UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS Vanda Lúcia Praxedes SEGURANDO AS PONTAS E TECENDO TRAMAS: mulheres chefes de domicílio em Minas Gerais (1770-1880) Belo Horizonte 2008 VANDA LUCIA PRAXEDES Segurando as pontas e tecendo tramas: mulheres chefes de domicílio em Minas Gerais 1770-1880 Tese apresentada ao Programa de Pós- graduação em História da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Uni- versidade Federal de Minas Gerais, co- mo requisito parcial para a obtenção do grau de Doutora em História. Orientadora: Profa. Dra. Júnia Ferreira Furtado Belo Horizonte Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas Universidade Federal de Minas Gerais 2008 Ficha Catalográfica 981.51 Praxedes, Vanda Lúcia P919s Segurando as pontas e tecendo tramas [manuscrito] : 2008 mulheres chefes de domicílio em Minas Gerais (1770- 1880) / Vanda Lúcia Praxedes. - 2008. 669 f. Orientadora: Júnia Ferreira Furtado. Tese (doutorado) - Universidade Federal de Minas Ge- rais, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Inclui bibliografia 1.História – Teses. 2. Mulheres chefes de família – Mi- nas Gerais - Teses. 3. Minas Gerais – História - Teses. I. Furtado, Júnia Ferreira . II. Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. III.Título. Tese defendida e aprovada em 16/12/2008 pela banca examinadora constituída pelos seguintes professores doutores: _________________________________________________ Profa. Dra. Júnia Ferreira Furtado (UFMG) Orientadora _________________________________________________ Profa. Dra. Thais Velloso Cougo Pimentel Representante Orientadora __________________________________________________ Prof. Dr. Luciano Raposo de Almeida Figueiredo (UFF) __________________________________________________ Profa. Dra Andréa Andréa Lisly Gonçalves (UFOP) __________________________________________________ Profa. Dra Liana Maria Reis (PUC- MG) __________________________________________________ Prof. Dr. José Newton Coelho Meneses (UFMG) 2008 À Jaci, minha mãe, Tia Zizinha, Vó Ana, Vó Carlota, Vó Lilinda e mãe Silvéria, (in memorian)._ Mulheres fortes que marcaram minha história e influenciaram de uma maneira ou de outra muitas escolhas que fiz. Me ensinaram muito do que sei e ajudaram a moldar muito do meu jeito de ser. A vocês com imensa gratidão dedico este trabalho Dedicatória Especial A todas as mulheres, anônimas, que no passado construíram suas histórias, deixando rastros e vestígios para que eu pudesse construir outras histórias. AGRADECIMENTOS Para chegar até aqui andei por muitas estradas, enfrentei e venci algu- mas ciladas. Chorei por tanta coisa e sorri de tantas outras. Ao longo desses últimos anos consumidos com a pesquisa e escrita da tese, muitas pessoas continuaram presentes, como sempre estiveram na minha história. Outras tantas entraram, outras mais entraram e saíram e algumas mal chegaram a entrar. De muitos me aproximei e de tantos outros distanciei. Tive que fazer várias travessias. Não posso dizer que foi fácil romper caminhos, sal- tar encruzilhadas. Algumas portas foram fechadas e tantas outras abertas. Mui- tos dissabores e decepções e muitas alegrias. Nesse percurso perdi tio Henrique, o líder da minha torcida. Depois fo- ram embora vó Carlota e vó Lilinda. Não viveram para ver o final desse traba- lho. Tenho certeza teriam gostado muito. Contudo, não me tornei mulher “de tristes palavras”. Só tenho a agradecer. Agradeço a Deus e a todas as pessoas que de um modo ou de outro cruzaram meus caminhos. Agora sei que tinham mesmo que estar ali. Agradeço ao Programa de Pós-Graduação do Departamento de História da FAFICH/UFMG, seu corpo docente pela acolhida, em especial à Profa. Dra. Adriana Romeiro e Dr. Eduardo França Paiva pela participação em minha ban- ca de Qualificação, cujas contribuições críticas enriqueceram o trabalho. Ao Pro- fessor Eduardo agradeço, ainda, o empréstimo de livros, teses e a acolhida sempre atenta e generosa. À Profa. Dra. Júnia Ferreira Furtado, orientadora desta tese, pela confi- ança em mim depositada, pelo empréstimo de vários livros, pelo apoio constan- te e acima de tudo por compreender todos os percalços, inclusive os emocio- nais, meus sinceros agradecimentos. Ao CNPq e FAPEMIG pela concessão da bolsa de estudo nos primeiros anos do doutorado. Aos funcionários da Biblioteca da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG, Alessandro da Seção de Ensino da Pós- Graduação, Valteir e Kely e demais funcionárias da Secretaria da Pós-Graduação de História, pela cortesia no trato e colaboração. Os acervos dos Arquivos, as bibliotecas, os seminários e encontros, os contatos, as trocas e auxílios de inúmeras pessoas aproximaram-me, ainda mais, do meu objeto de investigação. Portanto, a realização e conclusão desse estudo só foram possíveis com