A Escola E Seus Nós

A Escola E Seus Nós

1 Associação Pró-Ensino Superior em Novo Hamburgo - ASPEUR Universidade Feevale A escola e seus nós ORGANIZADORA Lovani Volmer Novo Hamburgo - Rio Grande do Sul - Brasil 2017 PRESIDENTE DA ASPEUR DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) Universidade Feevale, RS, Brasil Luiz Ricardo Bohrer Bibliotecária responsável: Patrícia Mentz – CRB 10/2143 REITORA DA UNIVERSIDADE FEEVALE A escola e seus nós [recurso eletrônico] / organizadora Lovani Inajara Vargas Ramos Volmer. – Novo Hamburgo: Feevale, 2017. Dados eletrônicos (1 arquivo : 4 mb). PRÓ-REITORA DE ENSINO Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader. Cristina Ennes da Silva Modo de acesso: <www.feevale.br/editora> Inclui bibliografia. ISBN 978-85-7717-217-7. PRÓ-REITOR DE INOVAÇÃO Cleber Cristiano Prodanov 1. Educação. 2. Educação infantil. 3. Ensino fundamental. 4. Ensino Médio. 5. Escola de Aplicação. 6. Rio Grande do Sul. 5.. I. Volmer, Lovani. PRÓ-REITOR DE PESQUISA, PÓS- GRADUAÇÃO E EXTENSÃO CDU 373.2/.5(816.5) João Alcione Sganderla Figueiredo © Editora Feevale - Os textos assinados, tanto no que diz respeito à lingua- COORDENAÇÃO EDITORIAL GERAL gem como ao conteúdo, são de inteira responsabilidade dos autores e não Cristina Ennes da Silva expressam, necessariamente, a opinião da Universidade Feevale. É permitido citar parte dos textos sem autorização prévia, desde que seja identificada a EDITORA FEEVALE fonte. A violação dos direitos do autor (Lei n.° 9.610/98) é crime estabelecido Adriana Christ Kuczynski (Design editorial) pelo artigo 184 do Código Penal. Mauricio Barth (Coordenação) Universidade Feevale Tiago de Souza Bergenthal (Revisão textual) Câmpus I: Av. Dr. Maurício Cardoso, 510 - CEP 93510-250 - Hamburgo Velho Câmpus II: ERS 239, 2755 - CEP 93525-075 - Vila Nova Fone: (51) 3586.8800 - Homepage: www.feevale.br COMO MELHOR UTILIZAR ESTE E-BOOK Não desperdice papel, imprima somente se necessário. Este e-book foi feito com intenção de facilitar o acesso à informação. Baixe o arquivo e visualize-o na tela do seu computador sempre que necessitar. É possível também imprimir somente partes do texto, selecionando as páginas desejadas nas opções de impressão. APRESENTAÇÃO Nascida de um desejo da comunidade hamburguense em constituir no município uma escola “diferente”, a Escola de Educação Básica Feevale - Escola de Aplicação tem uma tra- jetória de mais de duas décadas de inserção comunitária voltada à pesquisa, à inclusão e à inovação no ensino, da Educação Infantil ao Ensino Médio e Técnico. Sempre discutindo questões relacionadas aos novos desafios da educação escolar contemporânea, a Escola de Aplicação está, desde 1998, organizada em ciclos de formação, em substituição ao mo- delo seriado, respeitando os tempos de aprendizagem dos sujeitos, visando à formação de cidadãos éticos e críticos, e atendendo com excelência aos alunos com deficiência, cuja prática é considerada referência não só na região de abrangência. Quebrar paradigmas!!! Sim, essa é a premissa para a constituição da Escola que hoje te- mos, a escola “diferente” almejada por seus idealizadores. Mas o que é ser “diferente” num mundo em que o “diferente”, muitas vezes, incomoda, em que os sabores são tão iguais e as vontades tão coletivas? Pois é, no olhar dos alunos, que percebem sim essa escola “di- ferente”, o que a faz tão singular são as relações: “Maior aproximação com os professores, o que facilita o entendimento das matérias”; “O jeito de sermos tratados, somos respon- sáveis pelos nossos