice de Anexos Anexo I: Entrevista a Wil Coort – Versão em Português I Anexo II: Entrevista a Wil Coort – Versão em Inglês XXV Anexo III: Entrevista a Ricardo Peres XLIX Anexo IV: Guião da Entrevista LXXV Anexo V: Exercícios do Microciclo Semanal Tipo de Ricardo Peres LXXIX XVII Resumo O processo de treino do Guarda-redes de Futebol assume-se cada vez mais como parte fundamental nas preocupações dos treinadores, exigindo profissionais competentes que dominem os conhecimentos específicos, mas que também saibam o que é estar na baliza. Considerando que o treino do Guarda-redes deverá procurar promover a aquisição de intenções comportamentais de um determinado jogar, a relação entre as ideias e a forma de as operacionalizar deverá incluir um conjunto de princípios de acção que sejam Específicos desse mesmo processo. Perante estas evidências, delineamos os seguintes objectivos: (1) Aferir a influência das experiências que os nossos entrevistados foram tendo ao longo da sua formação desportiva, na construção de uma visão de treino de Guarda-redes; (2) Verificar o que se entende por Modelo de Formação de Guarda-redes e perceber quais os aspectos determinantes que deverão estar presentes; (3) Compreender o papel que o Guarda-redes deverá assumir na equipa e em que deverá consistir o seu treino; (4) Perceber qual a articulação que deverá existir entre o Período Preparatório e o Microciclo Semanal Tipo; (5) Reconhecer eventuais diferenças na forma como os nossos entrevistados configuram o trabalho desde o escalão Escolas até ao escalão Sénior. Para alcançar estes objectivos, procedemos a uma entrevista a dois treinadores de guarda-redes de Futebol: Wil Coort e Ricardo Peres. Após a análise e discussão das entrevistas, foi possível extrair algumas conclusões, das quais se destacam as seguintes: é importante que o Treinador de Guarda-redes saiba o que é estar na baliza; o processo de treino do Guarda-redes deverá passar pelo reconhecimento de situações de jogo, refinando os processos de percepção, decisão e antecipação à medida que se criam hábitos de acção Específicos; esta preocupação deve estar presente desde o Período Preparatório onde se começa a esboçar o jogar; a coerência entre o que se pensa e o que se faz é fundamental; a operacionalização dos princípios e a operacionalização dos conteúdos são paralelos e interagem mutuamente.

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