Salão Jardim Da Trindade: Um Cinema Palimpsesto (1912-2017) Ana Patrícia De Jesus Gonçalves

Salão Jardim Da Trindade: Um Cinema Palimpsesto (1912-2017) Ana Patrícia De Jesus Gonçalves

2.º CICLO HISTÓRIA DA ARTE, PATRIMÓNIO E CULTURA VISUAL Salão Jardim da Trindade: Um Cinema Palimpsesto (1912-2017) Volume I Ana Patrícia de Jesus Gonçalves M 2018 Ana Patrícia de Jesus Gonçalves Salão Jardim da Trindade: Um Cinema Palimpsesto (1912-2017) Volume I Dissertação realizada no âmbito do Mestrado em História da Arte, Património e Cultura Visual orientada pelo Professor Doutor Hugo Daniel Silva Barreira Faculdade de Letras da Universidade do Porto setembro de 2018 2 3 Salão Jardim da Trindade: Um Cinema Palimpsesto (1912-2017) Ana Patrícia de Jesus Gonçalves Dissertação realizada no âmbito do Mestrado em História da Arte, Património e Cultura Visual orientada pelo Professor Doutor Hugo Daniel Silva Barreira Membros do Júri Professor Doutor Nuno Miguel de Resende Jorge Mendes Faculdade de Letras - Universidade do Porto Professora Doutora Maria Leonor Barbosa Soares Faculdade de Letras - Universidade do Porto Professor Doutor Hugo Daniel Silva Barreira Faculdade de Letras - Universidade do Porto Classificação obtida: 19 valores 4 À minha avó 5 Meu amor, vamos ao cinema de bairro A noite transparente gira como um moinho silencioso, elaborando estrelas. Tu e eu entramos no cinema do bairro, cheio de meninos e aromas de maçãs. São as antigas fitas os sonhos já gastos, na pantalha, da cor das pedras ou das chuvas. A bela prisioneira do vilão tem olhos de lagoa e voz de cisne. Correm os mais vertiginosos cavalos da terra. Os vaqueiros perfuram com os seus tiros a perigosa lua do Arizona. Com a alma num fio atravessamos estes ciclones de violência, a formidável luta. Pablo Neruda, «Ode a um cinema de bairro» 6 Índice do Volume I Declaração de honra .................................................................................................................... 10 Agradecimentos ........................................................................................................................... 11 Resumo ....................................................................................................................................... 13 Abstract ...................................................................................................................................... 14 Introdução .................................................................................................................................. 15 Capítulo 1 – Salão Jardim da Trindade: das pré-existências ao projeto do Cinematógrafo da Trindade................................................................................................................................ 29 1.1. Cinema no Porto – Os Pioneiros ...................................................................................... 29 1.2. Rua do Almada, Travessa da Praça da Trindade, Praça da Trindade ............................... 35 Capítulo 2 – Do Cinematógrafo da Trindade ao Salão Jardim da Trindade ...................... 45 2.1. A Construção do Edifício do Salão Jardim da Trindade .................................................. 48 2.1.1. Exterior do Edifício ................................................................................................... 51 2.1.2. Interior do Edifício – Espaços e Circulação .............................................................. 58 2.1.3. Jardim de Recreios .................................................................................................... 62 2.1.4. Dependências Anexas ............................................................................................... 63 2.1.5. Casas de Banho ......................................................................................................... 66 2.2. Inauguração do Salão Jardim da Trindade ....................................................................... 69 2.3. O Edifício do Salão Jardim da Trindade Depois de 1913 ................................................ 71 Capítulo 3 - Década de 1930: a difusão do cinema sonoro e a sua novidade em Portugal e a primeira grande campanha de obras no Salão Jardim da Trindade ................................... 74 3.1. Sonoro em Portugal .......................................................................................................... 80 3.2. Sonoro no Porto ................................................................................................................ 83 3.3. Sonoro no Salão Jardim da Trindade ............................................................................... 87 3.4. Programação do Salão Jardim da Trindade – Alberto Armando Pereira e o TRINDADE- Programa ................................................................................................................................ 