Manual De Legislação Europeia Sobre O Acesso À Justiça

Manual De Legislação Europeia Sobre O Acesso À Justiça

MANUAL Manual de legislação europeia sobre o acesso à justiça © Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia e Conselho da Europa, 2016 A original do presente manual foi concluído em janeiro de 2016 As futuras atualizações do manual ficarão disponíveis no site da FRA em fra.europa.eu e no site do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, sob o menu «Case-Law», em www.echr.coe.int. Reprodução autorizada, mediante indicação da fonte. Europe Direct é um serviço que responde às suas perguntas sobre a União Europeia Linha telefónica gratuita (*): 00 800 6 7 8 9 10 11 (*) As informações prestadas são gratuitas, tal como a maior parte das chamadas, embora alguns operadores, cabinas telefónicas ou hotéis as possam cobrar. Crédito das fotos (capa e interior): © iStockphoto Mais informações sobre a União Europeia na Internet, via servidor Europa (http://europa.eu). Luxemburgo: Serviço das Publicações da União Europeia, 2016 CdE: ISBN 978-92-871-9875-4 FRA – print: ISBN 978-92-9491-118-6 doi:10.2811/57077 TK-04-15-940-PT-C FRA – web: ISBN 978-92-9491-113-1 doi:10.2811/3565 TK-04-15-940-PT-N O presente manual foi redigido em inglês. O Conselho da Europa (CdE) e o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) não se responsabilizam pela qualidade das traduções para outras línguas. As opiniões expressas no presente manual não vinculam o CdE nem o TEDH. O manual refere uma seleção de comentários e manuais. O CdE e o TEDH não assumem qualquer responsabilidade pelo seu conteúdo e a sua inclusão nesta lista não implica nenhum tipo de aprovação dessas publicações. São enumeradas outras publicações nas páginas de internet da biblioteca do TEDH em: www.echr.coe.int. Manual de legislação europeia sobre o acesso à justiça Prefácio O presente manual sobre o acesso à justiça na Europa é elaborado conjuntamente pela Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia (FRA) e o Conselho da Europa, em colaboração com a Secretaria do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Trata-se do quinto de uma série de manuais sobre a legislação europeia elaborados pelas nossas organizações. Os manuais anteriores incidiram sobre a direito europeu de luta contra a discriminação, a direito europeu em matéria de asilo, fronteiras e imigração, a direito europeu sobre a proteção de dados e a direito europeu relativa aos direitos da criança. Atendendo à reação positiva aos manuais precedentes, decidimos cooperar noutro tema extremamente atual: o acesso à justiça. O acesso à justiça não é apenas um direito em si mesmo, mas também um instrumento que permite a aquisição de capacidades e competências fulcrais para tornar os demais direitos uma realidade. O presente manual sintetiza os princípios jurídicos fundamentais europeus no domínio do acesso à justiça. Procura sensibilizar e melhorar os conhecimentos das normas jurídicas relevantes definidas pela União Europeia e pelo Conselho da Europa, designadamente através da jurisprudência do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) e do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH). O manual foi criado para servir de guia prático a juízes, magistrados do Ministério Público e profissionais da justiça envolvidos em litígios na UE e nos Estados-Membros do Conselho da Europa. Também as organizações não- governamentais e outros organismos que prestam assistência às vítimas no acesso à justiça vão considerar o manual útil. Gostaríamos de agradecer ao Centro de Apoio Jurídico dos Direitos Humanos da Universidade de Nottingham, Reino Unido, pelo seu contributo. Agradecemos igualmente à Comissão Europeia para a Eficiência da Justiça do Conselho da Europa (CEPEJ) pelo seu envolvimento nas fases incipientes de preparação do presente manual e à DG Justiça e Consumidores da Comissão Europeia pelos contributos prestados durante a redação. Por último, gostaríamos de expressar o nosso reconhecimento à juíza Maria Berger do Tribunal de Justiça da União Europeia pelos seus valiosos comentários durante a fase de redação final. Gostaríamos de agradecer a José Álvaro Afonso, coordenador da Unidade Temática relativa ao Direito à Justiça e à Segurança do Provedor de Justiça, pela revisão jurídica da versão portuguesa deste manual. Philippe Boillat Michael O’Flaherty Diretor-Geral dos Direitos Humanos Diretor da Agência dos Direitos e do Estado de direito Fundamentais da União Europeia Conselho da Europa 3 Índice PREFÁCIO ....................................................................................................................... 3 PRÁTICAS PROMISSORAS ........................................................................................... 8 ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS .................................................................................. 