No 1131/2008 DA COMISSÃO De 14 De Novembro De 2008

No 1131/2008 DA COMISSÃO De 14 De Novembro De 2008

15.11.2008PT Jornal Oficial da União Europeia L 306/47 REGULAMENTO (CE) N.o 1131/2008 DA COMISSÃO de 14 de Novembro de 2008 que altera o Regulamento (CE) n.o 474/2006 que estabelece a lista comunitária das transportadoras aéreas que são objecto de uma proibição de operação na Comunidade (Texto relevante para efeitos do EEE) A COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS, (4) A Comissão deu às transportadoras aéreas em causa a oportunidade de consultarem os documentos fornecidos pelos Estados-Membros, de tecerem comentários por es­ crito e de fazerem uma exposição oral à Comissão, no prazo de 10 dias úteis, e ao Comité da Segurança Aérea, Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia, instituído pelo Regulamento (CEE) n.o 3922/91 do Con­ selho, de 16 de Dezembro de 1991, relativo à harmoni­ zação de normas técnicas e dos procedimentos adminis­ trativos no sector da aviação civil (3). Tendo em conta o Regulamento (CE) n.o 2111/2005 do Parla­ mento Europeu e do Conselho, de 14 de Dezembro de 2005, relativo ao estabelecimento de uma lista comunitária das trans­ portadoras aéreas que são objecto de uma proibição de opera­ (5) As autoridades responsáveis pela supervisão regulamentar ção na Comunidade e à informação dos passageiros do trans­ das transportadoras aéreas em causa foram consultadas porte aéreo sobre a identidade da transportadora aérea opera­ pela Comissão, bem como, em casos específicos, por dora, e que revoga o artigo 9.o da Directiva 2004/36/CE (1)e, alguns Estados-Membros. nomeadamente, o artigo 4.o do mesmo regulamento, (6) O Regulamento (CE) n.o 474/2006 deve, por conse­ Considerando o seguinte: guinte, ser alterado em conformidade. (1) O Regulamento (CE) n.o 474/2006 da Comissão, de Transportadoras comunitárias 22 de Março de 2006, estabeleceu a lista das transporta­ doras aéreas comunitárias que são objecto de uma proi­ (7) Com base nos dados das inspecções na plataforma de bição de operação na Comunidade, prevista no capítulo II estacionamento das aeronaves de determinadas transpor­ do Regulamento (CE) n.o 2111/2005 (2). tadoras aéreas comunitárias no âmbito do Programa SAFA, bem como das inspecções e auditorias específicas de determinadas áreas realizadas pelas autoridades de aviação nacionais, as transportadoras abaixo mencionadas foram objecto de medidas de execução por parte das (2) Nos termos do n.o 3 do artigo 4.o do Regulamento (CE) autoridades nacionais responsáveis pela sua supervisão: n.o 2111/2005, alguns Estados-Membros transmitiram à embora se tenham mostrado satisfeitas com as medidas Comissão informações relevantes para a actualização da correctivas aplicadas pela MSR Flug Charter GmbH, as lista comunitária. Alguns países terceiros também comu­ autoridades alemãs competentes decidiram contudo sus­ nicaram informações relevantes. Nestas circunstâncias, a pender, em 31 de Outubro de 2008, a licença de explo­ lista comunitária deve ser actualizada. ração da transportadora, após esta ter declarado falência, com as consequentes dificuldades previsíveis de cumpri­ mento dos requisitos de segurança; em 10 de Outubro de 2008, as autoridades competentes portuguesas suspende­ ram o COA da transportadora Luzair, na pendência da (3) A Comissão deu a conhecer a todas as transportadoras sua recertificação de acordo com a regulamentação co­ aéreas envolvidas, quer directamente quer, quando tal munitária aplicável; em 28 de Outubro de 2008, as au­ não foi possível, através das autoridades responsáveis toridades competentes espanholas deram início ao proce­ pela sua supervisão regulamentar, os factos e considera­ dimento de suspensão do COA da transportadora Bravo ções essenciais que constituiriam a base de uma decisão Airlines; em 24 de Outubro de 2008, as autoridades destinada a impor-lhes uma proibição de operação na competentes gregas suspenderam o COA da transporta­ Comunidade ou a alterar as condições de uma proibição dora Hellenic Imperial Airways por um período de três de operação imposta a uma transportadora aérea incluída meses. Esta solicitou uma audição ao Comité da Segu­ na lista comunitária. rança Aérea, tendo feito a sua exposição em 3 de No­ vembro de 2008. (1) JO L 344 de 27.12.2005, p. 15. (2) JO L 84 de 23.3.2006, p. 14. (3) JO L 373 de 31.12.1991, p. 4. L 306/48PT Jornal Oficial da União Europeia 15.11.2008 Transportadoras de Angola (11) A Comissão reconhece os esforços envidados pelo INA­ VIC tendo em vista a aplicação progressiva do plano de (8) No seguimento da adopção do Regulamento (CE) medidas correctivas apresentado à ICAO. Contudo, en­ n.o 715/2008, as novas informações recebidas pela Co­ quanto não comprovar a conclusão satisfatória desse missão confirmavam a existência de deficiências de segu­ plano, em particular no que respeita à recertificação das rança sistémicas no INAVIC. Em 1 de Outubro de 2008, transportadoras aéreas, no pleno respeito do disposto no a ICAO publicou o relatório final da auditoria realizada anexo 6 da Convenção de Chicago, a Comissão, com de 26 de Novembro a 5 de Dezembro de 2007, em base nos