Glossophaga Soricina, Lonchophylla Thomasi , Um Nectarívoro Comum Em Muitas Áreas Brasileiras

Glossophaga Soricina, Lonchophylla Thomasi , Um Nectarívoro Comum Em Muitas Áreas Brasileiras

ZOOLOGIA DE VERTEBRADOS CURSO: Ciências Biológicas 3º Ano – 2º semestre Aula – Mamíferos: Ordem Chiroptera Biologia e Diversidade de Morcegos Brasileiros Docente: Wilson Uieda Out/2012 Diversidade de Morcegos no Mundo • Diversidade no Mundo: • Diversidade no Brasil: 167 1200 espécies espécies 17 famílias 9 famílias 2 subordens: • Molossidae • Vespertilionidae – Megachiroptera (1): • Emballonuridae “Raposas voadoras” ou • Natalidae Megaquirópteros ou • Furipteridae “Primatas voadores” (200 spp.) • Mormoopidae • Thyropteridae – Microchiroptera (16): Microquirópteros (1000 • Noctilionidae spp.) • Phyllostomidae Megaquirópteros ÃEpomophorus gambianus (cara de raposa) Eidolon elvum Ä (Fotos: M.Tuttle) •Hábitos Alimentares: frugívoros e nectarívoros •Características: Olhos grandes (visão é o principal sentido de orientação noturna), sem ecolocalização e porte grande. •Distribuição: África, Ásia e Indo -Austrália •Epomophorus walhbergi visitando uma flor de Baoba •E. gambianus com um figo na boca (Fotos: M. Tuttle) Pendurado nos galhos da Vôo vespertino da raposa voadora árvore (Foto: ?) Microquirópteros: Todos os outros morcegos • Hábitos alimentares : Basicamente insetívoros, mas incluem também frugívoros, nectarívoros, carnívoros, onívoros e hematófagos • Características: Olhos pequenos, com ecolocalização e porte pequeno • Distribuição: Em todo o mundo, com exceção das regiões polares e algumas ilhas isoladas • Novo Mundo (Américas): somente Microquirópteros Tadarida brasiliensis usando • Brasil: somente Microquirópteros ecolocalização para encontrar insetos (Foto: M.Tuttle) Ecolocalização - Apenas a subordem Microchiroptera desenvolveu a ecolocalização como mecanismo de navegação noturna - Pelo menos 1000 espécies são ecolocalizadores Morcegos Brasileiros: Família Molossidae Insetívoros, basicamente urbanos, abrigando-se em edificações e casas Molossus molossus: Cynomops planirostris: morcego urbano mais espécie rural comum Tadarida brasiliensis e Nyctinomops laticaudatus: espécies mais coloniais Eumops glaucinus e E. perotis: os molossídeos de maior porte. Molossídeos: abrigos diurnos Telhado de casas de áreas rurais e urbanas: abrigos freqüentes de Eumops perotis e E. glaucinus Cauda livre é a principal característica morfológica dos molossídeos. Telhado de Escola de Ensino Fundamental e casa residencial: abrigos comuns Fenda natural de rocha (Foto: I. Sazima) e junta de dilatação, de Molossus molossus abrigos diurnos típicos do morcego colonial Nyctinomops laticaudatus Molossídeos: Emergência do abrigo e Alimento Nuvens de T. brasiliensis emergindo da Caverna Bracken, em San Antonio, Texas (Foto: M. Tuttle). Emergência de Tadarida brasiliensis de uma caverna no Texas (Foto: M.Tuttle) Nuvem de T. brasiliensis emergindo de uma ponte de Austin, Texas (Foto: M. Tuttle). Muitos tipos de mariposas, comidos por T. brasiliensis, são considerados como pragas de agricultura (Foto: M. Tuttle). Morcegos Brasileiros: Famílias Vespertilionidae e Emballonuridae Insetívoros de áreas urbanas e naturais, que se abrigam em edificações, em casas, na folhagem e em cavernas. Eptesicus brasiliensis, um típico vespertilionídeo Peropteryx macrotis e Myotis nigricans, Lasiurus blossevillii e Rhynchonycteris naso, dois Histiotus velatus, três vespertilionídeos emballonurídeos do Brasil que podem ser encontrados no Brasil Vespertilionídeos e Emballonurídeos: abrigando-se, voando e predando Espécie solitária: Lasiurus ega, fêmea e 2 filhotes abrigando-se em folhagem seca Harem de Rhynchonycteris Dois indivíduos de uma naso abrigando-se Espécie solitária: Lasiurus colônia de Myotis no ramo e no blossevillii, abrigando-se nigricans na fenda externa tronco de uma em folhagem verde de bueiro (Foto: T.M.Sato) árvore e o telhado de uma casa Forageando e carregando uma presa por Lasiurus borealis e Antrozus pallidus (Fotos: M. Tuttle) Morcegos Brasileiros: Famílias Natalidae, Furipteridae e Moormopidae Insetívoros, vivem em habitats naturais, abrigam-se freqüentemente em cavernas, são espécies que precisam de proteção. Furipterus horrens, Natalus stramineus, uma um pequeno morcego espécie cavernícola gregária cavernícola com a mamas abdominais Duas fases de coloração do morcego bigodudo Pteronotus parnellii Morcegos Brasileiros: Famílias Thyropteridae e Noctilionidae Insetívoros e piscívoros, ocorrem em habitats urbanos, rurais e naturais, abrigando-se em folhagem, ocos de árvores, edificações, casas e cavernas Noctilio albiventris é primariamente insetívoro e muito comum nas áreas urbanas da região Amazônica Thyroptera tricolor: uma espécie rara com discos adesivos nos polegares e nos pés Noctilio leporinus e seu grande pé com garras; é o único morcego pescador no Brasil