a participação de várias pessoas e instituições com quem partilho agradecimentos. A todos que estiveram comigo nessa empreitada os meus agradecimen- tos. Aos funcionários do Arquivo Público Mineiro pela presteza e atenção. À Maria Elizabeth M. Nascimento do Centro de Documentação e In- formação da Cúria Metropolitana de Belo Horizonte. À Dom Paulo Lopes de Faria, Arcebispo de Diamantina, à época da pesquisa, agradeço a autorização para o acesso irrestrito ao acervo documental do Arcebispado de Diamantina. Ao Monsenhor Flávio Carneiro do Arquivo Eclesiástico de Mariana. À Carla B. Starling de Almeida, funcionária da IPHAN - Arquivo Casa Borba Gato, sempre prestativa e disposta a fornecer todas as informações solici- tadas, além da amizade. À Ivana Parrela, pela generosidade que lhe é peculiar, colocou-me a disposição o acervo do Arquivo de Pitangui para a pesquisa, mesmo sem ter terminado a catalogação. O acesso a essa documentação foi imprescindível para algumas conclusões da tese. A Rosemary Amaral pela inestimável ajuda na transcrição de alguns documentos do Arquivo de Pitangui. À Cleide do Fórum Edmundo Lins – Serro, pela presteza, atenção e aco- lhida, franqueando o acesso à documentação. À Márcia Caetano Borges do Arquivo Público Municipal Olympio Mi- chael Gonzaga de Paracatu - uma das poucas instituições públicas que possui um alentado acervo eclesiástico do século XVIII referente ao Tribunal Eclesiásti- co de Pernambuco - jurisdição a qual pertencia Paracatu até 1854 - cuja ajuda na transcrição de diversos documentos foi fundamental para a finalização da tese. Agradeço ainda a Profa. Dra. Selma Pantoja – UnB, a cessão de docu- mentos e artigos publicados no exterior. Estes foram importantíssimos para a escrita do quinto capítulo da tese. Ao Professor Antonio Manuel Hespanha, agradeço o envio de artigos que muito ajudaram na construção e reflexão das representações sobre as mu- lheres. Ao Professor Renato Pinto Venâncio cujas sugestões, nas mesas de en- contros e congressos, contribuíram para o enriquecimento desse estudo. À Profa. Dra. Ceres Prado, pela versão do resumo da tese para o francês e a Walquíria França Vieira Teixeira e Miriam Santos Jorge pela versão para o inglês. Ao Bruno Flávio L. Fagundes pela revisão da tese. Foi o olhar atento e competente sempre pronto a consertar alguma impropriedade. À Inês Teixeira e Dayse Lúcide Santos pela leitura critica de partes do trabalho. À Thalia Amaral Mourão pela digitação de imensos mapas de popula- ção. Aos diversos colegas da Pós-Graduação, entre eles, Alex, Molinari, Hu- ener, Bel, Samuel Oliveira, Mabel, Miriam Lott, Leonam, Renê e de modo espe- cial, a Miriam Hermeto e Adriano Toledo pela generosidade de partilha de tex- tos, livros e informações. Ao Departamento de História da FAFIDIA/FEVALE/UEMG, ao Dire- tor Sergio Nascimento, à Coordenadora do Departamento de História, Mariuth Santos e aos Colegas Professores, em especial Dayse e Antonio Carlos, por toda colaboração durante todo esse processo de pesquisa e redação da tese. Ao Rangel Cerceau Netto, serei sempre grata pela ajuda inestimável em diversas fases da pesquisa digitalizando documentos, pelas caronas e emprés- timos de livros. Só posso dizer que Deus lhe pague por tudo. Ao Luciano Cerceau, pelo empréstimo de alguns equipamentos que muito auxiliaram na digitalização de parte da documentação, no estágio inicial da pesquisa. Ao Rodrigo Castro Resende por todos os socorros que prestou durante a execução desse trabalho. À Maira Freitas, pelas sugestões bibliográficas, amizade, pela preocu- pação e cuidados. Agradeço o envio do escalda-pés, tão útil durante a maratona que enfrentei nestes últimos meses. À Cristiane Viegas Andrade, agradeço a confecção de parte das tabelas. Ao Marcelo Guerra Amaral – IGC, pela formatação e confecção dos mapas que compõem a tese. Ao Edivaldo Venâncio Oliveira, taxista, amigo que ficava para cima e para baixo levando e trazendo documentos. Obrigado pela presteza e colabora- ção. À Gedey Pimenta Galvão e Lívia Gabriele de Oliveira, minhas primei- ras bolsistas de Iniciação à Pesquisa, pela colaboração quando foi necessário, pelas conversas, trocas e por terem suportado pacientemente meu falatório en- tusiasmado a cada nova descoberta. Aos meus irmãos, em especial Zezé e Maria Antônia, agradeço pelo apoio, tantas vezes necessário, nas emergências e cuidados com meu filho e com a casa, em minhas prolongadas ausências a trabalho ou para a pesquisa e con- gressos. A Silmeire, pela colaboração nas tarefas doméstico-familiares. Aos amigos mais chegados, família construída por laços parentesco, de afinidade, amizade ou de compadrio no decorrer dos anos, em especial aqueles que me acompanharam de perto, Ana Cláudia, Aracy Martins, Cida
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