6894 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 240 — 16 de Outubro de 2003 2 — Para efeitos do número anterior, pode ser cons- 3.o Mantêm-se em vigor as disposições específicas rela- tituído por despacho do Ministro da Economia um con- tivas à medida «Luta química aconselhada», submedida selho consultivo, com composição e atribuições a definir «Mobilização mínima» da medida «Melhoramento do solo no mesmo despacho, visando apoiar o acompanha- e luta contra a erosão» e medida «Montados de azinho mento, nas vertentes técnica e económica, das activi- e carvalho negral» constantes do Regulamento de Apli- dades desenvolvidas pelas EIC. cação da Intervenção «Medidas Agro-Ambientais», apro- 3 — As auditorias a que sejam sujeitas as EIC no vado pelo diploma referido no número anterior, no que âmbito do SPQ serão efectuadas com a participação respeita às candidaturas já apresentadas. de representantes da DGE ou da DRE territorialmente 4.o O presente diploma aplica-se às candidaturas em competente. vigor no que respeita ao período remanescente. O Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Armando José Cordeiro Sevinate Pinto, em 26 de MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, Setembro de 2003. DESENVOLVIMENTO RURAL E PESCAS ANEXO REGULAMENTO DE APLICAÇÃO DA INTERVENÇÃO Portaria n.o 1212/2003 «MEDIDAS AGRO-AMBIENTAIS» de 16 de Outubro CAPÍTULO I Na sequência do Regulamento (CE) n.o 1257/99, do Disposições iniciais Conselho, de 17 de Maio, foi aprovado o Plano de Desenvolvimento Rural, abreviadamente designado por Artigo 1.o RURIS, no qual se integra a intervenção «Medidas agro-ambientais». Objecto Atendendo à execução do RURIS, nomeadamente O presente Regulamento estabelece o regime de aju- às dificuldades verificadas na aplicação da referida inter- das a conceder no âmbito da intervenção «Medidas agro- venção no que se refere à desadequação de algumas -ambientais», do Plano de Desenvolvimento Rural, abre- condições de acesso, de elegibilidade e compromissos, viadamente designado por RURIS. foi proposta à Comissão Europeia uma alteração ao Plano de Desenvolvimento Rural. o A proposta apresentada tem como objectivos o Artigo 2. reforço do apoio à conservação e melhoria do ambiente Objectivos gerais e o apoio dos sistemas de agricultura tradicionais para os quais não existem alternativas economicamente O regime de ajudas instituído pelo presente Regu- viáveis. lamento tem os seguintes objectivos gerais: Os referidos objectivos concretizam-se, respectiva- a) Promover formas de exploração das terras agrí- mente, na melhoria dos prémios e alargamento a novas colas compatíveis com a protecção e a melhoria culturas no modo de produção biológico e nos sistemas do ambiente, da paisagem e das suas caracte- de protecção e de produção integrada, no alargamento rísticas, dos recursos naturais, dos solos e da da área geográfica de aplicação de algumas medidas diversidade genética; e na manutenção de culturas arvenses de sequeiro, cul- b) Incentivar uma extensificação da actividade tura complementar forrageira de Outono-Inverno, sis- agrícola e a manutenção de sistemas de pas- temas forrageiros extensivos e preservação de pastagens tagem extensivos; de montanha integradas em baldios. c) Contribuir para a conservação de espaços cul- Considerando que a proposta apresentada mereceu tivados de grande valor natural; a aprovação da Comissão Europeia, importa proceder d) Permitir a preservação da paisagem e das carac- à alteração do Regulamento de Aplicação da Interven- terísticas históricas e tradicionais nas terras ção «Medidas Agro-Ambientais»: agrícolas. Assim: Artigo 3.o Ao abrigo do disposto no n.o 2 do artigo 3.o do Decre- to-Lei n.o 8/2001, de 22 de Janeiro, com as alterações Definições introduzidas pelo Decreto-Lei n.o 202/2001, de 13 de 1 — Para efeitos do presente Regulamento enten- Julho: de-se por: Manda o Governo, pelo Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, o seguinte: a) «Unidade de produção» — conjunto de parcelas, 1.o É aprovado o Regulamento de Aplicação da Inter- contínuas ou não, que constituem uma unidade venção «Medidas Agro-Ambientais», do Plano de técnico-económica, caracterizada pela utilização Desenvolvimento Rural, abreviadamente designado por em comum dos meios de produção, submetida RURIS, em anexo ao presente diploma do qual faz parte a uma gestão única, independentemente do título integrante. de posse, do regime jurídico e da área ou 2.o É revogada a Portaria n.o 475/2001, de 10 de Maio, localização; com as alterações introduzidas pelas Portarias b) «Parcela agrícola» — toda a área contínua de n.os 757-A/2001, de 20 de Julho, 534/2002, de 24 de terreno cultivado com uma única ocupação cul- Maio, 192/2003, de 22 de Fevereiro, e 893/2003, de 26 tural e por um único agricultor; de Agosto, sem prejuízo do disposto no número