Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul Faculdade De Educação Programa De Pós-Graduação Em Educação Gustavo Andrada

Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul Faculdade De Educação Programa De Pós-Graduação Em Educação Gustavo Andrada

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO GUSTAVO ANDRADA BANDEIRA DO OLÍMPICO À ARENA: ELITIZAÇÃO, RACISMO E HETEROSSEXISMO NO CURRÍCULO DE MASCULINIDADE DOS TORCEDORES DE ESTÁDIO Porto Alegre 2017 GUSTAVO ANDRADA BANDEIRA DO OLÍMPICO À ARENA: ELITIZAÇÃO, RACISMO E HETEROSSEXISMO NO CURRÍCULO DE MASCULINIDADE DOS TORCEDORES DE ESTÁDIO Tese apresentada no Programa de Pós- Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul como requisito parcial à obtenção do título de Doutor em Educação. Linha de Pesquisa: Educação, Sexualidade e Relações de Gênero Orientador – Prof. Dr. Fernando Seffner Porto Alegre 2017 Para Laion Espíndola (in memorian) AGRADECIMENTOS Para algumas pessoas os agradecimentos colocados ao finalizar um trabalho ou uma trajetória acadêmica podem fazer parte dos protocolos recomendados. Para mim é um pequeno gesto de carinho para aqueles que me acompanharam ao longo de meu percurso de maneira direta ou indireta. É, também, a oportunidade de dividir com pessoas queridas um pouco da alegria pelo caminho percorrido. Começo agradecendo aos noventa e três torcedores do Grêmio que se dispuseram a dialogar comigo na Arena para me auxiliarem na produção do material empírico desta tese. Sem essa participação a produtividade deste trabalho ficaria bastante menor. Aos músicos Arthur de Faria e Paulo Inchauspe por terem se disponibilizado a me responder uma pesquisa em 2004 quando iniciei minha trajetória na iniciação científica. À Universidade Federal do Rio Grande do Sul que me acolheu como calouro da graduação em 2001 e depois me permitiu realizar os cursos de graduação, especialização, mestrado e doutorado, além de me dar a oportunidade de desempenhar minhas funções como técnico em assuntos educacionais que tanto me satisfazem. Agradeço a Pró-Reitoria de Pesquisa por ter financiado algumas participações em eventos nacionais e internacionais através do Programa de Fomento à Pesquisa. À Escola de Administração da UFRGS pelo sem número de aprendizagens profissionais e, especialmente, pela disponibilidade de me concederem a licença para meus dois últimos anos no doutorado. Agradeço ao conjunto de colegas, técnicos administrativos em educação, que precisaram fazer um esforço maior para que minha saída fosse possível. Em especial, agradeço a Nanci Anjos pelo companheirismo e por uma relação de trabalho de complementaridade que não sei se terei a oportunidade de encontrar outra vez em minha trajetória profissional. Também fica aquele abraço afetuoso ao meu colega André Ribeiro pelo apoio e incentivo durante diferentes momentos de minha trajetória profissional e acadêmica. Também agradeço muito aos professores Hugo Müller, Daniela Callegaro e Sidinei Oliveira pela oportunidade de aprendizagem profissional e por tornarem meu afastamento possível. À Faculdade de Educação em que cheguei ainda como aluno da licenciatura em matemática, perto de desistir do curso de graduação, e me acolheu de forma tão importante. Um agradecimento a todos os professores e todas as professoras de minha trajetória. Durante o curso de doutorado, um agradecimento especial às professoras Maria Beatriz Gomes e Sandra Andrade pela indicação para trabalhar na Escola de Gestores da Educação Básica. Um carinho especial nessa oportunidade ao professor Carlos Skliar que tanto me ajudou a desestabilizar meus pensamentos e segue me oferecendo uma amizade que muito me orgulha. Vamos, Ferro! Também preciso agradecer a professora Rosa Fischer que iniciou minha trajetória na Faced e na investigação científica, sempre com muito afeto. Às professoras Fernanda Ribeiro e Carin Klein e ao professor Marco Paulo Stigger pela disponibilidade para a realização do Seminário Modos de fazer e pensar o método etnográfico no campo da Educação. Agradeço as muitas oportunidades de diálogo que tive com a Esefid. À professora Silvana Goellner pela oportunidade de falar de minhas investigações em sua disciplina, ao professor Alex Fraga e a professora Raquel da Silveira pelo privilégio de colaborar com a Revista Movimento e um abraço muito especial ao professor Mauro Myskiw que participou do Seminário sobre etnografia, me deu a honra de ser parecerista da Movimento e se mostra um grande parceiro para essas discussões que envolvem as concepções sociais do esporte e a investigação etnográfica. Aos meus queridos colegas do curso de especialização em jornalismo esportivo que me deram a oportunidade de participar de um grupo único dentro desse ambiente de tanta vaidade que é o ambiente acadêmico. Com a injustiça de que deixarei alguém que não merecia de fora cito os mais próximos: Bruna, Carlinhos, Marcelos Salton, Salzano e Rafael ‘André Lima’. Especial agradecimento à Andreza por ter fundado nossos encontros acadêmico-etílicos e pela bonita amizade e ao Matheus, que mesmo sendo muito mais jovem e moderno do que eu, é meu grande parceiro de escrita e de congressos futebolísticos por aí. Aos colegas de orientação: