Relatório de Actividade do Provedor do Ouvinte do Serviço Público de Radiodifusão Sonora Ano de 2006 Para análise da Entidade Reguladora da Comunicação Social Lisboa, Fevereiro de 2007. 2 ÍNDICE Introdução 4 PARTE I 5 ACÇÕES CONJUNTAS DOS DOIS PROVEDORES 5 PESQUISA E PREPARAÇÃO 7 PRIMEIRA SISTEMATIZAÇÃO 10 RÁDIO : UM CONTRATO DE COMUNICAÇÃO 12 O SERVIÇO PÚBLICO E O OUVINTE 14 A FIGURA DO PROVEDOR 18 SEGUNDA SISTEMATIZAÇÃO: POSICIONAMENTO E ACÇÃO - DUAS TENDÊNCIAS 20 PREVISÍVEIS DIFICULDADES 23 RAZÕES PARA UMA OPÇÃO : O MEU POSICIONAMENTO 27 ÚLTIMAS REFLEXÕES ANTES DA ACÇÃO 28 PARTE II 30 PRIMEIRO CAPÍTULO - MODOS DE CONTACTO 30 SEGUNDO CAPÍTULO - AS MENSAGENS 35 ÁREAS TEMÁTICAS 38 ANTENA 1 39 ANTENA 2 41 ANTENA 3 42 RDP INTERNACIONAL 43 RDP ÁFRICA 44 RDP AÇORES 44 RDP MADEIRA 44 JORNALISMO E INFORMAÇÃO 45 DESPORTO 47 LÍNGUA PORTUGUESA 48 TECNOLOGIAS 49 ASSUNTOS INDIFERENCIADOS E ACÇÃO DO PROVEDOR 50 TERCEIRO CAPÍTULO - PROCESSAMENTO DAS MENSAGENS 54 QUARTO CAPÍTULO - O PROGRAMA DO PROVEDOR : CONCEITO , PRODUÇÃO , FORMATO E HORÁRIOS DE EMISSÃO 56 CONJUNTO DOS RESUMOS DE CONTEÚDOS 61 TEMÁTICAS ABORDADAS 62 AS ANÁLISES DO PROVEDOR , PROGRAMA A PROGRAMA – PROGRAMA #1 – 09.S ET .06 63 PROGRAMA #2 – 16.S ET .06 64 Relatório de Actividade 2006 3 PROGRAMA #3 – 23.S ET .06 66 PROGRAMA #4 – 30.S ET .06 68 PROGRAMA #5 – 07.OUT .06 71 PROGRAMA #6 – 14. OUT .06 74 PROGRAMA #7 – 21. OUT .06 75 PROGRAMA #8 – 28. OUT .06 78 PROGRAMA #9 – 04.NOV .06 79 PROGRAMA #10 – 11.NOV .06 82 PROGRAMA #11 – 18.NOV .06 86 PROGRAMA #12 – 25.NOV .06 87 PROGRAMA #13 – 02.DEZ .06 90 PROGRAMA #14 – 09.DEZ .06 92 PROGRAMA #15 – 16.DEZ .06 93 QUINTO CAPÍTULO - A PÁGINA DO PROVEDOR : 96 PARTE III 98 APRECIAÇÕES FINAIS 98 ANEXOS A - ESTATUTO DO PROVEDOR DO OUVINTE E DO PROVEDOR DO TELESPECTADOR 103 B - ACTUAL FORMULÁRIO PARA ENVIO DE MENSAGENS ATRAVÉS DA PÁGINA DO PROVEDOR 106 C - PERCENTUAIS DE CONTEÚDOS EMITIDOS NA ANTENA 1 107 D - REFLEXÕES DO PROVEDOR DO OUVINTE SOBRE O TEXTO DA LEI 2 / 2006 108 Relatório de Actividade 2006 4 Introdução Este primeiro Relatório anual de Actividade constitui uma das competências atribuídas ao Provedor do Ouvinte, expressas na Lei 2/2006, de 14 de Fevereiro e reporta-se ao período de implantação da Provedoria do Ouvinte. Deveria ser remetido à Entidade Reguladora para a Comunicação Social até á presente data e divulgado pelo Operador do Serviço Público, com o sentido de expor à consideração dos Públicos a análise sistematizada da implantação da Provedoria, entre a data de início da actividade (em 18 de Abril transacto) e o final do ano de 2006, considerando, designadamente, o Estatuto dos Provedores (conjuntamente criado pelos Provedores do Ouvinte e do Telespectador), a utilização pelos Públicos dos canais de contacto estabelecidos, os modos de acção do Provedor e ainda a aferição dos resultados deste exercício. A estrutura do Relatório está composta em três Partes e um conjunto de Anexos. Na PARTE I expõem-se o processo de recolha de fontes e a fundamentação subjacentes ao modo de interpretação assumido pelo Provedor no exercício das suas funções. Na PARTE II apresentam-se as formas de divulgação do conceito de Provedoria e os dispositivos captação de Mensagens adoptados