Brasiliana Volun1e 380 O TUPI NA GEOGRAFIA NACIONAL TEODORO SAMPAIO

Brasiliana Volun1e 380 O TUPI NA GEOGRAFIA NACIONAL TEODORO SAMPAIO

À RTE DI GIV, p.{M Anc~ O.A ll!l<HlA BllASILIC.A, D.P, t.i- c-t...,tw.. ~ 1-,.-.,J,m :,u,,;. TEODORO SAMPAIO brasiliana volun1e 380 O TUPI NA GEOGRAFIA NACIONAL TEODORO SAMPAIO O Tupi na Geograjza Nacional, de autoria do sábio Teodoro Sampaio, é um li­ vro básico para-o estudo da língua da maior parte de nossos aborígenes. Publicado no princípio do século, tem reaparecido em consecutivas edições. Na época em que ela­ borou seu trabalho, o sábio professor baiano não ~ispunha de alguns documentos funda­ mentais surgidos posterionnente. As últimas edições passaram pelas competentes mãos do professor na Bahia Frederico Edelweiss, que enriqueceu o tex­ to primitivo com as mais recentes contribui­ ções relativas ao século XVI, respeitando o trabalho consciencioso e científico do autor. Esta nova edição, infelizmente im­ pressa após o desaparecimento do competen­ te revisor, é a mais completa. Edelweiss ela­ borara novas notas que foram conscienciosa­ mente acrescentadas pela professora Consue­ lo Pondé de Sena. Para os estudiosos da lín• gua tupi, cada vez· mais numerosos, será um livro seguro. Teodoro Samp_aio, geógrafo e histo­ riador, nasceu em Santo Amaro, na Bahia, de origem humilde. Formado em engenharia ci­ vil, colaborou com o cientista Orville Derby em várias explorações. t autor do livro O rio .São Francisco e a Chapada Diaman{ina, que teve repetidas edições. Colaborou nota­ velmente no Dicionário Histórico, Geográfi­ co e Etnográfico Brasileu-o, publicado pelo Instituto Histórico por ocasião- do centená­ rio. Foi deputado pela Bahia na primeira República. Este vocabulário deve figurar obri­ gatoriamente em qualquer esboço de cole­ ção brasiliana. A. J; L. A celebração do cinqüentenário de falecimento de Teodoro Sampaio, um dos homens mais notáveis nascidos J1a Bahia, se­ ja pelas qualidades pessoais como pelo digno uso que delas soube fazer, traduz o carinho · .que o povo de sua terra dedica ao ilustre conterrâneo. Por outro lado, o significativo fato de constar do seu testamento, preservado no Arquivo Público do Estado da Bahia, a iiis­ posição segundo a qual os direitos autorais de todas as edições futuras dos seus livros O .Tupi na Geograflll Nacional e O Rio São Francisco e a Chapada Diamantina deveriam pertencer ao Instituto Geográfico e Históri• co da Bahia evidencia o seu amor à Institui­ ção, cujo prédio inaugurado por Bernardino José de Sousa, no dia 2 de julho de 1923, foi por ele construído e onde também ocu­ pou as inais relevantes posições - Presidente da Casa e seu Orador. Esses motivos, além dos que confe­ rem ao livro O Tupi na Geograflll Nacional o elevado significado que possui, justificam es­ ta ediçã'o. A esta data associa-se a curiosa coincidência do transcurso dos 11 anos de desaparecimento do Prof. Frederico Edel­ weiss, que se incumbiu dos comentários e notas da edição de 1955 e desta ediçã'o. O Tupi na Geograflll Nacional é obra fundamental para o estudo da cultura brasileira. .Livro indispensável para figurar em todas as estantes de bibliotecas públicas e particulares, bem assim de brasilianistas e estudiosos dos nossos assuntos. Consuelo Pondé de Sena COMPANHIA EDITORA NACIONAL/ MinC/ PRO-MEMORIA INSTITUTO NACIONAL DO LIVRO 1 Este livro foi editado em regime de co-edição com o MinC/PRO-MEMORIA/ ln.stituto Nacional do Livro e passará