Alessandra, Cláudio, Edson, Gabriela, Gustavo, Jeferson, Luciano, Marcello, Pablo, Rosi, Stela e Yara. Esses momentos de diálogo sempre nos permitem ver um pouco mais do que víamos até então. Um especial agradecimento a Catharina, a melhor aluna da Linha de Pesquisa! Agradeço também aos colegas especiais que a antropologia do esporte me deu: Luiza e Ricardo, vocês estarão em minhas memórias como os meus colegas de curso! É muito comum escutarmos muitas reclamações sobre como as pontuações da Capes e a busca pelo Lattes perfeito desgastam a vida dos pós-graduandos. Porém, a maior estupidez dessa vida é dizer que os eventos não valem nada. Eles não apenas são momentos de trocas acadêmicas e de aprendizagens singulares, além de permitirem que conheçamos algumas pessoas como a professora Simoni Guedes, como os meus melhores amigos saíram todos dos eventos acadêmicos. Deixo um afetuoso abraço aos amigos do Neppes, em especial Leda e Martin, aos amigos do Gefut, com saudações ao professor Silvio Ricardo, Léo e Marina e tantos outros amigos e amigas como a Flávia, Ingrid, Lugui, Rodrigo e aqueles que minha memória (ou a falta dela) injustamente deixou de fora. Todos saben que me gusta mucho Argentina y su gente. Pero tengo un argentino favorito y no es Lio Messi. Gracias mi hermano Alejo por Aeroparque, La Plata, El Bosque, San Telmo… Por muchos encuentros por todos lados. A Neme por su energía y sus ganas de querer disfrutar de todo. Gracias por todo el castellano que me diste y por la confianza para escribimos juntos. Seguimos en contacto, siempre. Al cuervo Hernán por los muchos momentos futboleros. ¡Me verás volver! Y a los demás chicos del Seminario Permanente de Deportes, mi querida amiga (casi brasileña) Julia, Alejandro, Nico (más brasileño que yo), Diego, José y a todos por permitirme acercarme. Como ha dicho un Gustavo mucho más lindo y talentoso que yo: ¡Gracias, totales! A Verónica Moreira por todo. Veró es una investigadora tremenda. Más que eso, tiene una fuerza enorme para compartir sus ideas con todos y mantiene un grupo con mucha onda para laburar. Es una alegría estar cerca. Ojalá pueda seguir disfrutando tu amistad, los momentos de trabajo y también los de ocio. Ao Arlei Damo (quase coautor de tanto que é citado), pelas disciplinas e os diferentes encontros em que sempre foste muito interessado pelas coisas que eu estava dizendo o que me dava um misto de orgulho e responsabilidade. Agradeço também as inúmeras indicações para diferentes oportunidades de divulgação de trabalho. A Dagmar por ter nos alfabetizado no trabalho acadêmico a partir da iniciação científica da Letícia. Tudo o que ensinavas a ela eu imitava na minha bolsa. Além disso, foste a responsável por eu ter começado a estudar futebol. Não existirão palavras para te agradecer por isso! A Guacira que além do carinho e do cuidado com que me orientou no mestrado (sim, eu ostento a orientadora!) me ensinou, e muito, a ser uma pessoa melhor. Se ela, Guacira Louro, não é afetada pela mosca da vaidade, nenhum de nós, humanos, podemos cair nesse erro. Se for pra ostentar que sejam as amizades e os afetos! Ao Fernando que me acompanha de perto desde o início do mestrado e com quem construí uma parceria que espero duradoura! Muito obrigado por toda a disponibilidade, confiança e por responder sim para tudo que inventamos nesses quatro anos (se eu já não fosse meio grande esse excesso de sim poderia dificultar minha formação de caráter!). A ideia é seguirmos perto! Aos Pedros, Rocha pelos gols e Geromel pela arrancada! E como de rivalidade infantil também se vive, aos amigos Argel, Falcão, Roth e Lisca! Aos grandes amigos e amigas gremistas e colorodos/as que brincam com o futebol e que aprenderam com ele que nenhuma derrota é definitiva e que as vitórias duram quase nada o meu muito obrigado. Futebol é alegria, é lazer, é política, é cultura e é uma forma importante de se fazer gente em nosso país! Ao meu pai por ter me levado ao estádio Olímpico no longínquo ano de 1988, além de ter ajudado muito a chegar até aqui com sua fé inabalável na educação formal. Ao Gabriel que é meu grande parceiro de estádio. Estamos cada vez mais diferentes e o futebol nos une. E a minha mãe por ser muito mais apaixonada pelos filhos do que a Geral canta que é pelo Grêmio e, também, por ser a única da família que entende alguma coisa de futebol. À Letícia, que me abriu todas as portas, por essa imensa loucura que é dividir uma vida com todas as suas alegrias e seus dissabores. Já diria Fito: “hay cosas que te ajudan a vivir”! Conseguimos. De novo! No es bueno nunca hacerse de enemigos Que no estén a la altura del conflicto Que piensan que hacen una guerra Y se hacen pis encima como chicos (…) La vida es una hoguera Que quema toda ilusión La vida también regala Gente divina de corazón (…) La vida es este río de maravillas y de dolor Fito Paez RESUMO DO OLÍMPICO À ARENA: ELITIZAÇÃO, RACISMO E HETEROSSEXISMO NO CURRÍCULO DE MASCULINIDADE DOS TORCEDORES DE ESTÁDIO Esta tese pretendeu discutir como o processo de elitização dos estádios de futebol, o chamado “caso Aranha” e certo retorno da Coligay atravessaram o currículo de masculinidade dos torcedores do Grêmio que frequentam estádio.

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