O CONTRIBUTO DA ICONOGRAFIA MUSICAL NA PINTURA QUINHENTISTA PORTUGUESA, LUSO-FLAMENGA E FLAMENGA EM PORTUGAL, PARA O RECONHECIMENTO DAS PRÁTICAS MUSICAIS DA ÉPOCA: FONTES E MODELOS UTILIZADOS NAS OFICINAS DE PINTURA. VOLUME I Sónia Maria da Silva Duarte ___________________________________________________ Dissertação de Mestrado em Ciências Musicais SETEMBRO, 2011 Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Ciências Musicais – Musicologia Histórica, realizada sob a orientação científica da Professora Doutora Maria Adriana de Matos Fernandes Latino. 2 AGRADECIMENTOS O carácter interdisciplinar e pluridisciplinar deste trabalho contaram com a disponibilidade e apoio, a começar pela Professora Doutora Adriana Latino que aceitou orientá-lo, e à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Agradeço ao Prof. Doutor Manuel Carlos de Brito, com quem comecei a trilhar a iconografia musical na pintura portuguesa, e aos meus professores dos Seminários de Musicologia Histórica, nomeadamente, ao Prof. Doutor Manuel Pedro Ferreira, Prof. Doutor David Cranmer, Prof.ª Doutora Bernadette Nelson, Prof. Doutor Paulo Ferreira de Castro, Prof.ª Doutora Luísa Cymbron, Prof.ª Doutora Salwa Castelo-Branco, Prof. Doutor João Soeiro e Prof. Doutor Mário Vieira de Carvalho com quem produzi esquissos que me levariam à escolha final deste tema de dissertação. À Dr.ª Maria Helena Ferraz Trindade, directora do Museu da Música, pelas vezes que me facilitou cambiatas nas jornadas de trabalho, permitindo, assim, conciliar o trabalho profissional naquela Instituição com o trabalho de Dissertação em mãos; aos meus colegas do Museu da Música, sobretudo, à Helena Miranda e ao Rui Nunes, com quem partilhei alguns pensamentos. Aos directores e técnicos dos vários museus e casas-museus que acederam às minhas solicitações, abrindo-me as reservas e fornecendo a documentação que havia pedido tornando mais produtivo o meu trabalho em campo. Por tal, agradeço à Dr.ª Virgínia Gomes (MNMC) pela visita e documentação; ao Dr. José Alberto Seabra (MNAA) pela visita às reservas; ao Dr. Carlos Anunciação (MMLT) pela documentação e extraordinária recepção; à Dr.ª Alcina Silva (MGV) por todas as informações; à Dr.ª Ana Sousa do Convento de S. Francisco por toda a disponibilidade; à Dr.ª Teresa Vilaça da Casa-Museu Medeiros e Almeida pela prestimosa simpatia e bibliografia; à Dr.ª Elsa Afonso e técnicas do Museu Municipal de Alcochete por toda a disponibilidade e documentação fornecida; ao Dr. Vítor Sousa do ME por toda a documentação e diligências; ao Dr. Carlos Matos do Museu de Arte Sacra de Arouca pela disponibilidade; ao Cabido da Sé de Braga pela útil documentação fotográfica que me enviou; ao Prof. Doutor Fernando António Baptista Pereira e Dr.ª Ana Stoyanoff do 3 Museu de Setúbal/Convento de Jesus pela bibliografia fornecida e inesquecível simpatia; à Dr.ª Fátima Eusébio do Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu pela visita às reservas do Seminário Maior; ao Dr. Artur Goulart e Dr. Jorge Moleirinho do Inventário do Património Cultural Móvel da Arquidiocese de Évora pela documentação fornecida e aberta colaboração; ao Prof. Doutor José António Falcão do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja/ Museu de Arte Sacra de Santiago do Cacém pelos importantes esclarecimentos e notas bibliográficas; ao Dr. José Alberto Borralho do Museu de Torres Novas pela documentação fotográfica; ao Dr. João Ventura do Museu de Arte Sacra de Sesimbra pela visita ao espaço museológico e bibliografia fornecida; ao Dr. Jorge Duarte da Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta pelas informações; ao Dr. Filipe Ferreira da Câmara Municipal de Góis pelas diligências e documentação; à Dr.ª Mercedes Cerón do The National Gallery por toda a documentação e simpática recepção; ao Dr. Edmundo Freitas do MASF pela valiosa documentação fotográfica; às Prof.ª Doutora Sara Schroth, Dr.ª Lee Nisbet e Dr.ª Kelly Woolbright do Nasher Museum of Art por toda a documentação fotográfica e, claro, à conservadora-restauradora Ruth Barach Cox pelo acesso ao relatório de conservação e restauro da peça usada no nosso corpus; à Dr.ª Maria João Gomes do Igespar por toda a disponibilidade e simpatia; à Dr.