O Mineiro Moçambicano

O Mineiro Moçambicano

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE CENTRO DE ESTUDOS AFRICANOS O MINEIRO MOÇAMBICANO Um estudo sobre a exportaçāo de māo de obra Introdução e Capítulo I: A exportaçāo de māo de obra. 1977 Published in 2012 by the Ruth First Papers Project www.ruthfirstpapers.org.uk UNIVERSIDADE EDUARDO MONbLAME CENTRO DE ESTUDOS AFRICANOS UM ESTUDO SOBRE A EXPORTACAO DE MAO DE OBRA* f c'- - I l>.,$i ; C M 7 rnapuro- Director do Pmjecto: Ruth First Membms e Associadw. do de Estudos Africanos AnMnio Pachem (directorcadjunh) Eulslia de Brito Lufs de Brito -Nogueira da Costa Miguel da Cruz Ana Maria Loforte Kurt UadtSrin --Marta Maddrin Alpheus Manghesi Barry Munslow David Wield Marc Wuyts Outms membros das Brigadas que alizaram Trabalho do Cempo: Ricardo Bambo Jose CapGo Ernesto Cossa Jacqueline de Vries Valente Jarnine Atarias Mandevo Armando Machava Eudlia Mascarenhas Samuel ~alomkMatrJ11Juane Arlindo Moises bra go Muhai ConceiGGo Quadms Emfdio Ricardo June Stephen ~alombZandamela ~rnvfncia de Inhambane - partici- pantes nas Brigadas: Carlos Mfirio Chambale Ven^ancio Cuarnbe Miguel c. :a" - Rafael Mussanhane Paulino -1'' ; +W,- S- ,,-L JCflio Thai Pascoiil Watch Helena Dolny Diana Jelley Sri Nimpuno Adorindo Santos Rosalie Clough Ests project0 40 poderio scr levado- a cab0 sern o apoio das seguintes eetrwturas e serviws: - Ministru do Trabalho - Govsrnador da Provfncia de Inhambm - Aeitor da Universidade Eduardo Mondlane - Director do. Instituto de ~nvestiga~zoCienldfica - Director do Cantro de Estudos Africanos - Governador do Banca de Mu~ambique V Minist4rio do Trubalho - Gabinete do Exme. Ministm. 0elegaG do Institute do Trabalho em Jo~M~s- bum - Minist6rio da Agricultura - Autoridades Provinciais de Inhambane. Querams refer5.r parti- culanoente o chcfe de Gabinete do ExmQ, Governedor; o respon- dive1 Provincial de Mob$~izaq& do Partido; a respons8vel pelo Sector Pmviflcial do Instituto do Trabalho; servi~ospmvtn- ciais de Agricultura; servfqos pruvinciai s de Geografu e Cadastro , 0 trabalho de Campo foi-nos extremamente facilitado p618 wla- boraggo e apoio fomecidos pelas estruturas polfticas e admini- strativas doe distritos, circulos e cdlulas. Queremos ainda agradecer aos element03 que foram destacados pe- 10s Serviqos de Agricultura e ~irsc~"aoNacional de Estradas e Instituto do Trabalho para nos apoiarem na Prudneia de Inhan- bane. Finalrnente agradecems a todas as pessoas que possibilitaram a publica$o da vers& portuguesa daste trabalho, espscialmmte no que diz respeita B sua tradu& e reviszo. Capitalism atrasado e colonialism atrasado ,...........................,.... I. 7 M Urn sisteme de cooperaFao bilateral ...........................................................+.......1.3 .-) , 0 porqu@ do trabalho migratbrio ...................................,.............................-.,.........1.8 .W 0 pomu@ de mao de obra estrangeira ... ....................................".................... I. l A organiza$o do fluxo de mgo de obra mosambicana .......................I, 13 AlteraqGes na indbtria mineira nos anos '70 .......................................1.20 Capitulo 11: A FDKA D€ TRABAWO MINEIRA A Forqa de trabalho mogambicana nas minas da AMca da 8ul depois de 4974 .................................................................................................. I1 m 1 Esbogo de caracterizaq~oda foqa de trabalho . .........................,.. 11, 14 .i - Algumas caracteristicar sociais da m& de obra mineim mgambicana .....--,,,..-.S.,... ............---.................."..........."........... 11.45 - Experiencia de trabalho: frequgncia e dura~$o dos contratos .. ............................................................... ................................................ If, 16 - - 0s saldrios dos mineiros mo~arnbicaps................................................... 11.23 ExperiQncia de tmbalho e qualificawes XL27 Seis mineiros: algumas histdrias de tmbalho ,, ........,.........-.. 11.33 Capftulo 1111 A BASE CAMPONESA: A PROVfNCIA DE IWANBPSJE Distribuiq& de recrutarnento por pruvlncias e distrit-os ....................................................." ........................................... "......."-....-............. I11 I 1 . , A agriculturac. na provfncia de Inhambane ...............,.......,...............* 111.1 A penetra~a?da economia monetdria ................................................... ISI.11 ., ., Mf erencia~aosocial no campo ..............................,...,..........,,,..,........I..I... III,17 I Pequena prociugGo mercantil. e wm6rcio m c~po ..,.,..,....... 111.21 Estudo de casos: - ~xtensgoda exporta~&de trabalho - Pembe .,.,,....,,......,._... 111.24 I - OS trabalhadorewnigrantes e a agricultura .--.,.-,-.., IIX.25 -. M ............................................................................... -........... 