90 3.5. Obras de Remodelação do Salão Jardim da Trindade ...................................................... 94 Capítulo 4 - Décadas de 1940-1970: Os projetos de Viana de Lima, Agostinho Ricca e Benjamim do Carmo ............................................................................................................... 100 8 4.1. Viana de Lima, Agostinho Ricca e a arquitetura em Portugal ....................................... 101 4.2. Remodelação do Cinema Trindade. Os projetos de 1946 e 1956................................... 106 4.3. Projetos não concretizados ............................................................................................. 116 Capítulo 5 – O advento da televisão e o cinema em Casa. ................................................... 119 5.1. O Decreto-Lei de 1956. A chegada das multi-salas. ...................................................... 122 5.2. Projeto de 1989-1990: As duas salas–estúdio e o Bingo ................................................ 124 5.3. A Reabertura do Cinema Trindade: da estratégia Desobedoc ao Tripass ...................... 127 Considerações finais ................................................................................................................ 130 Fontes, referências bibliográficas e em linha ........................................................................ 132 9 Declaração de honra Declaro que a presente dissertação é de minha autoria e não foi utilizado previamente noutro curso ou unidade curricular, desta ou de outra instituição. As referências a outros autores (afirmações, ideias, pensamentos) respeitam escrupulosamente as regras da atribuição, e encontram-se devidamente indicadas no texto e nas referências bibliográficas, de acordo com as normas de referenciação. Tenho consciência de que a prática de plágio e auto-plágio constitui um ilícito académico. Porto, 30 de setembro de 2018 Ana Patrícia de Jesus Gonçalves 10 Agradecimentos Agradeço a todos os docentes que acompanharam e fizeram parte do meu percurso académico, desde a Licenciatura em História da Arte até ao Mestrado em História da Arte, Património e Cultura Visual. Gostaria de agradecer, em especial, ao meu orientador, o Professor Doutor Hugo Barreira, pela paciência, esforço e conhecimento com que me apoiou e acompanhou não só na elaboração da presente dissertação, mas também ao longo dos meus anos enquanto estudante da Faculdade de Letras. Também agradeço ao Professor Doutor Nuno Resende que acompanhou e se interessou pelo meu trabalho e me facultou apoio sempre que solicitado. Ao Professor Celso Francisco dos Santos de quem levo boas recordações, pela excelência e profissionalismo na docência e por ter sido a primeira pessoa a incentivar-me a seguir caminho – sem medos – pela área que mais gostava, a história da arquitetura. E, por fim, à Professora Leonor Soares que me cativou ainda mais pela história da arquitetura contemporânea, graças à paixão com que leciona estas matérias. Gostaria de agradecer a todas as pessoas – amigos e colegas – que fizeram parte do meu percurso pela Faculdade de Letras do Porto, e que estiveram presentes durante este último ano. Assim, agradeço às minhas “irmãs de dissertação”, à Clarisse Lopes, à Vera Gonçalves, à Joana Duarte e Andréa Diogo, com quem partilhei cada momento de descobertas, angústias e felicidades. À Joana e à Andréa que me acompanharam ao longo destes seis anos e estiveram presentes, sempre com uma palavra de conforto e amizade, e me deram tanto apoio na elaboração da dissertação. À Marlene e à Lúcia, que mesmo estando longe, nunca deixaram uma amizade com tantos anos esmorecer. À Jackie e à Cátia – mulheres de estofo! – que me mostraram que, apesar de todas as dificuldades, tudo se consegue. Ao Daniel, ao Rafael, ao Ricardo e ao Fábio pela companhia, pelas palavras amáveis e por não me deixarem ir abaixo quando mais precisei. À Diana Pinto que foi uma ajuda preciosa e não permitiu que eu desistisse vez alguma. 11 Por fim, gostaria de agradecer aos que da minha família me apoiaram e acreditaram sempre em mim: à Lila, ao Manel, à minha mãe, à minha avó e aos meus tios (“mana” e Zé) que sempre me apoiaram e me ensinaram que com trabalho e perseverança conseguimos conquistar muito. Um agradecimento especial à minha avó e à minha “mana” por terem feito os possíveis e impossíveis para que conseguisse terminar os cursos, sabendo o esforço enorme que foi. Obrigado por ficarem sempre do meu lado em todas as decisões, por acreditarem em mim e sempre estarem sempre presentes (mesmo longe) nos bons e nos maus momentos. 12 Resumo O objeto em estudo nesta dissertação é o Salão Jardim da Trindade, atualmente conhecido como Cinema Trindade, localizado perto do centro da cidade do Porto entre a Rua do Almada, Rua Dr. Ricardo Jorge e Praça da Trindade. A história deste Salão, nascido como Cinematógrafo da

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