Estrutura Econômica Da Região Metropolitana De Campinas

Estrutura Econômica Da Região Metropolitana De Campinas

RELATÓRIO Maio 2OO6 Estrutura Econômica da Região Metropolitana de Campinas GOVERNO DO ESTADO SEADE DE SÃO PAULO Fundação Sistema Estadual SECRETARIA DE ECONOMIA E de Análise de Dados PLANEJAMENTO Governador do Estado Cláudio Lembo Secretário de Economia e Planejamento Fernando Carvalho Braga SEADE Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados Diretora Executiva Felícia Reicher Madeira Diretor Adjunto Administrativo e Financeiro Marcos Martins Paulino Diretor Adjunto de Produção e Análise de Dados Sinésio Pires Ferreira Diretor Adjunto de Disseminação de Informações Vivaldo Luiz Conti Chefia de Gabinete Ana Celeste de Alvarenga Cruz Conselho de Curadores Martus Tavares (Presidente) Carlos Antonio Gamero Haroldo da Gama Torres José Paulo Zeetano Chahad Márcio Percival Alves Pinto Marcos José Pérez Monteiro Michael Paul Zeitlin Neide Saraceni Hahn Sérgio Besserman Vianna Tania Di Giacomo do Lago Conselho Fiscal Caioco Ishiquiriama Fábio Alonso Grace Maria Monteiro da Silva SP 2OO6 ESTRUTURA ECONÔMICA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS SUMÁRIO Breve Histórico da Região ....................................................................6 Caracterização Econômica ..................................................................10 PIB Municipal .................................................................................10 Produção Agrícola Regional .............................................................17 Investimentos Anunciados para a Região.........................................19 A Economia Regional a partir das informações da Paep ....................22 Participação da RMC no Estado....................................................23 Estrutura da Economia Regional ..................................................25 A Região Metropolitana de Campinas (RMC) foi formalmente instituída pela Lei Complementar Estadual nº 870, de 19/06/2000, e engloba 19 municípios: Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d’Oeste, Santo Antonio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo. Desses municípios, cinco fizeram parte do território de Campinas e se emanciparam somente no século XX: Americana (1924), Cosmópolis (1944), Sumaré (1953), Valinhos (1953) e Paulínia (1964). Outros dois tiveram origem em municípios emancipados de Campinas: Nova Odessa, que se desmembrou de Americana (1959) e Hortolândia, que se separou de Sumaré (1991). A população projetada para a região, em 2005, é de 2.578.033 habitantes, o que corresponde a 6,45% do total estadual. A RMC apresenta a mais expressiva concentração industrial do interior de São Paulo, caracterizando -se po r abrigar setores modernos e plantas industriais articuladas em grandes e complexas cadeias produtivas, inserindo-se em um vasto território produtivo que compreende as Regiões Metropolitanas de São Paulo e da Baixada Santista e as Regiões Administrativas de São José dos Campos e Sorocaba, que respondem por 90% da produção industrial paulista e por 95% dos serviços do Estado. A metrópole campineira tem registrado evolução significativa nas últimas décadas, superando, em critérios tanto populacionais quanto econômicos, diversas outras regiões metropolitanas do país, bem como se distinguindo pela presença de uma base econômica importante e dinâmica em vários outros municípios, além da sede metropolitana. O município de Campinas é também sede da Região Administrativa de Campinas (RAC),1 composta por sete Regiões de Governo (Bragança Paulista, Jundiaí, Limeira, Piracicaba, São João da Boa Vista, Rio Claro e Campinas),2 que 1 O Estado de São Paulo tem uma divisão administrativa em 15 regiões, sendo 14 Regiões Administrativas (RAs) e a Região Metropolitana de São Paulo. As RAs são as seguintes: RA de Registro, RA de Santos, RA de São José dos Campos, RA de Campinas, RA de Sorocaba, RA de Ribeirão Preto, RA de Bauru, RA de Marília, RA de São José do Rio Preto, RA de Presidente Prudente, RA de Araçatuba, RA de Franca, RA de Barretos e RA Central. A Região Metropolitana da Baixada Santista coincide com a RA de Santos. 2 Dos 19 municípios da RMC, 18 pertencem à RG de Campinas e 1(Itatiba) à RG de Jundiaí. A Região de Governo de Campinas (RGC) abrange os municípios da Região Metropolitana de Campinas – RMC, exceto Itatiba, mais os municípios de Itapira, Mogi Guaçu, Moji Mirim e Estiva Gerbi. 