Em Terras de Trás-os-Montes Nesta proposta em terras de Trás-os-Montes pode conhecer o Solar das Arcas em Macedo de Cavaleiros, a Casa de Vilarinho de S. Romão em Sabrosa, a Casa Agrícola da Levada em Vila Real e a Quinta da Mata em Chaves. Resumo: Locais a visitar: Vila Real Sabrosa Chaves Macedo de Cavaleiro Onde dormir: Solar das Arcas – Macedo de Cavaleiro Quinta da Mata – Chaves Casa de Vilarinho de S. Romão – Sabrosa Casa Agrícola da Levada – Vila Real Vila Real Vila Real é a capital da província de Trás-os-Montes e uma cidade com vários séculos de história. Segundo se julga, terá sido habitada no Paleolítico. Depois, por ela passaram os celtiberos, os romanos, os bárbaros e os muçulmanos, sendo da época dos romanos o Santuário rupestre de Panóias. A região, pouco povoada, foi alvo de uma política de povoamento no século XII. No século XIII, D. Dinis fundou a "Pobra" de Vila Real de Panóias, que deu origem à cidade de hoje. Uma cidade onde se cruzam igrejas e conventos de várias épocas e estilos. Por ali passou o famoso arquitecto Nicolau Nasoni, deixando a sua obra visível na fachada da Igreja dos Clérigos e no solar que é um dos mais belos exemplos de arquitectura barroca em Portugal - a Casa de Mateus. Além deste solar, podem-se encontrar muitos outros nesta cidade que já chegou a ser conhecida como "A Corte de Trás-os-Montes". Depois de descobrir as potencialidades de uma cidade que é capital de uma das mais importantes províncias vinícolas do país, não é preciso andar muito em torno de Vila Real para descobrir a simplicidade de uma pequena aldeia chamada Vilarinho da Samardã, onde Camilo Castelo Branco passou os primeiros e únicos felizes anos da sua vida. Depois, uma visita a Bisalhães e Vilar de Nantes remete-nos para a simplicidade do barro preto e das mãos que lhe sabem dar diferentes formas. São já as mulheres de Agarez que aplicam as suas capacidades no trabalho manual do linho. Monumentos Casa de Mateus Está situada a cerca de 5 km de Vila Real. Não se sabe ao certo quando começou a ser construída, mas sabe-se que em 1760 estavam concluídos os alicerces e as paredes. Esta casa, pertença dos Condes de Vila Real, é considerada um dos mais belos solares de Trás-os-Montes e até mesmo do país, e, segundo alguns, o seu projecto arquitectónico deve-se ao famoso Nicolau Nasoni. Foi mandada erigir por António José Botelho Mourão, avô do Morgado de Mateus D. José Maria de Sousa Botelho e Vasconcelos (embaixador em Paris). Recheada de belo mobiliário, com os tectos e as sanefas feitos em castanho trabalhado, a Casa de Mateus é, desde 1971, uma fundação privada dirigida pela família, que ali organiza cursos de música, o prémio literário D. Dinis, exposições de artes plásticas, concertos, congressos e seminários. Integrado no solar surge uma biblioteca e museu notáveis e a capela, cuja construção foi concluída em 1750 e, na face frontal sobressai um bonito espelho de água com uma escultura no meio, provavelmente a perspectiva mais conhecida da Casa de Mateus. Aqui é produzido o "Mateus Rosé". Igreja da Misericórdia Foi fundada em 1532 por D. Pedro de Castro, tendo sofrido várias transformações. Foi um centro de fé aristocrático e, segundo alguns, uma sinagoga judaica. Nela está sepultado José Custódio, considerado pelo povo como o "santo soldado". Foi inocentemente fuzilado em 1813. Desde então, o povo passou a venerá-lo como santo, valendo-se das suas graças. Esta igreja é espaçosa e robusta. Tem nas suas paredes sete quadros a óleo. Igreja de São Dinis Foi fundada em 1532 por D. Pedro de Castro, tendo sofrido várias transformações. Foi um centro de fé aristocrático e, segundo alguns, uma sinagoga judaica. Nela está sepultado José Custódio, considerado pelo povo como o "santo soldado". Foi inocentemente fuzilado em 1813. Desde então, o povo passou a venerá-lo como santo, valendo-se das suas graças. Esta igreja é espaçosa e robusta. Tem nas suas paredes sete quadros a óleo. Igreja dos Clérigos ou Capela Nova Sé É vulgarmente conhecida como a obra de Nicolau Nasoni. Começou a ser construída em 1639 e depressa se tornou um grande centro de oração. A riqueza em alfaias e o dinamismo religioso que possuía valeram-lhe a designação de "Sé de Vila Real" e "Monte de Ouro". Possui uma bonita fachada barroca, com três figuras a encimá-la (São Pedro ao centro e um anjo de cada lado), e um belo retábulo Renascença. Sé ou Igreja de São Domingos Foi construída no século XV, como elemento do Convento de São Domingos. Porém, a sua construção primitiva foi alterada no século XVII. É uma igreja gótica de três naves que terminam numa capela absidal. Nas paredes laterais existem túmulos com inscrições já muito desgastadas e no adro, existe um cruzeiro de granito datado de 1594. Só em 1922 esta igreja foi instituída Sé Catedral. Hoje, é considerada Monumento Nacional. Paisagens Naturais Parque