Anacardiaceae Na Flora Fanerogâmica Do Estado De São Paulo

Anacardiaceae Na Flora Fanerogâmica Do Estado De São Paulo

64º Congresso Nacional de Botânica Belo Horizonte, 10-15 de Novembro de 2013 ANACARDIACEAE NA FLORA FANEROGÂMICA DO ESTADO DE SÃO PAULO Cíntia L. Silva-Luz 1*, José R. Pirani 1 1Departamento de Botânica – Universidade de São Paulo. *[email protected] weinmannifolius ocorre nos cerrados e campos de Itararé Introdução e Itapeva, entre outros municípios localizados próximos à Como resultado de um esforço em conjunto de mais de região sul-sudoeste do Estado de São Paulo. O gênero 200 pesquisadores de universidades e institutos de Anacardium é representado no Estado pelas espécies A. pesquisas nacionais e internacionais, o projeto “Flora humile , planta com hábito geoxílico comum nos cerrados Fanerogâmica do Estado de São Paulo”, iniciado em e A. occidentale , uma árvore pequena das restingas. 1993, está no sexto volume publicado. Das 7.500 Astronium graveolens e Myracrodruon urundeuva , assim espécies de fanerógamas estimadas para o Estado de como a maioria das espécies de Anacardiaceae, ocorrem São Paulo, até o momento foram descritas 2.767 nas Florestas Estacionais Semideciduais e nos cerrados espécies em 655 gêneros, perfazendo 37% do total do Estado de São Paulo. Um padrão de distribuição (Wanderley et al. 2009) [1]. Nesse contexto, o estudo da incomum é observado em Lithrea brasiliensis que, com família Anacardiaceae teve como principal objetivo exceção do material-tipo, não possui exemplares ampliar os estudos da flora fanerogâmica do Estado de ulteriores do Estado de São Paulo depositados nos São Paulo e o conhecimento da diversidade das espécies herbários consultados. da família Anacardiaceae na área de estudo, assim como Conclusões no Brasil, uma vez que a maioria dos táxons estudados apresenta ampla distribuição no país. Adicionalmente, No Estado de São Paulo há 12 espécies nativas visou-se avaliar o grau de conservação das espécies de distribuídas nos gêneros Anacardium, Astronium, Lithrea, Anacardiaceae do Estado de São Paulo. As Myracrodruon, Schinus, Spondias e Tapirira . Em relação Anacardiaceae compreendem cerca de 81 gêneros e 800 ao grau de conservação das espécies , Lithrea brasiliensis espécies, presentes em ambientes secos a úmidos, deve ser categorizada como presumivelmente extinta principalmente em terras baixas nas regiões tropicais e (EX) e Myracrodruon urundeuva como quase ameaçada subtropicais em todo o mundo, estendendo-se até as (NT), as demais espécies enquadram-se como espécies regiões temperadas (Pell et al. 2011) [2]. No Brasil, a não ameaçadas, na categoria de preocupação menor família encontra-se representada por 14 gêneros e 57 (LC). No que concerne à diversidade sexual das espécies espécies (Silva-Luz & Pirani 2010) [3]. de Anacardiaceae do Estado de São Paulo, Astronium graveolens, Lithrea brasiliensis, L. molleoides, Metodologia Myracrodruon urundeuva, Schinus engleri, S. O levantamento das espécies foi realizado baseando-se terebinthifolius, S. weinmannifolius, Tapirira guianensis e nas coleções de Anacardiaceae do Estado de São Paulo T. obtusa apresentam flores unissexuais em plantas depositadas nos herbários BHCB, BOTU, ESA, HRCB, dióicas. Anacardium humile e A. occidentale são MBM, IAC, PMSP, R, RB, SP, SPF, SPFR, SPSF e UEC, espécies andromonóicas e Spondias mombin possui expedições de campo e consultas bibliográficas. Os flores bissexuais em plantas hermafroditas. resultados seguem o padrão da série “Flora Agradecimentos Fanerogâmica do Estado de São Paulo”. À FAPESP, pela bolsa de mestrado. Aos curadores dos Resultados e Discussão herbários, pela disponibilização de seus acervos e São apresentadas chaves de identificação para gênero e solicitude nos empréstimos de materiais. Aos gestores espécies, descrições morfológicas, ilustrações e dados das Unidades de Conservação do Estado de São Paulo sobre distribuição geográfica, habitat, variabilidade pela concessão de licença de coleta e auxílio logístico. intraespecífica, período de floração e frutificação, grau de Referências Bibliográficas conservação das espécies e riscos de extinção. Lithrea molleoides, Schinus terebinthifolius e Tapirira [1] Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J. & Giulietti, A.M. (coord.). guianensis são as espécies mais amplamente 2009 . Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo . vol. 6. distribuídas da família no Estado, sendo encontradas em FAPESP, HUCITEC, São Paulo. quase todas as formações vegetacionais, inclusive em [2] Pell, S.K.; Mitchell, J.D.; Mille, A.J. & Lobova, T.A. 2011. áreas antropizadas. Spondias mombin é encontrada na Anacardiaceae. In K. Kubitzki (ed.) The families and genera of floresta Estacional Semidecidual e matas ciliares vascular plants. X. Flowering plants. Eudicots. Sapindales, próximas ao rio Paraná, nas regiões noroeste e oeste do Curcubitales, Myrtales. Springer, Berlin, p. 7-50. Estado. Schinus engleri é encontrada, no Estado de São [3] Silva-Luz, C.L. & Pirani, J.R. 2010. Anacardiaceae. In R.C. Paulo, nas florestas Ombrófila Mista Alto-Montana de Forzza et al. (org.) Catálogo de plantas e fungos do Brasil . Rio Campos do Jordão e da Serra da Bocaina e Schinus de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, v. 1, p. 599-602. .

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