______________________________________________________ Revista Mídia e Cotidiano ISSN: 2178-602X Universidade Federal Fluminense Revista do Programa de Pós-Graduação em Mídia e Cotidiano Revista Mídia e Cotidiano, Niterói-RJ, v. 14, n. 3, set./dez. 2020. Revista Mídia e Cotidiano ISSN: 2178-602X Volume 14, Número 3, set./dez. de 2020 Expediente Equipe Editorial EDITORAS • Denise TAVARES, Universidade Federal Fluminense – UFF, Brasil • Isabella REGA, Bournemouth University, Reino Unido • Renata TOMAZ, Universidade Federal Fluminense – UFF, Brasil EDITORES DA SEÇÃO TEMÁTICA • Larissa MORAIS, Universidade Federal Fluminense – UFF, Brasil • Carlos Alberto ZANOTTI, Pontifícia Universidade Católica – PUC-Campinas, Brasil EDITORES ASSISTENTES • Davi REBOUÇAS – Universidade Federal Fluminense – UFF, Brasil • Diego de Souza COTTA – Universidade Federal Fluminense – UFF, Brasil • Pedro Henrique Conceição dos SANTOS – Universidade Federal Fluminense – UFF, Brasil CAPA • Denise TAVARES, Universidade Federal Fluminense - UFF, Brasil (com projeto gráfico de Vitor Silva CHAGAS e fotografia de Rogério REIS para o Jornal do Brasil). FOTO CAPA • “Luz e Sombras”, de Nelson Chinalia. (Campinas, 1988, um ano antes da primeira eleição direta para Presidente da República do Brasil, após o fim da Ditadura Militar). Conselho Científico • Aimée Vega-Montiel, Universidad Nacional Autónoma de México - UNAM, México • Ana Carolina Rocha Pessôa Temer, Universidade Federal de Goiás - UFGO, Brasil • Carlos Alberto Zanotti, Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC-Campinas, Brasil • Christina Ferraz Musse, Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF, Brasil Volume 14, Número 3, set./dez. de 2020 | Página I • Cristiane Freitas Gutfreind, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Brasil • Clementina Galera Casquet, Universidad de Extremadura, Espanha • Dênis de Moraes, Universidade Federal Fluminense - UFF, Brasil • Denise da Costa Oliveira Siqueira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil • Edson Dalmonte, Universidade Federal da Bahia - UFBA, Brasil • Francisco Karam, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Brasil • Gabriela Borges Martins Caravela, Universidade Federal de Juiz de Fora, Brasil • Gabriel Kaplún, Universidad de la República Uruguay, Uruguai • Helena Sousa, Universidade do Minho, Portugal • Joseph Straubhaar, University of Texas at Austin, Estados Unidos da América do Norte • Katia Lerner, Fundação Oswaldo Cruz, Brasil • Liriam Sponholz, Department of Media and Communication, Alemanha • Lucília de S. Romão, Universidade de São Paulo - USP, Brasil • Luis Albornoz, Universidad Carlos III de Madrid, Espanha • Marcius Freire, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, Brasil • Marcos Palácio, Universidade da Beira Interior - UBI, Portugal • Maria Aparecida Baccega, Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM, Brasil • Marta Martín Llaguno, Universidad de Alicante - UA, Espanha • Massimo Canevacci, Università degli Studi di Roma La Sapienza, Itália • Mauricio Ribeiro da Silva, Universidade Paulista - UNIP/SP, Brasil • Muniz Sodré, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, Brasil • Nelson Zagalo, Universidade de Aveiro, Portugal • Nilda A. Jacks, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, Brasil • Nísia Martins do Rosário, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRS, Brasil • Raquel Paiva, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, Brasil • Salvatore Scifo, Bournemouth University, Reino Unido • Sandra Fisher, Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba • Tanja Dreher, University of New South Wales, Sydney, Austrália Data da Publicação: 4 de setembro de 2020 www.ppgmidiaecotidiano.uff.br [email protected] Volume 14, Número 3, set./dez. de 2020 | Página II Sumário EDITORIAL – A mídia e o espírito do tempo - Carlos Alberto Zanotti e Larissa MoraisErro! Indicador não definido. Zeitgeist à direita: o viés neoliberal dos movimentos conservadores e sua influência na definição de políticas públicas - Aryovaldo De Castro Azevedo Junior ........... 8 A pesquisa de grupos de direita: questões éticas e metodológicas - Richard Romancini ..................................................................................................................... 53 Feitos da bolha: conservadorismo e militância digital no caso Queermuseu - Leandro de Paula e João Domingues.................................................................................... 76 Conservadorismo acima de tudo e de todos: imaginários sociodiscursivos nos discursos de posse presidencial de 2019 - Mariana Procópio e Maurício Vieira Filho ......... 97 Do jornalismo informativo ao de posição: a “guinada à direita” do jornal Gazeta do Povo - Camilla Tavares............................................................................................ 