Famílias Escravas Em Angra Dos Reis, 1801-1888

Famílias Escravas Em Angra Dos Reis, 1801-1888

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA ECONÔMICA FAMÍLIAS ESCRAVAS EM ANGRA DOS REIS, 1801-1888 Marcia Cristina Roma de Vasconcellos São Paulo 2006 2 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA ECONÔMICA FAMÍLIAS ESCRAVAS EM ANGRA DOS REIS, 1801-1888 Marcia Cristina Roma de Vasconcellos Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em História Econômica da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, para obtenção do título de Doutora. Orientador: Professor Doutor José Flávio Motta São Paulo 2006 3 DEDICATÓRIA Para a minha avó Olga (em memória), minha mãe Vilma e meu filho Leon. 4 AGRADECIMENTOS Muitas foram as pessoas que colaboraram direta ou indiretamente para a realização deste estudo. Tentarei não esquecer de ninguém. Começo pela universidade: em primeiro lugar, agradeço ao meu orientador, Professor Doutor José Flávio Motta, por sua paciência e suas leituras; assim como, aos Professores Doutores Nelson Nozoe e Horácio Gutiérrez, que participaram do exame de qualificação e ofereceram preciosas contribuições. E, também, aos funcionários da Secretaria da Pós-graduação em História. Sou grata ao Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, CNPq, pela concessão de uma bolsa de pesquisa, sem a qual seria difícil realizar esta reflexão. Agradeço aos funcionários da Biblioteca Nacional, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Igreja de Jacuecanga e do Convento do Carmo. Em particular, agradeço aos funcionários do Museu da Justiça do Estado do Rio de Janeiro, representados pelo Sr. Miro. Sem a colaboração, a solidariedade e a amizade de todos, seria impossível realizar a pesquisa. Seria impossível, mesmo! A vocês, do Museu, muito obrigada. Vocês são um grande exemplo de respeito à memória e de compaixão. Ao Miro, a Margareth, a Iamara, a Tereza e ao Frederico, agradeço por tudo. Sobre as pessoas do meu convívio, devo muito à minha mãe. Foi ela quem me ajudou a tornar-me mãe, em meio aos registros de batismo, de casamento... foi ela quem me auxiliou até a coletar os inventários, quando eu estava quase dando à luz. Ela foi o meu amparo, dando-me segurança emocional e psicológica. Junto à ela, em meio aos acontecimentos da vida, reencontrei o Paulo. Ele, sem saber, deu-me força e coragem para que eu pudesse terminar este estudo. Sem seu amor, amizade e companheirismo, eu teria parado no meio. Ao meu filho Leon, peço desculpas pelo meu “isolamento”, mas saiba que sempre estive próxima em pensamento. Destaco minhas dívidas para com Lília Laranjeira Telles da Silva, avó do Leon, pela hospedagem em Angra, pelo carinho e ajuda durante o levantamento dos registros paroquiais. Agradeço a minha irmã, Beth, e a minha sobrinha, Carol, que me ajudaram na digitação dos documentos. Ao meu irmão, Roberto, pelos conselhos e incentivos, via 5 “interurbano”. Ao meu sobrinho, Felipe, pela assistência nas horas em que o computador deu “pane”. Sou grata a Ana Luzia pela revisão do português. Valeu! Sou grata, também a BSGI (Associação Brasil - Soka Gakkai Internacional) e aos novos amigos, membros daquela organização, em particular, Neide, Marcos e Bianca, por suas palavras de encorajamento. Em meio a tantos eventos ocorridos nesses quatro anos, sinto apenas não poder contar com a presença de minha avó Olga. Dedico este trabalho a minha avó Olga (em memória), minha mãe Vilma e meu filho Leon. 6 SUMÁRIO Índice p. 8 Índice das Tabelas p. 10 Índice de Figuras p. 17 Resumo p. 18 Abstract p. 19 Introdução p. 20 Parte I-Economia e demografia de Angra dos Reis no século XIX Introdução p. 32 Capítulo 1-Histórias de Angra dos Reis p. 34 Capítulo 2-Evolução da população livre e escrava p. 57 Capítulo 3-Mapeamento econômico e estrutura de posse de escravos p. 74 Parte II-Famílias escravas e seus graus de legitimidade Introdução p. 101 Capítulo 4-Famílias nucleares e famílias matrifocais p. 104 Capítulo 5-Casamento entre os escravos p. 113 Capítulo 6-Mães casadas e mães solteiras p. 132 Parte III-Compadrio entre escravos Introdução p. 142 Capítulo 7-Notas sobre o batismo p. 144 Capítulo 8-Batismo de escravos adultos p. 150 Capítulo 9-Batismo de crianças escravas e ingênuas p. 164 Capítulo 10-Os pais espirituais p. 193 7 Parte IV-Estabilidade das famílias escravas Introdução p. 211 Capítulo 11-As famílias extensas p. 213 Capítulo 12- Os laços parentais no momento da partilha dos bens p. 224 Conclusão p. 234 Anexos p. 237 Apêndice p. 249 Referências Bibliográficas p. 255 8 ÍNDICE Introdução p. 20 Parte I-Economia e demografia de Angra dos Reis no século XIX Introdução p. 32 Capítulo 1-Histórias de Angra dos Reis p. 34 Capítulo 2-Evolução da população livre e escrava p. 57 Capítulo 3-Mapeamento econômico e estrutura de posse de