TRANSPORTES RODOVIA FORTALEZA-BRASíLIA: URGÊNCIA DE SUA CONCLUSÃO Tendo tido a sua construção iniciada há cêrca de 8 anos pelo DNocs-DeptO Nacional de Obras Contra as Sêcas, a rodovia BR-20 (antiga BR-44 A), Brasília-Barreiras-Picos-Fortaleza, com a exten­ são prevista de 1 909 km, é uma das radiais de maior importância sócio-econômica do Plano Nacional de Viação. Dentre as rodovias em construção é a Que menos recurscs necessita para ser concluída. Decorre êsse menor custo previsto de conclusão não apenas do fato de que são mínimas as obras de arte (pontes e viadutos) existentes em seu traçado, o Qual se desenvolve em linha de "divisor de água" (entre as bacias do Nordeste e S. Francisco, de um lado, e as do Meio-Norte e Tocantins, de outro), como pela topografia e geologia favoráveis. Ademais, já está terraplanada em aproximada­ mente 60% do volume necessário. Axialmente, pode-se mesmo Nonato-Barreiras, em condições considerá-la aberta em "picadas" carroçáveis. em tooa a sua extensão, havendo Dado que a maior parte da re­ trechos de "estrada de La aber­ gião atravessada é de planaltos e tura" que dão trânsito regular, chapadões, com reduzidos índices de pluviosidade, o próprio reves­ como os de Brasília-Barreiras timento primário servirá satisfa­ (600 km), Picos-S. R aimundo tori amente, a baixo custo de con­ Nonato (em grande parte), PI, servação e melhoramentos, para e Fortaleza-Boa Viagem-Tauá a operação da estrada, enquanto (CE). Restam, a concluir, peque­ progressivamente fôr sendo reali­ nos subtrechos dos assinalados e zada a pavimentação de tipo su­ os de Ta u á ~Pico s e S. R aimundo perior. MAI0/1966 67 o SENTIDO DE INTEGRAÇÃO Pôrto Alegre-Jaguarão, BR-222 NACIONAL (antiga BR-22), Fortaleza-Piri­ Com o nôvo Plano Nacional de piri (que se prolonga pelas BR- Viação, Brasília (DF) é hoje o 308 e BR-316, indo até Belém), centro de irradiação das princi­ e, entroncando-se na BR-116, a pais rodovias brasileiras de jm­ BR-304 (Boqueirão do Cesário­ plantação programada para os Aracati-Natal, que se estende próximos decênios. depois pela BR-10 1, "Rodovia Da capital federal, partem ou Litorânea do Brasil"). partirão as radiais BR-10 (Brasí• Em seu traçado de integração lia-Paraná-Belém), BR-20 (Bra­ nacional, a Fortaleza-Brasília in­ sília-Fortaleza), BR-30 (Brasí• tercepta, ainda, entre outras, a Iia-Campinho, no litoral baiano) , BR - 226 (Natal-Teresina-Pôrto BR-40 (Brasília-Belo Horizonte­ Franco-Araguaina), a BR-308 Campos-S. J. da Barra), BR-50 (Icó-Piripiri-Itapicuru Mirim), a (Brasília-Santos), BR-60 (Bra­ BR-316 (Belém-Petrolândia-Ma• sília-Goiânia-Bela Vista MT) , ceió), a BR-230 (Cabedelo-Cam­ BR-70 (Brasília-Cuiabá-Frontei• pina Grande-Carolina, a BR-235 ra da Bolívia) e BR-80 (Brasí• (Aracaju-Petrolândia-Araguace• lia-Manaus-Fronteira da Colôm• ma) e a BR-242 (S. Roque-Bar­ bia), além da passagem de ou­ reiras-Vale do Xingu-Pôrto Ar­ tras rodovias longitudinais e tur). transversais. De Fortaleza, além da BR-20, PERSPECTIVAS SÓCIO· partem as BR-116 (antiga BR- DEMOGRÁFICAS E ECONÕMICAS 13), Fortaleza-Feira de Santana Interligando Fortaleza, o Su­ (BA)-Volta Redonda-S. Paulo- doeste Cearense e a porção semi- BANCO BOA VISTAS. A. UMA COMPLETA ORGANIZAÇÁO BANCARIA • DEPÓSI'I.'OS - E~IPResTDlOS - DESOONTOS E OPERAÇõES DE CA~mIO E~I GERAL • Só opera no Rio de Janeiro Capital e Reservas c,) )) .G I9.IRI.2'1I RODOVIA FORTALEZA - BRASILlA 8R - 20 '. I ... ... G ~RA 1$ árida do Sudeste Piauiense, ao gencia ou intercepta o Norte. o mediterràneo S. Francisco-To­ Meio-Norte, o Nordeste. o Leste cantins e ao Planalto Central. a Setentrional e o Centro-Oeste. radial BR-20 permite não apenas Ao longo de seu traçado. assi­ a relocalização de excedentes de­ nalam-se as grandes plantações mográficos em áreas mais favo­ de algodão, na "arte central do ráveis ao povoamento e coloni­ Ceará, as formações de palmá­ zação, como a abertura de novas ceas e coqueirais do Piauí e as "fronteiras dinâmicas" de ocupa­ culturas de algodão e cereais na ção territorial numa área que tan- Bahia, ao lado da criação do MAfO/1966 69 g~d.o tanto nesse Estado como sa l terá de viajar pouco mais de no Piauí. 2 mil km para chegar à região Por outro lado, a eletrificação pecuária do Brasil Central. regional através das linhas da Ademais, o arroz, o feijão e o C'HEsF-Cia Hidrelétrica do S. milho, de pr c1jução goiana, mi­ Francisco e de seus sistemas sub­ neira e mato-grossense, pcderão sidiários, e, futuramente, das li ­ suplementar o abastecimento nhas da cOHEBE-Cia. Hidrelétri­ nordestino, especialmente nos ca da Bôa Esperança ( R io Par­ perío1dos de inclemência climáti­ naíba), ou. em futuro mais re­ ca, em condições bem mais eco­ moto, também, do sistema To­ nômicas de transporte e supri­ cantins-Paraná, completa ° con­ mento em 2 mil km de percurso junto de condições essenciais rodoviário, do que pela via mista ao surto de desenvolvimento re­ tradicional extremamente mais gional. aliás já assinalado em alongada ( 4200 km) . certas áreas. CONCLUSÃO TRJNÓM~O CARNE-SAL-CEREAlS A rodovia Fortaleza-Brasília, A curto prazo, porém, onde p3- em grande parte já aberta em rece residir a maior importância condições de estrada pioneira, da conclusão da rodovia Fortale­ apresenta-se hoje como um dos za-Brasília é na possibilidade de investimentos de menor prazo de ampliação da pecuária de tôda a maturação e a menores custos, área servida pela estrada e no en­ com resultados sócio-econômicos curtamento, à metade, do atual de largo alcance dos mais ime­ percurso marítimo-terrestre que diatos. o sa l nordestino (de Areia Bran­ Reunindo as condições de via ca e Macau, principalmente) rea­ relevante de integração nacional, liza para chegé'r até o Brasil Cen­ de promoção do mercado inter­ tral. no, e de solução de problemas só­ De fato, atualmente o sal nor­ cio-demográfi cos. inclusive de destino viaja perte de 3 mil km emprêgo a trabalhadores nordes­ ao longo do literal, para chegar tinos nos serviços de sua conclu­ até Santos, onde é baldeado para são, essa estrada de rodagem transporte terrest"'e, percorrendo muito poderá vi r a significar na mais 1 200 km, o que totaliza própria solução do transporte 4200 km de trajeto misto (ma­ econômico do sal nordestino ao rítimo-terrestre). Pela rodovia Brasil Central e na garantia per­ BR-20 (incluindo o trecho Areia manente de abastecimento regu­ Branca-Mossoró-Boa Viagem), o lar de cereais ao Nordeste. 70 CONJUNTURA EC ONõM ICA .
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