EDUARDO AMANDO DE BARROS FILHO POR UMA TELEVISÃO CULTURAL-EDUCATIVA E PÚBLICA: A TV CULTURA DE SÃO PAULO, 1960-1974. ASSIS 2010 EDUARDO AMANDO DE BARROS FILHO POR UMA TELEVISÃO CULTURAL-EDUCATIVA E PÚBLICA: A TV CULTURA DE SÃO PAULO, 1960-1974. Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências e Letras de Assis – UNESP – Universidade Estadual Paulista para a obtenção do título de Mestre em História (Área de Conhecimento: História e Sociedade). Orientador: Áureo Busetto ASSIS 2010 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da F.C.L. – Assis – UNESP Barros Filho, Eduardo Amando de B277p Por uma televisão cultural-educativa e pública: a TV Cul- tura de São Paulo, 1960-1974 / Eduardo Amando de Barros Filhos. Assis, 2010 212 f. Dissertação de Mestrado – Faculdade de Ciências e Letras de Assis – Universidade Estadual Paulista. Orientador: Áureo Busetto 1. Televisão pública. 2. Televisão – Brasil. 3. Imprensa. 4. Televisão educativa – Brasil. 5. TV Cultura de São Paulo. I. Título. CDD 791.45098161 À memória de meu grande amigo, Constâncio Salvador. AGRADECIMENTOS Ao longo deste trabalho acadêmico foram acumulados débitos com diversas pessoas e instituições. Assim, mesmo que de maneira sucinta, quero registrar os meus sinceros agradecimentos àqueles que de alguma maneira me propiciaram as condições para a elaboração desta dissertação de mestrado. Primeiramente, agradeço ao professor Áureo Busetto pela paciência, competência e dedicação na orientação deste trabalho. Registro aqui um gesto irrestrito de profundo reconhecimento e admiração, pois além de sugerir fundamentais reflexões para a realização desta pesquisa de mestrado e de anteriores pesquisas de iniciação científica, o professor Áureo, desde o primeiro momento em que tive o privilégio de ser um de seus orientandos, ensinou-me os caminhos a serem trilhados para a formação de um historiador. Agradeço a todos os professores do Departamento de História da FCL-UNESP/Assis pela contribuição durante a minha graduação e pós-graduação. Sou especialmente grato a Carlos Alberto Sampaio Barbosa, Célia Reis Camargo, Clodoaldo Bueno, Milton Carlos da Costa, Paulo Henrique Martinez, Ricardo Gião Bortolotti e Tânia Regina de Luca pelas sugestões teóricas e historiográficas formuladas em conversas informais e atividades acadêmicas que, direta ou indiretamente, contribuíram para a formulação desta dissertação de mestrado e a constante reflexão sobre o trabalho de um historiador. À professora Célia Reis Camargo e ao professor Ricardo Gião Bortolotti agradeço especialmente pelas preciosas considerações durante o Exame de Qualificação. Agradeço também ao professor Claudio Bertolli Filho, da UNESP/Bauru, pelos enriquecedores comentários ao meu projeto de mestrado tecidos na disciplina “Seminário de Pesquisa I”. Sou grato à FAPESP pelo financiamento desta pesquisa. Aos funcionários do Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa (CEDAP) da FCL-UNESP/Assis, Arquivo do Estado de São Paulo, Departamento de Documentação e Biblioteca da Fundação Padre Anchieta e do Acervo Histórico, Departamento de Documentação e Biblioteca da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo agradeço pela paciência e empenho em auxiliar esta pesquisa. Aos companheiros de orientação Eduardo de Campos Lima, Edvaldo Correa Sotana e Paulo Gustavo da Encarnação agradeço as inestimáveis sugestões e incentivos ao longo desse trabalho. Agradeço ainda à Clarice e Regina do Departamento de História e aos funcionários da Biblioteca e do Programa de Pós-Graduação da FCL-UNESP/Assis. Por fim, agradeço aos meus familiares, em especial aos meus pais, Eduardo e Maria Lúcia, meus avôs, Paulo e Sylvia, e minhas primas, Maria Silvia e Maria Isabel. Agradeço à minha segunda mãe Silvana, meu irmão Claudio e minha namorada Carolina. Sou grato à minha prima Patrícia pelo carinho e incentivo desde a minha graduação. Agradeço à República Lurde e aos meus grandes amigos de São Manuel. “É bom saber o que está por trás da televisão. Nem sempre é a parede”. (José Alberto Braga – “JAAB”) “O intelectual que despreza a televisão, está vivendo no século XIX. A TV é de todos e para todos”. (Bráulio Pedroso – 1972) “Os cidadãos bem podem resmungar, indignar-se, protestar – finalmente são eles que fazem dos meios de comunicação social aquilo que estes são. Cabe- lhes sabê-lo e assumi-lo, tanto para o controle como para a ação”. (Jean-Noël Jeanneney) RESUMO BARROS FILHO, Eduardo Amando. Por uma televisão cultural-educativa e pública: a TV Cultura de São Paulo, 1960-1974. Dissertação (Mestrado em História) – Faculdade de Ciências e Letras – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Assis – SP, 2010, 212 f.: Il. O presente trabalho tem como objetivo central analisar historicamente as discussões e iniciativas envolvidas