critérios comuns, considera que todas as trans­ Angola, no âmbito do Programa Universal de Auditoria portadoras aéreas certificadas em Angola devem ser ob­ da Supervisão da Segurança (USOAP). Este relatório con­ jecto de uma proibição de operação e, por conseguinte, tém também as observações formuladas pela autoridade incluídas no anexo A. A Comissão consultará as autori­ auditada, bem como as medidas correctivas apresentadas dades angolanas sobre esta matéria com a maior brevi­ à ICAO para reparar as deficiências constatadas. Foram dade possível. destacadas quarenta e seis (46) constatações nas áreas pertinentes abrangidas pelos anexos n.os 1, 6, 8 e 13 da Convenção de Chicago. Estas constatações apontam para uma grande ineficácia ao nível da aplicação das Transportadoras aéreas da Reino do Camboja normas e práticas recomendadas (SARP) da ICAO nas oito áreas cruciais do sistema de supervisão da segurança. (12) Foi comprovada a falta da capacidade das autoridades As áreas cruciais que registam níveis de incumprimento responsáveis pela supervisão das transportadoras aéreas superiores a 80 % são a legislação primária no domínio certificadas no Reino do Camboja para corrigir as defi­ da aviação (84 %), os regulamentos de operação especí­ ciências de segurança, conforme demonstrado pela audi­ ficos (89 %), a qualificação e formação do pessoal técnico toria USOAP realizada pela ICAO em Novembro e De­ (81 %), as obrigações em matéria de licenciamento e de zembro de 2007, a qual apontou para um grande nú­ certificação (81 %), as obrigações de fiscalização (80 %) e mero de incumprimentos das normas internacionais. resolução de problemas de segurança (100 %). Além Além disso, a ICAO informou todas as partes contratan­ disso, a ICAO mostrou-se muito preocupada com a se­ tes da existência de significativos problemas de segurança gurança na área da certificação e da supervisão de ope­ no que se refere à capacidade das autoridades da aviação rações das aeronaves, manifestando as suas dúvidas sobre civil do Camboja para assumirem as suas responsabilida­ se, não obstante a apresentação de um plano de medidas des no capítulo da supervisão da segurança da aviação. correctivas e as acções desenvolvidas pelo INAVIC, os Consequentemente, conforme previsto no considerando operadores aéreos que realizam operações internacionais 35 do Regulamento (CE) n.o 715/2008, a Comissão con­ poderão comprovar que respeitam as regras estabelecidas vidou, em 3 de Outubro de 2008, as autoridades com­ pelo INAVIC para cumprir o disposto no anexo 6 da petentes do Camboja (SSCA) e as transportadoras certifi­ ICAO. À data da publicação do relatório, 50 % das me­ cadas no Camboja a apresentarem, em tempo útil, todas didas correctivas deviam já ter sido aplicadas. as informações pertinentes sobre as medidas correctivas adoptadas para reparar as deficiências de segurança iden­ tificadas pela ICAO e, em particular, sobre a recertificação das transportadoras aéreas. (9) Esta situação confirma os resultados do relatório da equipa de peritos da Comissão e dos Estados-Membros que realizaram uma missão de inquérito a Angola entre (13) As SSCA informaram a Comissão que tinham revogado 18 e 22 de Fevereiro de 2008. Efectivamente, o relatório os COA das transportadoras aéreas Sarika Air Services, de auditoria USOAP confirma que, actualmente, os certi­ Royal Air Services, Royal Khmer Airlines e Imtrec Avia­ ficados de operador aéreo das transportadoras angolanas tion. Além disso, o COA da PMT Air foi suspenso até não cumprem o disposto no anexo 6 da Convenção de 12 de Abril de 2009, por incumprimento da regulamen­ Chicago. De acordo com o plano de medidas correctivas tação cambojana sobre aviação civil. apresentado à ICAO, o processo de certificação destas transportadoras não será concluído antes de 31 de Maio de 2009. (14) No entanto, a Siem Reap Airways International continua a suscitar preocupações no capítulo da segurança. O COA desta transportadora foi renovado sem qualquer limitação geográfica, não obstante terem sido obtidas provas de que o operador não cumpre a regulamentação (10) Em 6 de Outubro de 2008, antes da adopção de qual­ cambojana sobre aviação civil nem as normas da ICAO. quer decisão, a Comissão enviou uma carta às autorida­ Por conseguinte, com base nos critérios comuns, consi­ des competentes de Angola em conformidade com o dera-se que esta transportadora deve ser sujeita a uma artigo 7.o do Regulamento (CE) n.o 2111/2005, onde proibição de operação e, assim, incluída no anexo A. A oferecia a estas autoridades e a cada uma das transporta­ Comissão está disponível para prestar assistência técnica doras certificadas naquele país a possibilidade de consul­ às autoridades competentes do Reino do Camboja e ree­ tar a documentação pertinente. Além disso, estas trans­ xaminará a situação da segurança desta transportadora na portadoras foram também convidadas a apresentar co­ próxima reunião do Comité da Segurança Aérea com mentários escritos e/ou a fazer uma exposição oral à base na documentação apresentada pelas autoridades Comissão e ao Comité da Segurança Aérea.

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