As Representações Das Juventudes E Das Narrativas Da Diferença Em Malhação, Sob Um Olhar Decolonial Amanda Magalhães Ferreira

As Representações Das Juventudes E Das Narrativas Da Diferença Em Malhação, Sob Um Olhar Decolonial Amanda Magalhães Ferreira

Instituto de Ciências Sociais Aplicadas – ICSA Programa de Pós-Graduação em Comunicação – PPGCOM Dissertação VIVA A DIFERENÇA? As representações das juventudes e das narrativas da diferença em Malhação, sob um olhar decolonial Amanda Magalhães Ferreira 2021 Amanda Magalhães Ferreira VIVA A DIFERENÇA? As representações das juventudes e das narrativas da diferença em Malhação, sob um olhar decolonial Texto apresentado ao Programa de Pós- Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre(a) em Comunicação. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Denise Figueiredo Barros do Prado Área de Concentração: Comunicação e Temporalidades. Ouro Preto 2021 2 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO REITORIA INSTITUTO DE CIENCIAS SOCIAIS E APLICADAS PROGRAMA DE POS-GRADUACAO EM COMUNICACAO FOLHA DE APROVAÇÃO Amanda Magalhães Ferreira VIVA A DIFERENÇA? As representações das juventudes e das narrativas da diferença em Malhação, sob um olhar decolonial Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Ouro Preto como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Comunicação. Aprovada em 28 de maio de 2021. Membros da banca Prof.(a). Dr.(a) Denise Figueiredo Barros do Prado - UFOP (Orientadora) Prof.(a). Dr.(a) Cirlene Cristina de Sousa - UEMG Prof.(a). Dr.(a) Hila Bernardete Silva Rodrigues - UFOP Prof.(a). Dr.(a) Denise Figueiredo Barros do Prado orientador do trabalho, aprovou a versão final e autorizou seu depósito no Repositório Institucional da UFOP em 29/07/2021. Documento assinado eletronicamente por Denise Figueiredo Barros do Prado, COORDENADOR(A) DE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO, em 29/07/2021, às 16:26, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015. A autencidade deste documento pode ser conferida no site hp://sei.ufop.br/sei/controlador_externo.php? acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0 , informando o código verificador 0175106 e o código CRC 9198D270. Referência: Caso responda este documento, indicar expressamente o Processo nº 23109.005208/2021-45 SEI nº 0175106 R. Diogo de Vasconcelos, 122, - Bairro Pilar Ouro Preto/MG, CEP 35400-000 Telefone: - www.ufop.br AGRADECIMENTOS Ao amor maior e universal, que abre caminhos e nos leva além; À crença na bondade e amorosidade dos seres; Agradeço imensamente ao amor dos meus pais, sem o qual eu não chegaria a nenhum lugar. Patrícia e Sérgio, vocês são o olhar que me encoraja e aconchega. À minha irmã, Maíra, por acreditar comigo. Digo, família, que a semente está plantada e colhemos juntos frutos da nossa união e do nosso amor enormes; Samye, Bento, Sara, Pepe, Cristal e Magia, nossos pontos peludos de afeto. Minha orientadora, Denise Prado, que me acolheu e tanto ensinou, sobretudo sobre uma pesquisa cuidadosa, atenta, política, e uma academia que se constrói coletivamente. O caminho seguro e feliz me levou além e me emociono ao pensar na forma afetuosa que você nos conduz em suas orientações. Obrigada pelo bolo de maçã e todos os chás das reuniões; A todo o corpo docente do PPGCOM/UFOP por aulas que mudam o sentido de tudo, o mundo. Em especial à Prof. Hila que não me deixou desistir. Aos colegas e amigos do Giro, meu respeito e amor; Ao meu tio querido, Helvécio, por financiar e me ajudar a concluir esse mestrado, tão sonhado e desejado por mim e por tantos brasileiros. Obrigada por fazer e acreditar na ciência, e por tantas transformações que ajudou a operar nesse país; À professora Astreia por ter me olhado com olhos de potência e amor. Vou com você até o fim; À Nathália, pela paciência durante esses anos e pelo colo quentinho, por segurar firme a minha mão. Janderson, por ser meu companheiro que admiro e amo tanto, você me transforma. Isabela, Clara, Luiza e Cacá por me acompanharem e oferecerem palavras que me inspiram e fazem querer mais do mundo, amigas amadas; Julissa, Lucas e Aryanne, pela companhia nas manhãs frias com café no ICSA, pelos almoços no RU, pelos fichamentos trocados, pelas palavras de amor, sempre, e pelos encontros virtuais que salvaram afetivamente esta dissertação. Obrigada por terem a coragem de fazer pesquisa e pelos trabalhos de vocês. À toda a turma de 2019, meu amor e admiração por cada um. Alex e Gorete, representando a turma de 2018, obrigada pela parceria e companhia. À toda a minha família, avó, tios, primos e amigos que incentivaram; Maria, Lia e Luzia, por todo o cuidado de sempre e pelas boas conversas. Elaine, minha psicóloga, por me ajudar a colocar tudo no lugar, sempre. Vó Eny, meus olhos no outro plano; À cidade de Mariana e à Universidade Federal de Ouro Preto, pela acolhida e momentos bonitos. Ao ICSA, na figura de seus funcionários tão cuidadosos. 