Cadernos Do GIPE-CIT Nº 36

Cadernos Do GIPE-CIT Nº 36

Cadernos do GIPE-CIT Nº 36 PROCESSOS CRIATIVOS: Educação Somática e Afetos Autores Silvia Pinto Coelho, Débora Bolsanello, Siane de Araújo, Nicole Blach Duarte e Raquel Pires Cavalcanti, Tatiana Nunes da Rosa, Kamilla Mesquita Oliveira e Marília Vieira Soares, Daiane Fonseca Leal, Jussara Miller e Cora Miller Laszlo, Clara Trigo, Felipe Henrique Oliveira Monteiro, Andrea Maciel, Carlos Eduardo Silva, Eduardo Rosa. Organização Alba Pedreira Vieira e Daniel Becker Denovaro Escola de Teatro/Escola de Dança Universidade Federal da Bahia UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas Grupo Interdisciplinar de Pesquisa e Extensão em Contemporaneidade, Imaginário e Teatralidade Avenida Araújo Pinho, 292 - Campus do Canela. CEP 40110-150, Salvador, Bahia, Brasil Tel 00 55 71 3283 7858 / e-mail [email protected] www.ppgac.tea.ufba.br/index.php/publicacoes/cadernos-gipe-cit/ Os Cadernos do GIPE-CIT são uma publicação do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa e Extensão em Contemporaneidade, Imaginário e Teatralidade, criado em 1994 e que deu origem ao programa de Pós- Graduação em Artes Cênicas da UFBA, em 1997, e à Associação Brasileira de Pesquisa e Pós Graduação em Artes Cênicas - ABRACE, em 1998. Propõe-se a divulgar resultados parciais de pesquisas de seus pesquisadores efetivos e associados, professores e estudantes. Com apoio do CNPq (1997/1999), FAPEX e UNEB (1999/2000), e, desde 2004, do PPGAC-UFBA e do PROAP-CAPES, os Cadernos do GIPE-CIT são encontrados em bibliotecas especializadas e nos endereços acima citados. Cadernos do GIPE-CIT Ano XX, n. 36, 2016.1 PROCESSOS CRIATIVOS: Educação Somática e Afetos Coordenação Geral do GIPE-CIT Alba Pedreira Vieira e Daniel Becker Denovaro Conselho Editorial André Carreira (UDESC); Antonia Pereira (UFBA); Beti Rabetti (UNIRIO); Christine Douxami (Univ. Franche Comté); Ciane Fernandes (UFBA; Denise Coutinho (UFBA); Eliana Rodrigues Silva (UFBA); Fernando Mencarelli (UFMG); Gilberto Icle (UFRGS); João de Jesus Paes Loureiro (UFPA); Jorge das Graças Veloso (UnB); Makários Naia Barbosa (UFRN); Sérgio Farias (UFBA). Diagramação e Formatação João Tadeu de Oliveira Rios Capa João Tadeu de Oliveira Rios Revisão Maria Aparecida Viviani Ferraz Ficha Catalográfica por Biblioteca Nelson de Araújo - TEATRO/UFBA Cadernos do GIPE-CIT: Grupo Interdisciplinar de Pesquisa e Extensão em Comtemporaneidade, Imaginário e Teatralidade / Universidade Federal da Bahia. Escola de Teatro / Escola de Dança. Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas - Nº36, setembro, 2016.1. Salvador(BA): UFBA/PPGAC. 249p.; 21 cm Periodicidade semestral ISSN 1516-0173 1. Dança. 2. Teatro. 3. Arte Cênicas. I. Universidade Federal da Bahia. Programa de Pós- Graduação em Artes Cênicas. II. Teatro. Impresso no Brasil em setembro de 2016 Tiragem: 200 exemplares Sumário EDITORIAL ............................................................... 05 Alba Pedreira Vieira e Daniel Becker Denovaro NA CASA-ESPELHO: Propostas de Pensamento Coreográfico ............................................................... 11 Silvia Pinto Coelho VERDADES ANATÔMICAS E INCERTEZAS CINESTÉSICAS: Dançando Educação Somática .... 28 Débora Bolsanello EXPLORANDO O SISTEMA ESQUELÉTICO: uma proposta metodológica ....................................... 49 Siane de Araújo A INFLUÊNCIA DE PRINCÍPIOS SOMÁTICOS EM PROCESSOS DE COMPOSIÇÃO COREOGRÁFICA: Ensaio a partir de uma experiência ........................... 64 Nicole Blach Duarte e Raquel Pires Cavalcanti O TERMO “EDUCAÇÃO SOMÁTICA” perspectivado pela criação em dança no Brasil .......... 86 Tatiana Nunes da Rosa CORPOS COEXISTENTE: dançando a existência .. 105 Kamilla Mesquita Oliv eira e Marília Vieira Soares CONSIDERAÇÕES SOMÁTICO-SISTÊMICAS PARA O ARTISTA CÊNICO PERFORMATIVO ............... 128 Daiane Fonseca Leal A SALA E A CENA: a importância pedagógica de processos criativos em dança e educação somática ... 150 Jussara Miller e Cora Miller Laszlo INSTABILIDADE POÉTICA: conjunto de estratégias artístico-pedagógicas .................... .............................. 168 Clara Trigo EXPERIÊNCIAS PERFORMÁTICAS EM UM CORPO DIFERENCIADO ....................................... 190 Felipe Henrique Oliveira Monteiro ESCRITAS DO CORPO E DA CIDADE .................. 209 Andrea Maciel OLHANDO NOS OLHOS DA MEDUSA: a poética do fracasso em processos de experimentação e criação ......................................................................... 222 Carlos Eduardo Silva AINDA SERIA O CORPO A CASA… DO MOVIMENTO? .................................................. 