A Institucionalização Da Avaliação Da Educação Superior: Uma Análise Comparada Do Brasil E Do México

A Institucionalização Da Avaliação Da Educação Superior: Uma Análise Comparada Do Brasil E Do México

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS – ICS CENTRO DE ESTUDOS E PÓS-GRADUAÇÃO SOBRE AS AMÉRICAS – CEPPAC MÔNICA APARECIDA DA ROCHA SILVA A institucionalização da Avaliação da Educação Superior: uma análise comparada do Brasil e do México Brasília, junho de 2007. MÔNICA APARECIDA DA ROCHA SILVA A institucionalização da Avaliação da Educação Superior: uma análise comparada do Brasil e do México Tese apresentada ao Centro de Pesquisa e Pós- Graduação sobre as Américas (Ceppac), do Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Brasília (UnB), como parte dos requisitos para a obtenção do título de Doutora em Ciências Sociais, especialista em Estudos Comparados sobre as Américas. Orientadora: Profa. Dra. Maria das Graças Rua Co-orientador: Prof. Dr. Armando Alcántara Santuario Brasília, junho de 2007 i MÔNICA APARECIDA DA ROCHA SILVA A institucionalização da Avaliação da Educação Superior: uma análise comparada do Brasil e do México Tese defendida no Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas (Ceppac) da Universidade de Brasília (UnB), para a obtenção do título de Doutora em Ciências Sociais, especialista em Estudos Comparados sobre as Américas, aprovada em 21 de junho de 2007, pela Banca Examinadora constituída pelos seguintes professores: BANCA EXAMINADORA: Titulares: Profa. Dra. Maria das Graças Rua – Ceppac/ UnB (Orientadora e Presidente da Banca) Profa. Dra. Ana Maria Fernandes – Ceppac/UnB Prof. Dr. Henrique Carlos de Oliveira de Castro – Ceppac/UnB Prof. Dr. Jacques Rocha Velloso FE/UnB Prof. Dr. Afrânio Mendes Catani – FE/Prolam/USP Suplente: Profa. Dra. Sônia Maria Ranincheski – Ceppac/UnB ii Gracias a la vida Violeta Parra Gracias a la vida, que me ha dado tanto Me dió dos luceros (...) Me ha dado el oído, que en todo su ancho (...) Gracias a la vida, que me ha dado tanto Me ha dado el sonido y el abecedario Con él las palabras que pienso y declaro Madre, amigo, hermano y luz alumbrando (...) Gracias a la vida, que me ha dado tanto Me ha dado la marcha de mis pies cansados Con ellos anduve ciudades y charcos Playas y desiertos, montañas y llanos (...) Gracias a la vida, que me ha dado tanto Me dió el corazón que agita su marco Cuando miro el fruto del cerebro humano Cuando miro el bueno tan lejos del malo Me ha dado la risa y me ha dado el llanto Así yo distingo dicha de quebranto Los dos materiales que forman mi canto A meu pai (in memorian) e a minha mãe, Ana Aparecida da Rocha Silva, por seu amor incondicional e por constituir a base do meu ser. iii AGRADECIMENTOS Este é um momento difícil, pois tentarei lembrar-me dos que contribuíram, direta ou indiretamente, para concretização do presente trabalho e corro o risco de ser traída pela memória. Mesmo assim, não poderia ficar sem registro o meu agradecimento e reconhecimento as pessoas cujos nomes se encontram registrados: – à Maria das Graças Rua, pelo voto de confiança ao aceitar-me como orientanda, pela contribuição intelectual e profissionalismo; – ao meu co-orientador, Armando Alcántara Santuario pela contribuição intelectual e também sou grata à ele e à sua família (Vicki,Viri e Mariana) pela amizade, carinho e solidariedade durante todo o período que estive na cidade do México; – aos componentes da Banca do Exame Geral de Qualificação, Ana Maria Fernandes e Jacques Velloso, pelas críticas e sugestões necessárias; – aos professores do curso de doutorado, Roberto Cardoso de Oliveira (in memorian), Henrique C. de Oliveira de Castro, Fernanda Sobral, Benício Schimdt, pelas leituras, discussões e reflexões proporcionadas; – aos meus informantes, do Brasil e do México, pelas entrevistas concedidas, em especial, ao Prof. Dr. Ángel Díaz Barriga, pela atenção com que me acolheu, pelas doações e empréstimos de documentos e livros; – aos professores do Seminário de Educación Superior da Unam e, em especial, ao prof. Humberto Muñoz, por ter aceito a minha presença durante todo o primeiro semestre de 2006, em um grupo “tão seleto”; – aos professores, Antonio Carrillo Avelar e João Paulino da Silva Neto pela receptividade e por terem me dado a oportunidade de discutir a tese na Facultad de Estudios Superiores Aragón da Unam; – ao Afrânio Mendes Catani (orientador no curso de mestrado), pela sua amizade, respeito pelo meu trabalho e contribuição intelectual; – ao Carlos Marcos Batista (orientador de iniciação científica), pela sincera amizade, dedicação, pela segurança transmitida e pela dosagem equilibrada de críticas e elogios; – ao João Ferreira Oliveira, pela amizade e pelos seus comentários sobre este trabalho; – à Fabiane Sales e a Maria Del Carmen Pérez Hernández por terem me ajudado com as transcrições das fitas das entrevistas realizadas no Brasil