5 “Desamarrar as vozes, dessonhar os sonhos: escrevo querendo revelar o real maravilhoso, e descubro o real maravilhoso no exato centro do real horroroso da América. Nestas terras, a cabeça do deus Elegguá leva a morte na nuca e a vida na cara. Cada promessa é uma ameaça; cada perda, um encontro. Dos medos nascem as coragens; e das dúvidas, as certezas. Os sonhos anunciam outra realidade possível e os delírios, outra razão. Somos, enfim, o que fazemos para transformar o que somos. A identidade não é uma peça de museu, quietinha na vitrine, mas a sempre assombrosa síntese das contradições nossas de cada dia. Nessa fé, fugitiva, eu creio. Para mim, é a única fé digna de confiança, porque é parecida com o bicho humano, fodido mas sagrado, e à louca aventura de viver no mundo.” Celebração das contradições /2, de Eduardo Galeano, do Livro dos abraços (1989) 6 RESUMO Resumo: Nesta pesquisa, discutimos como a ficção seriada Malhação Viva a Diferença, da Rede Globo, representa as juventudes e quais narrativas produz sobre as diferenças, a partir de suas protagonistas. A temporada Viva a Diferença, em questão, foi ao ar originalmente em 2017/2018 e teve como protagonistas cinco jovens, Benê (Daphne Bozaski), Ellen (Heslaine Vieira), Keyla (Gabriela Medvedovski), Lica (Manoela Aliperti) e Tina (Ana Hikari). Para o tratamento adequado no processo analítico, realizou-se, num primeiro momento, uma discussão sobre as juventudes enquanto potência de multiplicidade, bem como uma reflexão sobre como o pensamento decolonial contribui para a constituição das identidades e das diferenças. A construção de representações televisivas também foi abordada conceitualmente nesta dissertação, a partir da problematização sobre a televisão e as potencialidades da teledramaturgia brasileira enquanto memória e registro temporal, e também uma revisão sobre gêneros e formatos televisivos. Para melhor compreender Malhação, foi feita uma breve retomada histórica do formato, desde suas primeiras temporadas até a edição Viva a Diferença. A metodologia utilizada para esta pesquisa se baseia nos estudos das televisualidades (ROCHA, 2016), articulada a uma análise das representações a partir da noção de esferas de pertença das representações sociais (JODELET, 2009), além das discussões sobre mapas de sentido, posicionamento e interpelação (HALL, 2013). A análise foi realizada por meio dos seguintes eixos analíticos: As jovens, suas juventudes e temporalidades; A configuração do grupo: a juventude enquanto construção e a negociação das experiências juvenis; Definições e imposições aos modos de ser jovem: o lugar social destinado às personagens e seus posicionamentos; e Homogeneização e fissuras das juventudes. Na análise, foi encontrada uma tentativa de tratar a questão das identidades e diferenças sob o viés da igualdade e tolerância, bem como a tematização das aprendizagens afetivas capazes de movimentar representações. Uma outra característica detectada foi a forte presença de discursos moralizantes sobre cada uma das personagens, entre outros achados da pesquisa. Palavras-chave: juventudes; diferenças; representações; ficções seriadas; pensamento decolonial. 7 ABSTRACT Abstract: In this research, we discuss how the fictional series Malhação Viva a Diferença, by Rede Globo, represents youth and what narratives it produces about differences, based on its protagonists. The Viva a Diferença season, in question, originally aired in 2017/2018 and featured five young women as protagonists, Benê (Daphne Bozaski), Ellen (Heslaine Vieira), Keyla (Gabriela Medvedovski), Lica (Manoela Aliperti), and Tina (Ana Hikari). For the proper treatment in the analytical process, at first, there is a discussion about youths as a power of multiplicity, as well as a reflection on how decolonial perspective contributes to the constitution of identities and differences. The construction of television representations was also studied conceptually in this dissertation, from the problematization of television and the potential of Brazilian television drama as memory and temporal record, and also a review of television genres and formats. To better understand Malhação, a brief historical review of the format was made, from its first seasons to the season Viva a Diferença. The methodology used for this research is based on the studies of televisualities (ROCHA, 2016), linked to an analysis of representations based on the notion of spheres of belonging of social representations (JODELET, 2009), in addition to discussions about maps of meaning, positioning, and interpellation (HALL, 2013). The analysis was made through the following analytical axes: Young women, their youth and temporalities; The configuration of the group: youth as construction

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