Universidade Do Estado Do Rio De Janeiro Centro De Educação E Humanidades Instituto De Psicologia

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação e Humanidades Instituto de Psicologia Lina Raquel de Oliveira Marinho Vozes e caminhos do decrescimento: consequências humanas Rio de Janeiro 2013 Lina Raquel de Oliveira Marinho Vozes e caminhos do decrescimento: consequências humanas Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Mestre ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Orientador: Prof. Dr. Jorge Coelho Soares Coorientadora: Prof.ª Dra. Amana Rocha Mattos Rio de Janeiro 2013 CATALOGAÇÃO NA FONTE UERJ / REDE SIRIUS / BIBLIOTECA CEH/A M338 Marinho, Lina Raquel de Oliveira. Vozes e caminhos do decrescimento: consequências humanas / Lina Raquel de Oliveira Marinho. – 2013. 217f. Orientador: Jorge Coelho Soares. Coorientadora: Amana Rocha Mattos. Dissertação (Mestrado) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Psicologia. 1. Psicologia genética – Teses. 2. Crescimento – Teses. 3. Crise (Filosofia) - Teses. 4. Intertextualidade– Teses. I. Soares, Jorge Coelho. II. Mattos, A. R. III. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Psicologia. IV. Título. rc CDU 159.922 Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta dissertação, desde que citada a fonte. CDU XXXX _____________________________________ ___________________ Assinatura Data Lina Raquel de Oliveira Marinho Vozes e caminhos do decrescimento: consequências humanas Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Mestre ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Aprovada em 15 de agosto de 2013. Orientador: ___________________________________________ Prof. Dr. Jorge Coelho Soares (Orientador) Instituto de Psicologia - UERJ Banca Examinadora: ____________________________________________ Prof.ª Dra. Amana Rocha Mattos (Coorientadora) Instituto de Psicologia – UERJ _____________________________________________ Prof.ª Dra. Deise Mancebo Instituto de Psicologia – UERJ _____________________________________________ Prof. Dr. Fernando José Gastal de castro Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2013 DEDICATÓRIA À unicidade e originalidade de todo o pensamento, e que deve ser artesanato e criação de cada um, por cada um e em cada um, assim, exatamente como me lembro, eram os artesanais biscoitos de fubá da minha tia avó Diná, únicos e, portanto próprios desta artesã e somente vistos e degustados em sua unicidade e originalidade na grande cozinha de fogão à lenha em sua fazenda nas Minas Gerais, e por suas mãos. AGRADECIMENTOS Definitivamente esta é uma das páginas mais sinceras e divertidas para quem a escreve e tenho certeza para aqueles que a lerão: Como não agradecer, e como não fazê-lo à maneira como o farei, àquele que de maneira plena e ao mesmo tempo dicotômica ocupa e povoa minha existência. Ainda que nunca tenha lido uma linha sequer de minhas aventuras com as palavras tentando escrever aquilo que escreveria se escrevesse, como nos coloca Marguerite Duras quando escreve que: “... escrever é tentar saber aquilo que escreveríamos se escrevêssemos...”, mas tendo ouvido todas elas em conversas, amanheceres, desabafos, medos, risos, bares..., ele se fez fiel e silencioso, às vezes até demais, escudeiro, seguiu ao meu lado e pelo meu lado escritora, pesquisadora social, docente, blindando-me ora com maior eficiência, consciência e autonomia, ora com menor, e sustentando-me diante destes desejos, crenças e valores. Foi bravo guerreiro da lógica e na lógica do capital, e talvez aí sua melhor blindagem: trazer a nós os recursos não escassos na contramão dos estudos e pesquisas destes mesmos recursos, porém agora mundialmente tendentes cada vez mais à escassez. Ele foi o abismo prático do discurso por muitas vezes, mas foi também o caminho para dentro do estômago da serpente a fim de que pudesse detoná-la, como se ouve na música de Sílvio Rodriguez, um cubano, e que compôs a música “Sueño con Serpientes”, em atitude crítica ao capitalismo, tomando-o como a própria serpente, a própria figuração do mal, e que o poeta sonha combater enquanto adormecido. Muitas vezes encontrei-o nesta luta anticapitalista ao meu lado, mas muitas vezes nos escombros entrincheirados das batalhas contra culturais e sistêmicas e infelizmente no grupo dos aliados. Tenho muita clareza em dizer que tudo isso não teria sido possível sem você. Meu sincero muito obrigada ao meu companheiro, meu amado amante, meu marido: Thiago Marcondes. Como não agradecer ao meu fiel e presente amigo, aquele tal qual nas palavras de Rubem Alves: “... com o amigo é diferente. Não é preciso falar. Basta a alegria de estarem juntos, um ao lado do outro. Amigo é alguém cuja simples presença traz alegria independentemente do que se faça