Criação De Bovinos De Corte No Estado Do Pará

Criação De Bovinos De Corte No Estado Do Pará

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Criação de Bovinos de Corte no Estado do Pará José Ferreira Teixeira Neto Norton Amador da Costa Editores- Técnicos Belém, PA 2006 Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na: Embrapa Amazônia Oriental Trav. Dr. Enéas Pinheiro, s/n Caixa Postal, 48 CEP: 66095-100 - Belém, PA Fone: (91) 3204-1044 Fax: (91) 3276-9845 E-mail: [email protected] Comitê de Publicações Presidente: Joaquim Ivanir Gomes Membros: Gladys Ferreira de Sousa João Tomé de Farias Neto José de Brito Lourenço Júnior Kelly de Oliveira Cohen Moacyr Bernardino Dias Filho Supervisor editorial: Guilherme Leopoldo da Costa Fernandes Revisor de texto: Marlúcia Oliveira da Cruz e Regina Alves Rodrigues Normalização bibliográfica: Silvio Leopoldo Lima Costa Editoração eletrônica: Euclides Pereira dos Santos Filho l' edição 1a impressão (2006): 300 exemplares Todos os direitos reservados. A reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei no 9.610). Teixeira Neto, José Ferreira Criação de bovinos de corte no Estado do Pará/editado por José Ferreira Texeira Neto, Norton Amador da Costa. - Belém, PA: Embrapa Amazônia Oriental, 2006. 194p. : il. ; 21cm.-(Embrapa Amazônia Oriental. Sistemas de Produção, 03). ISBN 978-85-87690-52-4 ISSN 1807-0043 1. Gado de corte - Criação - Pará - Brasil. 2. Produção animal. 3. Nutrição animal. 4. Manejo. 5. Controle de erva daninha. 6. Recuperação de pastagem. 7. Reprodução. 8. Sanidade. 9. Mercado. I. Costa, Norton Amador da. 11. Título. CDD: 636.213098115 © Embrapa 2006 Autores Alfredo Kingo Oyama Homma Eng. Agrôn., Ph.D., Embrapa Amazônia Oriental, CP 48, Belém-Pará, CEP 66.095-100 – Fone: 91 3204-1082, e-mail: [email protected] Antônio Pedro da Silva Souza Filho Eng. Agrôn., Ph.D., Embrapa Amazônia Oriental, CP 48, Belém-Pará, CEP 66.095-100 – Fone: 91 3204-1037, e-mail: [email protected] Célio Armando Palheta Ferreira Economista, TNS II, Embrapa Amazônia Oriental, CP 48, Belém, PA, CEP 66.095-100 - Fone: 91 3204-1118, e-mail: [email protected] Cláudio Vieira Araújo Zootecnista, Ph.D., Professor da Universidade Federal Rural da Amazônia - Ufra, Belém, PA - Fone: 91 3210-5194, e-mail: [email protected] Haroldo Francisco Lobato Ribeiro Méd. Vet., Ph.D., Professor da Universidade Federal Rural da Amazônia - Ufra, Belém – Pará - Fone: 91 3210-5194, e-mail: [email protected] Hugo Didonet Lau Méd. Vet., Ph.D., Embrapa Amazônia Oriental, CP 48, Belém-Pará, CEP 66.095-100 – Fone: 91 3204-1089, e-mail: [email protected] Jonas Bastos da Veiga Eng. Agrôn., Ph.D., Embrapa Amazônia Oriental, CP 48, Belém, Pará, CEP 66.095-100 – Fone: 91 3204-1071, e-mail: [email protected] José Albuquerque Eng. Agrôn., M.Sc., Professor Adjunto da Universidade Federal Rural da Amazônia - Ufra, Fone: 91 9607-5589, e-mail: [email protected] José de Brito Lourenço Júnior Eng. Agrôn., D.Sc., Embrapa Amazônia Oriental, CP 48, Belém – PA CEP 66.095-100 – Fone 91 9982 6452, e-mail: [email protected] José Ferreira Teixeira Neto Eng. Agrôn., M.Sc., Embrapa Amazônia Oriental, CP 48, Belém-Pará, CEP 66.095-100 – Fone: 91 3204-1068, e-mail: [email protected] José Ribamar Felipe Marques Eng. Agrôn., Ph.D., Embrapa Amazônia Oriental, CP 48, Belém-Pará, CEP 66.095-100 – Fone: 91 299-4571, e-mail: [email protected] Moacyr Bernardino Dias Filho Eng. Agrôn., Ph.D., Embrapa Amazônia Oriental, CP 48, Belém, Pará, CEP 66.095-100 – Fone: 91 3204-1005, e-mail: [email protected] Norton Amador da Costa Méd. Vet., B.Sc., Embrapa Amazônia Oriental, CP 48, Belém, Pará, CEP 66.095-100 - Fone: 91 3204-1074, e-mail: [email protected] Raimundo Evandro Barbosa Mascarenhas Eng. Agrôn., M.Sc., Embrapa Amazônia Oriental, CP 48, Belém, Pará, CEP 66.095-100 – Fone: 91 3204-1081, e-mail: [email protected] Saturnino Dutra Eng. Agrôn., Ph.D., Embrapa Amazônia Oriental, CP 48, Belém, Pará, CEP 66.095-100 – Fone: 91 3204-1053, e-mail: [email protected] Sebastião Tavares Rolim Filho Méd. Vet., Professor da Universidade Federal Rural da Amazônia - Ufra - Fone: 91 3242-9736, e-mail: [email protected] Apresentação O sistema de produção sobre “Criação de Bovinos de Corte no Estado do Pará” visa atender a forte demanda dos produtores rurais, técnicos de desenvolvimento e pesquisa, assistência técnica e extensão rural, crédito, fomento, setor fundiário, professores e acadêmicos das áreas de ciências agrárias, econômicas e de produção do estado. Ao longo desse ano, foram somadas experiências e muitos esforços, a fim de apresentar de maneira clara e objetiva um sistema equilibrado que contemple os processos de produção. Esse documento apresenta uma análise da pecuária de corte, desde o seu