e no México; à Darcy Costa, revisora desta tese, pelo seu profissionalismo e amizade dedicada; iv – Ao CNPq e à Capes, que me proporcionaram condições para a realização deste trabalho no Brasil e no México; – ao Ricardo Gluyas e à Georgina Gluyas, pelo carinho com que fui recebida na casa deles, durante a minha estadia na Cidade do México; à Cristina Zackseski, pela troca de idéias e por tudo que compartilhamos durante a nossa estadia na Cidade do México; – à Rosani Leitão e ao Jean Paraizo, colegas do Ceppac e amigos de longa data, pela solidariedade, palavras de conforto e troca de idéias; à Mariana Cunha, pela amizade, solidariedade e troca de idéias, sempre regadas por um bom cafezinho; – àqueles que concedem terapia sem cobrar nada, emprestam dinheiro, fazem orações e sempre têm uma palavra certa para o momento mais apropriado – Cristiene Silvestre, M. Aparecida dos Santos, Salvador Carvalho, Juliana Chaves; Ulysses Costa, Reynaldo Zorzi, Waldecy Rodrigues, Cecília Jorquera, Myriam Lagos, Elton, pelo afeto, compreensão, solidariedade e diversos incentivos que deles recebi; – ao colega de turma do doutorado (agora professor da UnB) e amigo Moisés Balestro, pela contribuição intelectual, especialmente no momento de construção do objeto e pelos diálogos, essenciais para a aprendizagem; – ao Carlos Müller e à Mireya Valencia, colegas e amigos de todas as horas, pela solidariedade, troca de idéias e pelas inúmeras vezes em que fui recebida, com muito carinho, na casa deles; à Mireya, gracias por la convivencia en “nuestro país” (Brasil) y en su país (Colombia), supimos compartir estudios, alegrias, tristezas y nuestras debilidades y, sobretodo, nuestras transformaciones; – à amiga Andréa Freire Lucena, pela segurança transmitida, companherismo e pelos seus valiosos comentários sobre este trabalho; – e, finalmente, àqueles que se não estivessem presentes na minha vida, as coisas poderiam ser muito distintas – minha mãe, meus irmãos (Andréia e Juscelino), meu cunhado (Cristiano), meu padrasto (Domingos), a tia do coração (Diná), a madrinha (Laurinha) e minha comadre (Maria de Lourdes Alves), pelo amor que recebo e pelo amor que tenho por eles. v RESUMO Esta tese constitui-se em um estudo comparativo da institucionalização da Avaliação da Educação Superior (AES) no Brasil e no México. A pesquisa teve como objetivo descrever o processo de institucionalização desse instrumento de políticas públicas e averiguar os principais fatores que levaram os governantes desses países a adotá-lo. A agenda internacional e a crise fiscal do Estado, associadas à crise da educação superior, explicam por que o presente tema entrou na pauta governamental. A tese aponta que a AES foi instituída como parte de um modelo de gestão pública orientada para resultados e que as resistências à introdução de instrumentos de avaliação do ensino de graduação foram mais intensas no Brasil do que no México. No Brasil, o processo decisório e a implementação do Exame Nacional de Cursos (ENC) foram marcados por intensos conflitos e resistências, em virtude, sobretudo, do caráter obrigatório da avaliação e porque o ENC representou um contramovimento à proposta de avaliação – o Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras (Paiub) – da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais do Ensino Superior (Andifes). No México, as resistências foram amenizadas, dentre outras razões, pela não-obrigatoriedade da adesão, pela avaliação de desempenho (docente e institucional) ser vinculada a recursos adicionais, e pela conciliação de interesses entre órgãos governamentais e representantes das principais instituições de educação superior do país. Os instrumentos de avaliação refletem a política de governo vigente e as concepções dos atores que detêm maior poder no processo decisório. A tese mostra também que, apesar dos principais fatores relacionados à introdução da AES no Brasil e no México serem semelhantes, os processos de institucionalização se deram de forma diferenciada nos países em estudo, possivelmente em virtude das relações de poder e consensos estabelecidos. Este trabalho caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa. Além da análise de documentos, a principal técnica adotada foi a realização de entrevistas individuais semi-estruturadas com atores que participaram do sistema de tomada de decisão, desenho e/ou implementação da AES. Palavras-chave: educação superior, avaliação, institucionalização, políticas públicas. vi ABSTRACT This dissertation is a comparative study upon the institutionalization of Higher Education Evaluation in Brazil and Mexico. The research aim was to describe the institutionalization process of the public policy evaluation tool and analyze the main factors which led governments from these two countries to adopt them. The international agenda and fiscal crisis from the State,

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