atos”; “Escola mais humana”; “Aqui, há pessoas diferentes, que são respeitadas na sua individualidade”; “Há uma escuta para cada um”; “Muito diálogo com os alunos”; “Respeito pelos alunos”; “Maior autonomia”. Além disso, destaca-se a forma de avaliação, que realmente é processual, se dá por objetivos e parecer descritivo, permitindo que cada aluno seja avaliado pelo que sabe, ou seja, o resultado mostra o que cada um construiu e aprendeu; sempre há uma possibilidade de retomar a aprendizagem. Nessa escola “diferente”, que é real, o professor é muito mais que um “transmissor” de con- teúdos, é corresponsável no processo de ensino-aprendizagem, o que lhe permite delinear caminhos diversos em seu fazer docente, muito além de apostilas, do pré-determinado, do já construído... E, no final das contas, quem ganha com isso tudo é o aluno, que, em um tempo maior, se necessário, constrói suas aprendizagens, para além dos muros da escola... A escola e seus nós traz um conjunto de artigos produzidos por professores da Escola Feevale a partir de suas práticas. Trata-se de um recorte, mas que muito tem a contribuir com a educação e a construção de aprendizagens efetivas e afetivas, que considerem o percurso e a história dos sujeitos, sua incompletude e a transitoriedade do mundo natural e social. Lovani Volmer SUMÁRIO 008 ESCOLA DE APLICAÇÃO: A PRODUÇÃO DE UM CURRÍCULO Aline Silveira de Lima Schnorr e Micheline Kruger Neumann 022 DESAFIOS QUE NOS ENSINAM: NOSSA PRÁTICA NA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL Janaína Regra e Kátia Maria de Conto Lopes 032 EDUCAÇÃO SEM COERÇÃO: UMA SAÍDA POSSÍVEL Thiago Rafael Santin 045 A CONSTRUÇÃO DE SABERES PROFISSIONAIS ATRAVÉS DO ENSINO TÉCNICO NA ESCOLA Eduardo Davi Wilhelm, Elias Wallauer e Marcelo Josué Telles 055 EDUCAÇÃO INFANTIL: DO ACOLHIMENTO AO ENCANTAMENTO DO OLHAR Daniele Oliveira Bohn e Tânia Melissa Exner de Macedo 065 APRENDIZAGENS NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO Lucélia Pressi Bitencourt, Mariela Magali Faller, Melissa Rodrigues Sebolt e Nilvana Ferreira Flores 076 APRENDIZAGEM E PRODUÇÃO DO SABER ATRAVÉS DA VIVÊNCIA PRÁTICA Carine Fernandes Possebon, Daniela Rocha da Silva e Fernanda Luisa Baum Eltz Machado 085 PESQUISA EM SALA DE AULA: UMA TROCA DE SABERES Andréa Marmitt e Janine Vieira 95 ENTRE QUIMERAS E TECIDOS: O ENSINO DA ARTE NA ESCOLA DE APLICAÇÃO Ana Flavia Noronha da Silva Linck, Isabel Schneider Machado, João Fernando Munhoz Junior e Tais Oliveira 110 NO PRAZER DA DESCOBERTA: O ENSINO DE ARTE NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA FEEVALE - ESCOLA DE APLICAÇÃO: EDUCAÇÃO INFANTIL E ETAPAS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Ana Flávia Noronha da Silva Linck 119 COMO TUDO COMEÇOU: UMA PROPOSTA DE PROJETO INTERDISCIPLINAR NO ENSINO MÉDIO Cleidi Jaqueline Blos Dresch e Janine Vieira 128 TECENDO POSSIBILIDADES NA FORMAÇÃO DE LEITORES Rosângela Brogni e Michele Luciana Petersen 141 SÓ GENTE GRANDE ARGUMENTA? A ARGUMENTAÇÃO NO ENSINO FUNDAMENTAL PARA A FORMAÇÃO DO ALUNO AUTOR Ana Cândida Santos de Carvalho, Angélica Liesenfeld, Deisy KarinyBamberg, Elizabeth Schmitz e Geraldine Thomas da Silva 152 PENSANDO E REPENSANDO A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA NO ENSINO MÉDIO Danielle Kayser Sauter 160 SKATE TAMBÉM É FÍSICA Fabiane Santos de Souza 169 VIVÊNCIAS NA NATUREZA E A PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL NA CONSTRUÇÃO DA APRENDIZAGEM Jefferson do Nascimento Mayca 183 O ENSINO DE HISTÓRIA NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA FEEVALE - ESCOLA DE APLICAÇÃO: REALIDADES E POSSIBILIDADES DENTRO E FORA DO AMBIENTE ESCOLAR Juliano Souza de Oliveira 191 PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES NO CURSO TÉCNICO EM PUBLICIDADE João Fernando Munhoz Junior, Milena Morena Gehlen e Rosane Maria Maitelli 201 JOVENS PRODUZEM CAPAS DE REVISTAS NA ESCOLA: O PRODUTIVO ENCONTRO DO ENSINO, EXTENSÃO E PESQUISA Robson da Silva Constante, Saraí Patrícia Schmidt, Ana Luiza Carvalho da Rocha e João Fernando Munhoz Júnior 213 NIIP: ESPAÇO DE RESSIGNIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM Adriane Pieper Giacomet, Geraldine Thomas da Silva e Mauro Breni De Almeida Brizola 223 UMA ABORDAGEM REFLEXIVA SOBRE O NIVELAMENTO NAS AULAS DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA FEEVALE - ESCOLA DE APLICAÇÃO Andréa Marmitt, Cíntia de Moura Pinto, Deisy Kariny Bamberg, Grasielle Wazlawick, Hernan Dario Sanchez e Maristela Leila Bauer Zimmermann 230 NOS BASTIDORES DO CONSUMO: A INTERDISCIPLINARIDADE CONTRIBUINDO PARA A PRÁTICA DO CONSUMO CONSCIENTE Adriane Pieper Giacomet, Angélica Liesenfeld e Janine Vieira 7 ESCOLA DE APLICAÇÃO: A PRODUÇÃO DE UM CURRÍCULO Aline Silveira de Lima Schnorr Mestra em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professora na Escola de Educação Básica Feevale - Escola de Aplicação. E-mail: [email protected]. Micheline Kruger Neumann Mestra em Qualidade Ambiental pela Universidade Feevale. Professora na Escola de Educação Básica Feevale - Escola de Aplicação. E-mail: [email protected]. RESUMO O artigo trata de contar uma história ou o pedaço dela. Trazendo um breve resgate histórico e uma apresentação ampla dos espaços e tempos, nos propomos a evocar questões concernen- tes ao currículo da Escola de Educação Básica Feevale - Escola de Aplicação. Trazemos alguns conceitos para mostrar que o currículo, sendo um artefato da Modernidade, constitui-se num espaço de lutas sociais e políticas e que, nas relações de saber/poder, ensina formas de subje- tivação e transcende a listagem de conteúdos e objetivos formais previstos. Defendemos que se aprende (e ensina-se) o tempo todo ao estar-se implicado nas vivências das práticas inten- cionalmente pedagógicas e mesmo com aquelas que não tem esse endereçamento. Por fim, colocamos como condição de possibilidade, o protagonismo docente nessa escola que acre- dita e aposta na ação desse sujeito, assim como na daqueles os quais ele conduz: os alunos. Palavras-chaves: Currículo. Sujeito. Tempo. Espaço. ABSTRACT The article aims at telling a story or a piece of it. Bringing a brief historic background and a wide presentation of time and space, we evoke questions concerning the curriculum of Feevale Basic Education School - School of Application. We bring some concepts to show that the curriculum as a Modernity craft, composes itself as a space of social and political battle, in the relationships of knowledge/power, it teaches forms of subjectivation and transcends the list of contents and formal objects predicted. We support we learn (and teach) all the time when implied to the in- tentionally pedagogical experiences and even to those without this addressing. Finally, we sta- te as a possibility condition the teaching protagonism at this school that believes and supports the action of this subject, as well as the acts of those he/she conducts: the students. Keywords: Curriculum. Subject. Time. Space. RESUMEN Este artículo trata sobre contar una historia o parte de ella.

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