na constituição de modelos de TV cultural-educativa e/ou pública no Brasil durante o período de 1960 a 1974, tendo como eixo norteador o estudo histórico das relações que tornaram possível a TV Cultura, canal 2, de São Paulo, quer em sua fase como emissora privada, quer como tevê pública. Dessa forma, esta pesquisa de mestrado tem como intento trazer a lume dados e análises que permitam comprovar a hipótese de que as definições e as iniciativas, tanto da ordem privada como governamental, voltadas para a TV como serviço público e veículo cultural-educativo se mostram limitadas e frágeis. Limitadas em razão delas se restringirem inicialmente ao âmbito dos agentes atuantes no campo da comunicação social, portanto, sem amplitude social, e posteriormente serem encapadas pelo Estado brasileiro em momento de acentuado autoritarismo. Frágil por que não permitiram instrumentos e mecanismos para engendrar uma diretriz de programação consistente à televisão educativa que lhe possibilitasse, ao mesmo tempo, significativa aderência da audiência e graus considerados de autonomia na sua condução. Nesta direção, esta pesquisa analisa a formação e o desenvolvimento do campo televisivo brasileiro e as visões e interesses da imprensa impressa sobre este, mais especificamente dos periódicos O Estado de S. Paulo, Diário de São Paulo e O Cruzeiro. Pontua o debate e as iniciativas voltadas para a elaboração de representações e práticas ocupadas com o modelo de televisão cultural-educativa e/ou pública durante o período de 1960 a 1974, advindas de instituições, movimentos e grupos do campo político, social e do cultural (comunicação social, intelectual e artístico). Historia o processo de formação e o desenvolvimento da TV Cultura de São Paulo sob o comando de Assis Chateaubriand, identificando os interesses, ações e as relações desse empresário para obter a concessão e manter a sua segunda emissora em São Paulo, bem como mapeia as avaliações que agentes do campo político e da comunicação social apresentaram sobre a constituição da TV Cultura e da sua trajetória no período em que esteve ligada ao condomínio Diários e Emissoras Associados. Aborda historicamente o processo de compra da TV Cultura pelo governo paulista, cuidando tanto das ações oficiais como das manifestações de setores sócio-políticos sobre aquele ato do executivo paulista e da criação da Fundação Padre Anchieta, notadamente as que emergiram na Assembléia Legislativa e na imprensa impressa do período. Caracteriza as diretrizes aplicadas à TV Cultura, bem como suas relações com o governo paulista e as mudanças em sua direção, durante seus primeiros cinco anos como emissora pública. E, por fim, objetiva elucidar as similitudes e distinções contidas na programação da TV Cultura em suas duas fases, primeiramente como emissora privada e posteriormente como pública. PALAVRAS-CHAVE: Modelos Televisivos, Televisão Brasileira, TV Cultural Educativa e/ou Pública no Brasil, Imprensa Impressa e TV, TV Cultura de São Paulo. ABSTRACT BARROS FILHO, Eduardo Amando. For a public and cultural-educational television: the TV Cultura of São Paulo, 1960-1974. Dissertation (History Master´s degree) – Faculdade de Ciências e Letras – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Assis – SP, 2010, 212 f.: IL. This current dissertation has as central objective to analyse historically discussions and initiatives that are involved in constitutions of models of public and/or cultural-educational TV in Brazil during the period from 1960 to 1974, having as orientate axle the historical study of relations which become possible the TV Cultura, channel 2, of São Paulo, either in its phase as private broadcasting station, or as public TV. So, this research of master´s degree has the aim to bring the light data and analyses that can prove the hypotheses of what the definitions and the initiatives, as the private order as governmental one, turned to a like a public service and cultural-educational means show limited and fragile. Limited in reason to restrict initially to the active agents level in the social communication field, so, without social amplitude, and subsequently to be adopted by Brazilian State in moment of marked authoritarian. Fragile because they didn´t allow instruments and mechanisms to dream up a directive of consistent programming to educational television that can be possible, as the same time, significant adherent to audience and considered rates of autonomy in its conduction. In this direction, this research analyses the formation and development of Brazilian TV field and views and interests of pressed media on this one, more specifically of newspaper such as O Estado de S. Paulo and Diário de S. Paulo and magazines such as O Cruzeiro.
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