c) «Superfície total» — integra a superfície agrí- seguinte. cola utilizável e as áreas florestais; N.o 240 — 16 de Outubro de 2003 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 6895 d) «Superfície agrícola utilizada (SAU)» — integra unidade de produção e que não estão confinados a terra arável limpa, área com culturas perma- a um espaço físico de forma permanente; nentes, superfície forrageira e horta; t) «Animais estabulados» — todos os animais que e) «Superfície agrícola utilizada elegível» — inte- estão confinados a um determinado espaço gra a superfície agrícola utilizada, com excepção físico de forma permanente ou temporária; das áreas de baldio e pastagens pobres; u) «Unidade de dimensão europeia (UDE)» — f) «Superfície agrícola utilizável» — integra a super- corresponde a E 1200 de margem bruta padrão; fície agrícola utilizada elegível e as superfícies v) «Dimensão económica de uma exploração» — agrícolas em abandono; obtém-se dividindo a margem bruta padrão total g) «Terra arável limpa» — área que não está em da exploração por E 1200; sobcoberto e que se destina a culturas de semen- x) «Agricultor seareiro» — agricultor que pratica teira anual ou a culturas que são ressemeadas um tipo de agricultura de características fami- com intervalos inferiores a cinco anos e as terras liares, em parcelas arrendadas por uma cam- em pousio; panha agrícola. h) «Superfície agrícola em abandono» — terra agrí- cola que não tenha sido objecto de qualquer 2 — Para efeito das alíneas u)ev) do número anterior utilização ou intervenção agrícola durante, pelo são utilizadas as margens brutas padrão de referência menos, três anos antes da subscrição do com- divulgadas pelo Gabinete de Planeamento e Política promisso; Agro-Alimentar, agregadas para efeitos de aplicação das i) «Superfície forrageira» — integra as áreas pró- medidas agro-ambientais. prias e de baldio de culturas forrageiras e prados temporários em terra arável limpa, pastagens o permanentes, culturas forrageiras e prados e Artigo 4. pastagens naturais que se encontrem ou não em Enumeração dos grupos de medidas sobcoberto de espécies arbóreas e que tradi- cionalmente são utilizadas para pastoreio; O presente regime de ajudas desenvolve-se através dos seguintes grupos de medidas: j) «Superfície forrageira para efeitos de encabe- çamento» — integra a superfície forrageira, as a) Grupo I, «Protecção e melhoria do ambiente, culturas forrageiras na sequência de uma cultura dos solos e da água»; principal de Primavera-Verão, o sobcoberto b) Grupo II, «Preservação da paisagem e das carac- pastoreado de culturas permanentes arbustivas terísticas tradicionais nas terras agrícolas»; e arbóreas, a aveia e o milho de silagem; c) Grupo III, «Conservação e melhoramento de l) «Culturas hortícolas ao ar livre» — culturas que espaços cultivados de grande valor natural»; se destinam directamente à comercialização ou d) Grupo IV, «Conservação de manchas residuais consumo em fresco não podendo destinar-se à de ecossistemas naturais em paisagens dominan- transformação ou conservação e não são cul- temente agrícolas»; tivadas em forçagem; e) Grupo V, «Protecção da diversidade genética». m) «Sistema tradicional de rega» — sistemas de rega instalados em terrenos mais ou menos aci- Artigo 5.o dentados (declives superiores a 2%) nos quais a rega se faz por escorrimento superficial, Área geográfica de aplicação segundo o processo das regadeiras de nível; O âmbito geográfico de aplicação do presente regime n) «Período económico de exploração» — período de ajudas consta do anexo I a este Regulamento. que medeia entre a instalação e o período de quebras de produção crescentes no caso das cul- o turas perenes; Artigo 6. o) «Índice de qualificação fisiográfica da parcela Período de concessão das ajudas (IQFP)» — indicador que traduz a relação entre a morfologia da parcela e o seu risco de erosão As ajudas previstas no presente Regulamento são con- e consta do modelo P1 do Sistema de Iden- cedidas durante um período de cinco anos. tificação Parcelar Agrícola; p) «Zona de montanha» — região definida na acep- ção do Regulamento (CE) n.o 1257/99, do Con- CAPÍTULO II selho, de 17 de Maio; Grupo I, «Protecção e melhoria do ambiente, q) «Parcelas contíguas» — parcelas ou partes de dos solos e da água» parcelas confinantes ou que se encontram sepa- radas por caminhos, estradas ou linhas de água; SECÇÃO I r) «Regime extensivo de criação de suínos» — quando a unidade de produção esteja registada, Disposições gerais a terra seja o suporte físico da exploração pecuá- Artigo 7.o ria, seja desenvolvida a exploração pecuária ao ar livre e tenha uma densidade que deverá ser Medidas no máximo de duas porcas reprodutoras ins- No âmbito do presente capítulo podem ser concedidas taladas por hectare e de quatro
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