a integrar os acervos das bibliotecas públicas, estaduais e municipais, que recebem da PRO-MEMôRIA/INL assis­ tência técnica e bibliográfica por efeito de convênios por ela firmados com Prefeituras Municipais e Secretarias de Estado em todo o território nacional. ISBN 85-04-00212-8 O TUPI NA GEOGRAFIA NACIONAL . BRASILIANA Volume 380 * Direção de AM:BRICO JACOBINA LACOMBE Editorttf40 ANA CÂNDIDA COSTA Prepttrttf40 de originttis HEITOR FERREIRA DA COSTA ANA CÂNDIDA COSTA Revis40 MARIA APARECIDA AMARAL MARIA DE LOURDES N. E. ROMERO RUBIO Composif4o e ttf'te RECOMP. Composições G.táfiçes TEODORO SAMPAIO O TUPI NA GEOGRAFIA NACIONAL s• edição Comemorativa do cinqüentenârio de falecimento do· Autor Introdução e Notas do Professor FREDERICO G. EDELWEISS Assessoramento técnico da Professora CONSUELO POND~ DE SENA Cadeira de Estudos Tupis, Departamento de Antropologia - . FFCH da UFBA, Com o apolo técnico e financeiro do Mi nC/ PRO-MEMORIA INSTITUTO NACIONAL DO LIVRO comoannia ed I tora nacionat Dados de Catalogação na Publicação (CIP) Internacional (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasll) Sampaio, Teodoro·/1885.. 19':37 ,. S186t O tupi na geografía"naciqnal / Teodoro Sampaio ; S.ed. introdução e notas de. Frederico G. Edelweiss. - 5. Pd. -- São ·Paulo ·: Editora Nacional ; { Brasília, 1 DE ) : INL, 1987. ·, . 1 (Brasiliana ; v. 380) 1 Bibliografia. ISBN 85-04-00212-8 1. !ndios da America dó Sul - Brasil - Nomes 2. Nomes geográficos - Bràsil - Tupi I. Edelweiss, Frederico G., 1S92-1976. II. Instituto N'àcional do Livro (Brasil). III. Título. IV. Série. CDD:918.1003 :498.3 CCF/CBL/SP-87-0894 CDU:498:918.1 lndices para catálogo sistemático 1. Brasil : Nomes geográficos tupis 918.1003 2. Ling{ltstica tupi 498.3 3. Tupi : LingUística 498.3 4. Tupi : Nomes geogrãficos : Brasil 918.1003 ISBN 85-04-00212-8 Foi feito o depósito legal. Direitos reservados COMPANHIA EDITORA NACIONAL Distribuição e promoção: RuaJoli, 294 - Fone: 291-2355 (PABX) Caixa Postal 5.312 - CEP 03016 - Saõ Paulo, SP - Brasil 1987 Impresso no .Brasil SUMÁRIO Nota prévia, 6 Critério, 8 Frederico Edelweiss, o Tupinólogo, 10 Prefácio à quarta edição, 28 O Indianismo ao tempo do Império, 31 Prefácio da terceira edição, 41 Prefácio da segunda edição, .52 Apreciações, 57 Carta de C. Campos, 60 Introdução, 63 CAPÍTULO I Da expansão da língua tupi e do seu predomínio na geografia nacional, 68 CAPfTULO II Breves apontamentos sobre a língua tupi com relação ao objeto deste escrito e resumo da gramática tupi, 74 CAPfTULO III Das alterações fônicas no tupi sob a influência da língua portuguesa, 122 CAPfTULO IV Da interpretação dos nomes tupis com emprego na geografia e na história nacional, 173 VOCABULÁRIO GEOGRÁFICO BRASILEIRO, 187 Biobibliografia de Teodoro Sampaio, 350 Biobibliografia de Frederico Edelweiss, 356 NOTA PRÉVIA A primeira publicaçã'o de O Tupi na Geografia Nacional data de 1901 . Duas novas edições, corrigidas e aumentadas, tiveram lança• mento em 1914 e 1928. Quando do primeiro centenário do nascimen­ to do autor, em 1955, Frederico Edelweiss preparou uma edição co­ memorativa com Introduçã'o e notas. Discípula de Edelweiss, a professora Consuelo Pondé de Sena, da Cadeira de Estudos Tupis da Universidade Federal da Bahia, tomou a si a incumbência de organizar a edição definitiva da obra. A Compa­ nhla Editora Nacional, com o apoio do Instituto Nacional do Livro, decidiu incorporar à coleção Brasiliana essa pesquisa pioneira