UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE ARTES FERNANDA GRIGOLIN MORAES SOU AQUELA MULHER DO CANTO ESQUERDO DO QUADRO: a história das mulheres anarquistas como narrativa encarnada SOY AQUELLA MUJER DEL EXTREMO IZQUIERO DEL CUADRO: la historia de las mujeres anarquistas como narrativa encarnada CAMPINAS 2020 FERNANDA GRIGOLIN MORAES SOU AQUELA MULHER DO CANTO ESQUERDO DO QUADRO: a história das mulheres anarquistas como narrativa encarnada SOY AQUELLA MUJER DEL EXTREMO IZQUIERO DEL CUADRO: la historia de las mujeres anarquistas como narrativa encarnada Tese apresentada ao Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do título de doutora em Artes Visuais Tesis presentada al Instituto de Artes de la Universidad Estatal de Campinas como parte de los requisitos para obtener el título de doctora en Artes Visuales ORIENTADOR: Fernando Cury de Tacca ESTE TRABALHO CORRESPONDE À VERSÃO FINAL DA TESE DEFENDIDA PELA ALUNA FERNANDA GRIGOLIN MORAES, E ORIENTADA PELO PROF. DR. FERNANDO CURY DE TACCA CAMPINAS 2020 Ficha catalográfica Universidade Estadual de Campinas Biblioteca do Instituto de Artes Silvia Regina Shiroma - CRB 8/8180 Grigolin, Fernanda, 1980- G877s GriSou Aquela Mulher do Canto Esquerdo do Quadro : a história das mulheres anarquistas como narrativa encarnada / Fernanda Grigolin Moraes. – Campinas, SP : [s.n.], 2020. GriOrientador: Fernando Cury de Tacca. GriTese (doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes. Gri1. Arte. 2. Anarquismo. 3. Feminismo e arte. 4. Narrativa. 5. Arte - Pesquisa. I. Tacca, Fernando Cury de, 1954-. II. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Artes. III. Título. Informações para Biblioteca Digital Título em outro idioma: Soy Aquella Mujer del Extremo Izquiero del Cuadro : la historia de las mujeres anarquistas como narrativa encarnada Palavras-chave em inglês: Art Anarchism Feminism and art Narrative Art - Research Área de concentração: Artes Visuais Titulação: Doutora em Artes Visuais Banca examinadora: Maria de Fatima Morethy Couto Christina da Silva Roquette Lopreato Maria Laura Fernández Cordero Fabiana Amelio Faleiros Rafaela de Moura Jemene Data de defesa: 31-01-2020 Programa de Pós-Graduação: Artes Visuais Identificação e informações acadêmicas do(a) aluno(a) - ORCID do autor: https://orcid.org/0000-0003-4305-6912 - Currículo Lattes do autor: http://lattes.cnpq.br/8106239996516403 Powered by TCPDF (www.tcpdf.org) COMISSÃO EXAMINADORA DE DEFESA DE DOUTORADO FERNANDA GRIGOLIN MORAES ORIENTADOR: FERNANDO CURY DE TACCA MEMBROS: 1. PROFA. DRA. MARIA DE FATIMA MORETHY COUTO 2. PROFA. DRA. CHRISTINA DA SILVA ROQUETTE LOPREATO 3. PROFA. DRA. MARIA LAURA FERNÁNDEZ CORDERO 4. PROFA. DRA. FABIANA AMELIO FALEIROS 5. PROFA. DRA. RAFAELA DE MOURA JEMENE Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas. A ata de defesa com as respectivas assinaturas dos membros da comissão examinadora encontra-se no SIGA/Sistema de Fluxo de Dissertação/Tese e na Secretaria do Programa da Unidade DATA DA DEFESA: 31.01.2020 Dedico a todas as mulheres libertárias que vieram antes de nós. AGRADECIMENTOS À minha mãe, Edna, minha tia Lourdes e minha tia Vanda (em memória) e ao Murilo; Ao meu orientador, Fernando Cury de Tacca, e à Prof.a Maria de Fátima Morethy, ambos foram essenciais para a pesquisa; À Rían Lozano, que me acolheu com saberes encarnados na Unam/México e possibilitou interlocução sobre e com feminismos; À todas as pessoas que estiveram nos processos das publicações, das exposições Arquivo 17 e Cartas a ella. Brasileiros, argentinos, uruguaios e mexicanos se cruzam nessas páginas: Valeria Mata, Flor Pastorella, Karina Francis Urban, Paula Monterrey Sobral, Laura Daviña, Caio Gusmão, Deivison Dias, Vanessa Rebesco, Darío Marroche, Paola Fabres, Val Sampaio, Morelos León, Marina Mayumi, Rosa Chávez, Syrlene Maritan Casagrande, Aline Rosa e Christian Capurro foram presentes em momentos marcantes, são nomes que simbolizam muitas conexões afetivas, mas outras pessoas também estiveram comigo e eu agradeci a elas em cada uma das publicações; À Ieda Lebensztayn e Lígia Magalhães Marinho pela revisão; Cris Achcar e Dinaura Julles pela ajuda nos artigos e resumos com revisões/traduções ao espanhol e ao inglês; À Samanta Colhado, Ivanna Margarucci, Angela Roberti, Elena Schembri; ao Thiago Lemos, Rodrigo Rosa e demais pesquisadores (anarquistas) em anarquismo com quem cruzei em diversos momentos; A todos os militantes anarquistas e suas práticas diárias, entre eles: Cibele Troyano, Gabriela Brancaglion, Lucia Parra, Jully Vasconcelos, Antonio Carlos de Oliveira, Marcolino Jeremias e Adriano Skoda; A Relaciones Inesperadas que me recebeu em Tijuana/México, Ediciones Estridentes em Veracruz/México