pelo Provedor. Definem-se os canais abertos para o contacto dos Ouvintes. Procede-se à decomposição estatística e análise quantitativa das mensagens provenientes dos Ouvintes durante o período de análise, agrupadas em 13 áreas temáticas. Explicitam-se o modo de Produção, os temas e participantes, bem como as apreciações produzidas pelo Provedor nas quinze edições do Programa radiofónico do Provedor do Ouvinte e apresenta-se a Página do Provedor do Ouvinte no Sítio da Rádio do Portal RTP. Na PARTE III vão referidas apreciações e conclusões finais do Provedor. Entre os Anexos junta-se Documentação citada no corpo do Relatório bem como um conjunto de reflexões do Provedor acerca do clausulado da Lei 2 / 2006 sobre as competências do Provedor. Relatório de Actividade 2006 5 PARTE I ACÇÕES CONJUNTAS DOS DOIS PROVEDORES Nos começos de Maio, poucas semanas depois da tomada de posse ocorrida em 18 de Abril de 2006, conjuntamente com o senhor Provedor do Telespectador, Prof. Doutor PAQUETE DE OLIVEIRA , elaborámos um primeiro texto avançado de compromisso conjunto perante os nossos destinatários e perante a Empresa que nos chamara. Foi assim que concebemos o ESTATUTO DOS PROVEDORES que integrava a configuração inicial das Páginas de cada um dos Provedores, no Portal da RTP - que se anexa na PARTE IV deste Relatório – e que constituiria o primeiro momento referencial da nossa actividade. Ainda durante esse período inicial e também em iniciativa conjunta com o senhor Provedor do Telespectador e com a hospitalidade do Conselho de Administração da RTP , SGPS , SA , foi realizado na sede da instituição, em 5 de Junho de 2006, o primeiro ENCONTRO NACIONAL DE PROVEDORES que reuniu significativo número de Provedores e ex- Provedores da Imprensa portuguesa 1. A multiplicidade das experiências relatadas nessa reunião viria a contribuir, de modo decisivo, para que adquirisse uma melhor percepção sobre alguns dos aspectos práticos relacionados com a missão que me fora confiada. Designadamente no que respeitava a questões comuns na relação entre reclamantes e Provedores; a uma compreensão mais apurada quanto às atitudes comportamentais dos visados (no interior das empresas de Comunicação); e de um modo geral, à colheita Relatório de Actividade 2006 6 de exemplos anteriormente vividos pelos Provedores de Imprensa que antecipavam os índices de dificuldade e complexidade inerentes ao desempenho das funções idênticas no campo audiovisual. Abordada – embora de forma não consensual – foi a questão da centralidade da atitude pedagógica do Provedor, tanto respeitando o sentido dos Consumidores, quanto o sentido do interior da Empresa. Foram especialmente relevantes as conclusões extraídas no Encontro que apontaram quer para o carácter potencialmente conflitual, quer para a natureza solitária da acção do Provedor. E foram ainda manifestadas expectativas relacionadas com o ineditismo do exercício dos dois Provedores no campo Audiovisual, directamente correspondente à inexistência de qualquer escrutínio sistemático que anteriormente tivesse sido exercido pelos Públicos ou em seu nome, incidindo sobre a acção dos Profissionais de Rádio e de Televisão. Recordo ainda as audiências que o Senhor dr. HENRIQUE