Brasil Holandês História, Memória E Patrimônio Compartilhado

Brasil Holandês História, Memória E Patrimônio Compartilhado

Brasil Holandês história, memória e patrimônio compartilhado Brasil Holandês história, memória e patrimônio compartilhado Hugo Coelho Vieira Nara Neves Pires Galvão Leonardo Dantas Silva Copyright © 2012 Instituto Ricardo Brennand Grafia atualizada segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que entrou em vigor no Brasil em 2009. Publishers: Joana Monteleone/Haroldo Ceravolo Sereza/Roberto Cosso Edição: Joana Monteleone Editor assistente: Vitor Rodrigo Donofrio Arruda Projeto gráfico, capa e diagramação: Allan Rodrigo Tradução: Sarah Caroline Bailey/Eduardo Germínio Revisão: Íris Morais Araújo Imagem da capa: Engenho, de Frans Post (1661) cip-brasil. catalogação-na-fonte sindicato nacional dos editores de livros, rj V241b brasil holandês: história, memória e patrimônio compartilhado Hugo Coelho Vieira [et al.] (orgs.). São Paulo: Alameda, 2012. 338 p. Inclui bibliografia ISBN 978-85-7939-148-4 1. Brasil – História – Domínio holandês, 1624-1654. 2. Holandeses – Brasil – Século XVII. 3. Brasil – Civilização – Influência holandesa. I. Vieira, Hugo Coelho. 11-5846. CDD: 981.61 CDU: 94(815.61) 029374 Alameda Casa Editorial Rua Conselheiro Ramalho, 694, Bela Vista CEP 01325-000 São Paulo, SP Tel. (11) 3012-2400 www.alamedaeditorial.com.br Sumário Apresentação 7 Introdução 11 Prefácio 13 Parte 1 - Historiografia do Brasil Holandês 19 A obra de José Antônio Gonsalves de Mello 21 Evaldo Cabral de Mello No tempo dos flamengos: memória e imaginação 31 Pedro Puntoni As perspectivas da Holanda e do Brasil do “Tempo dos flamengos” 45 Ernst van de Boogaart Parte 2 - Arte, Iconografia e Cultura 65 Visual no Brasil Holandês A obra de Frans Post 67 Bia e Pedro Corrêa do Lago O envolvimento mitológico do Brasil Holandês: interpretação 75 dos trabalhos de Albert Eckhout e Frans Post (1637-2011) Rebecca Parker Brienen Frans Post, a paisagem e o exótico: o imaginário do 91 Brasil na cultura da Holanda do século XVII Daniel de Souza Leão Vieira Parte 3 - Estratégias, Dinâmicas e História no 123 Brasil Holandês João Maurício: um príncipe renascentista 125 Leonardo Dantas Silva A estratégia da saudade: aspectos da administração nassoviana 141 Ricardo José de Lima e Silva Jerusalém pernambucana 165 Ronaldo Vainfas “Entre os rios e o mar aberto”: Pernambuco, os portos e o 193 Atlântico no Brasil holandês Rômulo Luiz Xavier do Nascimento Percursos feridos: homens de guerra nas tramas do tenebroso mundo Atlântico 223 e nos labirintos da capitania de Pernambuco, de 1630 a 1635 Hugo Coelho Vieira Parte 4 - Memória, Acervos e Patrimônio Compartilhado 253 O Instituto Arqueológico e os estudos sobre o Brasil Holandês 255 George Félix Cabral de Souza O museu sinagoga Kahal Zur Israel e a memória holandesa em Pernambuco 277 Daniel de Oliveira Breda Memória e cultura partilhada 295 Marcos Galindo O espaço-dinâmica organizacional em perspectiva história 323 Paulo Emílio Martins Apresentação foi pensando na tríade “Museu, Pesquisa e Educação” e com o objetivo de trazer contribuições importantes no que se refere à discussão sobre o período da história, tradicionalmente conhecido como Brasil Holandês, que o Instituto Ricardo Brennand, em virtude do ano da Holanda no Brasil, realizou, de 16 a 19 de novembro de 2011, o I Colóquio Internacio- nal sobre o Brasil Holandês: História, Memória e Patrimônio Compartilhado. Referência nacional no que se refere ao acervo sobre o Brasil Holan- dês, o Instituto Ricardo Brennand abriu ao público pela primeira vez com a exposição Albert Eckhout volta ao Brasil: 1644-2002 e abriga hoje uma im- portante coleção do pintor Frans Post, reunindo vinte quadros que cor- respondem a dez por cento da produção hoje conhecida deste artista no mundo. Compõem ainda esta Coleção obras raras, documentos, manus- cristos, além da biblioteca particular do historiador José Antônio Gonsal- ves de Mello, ao qual muito nos orgulha ter a sua filha, Diva Gonsalves de Mello, trabalhando quase que diariamente, há dois anos, transcrevendo os textos e anotações deixados por seu pai, ora em folhas avulsas ora nas contracapas dos mais de 5 mil livros provenientes de sua biblioteca, ad- quirida pelo colecionador Ricardo Brennand em 1999. 