Senado Federal

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Sessão de: 07/03/2018 Notas Taquigráficas SENADO FEDERAL SENADO FEDERAL SECRETARIA-GERAL DA MESA SECRETARIA DE REGISTRO E REDAÇÃO PARLAMENTAR 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 55ª LEGISLATURA Em: 7 de março de 2018 (quarta-feira) Às 14 horas 21 ª Sessão Deliberativa Ordinária O SR. PRESIDENTE (João Alberto Souza. PMDB - MA) – Há número regimental. Declaro aberta a sessão. A Presidência comunica ao Plenário que há expediente sobre a mesa que, nos termos do art. 241 do Regimento Interno, vai à publicação no Diário do Senado Federal. Pela ordem, concedo a palavra ao Senador José Medeiros. O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PODE - MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Quero me inscrever para uma comunicação inadiável, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (João Alberto Souza. PMDB - MA) – Olha, V. Exª fica inscrito, mas também está inscrito, logo em seguida, para falar como orador inscrito. O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PODE - MT. Fora do microfone.) – Tudo bem. (Intervenção fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (João Alberto Souza. PMDB - MA) – Quer permutar, inclusive, né? Há oradores inscritos. Concedo a palavra ao Senador José Medeiros, do Podemos... V. Exª não fez a permuta? O SR. ELBER BATALHA (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PSB - SE. Fora do microfone.) – Fiz. O SR. PRESIDENTE (João Alberto Souza. PMDB - MA) – Não, porque V. Exª estava inscrito na frente. O SR. ELBER BATALHA (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PSB - SE. Fora do microfone.) – Do Medeiros? O SR. PRESIDENTE (João Alberto Souza. PMDB - MA) – Sim. O SR. ELBER BATALHA (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PSB - SE. Fora do microfone.) – Peço desculpas a V. Exª. O SR. PRESIDENTE (João Alberto Souza. PMDB - MA) – Ah, sim. Eu pensei que V. Exª havia feito a permuta com o Senador Medeiros. Concedo a palavra ao Senador Elber Batalha – PSB, de Sergipe. V. Exª tem dez minutos, por gentileza. 1/52 Sessão de: 07/03/2018 Notas Taquigráficas SENADO FEDERAL O SR. ELBER BATALHA (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PSB - SE. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ocupo mais uma vez a tribuna do Senado da República Federativa do Brasil, tendo a honra de ser presidido por V. Exª, Senador. Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, não podia deixar de prestar minhas homenagens às mulheres, neste que é o dia e o mês a elas dedicado. E a minha homenagem especialmente às 26 Deputadas Federais Constituintes, que são agraciadas, nesta sessão, com o Diploma Bertha Lutz. Quisera que não precisássemos estar ainda tratando de questões como a inaceitável situação de desigualdade de gênero, o que torna o Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março, menos festivo do que o desejável, em pleno século XXI. O momento é de parabenizar as conquistas, mas, sobretudo, é ocasião de reforçar a luta das mulheres do Brasil e do mundo pela cidadania e igualdade de oportunidades. É preciso, Sr. Presidente, mesmo chamar constantemente a atenção dos governos, da sociedade para a ainda inaceitável situação de discriminação social e econômica, de violência que atinge e mata a população feminina mundialmente. No Brasil, Sr. Presidente, mulheres ainda ganham 15% menos do que os homens no mercado formal. Entre os trabalhadores com ensino superior, a desvantagem das mulheres ainda é bem maior, com uma diferença salarial de até 36%, conforme o Ministério do Trabalho. E mais, no primeiro sinal de crise econômica que atravessa o Brasil, elas são as primeiras a serem dispensadas. De resto, a participação feminina no mercado de trabalho formal cresce, mas aquém do esperado. De 2007 até 2016, ou seja, em nove anos, a participação das mulheres aumentou de 40,85% para apenas 44%, um número insignificante em tão grande período. As estatísticas mostram: são poucas as que ocupam cargos executivos ou no Parlamento. Na montagem de seu Governo, o Presidente Temer expôs a chaga do machismo ao compor uma equipe predominantemente masculina. Levantamento recente realizado pelo jornal O Globo, com base no Portal da Transparência, mostra que, dos 77 presidentes de órgãos estatais, apenas quatro mulheres ocupam cargos. Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o machismo, a misoginia, o feminicídio estão sendo combatidos e punidos sem tréguas, e as Deputadas e Senadoras brasileiras têm um relevante papel nesta empreitada. Dispomos hoje de leis e instrumentos para conter essas estatísticas alarmantes e inaceitáveis. Precisamos entender que toda a sociedade perde com a disparidade de gêneros; todo o País perde, inclusive economicamente. No ano passado, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou estimativa acerca da meta de redução, até 2025, de 25% da diferença nas taxas de participação entre homens e mulheres no mercado de trabalho. Se esse objetivo fosse alcançado, teria o potencial de adicionar US$5,8 trilhões à economia global, por acréscimo de receitas de impostos, por exemplo. No Brasil, o efeito seria um aumento de até R$382 bilhões, ou seja, 3,33% do PIB. A desigualdade de gênero é, portanto, um grande desafio a ser enfrentado por meio da mudança de atitudes no mundo do trabalho, na sociedade, a começar por cada um de nós. De minha parte, mantenho-me pari passu nessa luta. Sou um homem abençoado, porque rodeado de exemplos de mulheres estimadas e determinadas. Tudo que acabo de falar é em nome da minha família: da minha esposa, Euzani Batalha de Goes, e das minhas filhas, a Delegada Nayanna Batalha de Goes e a médica Nayahara Batalha de Goes. Elas me oferecem, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, diariamente, exemplos e lições acerca da força da mulher. E eu quero neste dia, neste momento, homenagear a mulher brasileira, especialmente a mulher da minha terra Sergipe e de Natal, dizendo: Mulher, mulher, Na escola em que você foi ensinada Jamais tirei um dez Sou forte, mas não chego aos seus pés. Sr. Presidente, aproveitando o ensejo, o momento que me é concedido por V.Exª, como sempre carinhosamente, quero registrar o movimento dos procuradores municipais do Brasil. Estão aqui presentes nesta assentada: o Procurador Arício Andrade, da Associação dos Procuradores do Município de Aracaju; Márcio Melins, da Associação dos Procuradores do 2/52 Sessão de: 07/03/2018 Notas Taquigráficas SENADO FEDERAL Município de Nossa Senhora do Socorro; Marília Menezes, da Associação dos Procuradores Municipais do Estado de Sergipe; e Carlos Mourão, da Associação Nacional dos Procuradores Municipais. Esses procuradores, que estão buscando o apoio do Congresso Nacional para se situarem dentro de uma categoria que realmente merece o apoio de todos, estão em peregrinação neste País. Buscam o apoio do Congresso Nacional para a missão que é conseguir a criação das procuradorias municipais de todo o Brasil. Com o apoio de todos os Senadores e Deputados Federais, tenho certeza de que conseguirão. Eu agradeço a oportunidade que V. Exª me dá na tarde de hoje. E quero agradecer aos meus colegas pelas permutas do horário. Agradeço de todo o coração. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (João Alberto Souza. PMDB - MA) – Eu é que agradeço a V. Exª, Senador Elber Batalha. Para uma comunicação inadiável, concedo a palavra ao Senador Reguffe, do Distrito Federal. V. Exª, pelo regimento, tem apenas cinco minutos. Por gentileza. O SR. REGUFFE (S/Partido - DF. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Parlamentares, os consumidores do Distrito Federal receberam, agora, R$16.183.841 de volta nas suas contas de água, por um bônus-desconto a que têm direito aqueles que economizaram no ano passado. Isso vai ser devolvido ao longo do ano – já foi informado para os consumidores. Os consumidores, ao receberem, nas suas casas, suas contas de água agora neste mês, receberam junto uma outra folha informando isso. Isso foi uma lei distrital de minha autoria quando eu era Deputado Distrital, a Lei nº 4.341, de 2009, que está no verso da conta de água de todo mundo e que diz que o consumidor que economizar água, tomando-se como base o mesmo mês do ano anterior, terá direito a um bônus-desconto, na sua conta, de 20% sobre a economia realizada. Então, se alguém economizar, por exemplo, 10%, já pagaria 10% a menos, porque economizou 10%; com o bônus- desconto, ainda teria direito a um bônus de 20% sobre a economia realizada. No exemplo de 10%, terá direito a um desconto na conta de 12%: 10% mais 20% sobre os 10%. Então, vai pagar 12% a menos e não apenas 10%. Isso é uma fórmula criativa no sentido de incentivar as pessoas a economizar água. Hoje o Distrito Federal vive um racionamento. Não se discutia isso em 2009 quando apresentei o projeto. O projeto aprovado na Câmara Legislativa e sancionado pelo Governador virou lei. Hoje o Distrito Federal vive isso. Se os governos posteriores tivessem feito, no Distrito Federal, campanhas educativas, avisando a população dessa lei, nós talvez não estivéssemos vivendo o que estamos vivendo hoje, no Distrito Federal. Lamento que todos os governos, inclusive este, não tenham feito uma campanha educativa com relação à existência dessa lei, uma lei que está sendo copiada por várias assembleias legislativas no Brasil, uma lei criativa, uma lei em que o Distrito Federal é pioneiro – de minha autoria –, e que infelizmente a população do Distrito Federal desconhece. Até recebe na conta, vai pagar menos 20%, menos 25%, mas a pessoa não sabe por que vai pagar esses menos 20% que aparecem na conta, esses menos 25%. Mas fico feliz de agora a população receber esses recursos de volta. Quero também dizer, Sr. Presidente, que há, aqui na Casa tramitando, o PLS 378, de 2015, de minha autoria, que proíbe a cobrança de assinatura básica, que proíbe a cobrança de consumo mínimo.

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