ª Nazareth Escobar da Biblioteca do Instituto Português de Conservação e Restauro por todas as diligências e aberta colaboração; ao Tenente-coronel Reis do Colégio Militar de Benfica pela visita ao espaço de culto; à Divisão de Documentação Fotográfica do Instituto dos Museus e da Conservação, I. P., nomeadamente, a Tânia Olim, José Pessoa, Luís Pavão e Carlos Monteiro. Das colecções particulares agradeço ao Dr. Álvaro Sequeira Pinto e ao conservador-restaurador Manuel Campos das Zenoficinas por ter sido possível acompanhar, in situ, a fase inicial do restauro da tábua dedicada a Nossa Senhora das Neves; ao Dr. João de Saldanha, proprietário da capela particular do Solar da Oliveira pelos importantes esclarecimentos; aos proprietários sensíveis e esclarecidos de uma importante colecção - que inclui, entre outras peças, uma pintura atribuída a Gregório Lopes tida como de paradeiro desconhecido desde a década de 70 do séc. XX mas, felizmente e como pude constatar, em bom estado de conservação e colocada em sítio digníssimo - pela disponibilidade; agradeço também aos proprietários de um retábulo da 2.ª metade do séc. XVI por toda a disponibilidade e visita aos painéis in situ. 4 Agradeço a professores e colegas de outras áreas e faculdades, nomeadamente, à Prof.ª Doutora Ana Pereira do Departamento de Conservação e Restauro da UNL/FCT pela documentação fotográfica de infravermelhos fornecida; ao conservador-restaurador Carlos Nodal Monar pelas fotografias que me facultou; ao conservador-restaurador José Mendes pela disponibilidade e informações; ao conservador-restaurador Frederico Henriques (FCT) pelas fotografias cedidas; à Dr.ª Lília Esteves pelo estudo de dendocronologia às duas tábuas do Museu da Música; ao Prof. Doutor Vítor Serrão (FLUL) pelos valiosos esclarecimentos; à Prof.ª Doutora Isabel Santa Clara (Universidade da Madeira) pelas fotografias cedidas; à Dr.ª Rita Rodrigues (Madeira) pela bibliografia; ao Dr. Rui Camacho (Madeira) pela documentação fotográfica; à Dr.ª Mónica Duarte de Almeida pelas fotografias cedidas; à mestre Joana Pinho pelas informações relativas às Misericórdias; à pintora Maria Lucília Moita pelas valiosas informações relativas a uma importante exposição de pintura ocorrida na década de 70, em Abrantes; ao luthier veneziano Stefano Pio pelos esclarecimentos sobre cordofones friccionados. Aos párocos que me receberam nos espaços de culto, nomeadamente, Pe. Daniel Gomes Almeida (Igreja Matriz de Arruda dos Vinhos); Pe. José Dionísio (Igreja Matriz de Aldeia Viçosa); Pe. Cunha (Igreja de N.ª S.ª da Assunção de Sardoura); Pe. Carlos (Igreja Matriz de Góis); Pe. Ricardo Franco (Igreja Matriz da Lourinhã); ao Sr. Cónego Sílvio Henriques (Seminário Maior de Viseu); ao Sr. Provedor Horácio Mourão de Sousa (Misericórdia de Abrantes). Aos “guardadores de chaves” de igrejas, capelas, ermidas e santuários, figuras de singular valor pelo estimável contributo na salvaguarda do património móvel e imóvel que, com entusiasmo e curiosidade, me receberam, demonstrando sempre um enorme sentido de responsabilidade pelo património que “guardam”, nomeadamente, a Pedro Mendonça (Brotas, Mora), ao Sr. Caetano (S. João de Tarouca), ao Sr. Edgar (Mosteiro de Ferreirim), ao Sr. António (Paroquial de Meijinhos) e à Junta de Freguesia de Terena. Por fim, mas não em ordem de importância, à minha família, ao Eng. Pedro Sousa, à Dr.ª Isabel Aguiar, à Dr.ª Sandra Barbosa, à Dr.ª Armanda Canhota (Misericórdia do Porto). Aos músicos João Mateus, Pedro Castro, R. Bettencourt e Isabel Monteiro pela amizade e bibliografia cedida. 5 Ao Rui que viveu comigo este trabalho 6 RESUMO O CONTRIBUTO DA ICONOGRAFIA MUSICAL NA PINTURA QUINHENTISTA PORTUGUESA, LUSO-FLAMENGA E FLAMENGA EM PORTUGAL, PARA O RECONHECIMENTO DAS PRÁTICAS MUSICAIS DA ÉPOCA: FONTES E MODELOS UTILIZADOS NAS OFICINAS DE PINTURA. Sónia Maria da Silva Duarte PALAVRAS-CHAVE: iconografia musical, pintura portuguesa, luso-flamengos, flamengos, pintura quatrocentista, pintura quinhentista, cordofones, aerofones, idiofones, membranofones, notação musical. Está por fazer o estudo da iconografia musical na pintura retabular portuguesa, luso- flamenga e flamenga em Portugal, entre o final da Idade Média e o Renascimento, que abranja, não só as obras vivas dos Museus Nacionais e os Museus Municipais – espaços, por excelência, de acolhimento, conservação, salvaguarda e divulgação de peças – mas que se estenda a outros microespaços como misericórdias, santuários, capelas públicas, oratórios, capelas privadas/colecções particulares e igrejas paroquiais. Abandonado o único projecto que se anunciava maior – o inquérito de 1976, pela Direcção-Geral do Património Cultural, às Juntas Distritais, Câmaras Municipais, Governos Civis, Bibliotecas, Arquivos e Museus do país – que visava o levantamento de toda a iconografia musical em Portugal nas mais diversas manifestações artísticas, cumpre-nos agora analisar o pouco que foi feito por falta de verbas e pensar noutras soluções que caminhem no sentido da construção de uma futura empreitada multidisciplinar, privilegiando, por ora, a pintura sobre madeira desde o exemplo mais remoto encontrado, A Virgem com o Menino e Anjos de Álvaro Pires de Évora até às tábuas que nos aproximam de 1580, como a Assunção de Portalegre.
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