escravos p. 74 Parte II-Famílias escravas e seus graus de legitimidade Introdução p. 101 Capítulo 4-Famílias nucleares e famílias matrifocais p. 104 Capítulo 5-Casamento entre os escravos p. 113 Capítulo 6-Mães casadas e mães solteiras p. 132 Parte III-Compadrio entre escravos Introdução p. 142 Capítulo 7-Notas sobre o batismo p. 144 Capítulo 8-Batismo de escravos adultos p. 150 Capítulo 9-Batismo de crianças escravas e ingênuas p. 164 Capítulo 10-Os pais espirituais p. 193 Parte IV-Estabilidade das famílias escravas Introdução p. 211 Capítulo 11-As famílias extensas p. 213 Capítulo 12- Os laços parentais no momento da partilha dos bens p. 224 Conclusão p. 234 Anexos p. 237 9 Apêndice p. 249 Referências Bibliográficas p. 255 10 ÍNDICE DAS TABELAS TABELA 1-Saída de barcos do litoral sul-fluminense em direção ao Rio de Janeiro, 1827-1888 p. 45 TABELA 2-Cargas transportadas pelos barcos saídos do litoral sul-fluminense em direção ao Rio de Janeiro, 1827-1888 p. 46 TABELA 3-Tipos de embarcações provenientes do litoral sul-fluminense rumo ao Rio de Janeiro, 1827-1888 p. 53 TABELA 4-População livre e escrava existente nas freguesias de Angra dos Reis, 1840- 1872 p. 58 TABELA 5-Taxas de crescimento anual das populações livre e escrava existentes nas freguesias de Angra dos Reis, 1840-1872 p. 60 TABELA 6-Razão de sexo da população escrava existente nas freguesias de Angra dos Reis, 1840-1872 p. 64 TABELA 7-Razão de sexo da população escrava entre 15 e 40 anos existente nas freguesias de Angra dos Reis, 1872 p. 65 TABELA 8-Origem dos escravos localizados nas freguesias de Angra dos Reis, 1856 e 1872 p. 66 TABELA 9-Procedências dos escravos crioulos existentes nas freguesias de Angra dos Reis, 1872 p. 67 TABELA 10-Faixas etárias dos escravos existentes nas freguesias de Angra dos Reis, 1856 p. 68 TABELA 11-Faixas etárias dos escravos existentes nas freguesias de Angra dos Reis, 1872 p. 69 TABELA 12-Número de propriedades, de escravos e de ingênuos constantes nos inventários post-mortem, por subperíodos. Angra dos Reis, 1800-1888 p. 74 TABELA 13-Faixa de tamanho de propriedades, por subperíodos. Angra dos Reis, 1800- 1888 p. 77 TABELA 14-Atividades localizadas nos inventários de Angra dos Reis, entre 1800 e 1888 p. 80 11 TABELA 15-Atividades citadas nos inventários de Angra dos Reis de escravistas e não escravistas, 1800-1888 p. 82 TABELA 16-Relação de inventariados que possuíam apólices, eram credores e complementavam suas rendas com aluguéis de imóveis ou de escravos. Angra dos Reis, 1800-1888 p. 84 TABELA 17-Relação de inventariados escravistas e não escravistas que possuíam apólices, eram credores e complementavam suas rendas com aluguéis de imóveis ou de escravos. Angra dos Reis, 1800-1888 p. 85 TABELA 18-Cultivos indicados nos inventários de Angra dos Reis, entre os anos de 1800 e 1888 p. 87 TABELA 19-Participação das dívidas passivas sobre o patrimônio dos inventariados por faixas de tamanho de propriedades. Angra dos Reis, 1800-1888 p. 89 TABELA 20-Número de escravos por faixas de tamanho de propriedades e por subperíodos. Angra dos Reis, 1800-1888 p. 91 TABELA 21-Razão de sexo dos escravos inventariados por subperíodos. Angra dos Reis, 1800-1888 p. 93 TABELA 22-Razão de sexo dos escravos inventariados por faixas de tamanho de propriedades e por subperíodos. Angra dos Reis, 1800-1888 p. 93 TABELA 23-Faixas etárias dos escravos por subperíodos. Angra dos Reis, entre 1800 e 1888 p.94 TABELA 24-Idades dos escravos por faixas de tamanho de propriedades e por subperíodos. Angra dos Reis, 1800-1888 p. 95 TABELA 25-Origem dos escravos por faixas de tamanho de propriedades e por subperíodos. Angra dos Reis, 1800-1888 p. 96 TABELA 26-Atividades exercidas pelos escravos homens, segundo os inventários, por subperíodos. Angra dos Reis, 1800-1888 p. 97 TABELA 27-Atividades exercidas pelos escravos homens, segundo os inventários, por faixas de tamanho de propriedades. Angra dos Reis, 1800-1888 p. 98 TABELA 28-Atividades exercidas pelas escravas mulheres, segundo os inventários, por subperíodos. Angra dos Reis, 1800-1888 p. 99 12 TABELA 29-Atividades exercidas pelas escravas mulheres, segundo as faixas de tamanho de propriedades. Angra dos Reis, 1800-1888 p. 99 TABELA 30-Freqüência de famílias nucleares e matrifocais presentes nos inventários. Angra dos Reis, 1800-1888 p. 105 TABELA 31-Freqüência de escravos envolvidos em laços familiares nucleares e matrifocais, presentes nos inventários. Angra dos Reis, 1800-1888 p. 107 TABELA 32-Freqüência de escravos envolvidos em laços familiares nucleares e matrifocais, presentes nos inventários, sobre o total de escravos avaliados. Angra dos Reis, 1800-1888 p. 108 TABELA 33-Freqüência de famílias nucleares e matrifocais por subperíodos e faixas de tamanho de propriedades.

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