Arqueológico do Vale do Côa O Vale do rio Côa constitui um local único no mundo por apresentar manifestações artísticas de ar livre inseríveis em diversos momentos da Pré-História e da História, nomeadamente o maior conjunto de figurações paleolíticas de ar livre até hoje conhecidas. Em consequência do reconhecimento do interesse patrimonial e cultural de todo este conjunto de achados, foi decidido, em Novembro de 1995, criar na região o Parque Arqueológico do Vale do Côa. A classificação dos núcleos de gravuras rupestres como Património Mundial, pela Unesco, em Dezembro de 1998, foi o culminar de um processo que marcaria indelevelmente em Portugal o estatuto da Arte Rupestre, da arqueologia e do património cultural. Parque Natural do Alvão Situado entre Vila Real e Mondim de Basto, o Parque Natural do Alvão exibe a espectacularidade de uma paisagem onde a água escorre por entre verdadeiros santuários de granito, formando impressionantes quedas de água e piscinas naturais, ou por entre aldeias que o tempo ainda pouco alterou. É o caso da pequena aldeia de Arnal, erigida sobre uma "catedral" de granito onde as casas típicas ainda se mantêm íntegras; é o caso de Lamas de Olo, onde o xisto dialoga com o granito e o rio Olo se espraia num vale verde; é o caso de Dornelas que, apesar de algumas violações arquitectónicas, ainda mantém casas de pedra com telhados de colmo, e é o caso de Ermelo, onde as casas de xisto ainda são cobertas com lousa. Área: 7 220 ha Concelhos abrangidos: Vila Real e Mondim de Basto Criação: 8 de Junho de 1983 Sede: Rua Alves Torgo, 22, 3¼ Dto., Vila Real. Tel. (259) 73869/24138 Acessos: Mondim de Basto (EN 304), Lamas de Olo (por Vila Real) Percursos aconselhados: Ermelo, Fisgas de Ermelo, Lamas de Olo Especificidades: Fisgas de Ermelo - uma das mais, senão a mais imponente das quedas de água portuguesas Fauna: Águia-de-asa-redonda, Falcão, Chapins, Estrelinha-de-cabeça-listada, Rato-do- campo, Coelho, Raposa, Lobo, Lontra, Truta, Barbo e répteis Flora: Vidoeiro, Carvalho-roble, Carvalho-negral, Azevinho, Loureiro e Castanheiro Sabrosa A Região onde se implanta o Concelho de Sabrosa mostra sinais evidentes de ter sido habitada desde tempos remotos. Há vestígios que datam do Neolítico, como sejam os numerosos monumentos funerários, antas ou dólmenes, de tipo mamoa. A cultura Castreja (Idade do Ferro) está representada por alguns Castros, povoações fortificadas no cume dos montes, defendidas por fossos e linhas de muralha. Destes Castros, é justo salientar o da Sancha, próximo da sede do Concelho, que posteriormente sofreu um processo de romanização, documentado pela descoberta de moedas e outro espólio inegavelmente romano. Da época da Romanização, subsistem ainda alguns restos de estradas em vários pontos do Concelho. Finalmente, da Idade Média, restam muitas sepulturas paleocristãs escavadas na Rocha, em diversos lugares. A maioria das povoações hoje integradas no Concelho remonta também à Idade Média, sendo mesmo algumas delas anteriores à fundação da nacionalidade, como por exemplo Provesende. Os primeiros séculos de existência dessas povoações, contudo, estão praticamente indocumentados, para além de algum foral dado pelos reis povoadores do início da dinastia Afonsina. Mas no século XV é já possível rastrear na região uma classe nobre, de apreciáveis privilégios e valimento. Foi no seio duma destas famílias que nasceu naquele século o grande navegador Fernão de Magalhães, a quem se devem os planos e execução parcial da primeira viagem de circum - navegação do planeta. A existência e poderio dessa classe nobre são ainda hoje recordados por inúmeros solares e casas brasonadas, espalhadas um pouco por todo o Concelho. Esta nobreza reforçou o seu poder e a sua influência no século XVIII ( de que datam a maioria dos solares referidos), em virtude da prosperidade económica dessa época, baseada na produção do vinho e estimulada pela criação da Companhia da Agricultura dos Vinhos do Alto Douro, e a primeira região demarcada do Mundo, em 1756, pelo Marquês de Pombal. Pois nas terras de Sabrosa nasceu um dos mais conceituados vinhos mundiais, o vinho do Porto. Em 2001 as paisagens do Alto Douro Vinhateiro, que inclui a parte sul do concelho de Sabrosa, foram elevadas pela UNESCO a património mundial da humanidade. Sabrosa foi elevada a freguesia em 1826.O Concelho foi criado por Decreto de 06 de Novembro de 1836, tendo sido concedido em 12 de Maio de 1837 o Brasão d' Armas. Monumentos Igreja Matriz de Sabrosa Uma igreja primitiva, pequena e muito antiga. Foi demolida no século XVII, tendo sido retomada a sua construção em duas fases. Uma por um bom templo, a Capela-mor, século XVIII que pertencia ao vínculo do famoso navegador Fernão de Magalhães, e outra de uma só nave com arquitectura característica do século XVIII.
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