Thyropterídeos e Noctilionídeos Emergência e retorno de Noctilio albiventris a uma junta de Thyroptera tricolor emergindo de seu dilatação. Em várias cidades e povoados brasileiros traz abrigo diurno que é uma folha enrolada grandes transtornos pela sua presença nas casas, juntas e de bananeira (Foto: M. Tuttle) postes de iluminação. O morcego pescador Noctilio leporinus, pegando um pequeno peixe com seus pés e pousado num tronco com um peixe na boca. Pode ser um problema para a criação de alevinos na Piscicultura (Fotos: M. Tuttle) Morcegos Brasileiros: Família Phyllostomidae A família de maior diversidade e um importante grupo para a natureza (papel ecológico) e o homem (impactos econômicos e de saúde pública) Subfamílias: Phyllostominae : Insetívoros, carnívoros e onívoros Glossophaginae : Nectarívoros Carollinae : Frugívoros Stenodermatinae : Frugívoros Vampiro: o morcego mais famoso Desmodontinae : Sanguívoros Subfamília Phyllostominae Importância ecológica no controle de populações de vertebrados: pássaros, lagartos, rãs e roedores Espécies onívoras: Phyllostomus hastatus e P. discolor Espécies carnívoras: Trachops cirrhosus (comedora de rãs) e Chrotopterus auritus (comedora de roedores) Espécies insetívoras: Micronycteris megalotis, Lonchorrhina aurita e Phylloderma stenops Phyllostomíneos: abrigos e alimento Chrotopterus auritus, carnívoro, comendo um camundongo. Lophostoma silvicolum, insetívoro, carregando grilo Esperança (Foto: M.Tuttle) Trinycteris nicefori, insetívoro , pendurado no galho e carregando uma barata (Foto: M.Tuttle) Trachops cirrhosus, carnívoro, predando rã macho que estava vocalizando (Foto: M.Tuttle) Phyllostomus hastatus, onívoro, abrigando-se numa caverna e no telhado de uma casa e retirando néctar de flores de bananeira . Morcego versátil na sua alimentação, nos abrigos diurnos que utiliza e nos ambientes em que vive (área natural e urbana Subfamília Glossophaginae Importância ecológica para a polinização de muitas espécies de plantas da região neotropical. O morcego nectarívoro Glossophaga soricina, Lonchophylla thomasi , um nectarívoro comum em muitas áreas brasileiras. freqüente na região Amazônica. Anoura caudifer um nectarívoro comum Lonchophylla dekeyseri, uma espécie das áreas naturais e rurais do Brasil. endêmica e ameaçada do Cerrado. Glossofagíneos: alimento Glossophaga soricina e flores Glossophaga soricina e flores de de bananeira ( Musa sp). Mirindiba ( Lafoensia glyptocarpa) Anoura caudifer e flor de Embiruçu (Pseudobombax sp). Glossophaga soricina e flor de Unha-de-Vaca (Bauhinia sp) Glossophaga soricina visitando bebedouro de beija-flor, uma interação comum nas áreas urbanas do sudeste do Brasil. Lonchophylla dekeyseri , um display agonístico entre dois indivíduos na caverna (Foto: E.D. Magalhães). Importância ecológica Subfamília Carollinae para a dispersão de sementes e o reflorestamento de áreas desmatadas. Carollia perspicillata: um morcego especializado em frutos maduros de Jaborandis e comum nas áreas rurais e naturais do Brasil. Rhinophylla pumilio, um morcego Carollíneo freqüente na região Amazônica. Cenas de uma interação comum entre Carollia perspicillata e jaborandi (Piper hispidum) (Fotos: M.Tuttle). Agrupamento de duas espécies de filostomídeos em uma caverna na Bahia: Carollia perspicillata e Anoura sp. Subfamília Stenodermatinae Espécies Frugívoras Comuns no Brasil Artibeus lituratus Artibeus jamaicensis Artibeus cinereus Platyrrhinus lineatus Pygoderma bilabialtum Sturnira lilium Stenodermatíneos: Alimento e Comportamento Importância ecológica na dispersão de sementes e no reflorestamento de habitats naturais e rurais Artibeus lituratus visitando a palmeira jerivá (Syagrus Platyrrhinus lineatus Artibeus lituratus, no romanzoffiana), voando na figueira ( Ficus pouso noturno e comendo atrás de um fruto guaranitica ) e procurando uma jaboticaba ( Myrciaria maduro (Foto: A. jaboticaba ). Bredt). por um figo maduro . Algumas espécies são comuns em áreas urbanas – interação alimentar com as árvores da arborização de ruas e praças (flores, frutos e folhas) Artibeus lituratus nos pousos noturnos e comendo fruto de Terminalia catappa (amendoeira sete-copas, castanhola). Subfamília Desmodontinae •Desmodus rotundus, •Diversidade •Diaemus youngi •Diphylla ecaudata •Distribuição : América Latina, desde o norte do México ao norte da Argentina. •Presas : Aves e mamíferos, silvestres e domésticos. •Importância ecológica : controle de população de mamíferos e aves silvestres. •Importância econômica : transmissão de raiva e perdas anuais estimadas em US$ 50 milhões na América Latina e US$ 30 milhões no Brasil. •Saúde Pública : Pessoas sangradas e a possibilidades de transmissão de raiva. Espécies Hematófagas: Diphylla ecaudata, uma espécie rara e especializada em sangue de aves Desmodus rotundus é a espécies mais comum e mais estudada. É

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