NASCIMENTO RODRIGUES , PROVEDOR DE JUSTIÇA 2 e o Senhor Professor Doutor JOSÉ ALBERTO DE AZEREDO LOPES , PRESIDENTE , acompanhado por outros Senhores membros 3 do CONSELHO REGULADOR da ENTIDADE REGULADORA PARA A COMUNICAÇÃO SOCIAL nos concederam e que representaram importantes momentos de reflexão conjunta, bem como o encontro realizado entre os dois Provedores e membros da Comissão Permanente do CONSELHO DE OPINIÃO 4, para mim especialmente contributivos quanto à tomada de consciência de problemáticas relacionadas com a missão que me fora confiada. 1 David Borges , Jorge Wemans , Diogo Pires Aurélio , Joaquim Fidalgo , Estrela Serrano , Joaquim Furtado , Rui Cartaxana , Manuel Pinto , José Carlos Abrantes e Rui Araújo , tendo Mário Mesquita (ausente) enviado uma comunicação. 2 Em 11 de Julho de 2006. 3 Acompanhado do Vice-Presidente, dr. Elísio Cabral de Oliveira e dos Vogais Prof. Doutora Maria Estrela Serrano e dr. Rui Assis Ferreira , em 13 de Julho de 2006. 4 Em 7 de Julho de 2006, com as presenças do Presidente do Conselho, dr. Manuel Coelho da Silva , do Vice- Presidente, Rui Oliveira Costa e dos vogais, Prof. Alberto Antas de Barros e dr. Diogo Belford Henriques . Relatório de Actividade 2006 7 PESQUISA E PREPARAÇÃO Em Portugal, até 2006, eram inexistentes quaisquer práticas nas funções de Provedores no campo dos meios audiovisuais e, em especial, relativamente em Estações de Rádio de dimensão nacional. O signatário conhecendo o seu próprio carecimento de informação relacionada com a temática, empreendeu uma pesquisa aprofundada, logo após a validação da sua nomeação pelo CONSELHO DE OPINIÃO da RDP , de modo a procurar apetrechar-se teoricamente sobre a matéria e o âmbito do cargo que aceitara desempenhar. A referência a esse processo inicial de pesquisa e, designadamente a enumeração dos items mencionados, de modo nenhum pode ser interpretado como pretensioso ensaio acerca da missão do Provedor. Visa apenas resumir o modesto esforço de pesquisa e reflexão a que entendi proceder para fundamentar e melhor definir os parâmetros da minha acção. Tal empenho revesteria também o sentido funcional de colher exemplos arquitecturais que pudessem servir de orientação para o desenho e montagem de um GABINETE DE APOIO que o CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO da RTP , SGPS , SA , se propusera disponibilizar conjuntamente a ambos os Provedores, do Ouvinte e do Telespectador e para cuja chefia designara a Senhora drª FERNANDA MESTRINHO , Jornalista dos quadros da Empresa. Mas sobre o GABINETE DE APOIO AOS PROVEDORES (GAP ) – e em especial no que à Provedoria do Ouvinte diz respeito – mais adiante me ocuparei. Com os objectivos acima referidos, procurei consultar 5 os sítios informáticos de outros Provedores exercendo funções ligadas a Rádios, tendo acedido a Páginas ou Blogues em França 6, Espanha 7, Brasil 8, Canadá 9 e Estados Unidos 10 . Contactei directamente dois Provedores 11 que exercem funções em Estações de Rádio e escutei as emissões com os Programas de outros 12 . Fui percorrendo, por bastas vezes, diversos sítios da Rede, nos quais 13 encontrei ligações a múltiplas fontes de natureza referencial.
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