de Teo­ doro Sampaio. O leitor encontrará no presente volume os prefácios de Teodoro Sampaio à segunda e à terceira edição, além das apreciações do Pe. Carlos Teschauer e de um comentário epistolar de C. Campos, datado de 1902. De especial interesse é o "Prefácio à quarta edição", de 1955, do professor Frederico Edelweiss, apompanhado de um peque­ no ensaio sobre "O Indianismo ao tempo do Império". Mantiveram-se as notas incluídas por Edelweiss na edição de 1955, enriquecidas de novas infonnações, resultantes da laboriosa pes­ quisa que empreendeu até sua morte, em 1974. Ao final do livro, após o ''Vocabulário geográfico brasileiro", acrescentamos os resumo~ biobibliográficos de Teodoro Sampaio e Frederico Edelweiss. Este úUimo, embora dispense apresentação, me­ receu da professora Consuelo Pondé de Sena um exame de sua valiosa contribuiçã'o no campo dos estudos tupis, texto que abre o volume. Em face de uma obra de tamanha expressão para a cultura bra­ sileira, a Companlúa Editora Nacional procurou conferir-lhe uma apresentação gráfica ajustada às modernas exigências de consulta. Isto resultou numa tarefa de difícil realização, tendo-se em vista a qualidade das edições anteriores, tipográficas. Neste trabalho, coordenado por Ana Cândida Costa, com a es­ treita colaboração de Heitor Ferreira da Costa; gostaríamos de agra- 6 decer a Margareth Pagni Perdigão e Myriam Aguiar Miguel, respon­ sãveis pela composiçlfo e montagem do texto, bem como a Maria Aparecida Amaral e Maria de Lourdes Neto Eiras Romero Rubio, pelo empenho no minucioso trabalho de revisão das provas, enrique­ cido de valiosas sugestões. Nosso agradecimento especial a Renato Berbert de Castro, da Diretoria do Instituto Geogrãfico e Histórico da Bahia, que nos re­ meteu material de seu livro inédito, Os Fundadores da Academia de Letras da Bahia, usado na composição da biobibliografia de Teodo­ ro Sampaio. Os Editores São Paulo, outubro de 1987 CRITÉRIOS 1. No terreno da ortografia, assumimos a postura de absoluto respeito à pesquisa original do autor. Esse procedimento se justifica também em função das notas do professor Frederico Edelweiss, que discute registros, mas não os altera. Atualizamos apenas o corpo do texto, mantendo todas as notações do autor, salvo onde se caracte­ rizasse um lapso evidente ou um erro tipográfico. Exemplo: Gupeva, aliás Cü-peba, que quer dizer: llngua rasteira para exprimir "o que pega na fala, o gago" 2 2 • [ Texto de Teodoro Sampaio ] 2 2 Língua, em tupi, é apecü, que, por terminar em fonema nasalado, dificilmente deixaria de abrandar a inicial de pcba. Não nos consta que peba - chato, largo - signifique rasteiro ou gago. [ Nota de Frede­ rico Edelweiss ] 2. Para os• tennos tupis e demais notações lingüísticas específi- cas, adotamos o !negrfü~t para o sentido, optamos pelo \itdlica· para as descrições ponnenorizadas do sentido, que se confundem com o corpo do texto, usamos o[redôn<ij. Exemplo: Cunhambébe, nome que é uma frase inteira: cu-nhã-béba e que quer dizer literalmente lfngua que corre rastei­ 2 3 ra, isto é, o gago, o homem que pega na fala • Yaparoby, o arco verde 2 3A. 3. No "Vocabulário geográfico brasileiro", preservou-se a grafia original dos verbetes [ com destaque emíVffitsA(ÇÇAffl] ], em desa­ cordo com as nonnas ortográficas vigentes, porém em consonância com o sistema de transcrição estabelecido por Teodoro Sampaio em sua época.

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