Segunda-feira 28 de Maio 2018 Valor Económico 17 96.1 fm 96.1 fm Proibida a venda! Este jornal é GRÁTIS Quinta-feira 24 de Janeiro 2019 Semanário | Ano: 7|Edição Nº 335 Director-Geral: Evaristo Mulaza 35 Nova_Gazeta_NOVO_303_.indd 35 28/05/18 14:56 EDIÇÃO#111.indd 17 25/05/18 21:33 CAPA & SOCIEDADE CS6.indd 6 21/05/18 19:02 Aproveitam o silêncio do Governo Confusão na Ordem dos Médicos Os candidatos a bastonário deram um ‘murro na mesa’. Convocaram uma reunião, com fortes crí- ticas, e com o propósito de destituir a direcção e Privados a comissão eleitoral. Pág. 4 Mais velhos recordam sobem músicas antigas Já andaram por vários grupos e juntaram-se agora numa única banda. Deram-lhe o nome ‘Recordação’ e o objectivo é homenagear a propinas música mais antiga de Angola. Págs. 20 e 21 As universidades e institutos privados já começaram a aplicar novos preços e todos mais caros. O Governo prometeu estabelecer regras, mas ainda não as escreveu e admite que as instituições têm autonomia. Os estudantes ameaçam com manifestações. Págs. 14 e 15 Dados do BNA sobre crédito malparado ONU e Governo com números diferentes Metade dos 30 por cento angolanos é pobre Dados das Nações Unidas asseguram que mais de 50 por cento da população vive na pobreza. O Governo estima em 36 por cento, mas socorre- não paga -se de números de 2014. Pág. 3 O Banco Nacional de Angola, liderado por JOSÉ MASSANO, garante que 30 por cento do crédito, feito em Angola, está em incumprimento. Os números levam mesmo o BNA a alertar que são “muito elevados” até para um país de África. A solução, avança um dos administradores, passa pela resolução dos pendentes do Estado, saneamento de empresas e por um reforço do banco. Pág. 12 Mário Mujetes © VE Mário Mujetes © 2 Quinta-feira 24 de Janeiro 2019 Sociedade Emissão passou de três mil para 30.500 kwanzas Passaportes ordinários com preços extraordinários Desde segunda-feira, a emissão de passaportes ordinários nos postos do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) está a custar 30.500 kwanzas, contra os três mil anteriores. Um aumento de mais de mil por cento. A subida é justificada com os elevados custos na aquisição de cédulas no exterior do país. O preço da produção de cada passaporte custava ao Estado mais de 28 mil kwanzas. Angola tem o passaporte ‘mais fraco’ da CPLP. l Teresa Fukiady porte e deixou de subvencioná-lo, dando, por exemplo, prioridade Mário Mujetes à questão da água, luz e dos pro- preço de emissão Foto: dutos de primeira necessidade.” de passaportes Waldemar José acredita que, ordinários pas- com a nova taxa, vai haver um sou de três mil aumento na arrecadação de recei- O kwanzas para tas para o Estado e fica mais fácil 30.500 kwanzas. Uma subida encomendar um maior número de mais de mil por cento em de cédulas. E adianta que os relação à anterior taxa, após a novos preços vão garantir tam- aprovação das novas taxas para bém a entrega do documento a os Actos Migratórios. Os novos tempo e horas. valores vão de 1.200 kwanzas A totalidade da receita vinda (em actos como Autorização de da cobrança do visto de turismo, Permanência e Visita a Navio e concedido na fronteira, será Passe a Terra) a 76.250 kwan- revertida a favor do Orçamento zas (nos casos de vistos de Tra- Tabela actualizada Geral do Estado (OGE), 40 por balho e Privilegiado). cento dos quais corresponde à 15.250 kwanzas ........................................................................ passaporte de serviço; As novas taxas, como por 76.250 kwanzas ................................................................................ visto de trabalho; Actualmente, dotação orçamental que é atri- exemplo, para a emissão do pas- 45.250 kwanzas ............................... vistos de permanência temporária e de estudo; buída, por transferência, ao Ser- saporte, são justificadas com a 15.250 kwanzas .............................................................. visto de tratamento médico; encontram-se nos viço de Migração e Estrangeiros 21.350 kwanzas ................................................................................ visto de turismo; decisão do Estado de deixar de 36.600 kwanzas .............................................................................. visto de fronteira; guichés dos postos do e 10 por cento a favor do Fundo subvencionar o preço do passa- 38.125 kwanzas ...................................................... prorrogação de visto de trabalho SME cerca de 20 mil de Fomento Turístico. porte e as cédulas para a emis- 30.500 kwanzas ................................................... cartão de Residência Permanente são dos passaportes que têm um passaportes à espera CERCA DE 20 MIL custo elevado, por causa dos ele- Gabinete de Comunicação Insti- Estado, uma situação que não que os requerentes os POR LEVANTAR mentos de segurança usados tucional e Imprensa do Ministé- fazia sentido continuar, por não Actualmente, encontram-se nos nos documentos. A