Plano De Manejo Do Parque Estadual De Terra Ronca – PETER - FASE 1

Plano De Manejo Do Parque Estadual De Terra Ronca – PETER - FASE 1

Plano de Manejo do Parque Estadual de Terra Ronca – PETER - FASE 1 ENCARTE I INFORMAÇÕES GERAIS DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO Plano de Manejo do Parque Estadual de Terra Ronca – PETER - FASE 1 1.1 Ficha Técnica da Unidade de Conservação Nome da Unidade: PARQUE ESTADUAL DE TERRA RONCA – PETER Órgão Responsável: Agencia Ambiental de Goiás Endereço da sede: Zona rural, município de São Domingos/GO Telefone: (62) 439-6005 Fax: (62) 439-6005 e-mail: [email protected] Superfície (ha): 57.018 ha Perímetro (km): 174 km Municípios que abrange e São Domingos: 17% percentual abrangido pelo Guarani de Goiás: 0,07% parque no município: Coordenadas Geográficas: NORTE 13°29’03” S e 46°23’06”Wgr.; SUL 13°48’53” S e 46°20’45”Wgr.; LESTE 13°35’29” S e 46°10’00”Wgr., OESTE 13°33’04” S e 46°28’01”Wgr Data da criação e número Lei 10.879, de 7 de julho de 1989. do Decreto: Decreto nº 5.558, de 18 de fevereiro de 2002. Marcos importantes Pórticos em todas as entradas do Parque (limites): (estradas); Norte: entroncamento oblíquo entre as estradas estaduais GO-110 e GO-536; Sul: Rio São Bernardo, APA; Leste: Serra Geral de Goiás, APA e divisa com a Bahia; Oeste: GO-110. Bioma e fitofisionomias: O Parque Estadual Terra Ronca, se enquadra dentro do Domínio Morfoclimático e Fitogeográfico dos Cerrados. As principais fitofisionomias encontradas no PETER são Mata Seca Calcária, Matas ribeirinhas (Ciliar e de Galeria), Vereda, Cerrado sentido restrito, Campo sujo e limpo e Palmerais. Atividades desenvolvidas: Educação ambiental: Sim Uso público: Sim Fiscalização: Sim Pesquisa: Sim Atividades de uso público: Educação ambiental, visitação, lazer, turismo de aventura, espeleologia, festas religiosas. Atividades conflitantes: Permanência de população residente, atividades agropastoris, estradas, áreas degradadas. E1-1 Plano de Manejo do Parque Estadual de Terra Ronca – PETER - FASE 1 1.2 Acesso à Unidade O Parque Estadual de Terra Ronca dista 550Km de Brasília e 700Km de Goiânia. Partindo de Goiânia, segue-se pela BR-153 até Anápolis, percorrendo cerca de 55Km, daí, pela BR-060, até Brasília, percorrendo cerca de 157Km, segue-se pela BR-020, passando pelo município de Formosa, daí para Alvorada do Norte, até o município de Posse, percorrendo cerca de 328Km, segue-se por acesso secundário até Guarani de Goiás, percorrendo cerca de 39Km, daí seguindo sentido São Domingos/GO, percorrendo aproximadamente 32Km encontra-se o Portal de acesso ao PETER. Para a sede do PETER, percorre-se mais 20Km até o Povoado de São João, seguindo-se por estrada vicinal à esquerda percorrendo cerca de 12Km, sentido GO-110. 1.3 Histórico e Antecedentes Legais O PETER foi criado pela Lei Nº10.879 de 07 de julho de 1989 e teve sua área e limites estabelecidos pelo Decreto nº 4.700, de 21 de agosto de 1996, com o objetivo de preservar a fauna, a flora, os mananciais e, em particular, as áreas de ocorrência de cavidades naturais subterrâneas e seu entorno, existentes no Município de São Domingos, protegendo sítios naturais de relevância ecológica e reconhecida importância espeleológica, assegurando e proporcionando oportunidades controladas para uso pelo público, educação e pesquisa científica. O Decreto 5.558 de 18 de fevereiro de 2002 decretou a área como de utilidade publica para fim de desapropriação e deu outras providencias, descrevendo normas com relação a permanência de populações tradicionais na área do PETER. Em ato posterior a criação do PETER, o Governo Estadual publicou o Decreto nº 4.666, de 16 de abril de 1996, onde o Poder Executivo do Estado de Goiás declara como Área de Proteção Ambiental (APA) denominada Serra Geral de Goiás, porção territorial do Estado, localizada nos municípios de São Domingos e Guarani de Goiás. A criação desta APA tem o objetivo de garantir a proteção e preservação do entorno do Parque Estadual de Terra Ronca e, em especial, das encostas da Serra Geral de Goiás, que constituem patrimônio ambiental e paisagístico de singular beleza cênica; das nascentes e bacias dos rios, responsáveis pela formação das cavidades naturais subterrâneas; e da fauna e da flora dos ecossistemas locais, que abrigam espécies endêmicas, raras ou ameaçadas de extinção, bem como controlar o uso e a ocupação do solo na região. E1-2 Plano de Manejo do Parque Estadual de Terra Ronca – PETER - FASE 1 Em 1998 foi elaborado um projeto para a implantação do Parque de Terra Ronca, na qual as obras previstas encontram-se em fase de acabamento, após os contratos terem sidos revistos pela Comissão de Revisão de Contratos do Governo do Estado de Goiás. Uma das obras mais importantes, o Centro de Visitação, foi iniciadas em áreas de particulares, ainda não adquiridas pelo Estado, o que impediu o seu prosseguimento. Foram colocados portais nas entradas que dão acesso ao Parque. 