Djalme Martins.Pdf

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Title Sequence The XX Title Designers Title Sequence The XX Title Designers 2017 Ilustracção e Animação Djalme Martins Orientação Eliana Penedos Composição Músical Eduardo Serra Colaboração Jorge Marques Texto e Design Djalme Martins Tipografia Azo Sans Papel Eural Offset Impressão Tipografia Ribeiro Encadernação Ana & Carvalho Tiragem 6 Exemplares Djalme Miguel Martins Teles M.A. Design de Comunicação INTRODUÇÃO 7 METODOLOGIA 13 1. TITLE SEQUENCE 1.1. PERSPECTIVA CRONOLÓGICA: O SEC. XX 29 1.1.1. ERA PRÉ SAUL BASS23 35 1.1.2. ERA SAUL BASS 49 1.1.3. ERA PÓS SAUL BASS 77 1.2. ANÁLISE DA INFORMAÇÃO 89 1.2.1. CONCLUSÃO DA ANÁLISE DA INFORMAÇÃO 101 2. CREDITAR OS CRÉDITOS 2.1. A SINOPSE 115 2.2. O GUIÃO107 119 2.3. O STORYBOARD 125 2.4. O PROCESSO ÍNDICE129 CONCLUSÃO 137 RESUMO/ABSTRACT PORTUGUÊS 147 INGLÊS 143 146 BIBLIOGRAFIA 155 ANEXOS 161 3 ÍNDICE INTRO DUÇÃO INTROINTRODUÇÃO DUÇÃO 7 Captar a atenção do público desde o início do filme sempre foi uma preocupa- ção presente no cinema, bem como o dever de creditar não só o elenco, como toda a equipa técnica por trás das grandes produções, assim, em função destas duas necessidades surgem as title sequences. Capazes de introduzir a temática do filme ou até de resumir as cenas mais marcantes do mesmo, estes pequenos vídeos introdutórios captam a atenção do observador enquanto lhes passam in- formações essenciais do mesmo como o título, os principais nomes do elenco e da equipa técnica. Furthermore, in an environment full of clutter, the first impression of the film in the movie theater, or on the television screen, prepares the viewer for what is to come just like the cover of a book. In this respect, film credits fulfill the impor- tant role of outlining the filmmaker’s intentions and setting up the expectations of those watching. (Inceer, 2007, p.3) Através de técnicas como ilustração, animação, grafismo, live action, fotografia, tipografia e motion graphics, estas title sequences foram evoluindo de title cards em narrativas complexas capazes de, nos dias de hoje, serem consideradas como peças de arte independentes da própria grande metragem que abrem. While those engaged in film studies have for the most part ignored title sequen- ces, historians of graphic design tend to treat them purely as graphics which through cinema technology have taken on a temporal dimension. (King, 2007, p.1) Apesar de, durante grande parte do primeiro século da história do cinema, o pa- pel do title design no mundo cinematográfico não ter sido bem valorizado, a partir da década de 50 foram diversos os filmes que ficaram conhecidos por cenas das suas title sequences, mostrando ao público que, além de surgirem como uma primeira impressão, factor importante para suscitar o entusiasmo do observador, podem mesmo tornar-se o momento mais característico e memorável do filme. If the opening credits to a film bore us, we would be forgiven for feeling the whole film will be boring. If they’re exciting and manage to push our cart to the top of an emotional roller-coaster, then there we’ll be, sitting at the edge of our seats, strapped in, waiting to be thrown around. (Charchar, 2017) Através de uma análise cronológica das title sequences durante o séc. XX, será possível traçar um perfil evolutivo do papel do design gráfico, mais especifica- mente do title design, no mundo do cinema e ficar a perceber até que ponto esse trabalho do designer teve pouco reconhecimento, razão que motivou em grande parte ao desenvolvimento deste mesmo projecto. Assim sendo, este projecto desenvolve-se não só segundo motivações pessoais, que passam por entender o papel do designer gráfico no ambiente domotion explorado no cinema, mas sobretudo com objectivos sociais de forma a tentar tornar público o nome dos criativos que desenvolveram algumas das cenas mais icónicas e marcantes do cinema presentes na memória de grande parte da sociedade. 9 Aquela que surge como a forma mais interessante de perceber o papel do desig- ner no mundo do cinema passa por experiênciar as várias fases do trabalho do mesmo, desde o criatividade de escrita, passando pelo esboçar do storyboard e das colaborações com os técnicos de captação de imagem e de animação. Assim, o objecto final deste projecto consiste numa maquete de uma title sequence que creditará alguns dos title designer mais marcantes do séc. XX, através da recria- ção do respectivo trabalho mais emblemático. Sometimes these opening moments are grander than the film that follows them. Sometimes you talk to your friends about the notebooks instead of the head in the box, or the silhouetted men running around more than the prodigy delinquent. (Charchar, 2017) Neste contexto, através de uma abordagem histórica, este projecto pretende provar e reconhecer o trabalho do designer no mundo do cinema, através da evo- lução das title sequences, pois, à medida