118 Narrativas de resistência da página #UERJResiste no Facebook em tempos de ódio às universidades públicas e à ciência - André Tropiano e Neiva da Cunha .............. 137 Os Jovens Baumann e o filme encontrado: estratégia singular na ficção de horror brasileira - Laura Cánepa ................................................................................ 163 A encenação midiática da política no filme O processo - Márcio Zanetti Negrini, Cristiane Gutfreind e Helena Antonine Stigger ..................................................................... 182 Narrativa e animação: representações da maternidade na websérie Conception - Christina Ferraz Musse e Isabella Gonçalves ..................................................................... 199 Realidade Virtual em 360º e Inovação: Potencialidades e ausências nos portais Correio 24 horas e NE10 - Rostand Melo e Antônio Menezes ........................................... 219 Aportes da micro-história italiana para a análise da reportagem A guerra do começo do mundo, de Eliane Brum - Francisco Queirós............................................. 243 As contribuições da publicidade de causa na construção de um novo lugar para o consumo - Bruno Pompeu e Clotilde Perez .................................................................... 262 Educomunicação e Autoetnografia: diálogos e aproximações - Teresa Mary Melo e André Luiz Camargo ...................................................................................................... 283 Pensando a sociedade incivil, suas manifestações e alternativas: entrevista com Muniz Sodré de Araújo Cabral - Pedro Barreto Pereira .............................................. 303 Revista Mídia e Cotidiano ISSN: 2178-602X Editorial Volume 14, Número 3, set./dez. de 2020 A mídia e o espírito do tempo The media and the spirit of the time Los medios y el espíritu de la época Carlos Alberto ZANOTTI1 Larissa MORAIS2 A foto de capa para esta edição temática de Mídia e Cotidiano, cedida pelo repórter fotográfico Nelson Chinalia, pode ser considerada particularmente emblemática para o momento que estamos vivendo. “Luz e Sombra” ilustra à perfeição o espírito do tempo – ou o zeitgeist – de que nos fala o autor do primeiro de nossos textos. No artigo, Ary de Castro Azevedo Júnior recorre à expressão alemã para remeter a uma atmosfera do tempo presente marcada por uma inflexão mundial em valores que já não mais acompanham o léxico do humanismo, como solidariedade, tolerância, respeito às diferenças, civilidade, compaixão. Apontar quais reflexos esses novos tempos trazem ao universo midiático foi o desafio lançado para o dossiê desta edição que propôs discutir as áreas de afeto entre mídia e neoconservadorismo. Alguns desses reflexos os profissionais de imprensa que atuam na cobertura da presidência sentem na própria pele, como ficar confinados a um “cercadinho”, lado a lado com os que gritam “mito” à porta do Palácio do Alvorada. A antiga mediação que competia à mídia foi substituída por pronunciamentos insólitos em redes sociais, 1 Professor da Faculdade de Jornalismo e do Programa de Pós-Graduação em Linguagens, Mídia e Arte, da PUC-Campinas. E-mail: [email protected]. ORCID: 0000-0002-6644-7206. 2 Professora adjunta do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense e professora e pesquisadora do PPG Mídia e Cotidiano. E-mail: [email protected]. ORCID: 0000- 0001-6906-1635. Volume 14, Número 3, set./dez. de 2020 | Página 1 desconexos em sua grande maioria, e pouco críveis em sua quase totalidade. A civilidade, que marca o avanço no processo civilizatório, cedeu lugar a xingamentos, ofensas e ameaças – que a rigor não são práticas inauguradas pela atual chefia da nação. De forma menos ruidosa, não foram poucos os profissionais de imprensa que enfrentaram a ira dos poderosos, em especial quando eram apoiados ou mesmo oriundos da própria caserna. A novidade do tempo presente é que o xingamento, a ofensa e as ameaças são agora desferidas à luz do dia, tendo se transformado em estratégia política à caça de admiradores. E o que é pior: parece que têm surtido bons dividendos a quem aposta no retrocesso. Da hipótese mais rasa de que a direita deixou de se envergonhar dos valores que cultiva, inúmeros são os pesquisadores que têm procurado explicar o crescimento de posturas conservadoras no mundo contemporâneo. Parodiando o título de um longa- metragem de grande sucesso, Castro (2016), por exemplo, derivou de sua tese de doutorado um texto no qual faz um necessário convite: “Precisamos falar sobre o (neo)conservadorismo no Brasil”. Pelo campo do Direito, ele observa que o pensamento conservador contamina todo o arcabouço jurídico do país, descrevendo-o como “uma
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