ou diga. A amizade anda por caminhos que não passam pelos programas.”, e que esteve e está ao meu lado todo este tempo. Eu lhe sou imensamente grata por toda sua confiança, afinidade intelectual, respeito e interesse em partilhar comigo de todas estas oportunidades, inclusive e principalmente pelo convite a conhecer o programa de Pós-graduação em Psicologia Social na UERJ. Quanto à nossa afinidade relacional, por ela eu não sou grata não, sou na verdade por ela abençoada e definitivamente amo mais a vida e estou mais em paz com ela porque você existe ao meu lado. Meu verdadeiro muito obrigada ao meu querido amigo: Saulo Magalhães. À minha mãe, que sempre lutou comigo e por mim, de olhos fechados e coração e mente bem abertos, diante de meus planos e desejos, ao seu companheiro que acredita no meu potencial de escritora e que lê ao lado de minha mãe meus devaneios crônicos, à minha eterna irmãzinha caçula por ouvir-me, aturar-me, divertir-me e inspirar-me diante do dom possível da arte musical, à primogênita de nossa casa e que mesmo em ausência é também presença sob certa medida e forma, à minha fada madrinha que às vezes espera por demais por um retorno que não virá e que às vezes pouco vê o retorno que já veio..., mas que se derrete, literalmente, diante de meus talentos e habilidades, modéstia a parte, e que mais do que ninguém me quer sempre muito junto e por perto, às minhas primas, primos, tia, tio, avó e que compõem com solidez a base da minha personalidade e caráter, ao meu sogro, sogra, cunhados, concunhadas pela acolhida familiar e pelo compartilhar de crenças e valores diante de uma nova estrutura de relações e convivência e aos meus amigos e amigas desta e de todas e muitas outras vidas, pela família que também são para mim, pela cumplicidade, pelo afeto, pela troca, pela paciência, pela diversão, pelas aventuras, pelo aprendizado e pela oportunidade desta existência juntos: muito obrigada. Aos meus caríssimos interlocutores e vozes lançadas ao Decrescimento sem os quais esta pesquisa teria definitivamente tomado outros rumos: obrigada pelo interesse, pela participação voluntária, pelo conhecimento compartilhado, pelas interferências e pelos saborosos diálogos. E a duas professoras interlocutoras e amigas em especial, obrigada pelos caprichosos exercícios de lapidação de diversos e importantes detalhes de minha formação enquanto pessoa e pesquisadora, meu devoto muito obrigada à Amana Mattos, minha coorientadora, e à Ariane Ewald com quem tive imenso prazer em cumprir inclusive minhas horas de estágio docente. Ao meu indescritível e inenarrável orientador e cujas qualidades ocupariam inúmeras páginas, sou-lhe imensamente grata e uma admiradora incondicional por sua competência, por seu conhecimento, por sua “ausência” de “didática” e “método”, por seu autêntico e espontâneo conduzir, por suas verdades, por sua experiência, e antes de qualquer coisa e acima de tudo por sua razão sensível histórica, contemporânea e crítica. Agradeço-lhe a confiança, todo carinho paternal, todo cuidado, todas as conversinhas mineiras ao pé de sua mesa, todas as aventuras com nossas amigas ferramentas, todas as vezes em que me acolheu em sua casa, por dividir o Jack um pouquinho comigo e me deixar alimentar suas tartarugas. Tenho clareza plena de que posso dizer da vida e seus diversos marcos, que minha vida era uma antes e passou a ser completamente outra depois da oportunidade e experiência de orientação com Jorge Coelho Soares. O que se requer é uma nova criação imaginária, de uma importância sem precedentes no passado, uma criação que ponha no centro da vida humana outras significações, e não apenas a expansão da produção e do consumo, que proponha objetivos de vida diferentes, e que possam ser reconhecidos pelos seres humanos como valendo a pena. [...] É essa enorme dificuldade que temos de enfrentar. Deveríamos querer uma sociedade na qual os valores econômicos deixassem de ser centrais, ou únicos, em que a economia fosse recolocada em seu lugar, como simples meio de vida humana e não como seu fim último, uma sociedade na qual se renunciasse a essa corrida alucinada em direção a um consumo cada vez maior. Isso é necessário não só para evitar a destruição definitiva do meio ambiente terrestre, mas também, e, sobretudo, para escapar da miséria psíquica e moral dos homens e mulheres contemporâneos. Castoriadis RESUMO MARINHO, Lina Raquel de Oliveira. Vozes e caminhos do decrescimento: consequências humanas. 2013. 217f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social) – Instituto de Psicologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013. O objetivo deste trabalho é apresentar o contemporâneo movimento sociopolítico do Decrescimento, partindo

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