9 COMO UTILIZAR O MANUAL ..................................................................................... 11 1 O QUE SIGNIFICA O ACESSO À JUSTIÇA? ........................................................... 15 Questões fundamentais ...................................................................................... 16 2 UMA AUDIÇÃO PÚBLICA E EQUITATIVA PERANTE UM TRIBUNAL INDEPENDENTE E IMPARCIAL E OUTRAS INSTÂNCIAS .................................. 25 2.1. Acesso à justiça através dos órgãos jurisdicionais .............................. 27 Questões fundamentais ...................................................................................... 27 2.1.1. Direito de acesso aos tribunais .................................................. 27 2.1.2. Definição de «tribunal» ............................................................... 33 2.2. Independência e imparcialidade dos tribunais ������������������������������������ 37 Questões fundamentais ...................................................................................... 37 2.3. O que é um julgamento público e equitativo? ..................................... 43 Questões fundamentais ...................................................................................... 43 2.3.1. Um processo equitativo �������������������������������������������������������������� 44 2.3.2. Uma audição pública ................................................................... 49 2.4. Outras vias para a justiça ......................................................................... 52 Questões fundamentais ...................................................................................... 52 2.4.1. Instâncias não judiciais ................................................................ 53 2.4.2. Resolução alternativa de litígios ................................................ 55 3 APOIO JUDICIÁRIO ................................................................................................ 61 3.1. Apoio judiciário em processos não penais ............................................ 63 Questões fundamentais ...................................................................................... 63 3.1.1. Âmbito de aplicação �������������������������������������������������������������������� 63 3.1.2. Avaliações financeira e do mérito ............................................ 68 3.2. Apoio judiciário em processos penais ................................................... 71 Questões fundamentais ...................................................................................... 71 3.2.1. Âmbito de aplicação �������������������������������������������������������������������� 71 3.2.2. Avaliação dos recursos financeiros ........................................... 73 3.2.3. Avaliação dos interesses da justiça ........................................... 74 5 4 DIREITO DE SE FAZER ACONSELHAR, DEFENDER E REPRESENTAR EM JUÍZO ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 79 4.1. Direito de se fazer aconselhar, defender e representar em juízo em processo não penal ................................................................... 81 Questões fundamentais ...................................................................................... 81 4.1.1. Âmbito de aplicação �������������������������������������������������������������������� 81 4.1.2. Assistência jurídica prática e efetiva ........................................ 82 4.2. Direito de se fazer aconselhar, defender e representar em juízo em processo penal ......................................................................... 85 Questões fundamentais ..................................................................................... 85 4.2.1. Âmbito de aplicação ������������������������������������������������������������������� 85 4.2.2. Qualidade da assistência jurídica .............................................. 90 4.2.3. Assistência jurídica escolhida pela própria pessoa ................ 92 4.2.4. Tempo e meios necessários para a preparação da sua defesa ............................................................................................. 93 4.2.5. Renúncia ....................................................................................... 95 4.3. Direito a autorrepresentação ................................................................. 97 Questões fundamentais ..................................................................................... 97 5 DIREITO A UM RECURSO EFETIVO .................................................................... 101 5.1. O que é um recurso efetivo? ................................................................. 103 Questões fundamentais .................................................................................... 103 5.1.1.

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