início em 1644 e sua evolução a partir de 1960, quando foi intensificada em pastagens cultivadas na terra firme. Em decorrência do aumento populacional houve maior demanda por proteína animal. Também, a pecuária se baneficiou do ambiente favorável para seu bom desempenho, chuvas abundantes na maior parte do ano, luminosidade elevada, temperatura estável, acima de 25°C, baixo valor da terra, créditos diversificados e produtores identificados com a atividade. No entanto, quando ela é desenvolvi- da em áreas de florestas, em sistemas tradicionais, apresenta índices zootécnicos reduzidos, por causa do declínio da produtividade das pastagens, o que provoca baixa eficiência econômica e biológica do uso da terra, além de efeitos ambientais indesejáveis. O sistema de produção destaca inovações tecnológicas estáveis, que tem como prioridade produzir mais e de maneira sustentável, por tempo indeterminado, respeitando o ambiente e integrando os diferentes componentes, pecuária, agricultura e silvicultura, além da intensificação do uso da terra, através dos sistemas agrossilvipastoris e silvipastoris. Nesse documento estão descritos os processos de produção, ferramentas indispensáveis para a perenização da atividade, análise retrospectiva, situação atual e visão prospectiva da pecuária de corte, alimentação e nutrição do reba- nho, manejo de plantas daninhas de áreas de pastagens cultivadas, estratégias de recuperação das pastagens, reprodução animal, manejo reprodutivo e sanitá- rio, melhoramento animal, instalações zootécnicas, coeficientes técnicos, custos, rendimentos e rentabilidade, mercado, comercialização e cadeia produtiva da pecuária de corte. Finalmente, o documento mostra ao setor agropecuário um sistema de produção equilibrado e harmonioso, com modernas técnicas e a experiência profissional dos autores. Tatiana Deane de Abrau Sá Chefe Geral da Embrapa Amazônia Oriental Sumário Criação de Bovinos de Corte no Estado do Pará Análise Retrospectiva, Situação Atual e Visão Prospectiva .............. 11 Alimentação e Nutrição do Rebanho ............................................ 27 Manejo de Plantas Daninhas de Áreas de Pastagens Cultivadas ........ 45 Estratégias de Recuperação de Pastagens no Estado do Pará ........... 75 Reprodução Animal .................................................................. 93 Manejo Reprodutivo de Bovinos de Corte .................................... 107 Melhoramento Animal ............................................................ 123 Manejo Sanitário ................................................................... 139 Instalações Zootécnicas .......................................................... 151 Coeficientes Técnicos, Custos, Rendimentos e Rentabilidade .......... 165 Mercado e Comercialização ..................................................... 177 Cadeia Produtiva da Pecuária de Corte no Estado do Pará ............. 187 Análise Retrospectiva, Situação Atual e Visão Prospectiva José Ferreira Teixeira Neto Norton Amador da Costa José de Brito Lourenço Júnior A primeira introdução de bovinos no Estado do Pará ocorreu em 1644, procedente das ilhas de Cabo Verde. Criados inicialmente nos quintais das casas suburbanas de Belém, foram transferidos, posteriormente, para a Ilha de Marajó, com a fundação do primeiro curral, atribuída a Francisco Rodrigues Pereira, no local Anajatuba, na região do Rio Arari, onde se desenvolveu rapidamente. Em 1803, já existiam em Marajó, 226 fazendas com um rebanho de aproximadamente 500 mil cabeças. Depois, ocorreu a expansão para as várzeas do Baixo Amazonas, sempre aproveitando a oferta de pastagens nativas. Em seguida, a pecuária passou a ocupar as pastagens nativas de terra firme, de menor potencial forrageiro. A partir de 1960, a atividade pecuária foi intensificada em pastagens cultivadas de terra firme, em decorrência da decisão política de ocupar, desenvolver economicamente e integrar a Amazônia ao restante do País. O modelo de ocupar a região pela “pata do boi” foi escolhido por ocupar grandes áreas e pelo baixo custo do processo. Para implementá-lo, foram abertas as denominadas “rodovias de integração nacional” e criados incentivos fiscais e creditícios. Como ferramenta de ocupação da Amazônia, a atividade pecuária foi eficaz e hoje, cerca de 20 milhões de brasileiros habitam a região, que já não é um imenso vazio. As críticas ao modelo, merecidas parcialmente pelos erros cometidos no passado, principalmente em virtude do desconhecimento da região e, também, pela falta de planejamento na implantação dos projetos, foram longe demais, ao pretender afirmar que a Amazônia não tem vocação para a pecuária. Tanto que, apesar de todas

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