8 Brasil Holandês: história, memória e patrimônio compartilhado Uma instituição ainda jovem, prestes a comemorar o seu décimo ani- versário, o Instituto Ricardo Brennand tem contribuído significativamen- te para o desenvolvimento cultural da Região Norte-Nordeste, colocando Pernambuco na rota de importantes exposições e provocando, desta ma- neira, o estímulo à visitação do público em museus. Em 2006, com a cria- ção do Núcleo de Pesquisa, o Instituto Ricardo Brennand vem transfor- mando espaços e acervos em laboratório de pesquisa e experimentação, possibilitando a produção do conhecimento através de ações educativas e culturais. Em 2011, em virtude do ano da Holanda no Brasil, o Instituto realizou o seu primeiro Colóquio sobre o Brasil Holandês, que assumiu um papel importante neste processo de comunicação científica e agilizando a transmissão do conhecimento para estudantes e demais interessados por este período da história. É com honra e orgulho que realizamos este importante evento de caráter científico, financiado pela Embaixada do Reino dos Países Baixos em parceria com o Arquivo Histórico Judaico de Pernambuco, Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco, Fun- dação Joaquim Nabuco/Museu do Homem do Nordeste, Universidade Federal de Pernambuco, representada pela Pós-Graduação em História e seu laboratório Liber, Universidade de Pernambuco e o seu Instituto de Apoio (IAUPE) e Fundação Getúlio Vargas, através do Programa de Estudos de Administração Brasileira. A presente publicação reúne artigos de especialistas que partici- param do Colóquio de modo a proporcionar um leque de reflexões atuais e relevantes, discutidas sob a ótica da memória e do patrimônio compartilhado entre o Brasil e a Holanda. Quero externar meus agra- decimentos a todos os conferencistas, de modo especial ao Embaixa- dor Evaldo Cabral de Mello, que aceitou o desafio de abrir o nosso evento por vídeo-conferência encarando todos os aparatos tecnológi- cos e que, em seu artigo, ressalta a importância da obra do historiador José Antônio Gonsalves de Mello, cuja biblioteca particular encontra- -se salvaguardada neste Instituto. Apresentação 9 Ronaldo Vainfas, Pedro e Bia Corrêa do Lago, Rebecca Parker, Paulo Emílio Martins, Rômulo Xavier, Pedro Puntoni, Leonardo Dantas, Ernst Van den Boogart, Marcos Galindo, Aruza de Holanda, Marília Azambu- ja, juntando-se aos trabalhos acadêmicos de jovens pesquisadores e não por isso menos importantes, como Daniel Vieira, Daniel Breda, Ricardo Lima e o nosso estimado Hugo Coelho Vieira – idealizador deste Coló- quio e pesquisador do Núcleo de Pesquisa deste Instituto – não poupa- ram esforços em compartilhar as suas pesquisas sobre arte e historiogra- fia do Brasil Holandês, estratégias e dinâmicas no Atlântico Holandês e modos de governar do Conde Maurício de Nassau. Esta publicação integra a missão deste Instituto em constituir, pes- quisar e difundir um acervo museológico, bibliográfico e arquivístico voltado à preservação da memória, da arte e da cultura, em especial do Brasil Holandês, possibilitando a circulação destes textos no país, tornando a produção do conhecimento mais acessível e fomentando as discussões sobre a história, a memória e o patrimônio compartilhado entre o Brasil e a Holanda. Nara neves pires galvão Coordenadora Geral do Instituto Ricardo Brennand Introdução na lição do poeta português, quando “Deus quer, o homem sonha e a obra nasce…”. Como no poema de Fernando Pessoa, para a realização I Colóquio Internacional sobre o Brasil Holandês – História, Memória e Patrimônio Compar- tilhado, “Deus quis que a terra fosse toda uma”, e “Que o mar unisse, já não se- parasse”, de modo que o conhecimento da vida e da obra desse período se tornasse revelado, afastando a poeira do tempo e as espumas dos séculos que o encobriam. Para isso Deus quis que homens de nacionalidades, saberes e atividades diferentes dessem às mãos e, diante de um só ideal, voltassem aos estudos acerca do período do Brasil Holandês, compreendido entre 1630 e 1654, em colóquio realizado na cidade do Recife entre os dias 16 a 19 de novembro de 2011, sob os auspícios do Instituto Ricardo Brennand com apoio da Embai- xada dos Países Baixos e outras entidades nominadas neste volume. Na reunião em questão, estudiosos do Brasil Holandês, especialistas dos mais diversos conhecimentos estiveram expondo e debatendo ideias que muito contribuíram para o aprimoramento do conhecimento de tão im- portante tema. Os resultados dos seus pronunciamentos estão reunidos nas páginas deste livro que o Instituto Ricardo Brennand tem a honra de coeditar com a 12 Brasil Holandês: história, memória e patrimônio compartilhado Alameda Casa Editorial (São Paulo) em colaboração com as diversas insti- tuições participantes de tão importante evento científico. O Colóquio contou com a participação dos palestrantes Evaldo Cabral de Mello, a quem coube fazer a videoconferência de abertura, seguindo-se de Ronaldo Vainfas (UFF), Rebeca Parker (Universidade de Miami), Pedro e Bia Corrêa do Lago, Daniel de Souza Leão Vieira (UFPE), Paulo Emílio Mar- tins (FGV), Ricardo Lima (UPE), Pedro Puntoni (USP), Leonardo Dantas Sil- va (Instituto Ricardo Brennand), George Cabral de Souza (Instituto Arque- ológico Histórico e Geográfico Pernambucano), Cristiano Borba (FUNDAJ), Ernst van den Boogaart, Ricardo José de Lima e Silva (UFPE), Rômulo L. X.

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