CATÁLOGO DO ACERVO EM MICROFILME DA FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO Organizado por Tereza Cristina A. Carneiro Leão Com a colaboração de Maria Falcão S. da Cunha R E C I F E 2008 S U M Á R I O APRESENTAÇÃO A microfilmagem na Fundação Joaquim Nabuco Rita de Cássia Barbosa de Araújo INTRODUÇÃO O acervo em microfilme da Fundação Joaquim Nabuco Leonardo Dantas Silva 1 – PERIÓDICOS 2 – DOCUMENTAÇÃO HISTÓRICA (livros, manuscritos, monografias, cartografias, fotografias) 3 - ÍNDICE APRESENTAÇÃO Rita de Cássia Araújo Diretora de Documentação No em que comemora 60 anos de existência, a Fundação Joaquim Nabuco ganha o Acervo de Microfilmes da Fundação Joaquim Nabuco - Catálogo , elaborado por Teresa Cristina Carneiro Leão, com a colaboração de Maria Falcão S. da Cunha. Fruto do empenho de quem dedicou boa parte de sua vida ao bem do público, o Catálogo condensa o resultado de mais de trinta anos de ininterrupto trabalho desenvolvido pela Instituição, apresentando listagem de títulos de periódicos, de documentos históricos manuscritos e impressos e obras avulsas reproduzidos em microfilme, com a finalidade de preservar raras e preciosas fontes de pesquisa e de torná- las acessíveis ao pesquisador. O Catálogo registra documentos reproduzidos pela Instituição até dezembro de 2007, não contemplando portanto a documentação microfilmada após aquela data, a exemplo dos 207 títulos de periódicos raros, pertencentes ao acervo do Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano, ação que integrou o Projeto 200 Anos da Imprensa no Brasil desenvolvido em 2008. Esse esforço institucional, todavia, ressentia-se de um instrumento que o trouxesse a luz e que revelasse aos leitores e pesquisadores a riqueza do acervo, expressa na diversidade temática, na variedade tipológica e na abrangência histórico-temporal dos documentos microfilmados, além do atributo de raridade de que muitos estão revestidos, constituindo, alguns, registros únicos cujos originais se perderam definitivamente ou se encontram impossibilitados de manuseio face ao péssimo estado de conservação. As atividades de microfilmagem no então Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais tiveram início nos primeiros anos da década de 1970, com a reprodução de parte da sua documentação administrativa. Em 1978, com o ingresso da Fundação no Plano Nacional de Microfilmagem de Periódicos Brasileiros , essa técnica já secular de preservação de documentos adquiriu novas feições e voltou-se também para a microfilmagem de documentos históricos. Lançado pela Biblioteca Nacional, o Plano previa a microfilmagem de periódicos raros de valor histórico-social editados em diversos estados do País. A Fundação ficou responsável pelo trabalho de seleção dos periódicos a serem reproduzidos, levantados entre as instituições locais detentoras de arquivos históricos — Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano; Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano; Faculdade de Direito (UFPE); Biblioteca Pública do Estado e a Associação Comercial de Pernambuco — e pela microfilmagem dos títulos elencados. O Diario de Pernambuco — fundado em 1825, sendo o mais antigo em circulação na América Latina — constituiu marco simbólico dessa nova fase da microfilmagem na Instituição. Desde 1978, portanto, a Fundação Joaquim Nabuco mantém sistematicamente o trabalho de microfilmagem de documentos do seu arquivo administrativo e de documentos históricos pertencentes ao acervo da Instituição e de terceiros. São títulos de obras e de periódicos raros e documentos históricos diversos que foram copiados ao longo dos anos, alguns como parte de projetos de pesquisas ou editoriais específicos; outros, atendendo a demandas pontuais de pesquisadores ou adquiridos por doação. Tudo isso foi formando o pecúlio que ora se encontra disponível à consulta na Fundação Joaquim Nabuco e que o leitor poderá conferir folheando o Catálogo , verdadeiro convite que Teresa Carneiro Leão faz aos interessados em realizar novas investigações históricas. O Acervo de Microfilmagem da Fundação Joaquim Nabuco - Catálogo cumpre a missão institucional da Fundação Joaquim Nabuco e de sua Diretoria de Documentação, em particular, de oferecer ao público informações precisas e sistematizadas sobre o acervo da Instituição, contribuindo para a eficácia e agilidade do desenvolvimento da pesquisa. Missão institucional particularmente voltada para a preservação e a valorização do patrimônio histórico-cultural e a disseminação da informação, garantindo às gerações presentes e futuras o acesso às fontes de pesquisa, base para a análise crítica e para a renovação do conhecimento científico e de outros gêneros. INTRODUÇÃO O ACERVO DE MICROFILMES DA FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO Leonardo Dantas Silva Por iniciativa de Tereza Cristina Carneiro Leão, a Fundação Joaquim Nabuco passa