2 englobam 90 municípios com quase 6 milhões de habitantes em 2005. A Tabela 1 apresenta a população da Região Metropolitana de Campinas e dos seus municípios, bem como das diferentes agregações regionais. Nos últimos cinco anos, a RMC apresentou taxa de crescimento populacional superior aos demais agregados. TABELA 1 População Total e Taxa de Crescimento Estado de São Paulo, Regiões Administrativa s, de Governo e Metropolitana de Campinas e Municípios 2000-2005 População Total Taxa de Número de Regiões Crescimento Municípios 2000 2005 2000/2005 (%a.a.) ESTADO DE SÃO PAULO 645 36.974.378 39.949.487 1,56 Região Administrativa de Campinas 90 5.383.260 5.916.224 1,91 Região de Governo de Campinas 22 2.529.419 2.789.959 1,98 Região Metropolitana de Campinas 19 2.332.988 2.578.033 2,02 Campinas 968.160 1.029.898 1,24 Sumaré 196.099 220.937 2,41 Americana 182.300 196.497 1,51 Santa Bárbara d'Oeste 169.818 182.130 1,41 Hortolândia 151.697 184.069 3,94 Indaiatuba 146.530 172.140 3,27 Valinhos 82.817 90.155 1,71 Itatiba 80.987 92.780 2,76 Paulínia 51.163 60.875 3,54 Vinhedo 47.065 56.062 3,56 Cosmópolis 44.250 50.366 2,62 Nova Odessa 41.987 45.629 1,68 Monte Mor 37.207 44.193 3,50 Pedreira 35.141 39.220 2,22 Artur Nogueira 32.965 39.465 3,66 Jaguariúna 29.533 32.978 2,23 Santo Antonio de Posse 18.074 20.578 2,63 Engenheiro Coelho 10.000 11.899 3,54 Holambra 7.195 8.162 2,55 Fonte : Fundação Seade. 3 A área de influência do município de Campinas extrapola a região metropolitana e é constituída por uma rede urbana densa e articulada, com grande facilidade de acesso, curtas distâncias e boas características do sistema viário, o que torna a região fortemente integrada. Modernas rodovias fazem a ligação de Campinas com a capital, o interior do Estado e o restante do país. A Rodovia dos Bandeirantes (SP 348) possui duas pistas, separadas por amplo canteiro central, com três faixas de rolamento em cada sentido, e faz a ligação do município à Região Metropolitana de São Paulo. Outras cinco rodovias com pista dupla e duas faixas de rolamento em cada sentido partem do município, ou o cortam. A Rodovia Anhangüera (SP 330) é a via estruturadora das regiões de agricultura mais desenvolvida do interior de São Paulo, além de cortar municípios com grande concentração industrial nas regiões de Jundiaí, Campinas, Limeira, São Carlos, Ribeirão Preto e São Joaquim da Barra. Principal ligação do Estado com o Triângulo Mineiro, prossegue, após os limites estaduais, como rodovia federal, alcançando Brasília e o Centro-oeste brasileiro. A Rodovia D. Pedro I (SP 065) liga as duas regiões de maior concentração industrial do interior do Estado (Campinas e São José dos Campos), iniciando em Campinas e terminando na Rodovia Presidente Dutra (BR 116). Através dessa rodovia, Campinas se articula com o sul de Minas Gerais, pela Rodovia Fernão Dias (BR 381), que une São Paulo a Belo Horizonte. A Rodovia Campinas-Moji Mirim (SP 340) é a principal via de articulação com os municípios situados ao norte da RMC e com a região de São Joaquim da Barra, passando por uma área de grande produção agrícola e agroindustrial e servindo também de ligação com importantes municípios do sul do Estado de Minas Gerais. A Rodovia Santos Dumont (SP 101) liga Campinas a Sorocaba e à Rodovia Castelo Branco (SP 280), a partir da qual é possível alcançar grande parte do oeste do Estado e o Centro-oeste brasileiro. A rodovia Campinas- Paulínia liga os dois municípios, sendo a principal via de acesso à maior refinaria de petróleo do país – Replan – localizada em Paulínia. Este trabalho apresenta a caracterização econômica da Região Metropolitana de Campinas, tendo como principais fontes as informações da Pesquisa da Atividade Econômica Paulista – Paep (2001) e do Produto Interno 4 Bruto Municipal, contextualizadas por outros dados disponíveis na desagregação regional. Inicialmente apresenta-se um breve histórico da região, abordando os antecedentes do processo de urbanização e de desenvolvimento econômico regional. Em seguida, realiza-se a caracterização econômica, composta pelas seguintes análises: das informações do PIB municipal; da produção agrícola regional, com base nas informações da PAM – Produção Agrícola Municipal, do IBGE, para 2004; dos investimentos anunciados para a região, com base na Pesquisa de Investimentos no Estado de São Paulo; da Fundação Seade; e dos resultados da Paep para a região. 5 BREVE HISTÓRICO DA REGIÃO Os antecedentes históricos são muito importantes para a compreensão do processo de urbanização e desenvolvimento econômico da região de Campinas. A economia regional era baseada no plantio da cana e na produção do açúcar, passando por diversas transformações em sua estrutura produtiva, desde o início do século XIX. O cultivo do café iniciou-se na região em meados do século XIX, sendo que a produção regional assumiu rapidamente o primeiro lugar no Estado. Campinas manteve sua importância econômica e política com a consolidação do complexo cafeeiro e durante os anos gloriosos da cafeicultura paulista, última década do século XIX e as primeiras do XX. Nas duas primeiras décadas do século XX, o Estado de São

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