11.31 - 0 trabalho migratbrio e a gconomia canponesa - Homfne ....................................................................................................-...... .......- ...- ....111.36 - Urn estudo sobre a falta de ELgua - Sitfla ..,,..,.,..,,,,,,..-... 111.39 De zasseIs agregados f'miliares rurais .... ...........,.,,-....,.. CC....C..C..CIIS-42 . L eapft"l0 IV: ~E~MT~~CI~....................................."........"...-........m.....r.......... IV. 1 WENOXCES AI Conven~Gesentre Mot;ambique e a Africa do Sul AI1 Inquerito aos mineiros {investiga~& sobre a foqa de trabalho naa minas) AI11 Inqudrito ao Agregado Familiar Rural AIV Notas para fnvestiga$o de karnpo AV Pesquisa regional - Relatbrios das brigades: /ugumss_sugest&s AVI Organizaqao Administrativa colonial de l!hqambique entre 1902-1977 GRACm* - ~dmerode trabalhadores recrutados pela Vl.NoLoA., ALGOS, CAMON 8 AT,% - 1967- 1976 - 0istribuig"ao percentual de trabnlhadorcs, recru tados pela WeNSLak, ATASi CMON e ALGOS nos anos 1967-1976 1.5 - ~omposig~oda fo~a3e trabalha nas minas da Africa do Sul por pafs de origem - 1904-1976 e quadm correspondente I, 11 - Recrutamonto e foqa de trabalho mor;ambicana existente nas minas - 1902- 1976 1.11 - ~volu~godos salerios (rnfnimo e m6dio) entre 1910-1976 1.23 - Gr(ifico comparative do nGmero de trabalhadores com e sern expe- riencia recrutados pelo W.N.LoAo, nos anos 1961-9976 e quadro correspondente 11.1 - Trabalhos nas minas c ~al&.os correspondentes (papmento em * Rands por turno/dia) 11.27 - ~specializaqgesnas minas e grau de es~olariza~~o 11.27 Movfmento de trabalhadores para a Africa dd Sul, das pruvZncias de Inharnbane, Gaza e hlaputo - 19411-1936 1II.i - Percentagem de safda de trabalhadores para a Africa do Sul das provZncias ds Inhambane, Gaza e Maputo - 1940-1936 1II.i - Movirnento de trabalhadores para a Africa do Sul dos distritos I de Mnssicp%, Morrwmbene, Zavala e Homofne nos arms 196U - 1976 IIImII - Percentagem do safda de tmbalhadores para a Africa do Sul dos distritw & tdassinga, tdorrumbene e ZavaZa - 1960- 1976 111. if - Progressive Comparative Statement of Output - 1975/19'76 III.ii - ~egigesagrfcolas alimantares (quadm correspondente D mapa) 111.5 - 0istribuiF"a ddas charruas e do gad0 bovino em rela&o ao nfimsro de agricultores , por provincias ( 1970) - Evolug~onumdrica de chmuas e v&ios tipos de gad0 entre 1944 e 7973 em Inhambano - ~istribuig~odas charruas por tamanho de term 11108 PpBndice no final da sacGgo &ri.cultura na_P.ravfncie de Inhambane: - 0istribuig"ao dos opeerclrios na inddstria extractiva e transform- dora em Inhambane (1972) If X/ A. 1 * Dado que os grdficos e quadms n& tern ndmeru de pdgina, este *erp refere-se B pdgina &mtkMm& BfErior Bquele em que se situa o grdf'ico. &endice no final da sec& ~enstrac;Goda Ecoromia monetwa - Banco de Mogarnbique - cr6ditos para b CQju (por cmnpad')a) - Banco de Mogambique - c&itos aos comorciantes em 1,0~00 e em ndmeros segundo o distrito ou localidade - Banco de Mo~ambique- crf5ditos aos cornerciantes em 1.0OO!$W3 e em nheros segundo o sector ds actividads - ~ocalizag~odas dreas onde se efectuou trabalho de campo - Carte clidtica - ~egisesagrfcolas de Inhambane 0 estudo sobre a exportaGgo de mgo de obra dc klo~ambiquepnra as minas sul-africanas e o seu inpncto no pais 6 importante par dois motivas: I. Trata-se, em primeiro lugar, de urn aspect0 fundamental da histbria de opressGo e explora6~odurante o periodo cclonial, A exportaGgo do trabalho migratbrio, na dltima fase da economia colonial, foi um dos pro- cessos que gerou, _em nlais alto grau, a exploraG~odo trabalhador noGam- bicano e n distor~aoe subdesenvolvimento da economia national. Embora o recrutamento para as ininas tenha sido desde cedo linitado Bs trBs pro- vincias actuais a sul do Save - Inhambane, Gaza e Maputo - os efeitos da exportaGGo da ago de obra fizeram-sc sentir erri todo o pais. 11. Outra razgo da import&ncia do estudo do trabalho migrat6rio re- laciona-se, tamb6rn, coin o prirneiro motivo apresentado, embora abstrain- do-se-lhe o factor hist6ric0, e 6 de longe o rnotivo de maior grclvidade e urg&ncia: a quest& ds destrui&o da economia colonial e da formaGzo de uma sociedads socialista. 0 sistema do trabalho migrat6rio que se consolidou ao longo de d&cauas, poe questges inediatas e fundamentais yuanto & destruiqGo da economia colonial e 3 c~nstru~~ode uma sociedade sociclista. Por outras palavras, o sistcma de trabalho migrat6ri.o 6 ur!; problema central do periodo de transiGgo para o socialismo. Outras razk justificarianq tarnb6n urna profund2 investigaGzo do problema. As razGos hist6ricas, o iij;pac'co sacial do trabalho rnigratcjrio deveriafii ser objocto de urn przjccto da in~estiga~goa loo20 prazo. Poderiasi ser

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