produção rio do Interior, Waldemar José, se tratar de documento com levantem. guichés dos postos do SME cerca de cada passaporte custava ao explicou que a emissão de passa- carácter obrigatório, excepto de 20 mil passaportes à espera Estado mais de 28 mil kwanzas. porte ordinário custava menos quando se viaja. “O Governo que os requerentes os levantem. À imprensa, o director do porque era subvencionada pelo ajustou o valor real do passa- Só no ano passado, o Estado 3 Quinta-feira 24 de Janeiro 2019 O Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), através do Centro de Segurança e Saúde no Trabalho registou, em 2018, 1.499 acidentes de trabalho, 40 dos quais resultaram em morte, informou a directora da instituição, Isabel Cardoso. Entre os mais caros O Governo ajustou o Com a actualização dos actos migratórios para 30.500 kwanzas (equivalentes a 100 dólares), Angola passa a estar entre os paí- valor real do ses com a emissão de passaportes mais caros. Até ao ano passado, passaporte e deixou de segundo a Traveller, a Turquia, com 255 dólares, tinha o passa- porte mais caro. subvencioná-lo, l Turquia - 255.66 dólares dando, por exemplo, l Suíça - 182 dólares Mário Mujetes l prioridade à questão Nova Zelândia - 168 dólares Fotos: l Canadá - 161 dólares da água, luz e dos l Estados Unidos da América - 155 dólares produtos de primeira Dados das Nações Unidas l Reino Unido - 149.50 dólares l Singapura - 78.50 dólares necessidade. Metade dos angolanos Waldemar José, director do vive na pobreza Gabinete de Comunicação O ‘mais fraco’ da CPLP Institucional e Imprensa do Ministério do Interior Os dados sobre a população pobre em Angola Todos os anos, a consultoria Henley & Partners divulga o rela- previstas pelo Governo e pelo Programa das tório ‘Henley Passport Index and Global Mobility Report’, que lista os países cujos passaportes dão acesso a mais destinos Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) sem necessidade de visto. Na lista divulgada, a 8 de Janeiro, estão desencontrados. O Governo estima que a o documento coloca o Japão no topo com os seus cidadãos a percentagem é de 36 por cento, enquanto o PNUD terem acesso a 190 destinos pelo mundo sem necessidade de estima em 52 por cento. visto. Entre os asiáticos, destacam-se ainda a Singapura e a Coreia do Sul, que vêm em segundo lugar, com acesso a 189 países. ngola tem uma dade para enfrentar os desafios Em relação aos países da taxa de pobreza apresentados pelos Objectivos Comunidadedos Países estimada pelo de Desenvolvimento Sustentá- de Língua Portuguesa Só no ano passado, o Programa das vel (ODS). O responsável con- (CPLP), Angola tem o Estado gastou mais de A Nações Uni- sidera a taxa de pobreza de 52 passaporte mais fraco, das para o Desenvolvimento por cento “muito elevada”, já possibilitando apenas 82 milhões de (PNUD) em 52 por cento, con- que um em cada dois angola- entrar em 49 países kwanzas com a tra os 36 por cento estimados nos vive em pobreza multidi- sem visto, colocando- pelo Governo. mensional. -se na 89.ª posição entre produção de O Executivo pretende ere- O director do PNUD, Hen- os 104. Portugal é o melhor passaportes. duzir o número de pobres, rick Larsson, defende que o classificado. através do Plano Nacional de desenvolvimento sustentá- Desenvolvimento (PDN 2018- vel só pode ser construído País Ranking mundial Acesso a países sem visto gastou mais de 82 milhões de 2022), para os 25 por cento e com empreendimentos que, kwanzas com a produção de retirar três milhões de pes- além do crescimento econó- Portugal 6.º 185 passaportes. Em Cabinda, por soas da situação “extrema de mico, priorizem a redução da Brasil 17.º 171 exemplo, mais de 200 passa- pobreza”, durante estes cinco pobreza e da fome, a conserva- Timor Leste 54.º 97 portes ordinários dos 836 que anos. De acordo com o Censo, ção do ambiente, as boas práticas Cabo-Verde 75.º 65 a direcção do SME emitiu entre em 2014, o número de pobres sociais e a valorização do capital São Tomé e Príncipe 80.º 58 2012 e 15 de Janeiro deste ano, em Angola cifrava-se nos 9,44 humano. Também realçou que Moçambique 80.º 58 perderam validade sem serem milhões de pessoas. o PNUD trabalha em parceria Guiné-Bissau 85.º 53 levantados. Nesse caso especí- O director do PNUD em com o Governo e com a socie- Guiné-Equatorial 87.º 51 fico, o prejuízo causado ronda Angola, Henrick Larsson, dade angolana para “identificar Angola 89.º 49 mais de 600 mil kwanzas. durante a apresentação do soluções locais para enfrentar O ‘ranking’ é elaborado anualmente desde 2006 e classifica 199 Desde 2016, Angola tem o ‘Estudo Global da Pobreza Mul- os desafios que o desenvolvi- passaportes diferentes, com base no acesso a 227 destinos. Entre projecto de introdução de pas- tidimensional em Angola 2018’, mento sustentável se propõe”.
Details
-
File Typepdf
-
Upload Time-
-
Content LanguagesEnglish
-
Upload UserAnonymous/Not logged-in
-
File Pages28 Page
-
File Size-