a ter, a partir de agora, o seu Acervo de Microfilmes da Fundação Joaquim Nabuco - Catálogo , relacionando numa só publicação documentos manuscritos, arquivos diversos, correspondências, periódicos e obras raras , que se encontram atualmente a disposição dos pesquisadores e interessados nos Estudos Brasileiros, usuários daquela instituição. Trata-se de 962 verbetes, nos quais foram preservados, em rolos de microfilmes, os mais diferentes manuscritos e impressos que, por si sós, bem revelam a importância do trabalho de paciência e perseverança de uma só pessoa no sentido de dotar o pesquisador anônimo dessa ferramenta indispensável à conclusão de qualquer pesquisa, ou mesmo consulta avulsa, facilitando o melhor esclarecimento e o conhecimento essencial do nosso passado. Coincidentemente, acompanhei a implantação do Centro de Microfilmagem da Fundação Joaquim Nabuco desde o seu nascedouro, por ocasião do Encontro Nacional de Cultura , realizado na cidade do Salvador entre 5 e 9 de julho de 1976. Naquele conclave, reunindo membros do Conselho Federal de Cultura, representantes dos Conselhos Estaduais de Cultura, membros da Academia Brasileira de Letras e secretários de Cultura de todo o país, eu me encontrava na qualidade de Diretor do Departamento de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura do Estado de Pernambuco. Por ocasião da conferência de Affonso Arinos de Mello Franco sobre Arquivos Notariais, coube a mim discorrer longamente sobre o estado de penúria em que encontrava a coleção do Diario de Pernambuco, cujo primeiro número data de 7 de novembro de 1825, se tratando, portanto, do decano em língua portuguesa e o mais antigo em circulação da América Latina. Naquele ano, estava o Diario de Pernambuco celebrando o seu sesquicentenário, pelo que não foi difícil incluir a proposição no sentido de microfilmar toda a coleção daquele jornal nas recomendações finais daquele Encontro Nacional de Cultura . Com esse desafio, nasceu a parceria de mais de três décadas entre mim e a Profª. Esther Caldas Bertoletti, então Coordenadora do Plano Nacional de Microfilmagem de Periódicos Brasileiros , da Biblioteca Nacional. Tal parceria atravessou governos, gerou frutos, se transformando em dezenas de edições das mais diversas, se fazendo presente até nos dias atuais, como aconteceu, no mês de março de 2007, quando do lançamento dos catálogos de Documentos manuscritos avulsos da Capitania de Pernambuco 1590 – 1825 , compilados pelo Projeto Resgate Barão do Rio Branco no Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa, sob a supervisão geral daquela professora e impressos pela Universidade Federal de Pernambuco. Naquele mês de julho de 1976, com recursos da Fundação Ford e Fundação Pró-Memória, a Biblioteca Nacional estabeleceu o Núcleo de Microfilmagem de Periódicos na Fundação Joaquim Nabuco, sob a coordenação nacional da Profª. Esther Caldas Bertoletti. A partir de então, com apoio do presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Fernando Alfredo Guedes Pereira de Mello Freyre, e a coordenação da bibliotecária Maria Laura Menezes, veio a ser realizada a microfilmagem da primeira fase da coleção do Diario de Pernambuco , reunindo as edições de 1825 a 1975. Em 1985, o projeto em curso teve continuidade ao receber recursos da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste – Sudene, então dirigida pelo advogado Dorany Sampaio, seguindo-se a microfilmagem do Diario de Pernambuco até o ano de 1986. Dispondo de parcos recursos e enfrentando dificuldades diversas, o trabalho da Equipe de Microfilmagem da Fundação Joaquim Nabuco enfrentou com galhardia a tarefa e a preservação daquela coleção atingindo, a microfilmagem, ao ano de 2006. A microfilmagem da coleção do Diario de Pernambuco foi só um começar de uma longa história. Graças a ela consolidou-se o que veio a ser o Setor de Microfilmagem da Diretoria de Documentação da Fundação Joaquim Nabuco, que em trinta anos reuniu 962 arquivos das mais diversas fontes aqui relacionadas. Enquanto se desenvolvia a microfilmagem da coleção do Diario de Pernambuco, outros jornais foram sendo preservados em microformas, ficando suas cópias matrizes na Fundação Joaquim Nabuco e na Biblioteca Nacional, como bem demonstram os Catálogos , publicados por aquela instituição em 1976, 1979 e 1981. Em 1985, na edição ampliada de Periódicos brasileiros em microformas - Catálogo Coletivo (503 p.), publicada pela Biblioteca Nacional, se encontram assinaladas a microfilmagem de 30 jornais que circularam em Pernambuco, realizadas dentro desse programa. Através dessa publicação se constata que, já em 1985, encontravam-se microfilmadas pela Fundação Joaquim Nabuco as coleções dos seguintes periódicos (algumas parcialmente): O Argos Pernambucano (1850-1852); Aurora Pernambucana (1858-1859); O Capibaribe (1848-1849);
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