que por um lado se tornam cada vez mais parte integral e essencial do filme, por outro tornam-se cada vez mais obras capazes de subsistir por elas mesmas. METODO LOGIA METODOMETODOLOGIA LOGIA metodologia metodologia13 Projectar é fácil quando se sabe o que fazer. Tudo se torna fácil quando se sabe o modo de proceder para alcançar a solução de algum problema, e os problemas que se nos deparam na vida são infinitos: problemas difíceis porque não se co- nhecem os problemas que se mostram impossíveis de resolver. (Munari, 1981, p.12) Para explorar um tema a nível teórico, existe a necessidade de adoptar uma deter- minada metodologia projetual. Dessa forma, torna-se possível, através de uma série de operações, delinear e suportar uma linha de orientação para a materia- lização do projecto teórico. Também na área do Design existe essa necessidade de projectar através de uma metodologia, tornando-se imperativo tomar conhe- cimento não só do contexto temático, mas também de todo o estado da arte que envolve o projecto em questão tornando-se mais fácil desenvolver uma cadeia de resposta a todas as outras decisões que o mesmo envolve. Para o designer, o método projectual não é absoluto nem definitivo, uma vez que pode ser modificado, caso se encontrem outros valores objectivos, que me- lhorem o processo. É a criatividade do projectista que pode descobrir algo novo para o processo, quando se aplica o método. (Munari, 1981, p.14) Enquanto designers sentimos a necessidade de fundamentar cada decisão que tomamos no desenvolvimento do trabalho e, apesar dessas mesmas decisões estarem em constante possibilidade de mutação, de acordo com a evolução não só do conhecimento do autor, mas da própria modelação ao contexto do produ- to final, necessitando dessa mesma fundamentação para evitar as discordâncias funcionais, o mesmo não era defendido nos anos 90 em relação à arte, que se entendia como uma interpretação muito pessoal e de certa forma arbitrária. metodologia Segundo a perspectiva de Mário Araújo a diferença entre o artesão e o designer está precisamente no método. O artesão não desenha o seu trabalho e não apresenta razões para as decisões que toma (...) a evolução de um produto artesanal pode também resultar em características discordantes, muitas vezes por razões funcionais. (Araújo, 1995, p.75) Desta forma, a necessidade de ponderar sobre a metodologia projectual adequada a um tema como o title design torna-se inevitável. São várias as etapas percorridas e delineadas de uma forma consecutiva, desde a pesquisa e o reconhecimento do máximo estado de arte possível, e a consequente elaboração de uma análise cro- nológica, que facilite um mergulho contextual no tema, até uma pertinente análise dos dados considerados prioritários, que contribuíram enquanto fundamento para a decisão da forma como se materializa o objecto final do projecto. O primeiro passo do desenvolvimento deste projecto passou pelo “mergulho” contextual do tema. Assim, após uma pesquisa, foi possível entender que o ma- terial a nível académico que rodeava o tema do title design era realmente pouco vasto. À parte de uma tese de mestrado cujo objectivo vincou mais segundo uma perspectiva tipográfica, eram escassas as fontes, principalmente, a nível biblio- gráfico que abordassem o tema de uma forma teórica. metodologia15 The lack of academic attention to title sequences was the reason to initiate this study. From the literature review, it is found that few have taken any fundamen- tal, systematic, or analytical approach to title sequence design. (YU, 2008, p.4) A melhor forma de conseguir entrar na área temática do title design, parecia pas- sar, então, por analisar de uma forma cronológica os factos já constatados por alguns estudos não académicos e compará-los com os exemplares arquivados ao longo dos últimos anos. A análise histórica permitiu constatar que, o design de título surge, com a introdu- ção do Design Gráfico no mundo cinematográfico, perante a necessidade de comu- nicar determinado tipo de informação que não era possível fazer de outra forma. Movie titles and opening credits play an important role in the feature presen- tations they introduce. They set the mood, facilitating the audience’s smooth entrance into the world created by the film. (Vartanian, 2003, p. 94) Durante os primeiros filmes mudos, as mensagens escritas começaram a sur- gir em substituição do diálogo e, nas peças mais elaboradas, os title cards eram apresentados no início e no final dos filmes com a informação técnica sobre o mesmo. Apesar da presença da tipografia se verificar nestes primórdios da his- tória do cinema, só no início do séc. XX começou a ser notória a introdução das técnicas gráficas. Embora a evolução se tenha mandido constante até aos dias de hoje, no que diz respeito às técnicas e aos grafismos presentes nastitle sequen- ces, foi durante o séc.

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