242 Eduardo Rosa 5 Editorial Os Cadernos do GIPE-CIT, neste número 36, tem como foco “Processos Criativos: Educação Somática e Afetos” e, as- sim, apresenta treze artigos de diferentes pesquisadore/as (12 do Brasil e uma do exterior, Portugal) que atuam com dança, performance, Pilates, propostas da “Escola Vianna”, Teatro e outros. Os textos, selecionados pela íntima relação com a temá- tica, exemplificam a sua complexidade ao abordarem questões teóricas e/ou práticas abarcando diferentes olhares, saberes e experiências. No primeiro artigo, Sílvia Pinto Coelho discute estúdios de dança, e as relações e encontros neles praticados como “má- quinas” de pensamento coreográfico. Nesse sentido, ela propõe que a ética de trabalho que permeia alguns processos de inves- tigação coreográfica são uma “ginástica” do pensamento crítico e um reconhecimento do político – exercício que é praticado dentro dos estúdios e levado para fora dele. Esse jogo de “espe- lhos” fundamenta sua exploração de possibilidades coreográfi- cas desenvolvidas pelos coreógrafos João Fiadeiro, Lisa Nelson, Mark Tompkins e Olga Mesa. Para a autora, essas propostas se apresentam como paradigmas ético-estéticos de produção da- quilo que ainda não se conhece. No segundo artigo, Débora Pereira Bolsanello apresenta de forma panorâmica e introdutória, procedimentos metodoló- gicos desenvolvidos no projeto de extensão “Oito de Dentro: Educação somática e Dança” sob sua coordenação. O objetivo não é treinar o participante por meio da repetição de sequências de dança nem pela memorização de passos. Fundamentado na teoria de Coordenação Motora (Marie Madeleine Béziers e Su- zanne Piret), e nos exercícios do Centre d´Étude et Recherche Caderno GIP-CIT - Ano 20 N.36 - 2016.1 6 em Autorééducation Neuromusculaire (CERA), o projeto pro- põe experimentações nominadas como “Vocábulos Somáticos” que estimulam o “Mover Poético” fora do contexto cênico. Ex- plora-se então possibilidades do jogo, da poética da carne e da imprevisibilidade dos afetos, mas sem perder de vista o rigor da reeducação do movimento. No terceiro artigo, Siane Paula de Araújo apresenta funda- mentos da uma proposta metodológica que desenvolve na sua tese de doutorado na Universidade Federal de Minas Gerais. Nesta proposta, ela estuda interfaces entre técnicas somáticas (incluindo o Body Mind Centering/BMC da norte-americana Bonie Bainbridge Cohen), estudos de anatomia humana e de processos criativos em dança. A autora adota como “condição sine qua non” em suas pesquisas o processo de embodiment, no qual, segundo ela, “a experiência do corpo produz linguagem, ou seja, a forma como expressamos, nossa visão de mundo se dá por um processo não desarticulado do corpo, pelo contrário, nossos conceitos são/estão ‘corporalizados’”. Siane propõe a ‘incorporação’ do sistema esquelético como ponto de partida para o processo criativo em dança. No quarto artigo, Nicole Blach Duarte e Raquel Pires Cavalcanti identificam, brevemente, aspectos históricos ini- ciais das práticas de educação somática, e sua adoção por artis- tas da dança. Em seguida, as autoras identificam possibilidades e desafios da integração dos estudos somáticos na formação do professor de dança. Partindo para um relato experiencial, elas relatam e refletem sobre experiências da disciplina Prática VIII do Curso de Licenciatura em Dança da Universidade Federal de Minas Gerais. Segundo as autoras, nesta disciplina são de- senvolvidos princípios somáticos que embasam a construção de trabalhos autorais de composição coreográfica pelos alunos. Exemplificando com o trabalho solístico de dois alunos, as au- toras sugerem que a somática pode contribuir para uma forma- ção em dança significativa. Caderno GIP-CIT - Ano 20 N.36 - 2016.1 7 No quinto artigo, Tatiana Nunes da Rosa reflete sobre as múltiplas e diversas construções do termo somático, estudo so- mático ou somática em suas relações com a dança no nosso país. Segundo a autora, a dança brasileira há pelo menos quinze anos, tenta aglutinar algumas práticas e propostas sob o termo “edu- cação somática”. Para alguns bailarinos, como a própria autora, o aprendizado de propostas somáticas se dá de maneira difusa, como meio para se aprender uma poética ou a ‘marca’ de um/a coreógrafo/a. Afinal, como ela nos lembra, o “despojamento dos hábitos corporais, [é] um dos grandes objetivos da maior parte das técnicas somáticas.” Ao contrário de encarcerarmos o termo em uma definição, Tatiana entende que estamos em um momento de estranhá-lo para que possamos melhor aproximá- -lo à realidade da dança no Brasil. No sexto artigo, Kamilla Mesquita Oliveira e Marília Vieira Soares discutem relações entre dança, corpo, processos criativos e mitos. Essa discussão é embasada pelo conceito de “Corpo Duradouro” desenvolvido pelo mitólogo Joseph Cam- pbell. Para as pesquisadoras, o corpo é criador e receptáculo das imagens míticas da humanidade. Essa discussão é exemplificada com um relato de caso, na qual trabalharam junto a um grupo

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