1.4 Origem do Nome O nome Terra Ronca provém dos ruídos gerados pelas águas que atravessam uma grande gruta, quando do contato desta com as rochas ali presentes. Dando nome assim a gruta, ao local e posteriormente a Unidade de Conservação. E1-3 Plano de Manejo do Parque Estadual de Terra Ronca – PETER - FASE 1 Figura 1.1 – Principais acessos rodoviários ao Parque Estadual de Terra Ronca – PETER. E1-4 Plano de Manejo do Parque Estadual de Terra Ronca – PETER - FASE 1 ENCARTE II CONTEXTO FEDERAL E ESTADUAL Plano de Manejo do Parque Estadual de Terra Ronca – PETER - FASE 1 2.1 Contexto Federal Este tópico visa apresentar o contexto nacional de Unidades de conservação, permitindo enquadrar a unidade de conservação em pauta dentro do Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC. 2.1.1 Descrição do Sistema Nacional de Unidades de Conservação No Brasil, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC (Lei 9.985 de 18/06/2000 e Decreto 4.340 de 22/08/2002) esta desenhado de modo a ordenar as áreas protegidas de uso indireto e direto dos recursos, nos níveis federal, estadual e municipal. Os objetivos de manejo das diversas categorias de unidades de conservação são diferenciados, embora sendo todos planejados de forma que os objetivos nacionais de conservação sejam atingidos. Segundo o SNUC, entende-se por Unidade de Conservação (UC):” espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção”. No SNUC apresenta-se como principal função da criação de uma Unidade de Conservação a conservação da natureza, sendo esta baseada no manejo do uso humano da natureza, compreendendo a preservação, a manutenção, a utilização sustentável, a restauração e a recuperação do ambiente natural, para que possa produzir o maior benefício, em bases sustentáveis, às atuais gerações, mantendo seu potencial de satisfazer as necessidades e aspirações das gerações futuras e garantindo a sobrevivência dos seres vivos em geral. Este sistema constitui-se, portanto, em um instrumento amplo, porém integrado, que visa garantir a manutenção dos processos ecológicos desenvolvidos em amostras dos diferentes ecossistemas do país (SNUC, 2000). Neste sentido, o SNUC define nos seus Artigos 4o e 5o seus objetivos e diretrizes, apresentados a seguir: - Art. 4o: O SNUC tem os seguintes objetivos: I - contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos no território nacional e nas águas jurisdicionais; E2-1 Plano de Manejo do Parque Estadual de Terra Ronca – PETER - FASE 1 II - proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e nacional; III - contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais; IV - promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais; V - promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no processo de desenvolvimento; VI - proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica; VII - proteger as características relevantes de natureza geológica, geomorfológica, espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural; VIII - proteger e recuperar recursos hídricos e edáficos; IX - recuperar ou restaurar ecossistemas degradados; X - proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento ambiental; XI - valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica; XII - favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a recreação em contato com a natureza e o turismo ecológico; XIII - proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente. - Art. 5o: O SNUC será regido por diretrizes que: I - assegurem que no conjunto das unidades de conservação estejam representadas amostras significativas e ecologicamente viáveis das diferentes populações, habitats e ecossistemas do território nacional e das águas jurisdicionais, salvaguardando o patrimônio biológico existente; II - assegurem os mecanismos e procedimentos necessários ao envolvimento da sociedade no estabelecimento e na revisão da política nacional de unidades de conservação; III - assegurem a participação efetiva das populações locais na criação, implantação e gestão das unidades de conservação; IV - busquem o apoio e a cooperação de organizações não- governamentais, de organizações privadas e pessoas físicas para o desenvolvimento de estudos, pesquisas científicas, práticas de educação ambiental, atividades de lazer

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