e La Paternal Espacio de Proyecto em Buenos Aires/Argentina; À equipe do AEL, do CedInCI e da Casa del Ahuizote, pelo tempo de convívio e compartilhamentos de materiais essenciais para a tese; Ao Mariano Klautau e à Regina Melim, que estiveram presentes na qualificação e foram muito generosos com a tese ainda em processo; À Christina Lopreato, por todas as indicações, boas palavras e presenças tanto na qualificação como na defesa. Às demais pessoas da banca de defesa – Fabiana Faleiros, Rafaela Jemmene e Laura Cordero, sendo que a última interrompeu suas férias em família e veio da Argentina até aqui para estar em Campinas; Ao Marcos de Moraes e Eduardo Paiva, membros suplentes da banca. O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001. RESUMO O fazer artístico está completamente vinculado com a forma de viver e de estar no mundo. A presente tese admite que há múltiplas faces do ofício de artista. Contudo, as que nos interessam são sociais e críticas e participam de um lugar solidário e compartilhável. O conhecimento situado parcial e localizável, fruto de um trabalho em arte, é um gesto corporal de responsabilidade ativa. Para tanto, parte-se de um lugar anticapitalista e de luta das mulheres. O fio condutor metodológico é a narradora (A Mulher do Canto Esquerdo do Quadro) que se encontra com escritos, documentos e produções dela e de outras mulheres que viveram nos anos 1900. Não há na narradora ou no ato narrado nada de excepcional, ela não lida com a exceção e/ou genialidade, e sim com um universo genuinamente das mulheres que sempre contaram histórias, sempre guardaram suas fotografias e sempre receberam pessoas em suas casas. O desafio no campo metodológico, aqui, foi unir uma perspectiva feminista com uma prática artística e de pesquisa (em arte e com arte) que advêm de uma responsabilidade ativa. A presente tese desmonta, remonta, edita e publica palavras e imagens por meio de uma narrativa encarnada anarcofeminista e situada. Palavras-chave: Pesquisa de artista; Anarcofeminismo; Narrativa encarnada. ABSTRACT The artistic practice if completed linked with the way of living and being in the world. This thesis admits that there are multiple faces in the artist’s craft. However, those that interest us are social and critical and take part in a supportive and shareable place. Partial and localizable situated knowledge, fruit of a work in art, is a body gesture of active responsibility. To do so, the starting point in an anti-capitalist and women’s fight place. The methodological thread is the female narrator (The Woman in the Left Corner of the Frame) that is found with writings, documents and productions by her own and other women who lived in the 1900’s. Nothing is exceptional in the narrator or in the narrated action, she does not deal with exception and/geniality, but rather with a genuine universe of women who have always told stories, have always kept their photos and have always received people in their homes. The challenge in the methodological field here was to join a feminist perspective with an artistic and research practice (in art and with art) that stem from an activity responsibility. This thesis disassembles, reassembles, edits and publishes words and images through an anarcho- feminist embodied situated narrative. Keywords: Artist’s research; Anarcho-feminism; Embodied narrative. RESUMEN El hacer artístico está completamente relacionado con la forma de vivir y estar en el mundo. La presente tesis admite que existen múltiples caras del oficio de artista. Sin embargo, las que nos interesan son sociales, críticas y participan desde un lugar solidario y compartible. El conocimiento situado, parcial y localizable, que resulta de un trabajo de arte, es un gesto corporal de responsabilidad activa. Con esto, partimos de la lucha anticapitalista y de la lucha de las mujeres. El hilo conductor metodológico es la narradora (La Mujer del Extremo Izquierdo del Cuadro) que se encuentra con los escritos, documentos y producciones suyas y de otras mujeres que vivieron en los años 1900. No hay nada excepcional sobre la narradora o hablar sobre el acto narrado, ella no lidia con excepciones y/o genialidad, pero sí con un universo genuino de mujeres que siempre han contado historias, siempre conservaron sus fotografías y siempre han recibido a personas en sus hogares. El desafío en el campo metodológico aquí se dio en unir una perspectiva feminista con una práctica artística y de investigación (en el arte y con el arte) que provienen de la responsabilidad activa. La presente tesis desarma, rearma, edita y publica palabras y imágenes a través de una narrativa encarnada anarcofeminista
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