
MUSICOLOGIA & DIVERSIDADE Editora Appris Ltda. 1.ª Edição - Copyright© 2020 dos autores Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda. Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98. Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organi- zadores. Foi realizado o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nos 10.994, de 14/12/2004, e 12.192, de 14/01/2010. Catalogação na Fonte Elaborado por: Josefina A. S. Guedes Bibliotecária CRB 9/870 M987m Musicologia & diversidade [recurso eletrônico] / Ana Guiomar Rêgo 2020 Souza, David Cranmer, Robervaldo Linhares Rosa (organizadores). - 1. ed. – Curitiba : Appris, 2020. 1 arquivo. – (Ciências sociais. Seção história). Inclui bibliografia. ISBN 978-65-5820-197-7 1. Música – Instrução estudo. I. Souza, Ana Guiomar Rêgo. II. Cranmer, David. III. Rosa, Robervaldo Linhares. IV. Título. V. Série. CDD – 780.7 Livro de acordo com a normalização técnica da ABNT Editora e Livraria Appris Ltda. Av. Manoel Ribas, 2265 – Mercês Curitiba/PR – CEP: 80810-002 Tel. (41) 3156 - 4731 www.editoraappris.com.br Printed in Brazil Impresso no Brasil Ana Guiomar Rêgo Souza David Cranmer Robervaldo Linhares Rosa (Organizadores) MUSICOLOGIA & DIVERSIDADE FICHA TÉCNICA EDITORIAL Augusto V. de A. Coelho Marli Caetano Sara C. de Andrade Coelho COMITÊ EDITORIAL Andréa Barbosa Gouveia - UFPR Edmeire C. Pereira - UFPR Iraneide da Silva - UFC Jacques de Lima Ferreira - UP Marilda Aparecida Behrens - PUCPR ASSESSORIA EDITORIAL Beatriz de Araújo Machado REVISÃO José Bernardo dos Santos Jr. PRODUÇÃO EDITORIAL Lucielli Trevizan DIAGRAMAÇÃO Daniela Baumguertner CAPA Giuliano Ferraz COMUNICAÇÃO Carlos Eduardo Pereira Débora Nazário Karla Pipolo Olegário LIVRARIAS E EVENTOS Estevão Misael GERÊNCIA DE FINANÇAS Selma Maria Fernandes do Valle COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO CIÊNCIAS SOCIAIS DIREÇÃO CIENTÍFICA Fabiano Santos (UERJ-IESP) CONSULTORES Alícia Ferreira Gonçalves (UFPB) Jordão Horta Nunes (UFG) José Henrique Artigas de Godoy Artur Perrusi (UFPB) (UFPB) Carlos Xavier de Azevedo Netto Josilene Pinheiro Mariz (UFCG) (UFPB) Charles Pessanha (UFRJ) Leticia Andrade (UEMS) Flávio Munhoz Sofiati (UFG) Luiz Gonzaga Teixeira (USP) Elisandro Pires Frigo (UFPR-Palotina) Marcelo Almeida Peloggio (UFC) Maurício Novaes Souza (IF Gabriel Augusto Miranda Setti (UnB) Sudeste-MG) Michelle Sato Frigo (UFPR-Pa- Helcimara de Souza Telles (UFMG) lotina) Iraneide Soares da Silva (UFC-UFPI) Revalino Freitas (UFG) João Feres Junior (Uerj) Simone Wolff (UEL) À Vanda Lima Bellard Freire (In memoriam). APRESENTAÇÃO Musicologia & Diversidade é uma obra que enriquece a bibliografia musicológica dos países de língua portuguesa. No Brasil, as origens dessa ciência remontam ao século XIX quando o ofício de musicólogo ainda se confundia com o de crítico musical. Desse modo, poderíamos citar Manuel de Araujo Porto Alegre (1806-1871) e, quase um século depois, Mario de Andrade (1893-1945). O primeiro, considerado o patrono da crítica de arte brasileira, nos deixou vários testemunhos críticos sobre José Maurício Nunes Garcia. Mario de Andrade, possuidor de uma cultura poliédrica como o anterior, foi o crítico da Semana de Arte Moderna. Seus estudos sobre música são peças imprescindíveis para a compreensão da formação musical brasileira. Ambos virtuoses da crítica, cruzaram seus caminhos nas sendas da Musicologia. Desde aqueles tempos, em nossas terras, quando os campos da crítica musical e da musicologia não estavam bem delimitados, mesmo em meados do século XX, ainda vemos alguns críticos musicais doublés de “musicólo- gos”. Muitos deles nos deixaram contribuições importantes nestes primórdios da Musicologia tais como João Caldeira Filho, Andrade Muricy, Eurico Nogueira França, Otávio Bevilacqua, João Itiberê da Cunha (JIC), Renzo Massarani, Aires de Andrade, Artur Imbassahy, Ondina Dantas (D’Or), Belkiss Spenzièri Carneiro de Mendonça, Luiz Paulo Horta, entre muitos outros, todos eles profissionais de imprensa, mas que deixaram um maior ou menor testemunho da vida musical de seu tempo. Entretanto, ainda não poderíamos dizer que existisse um corpus de musicólogos propriamente dito. O que víamos eram pesquisadores isolados e Histórias da Música globais, sem uma metodologia bem definida como nós entendemos hoje em dia e abordagens nem sempre sistemáticas e uniformes. São os casos de A Música no Brasil de Guilherme de Melo, de 1908 (com uma 2ª edi- ção em 1947), a Storia della Musica nel Brasile de Vincenzo Cernicchiaro, de 1926 e a História da Música Brasileira de Renato Almeida, também de 1926 (com uma 2ª edição total- mente reformulada em 1942). Somente com o artigo de Curt Lange, publicado em 1946, no Boletín Latinoamericano de Musicologia , nº VI (1ª parte) “La Música en Minas Gerais: un informe preliminar” e a obra 150 Anos de Música no Brasil de Luiz Heitor Correia de Azevedo], publicada 10 anos depois, a Musicologia brasileira começa a tomar fórum de ciência. Cleofe Person de Matos foi discípula de Luiz Heitor e nos deixou uma obra pioneira no campo da catalogação temática, o Catálogo Temático das obras de José Maurício Nunes Garcia , obra de 1970. Daí em diante o crescimento de nossa Musicologia foi exponencial e, com o surgimento de Programas de Pós- graduação dedicados a essa especialidade e o maior contato de nossos pesquisadores com instituições internacionais, a ciência da Musicologia, no Brasil, adquire maturidade, numa nova fase de grande rigor metodológico, maior foco nos temas abordados e a cuidadosa crítica das fontes primárias e secundárias. Agora, a Musicologia brasileira chega a uma terceira fase de seu desenvolvimento. É a integração do fato musi- cal com a sociedade de seu tempo, apenas esboçada em produções anteriores. Essa interface sociológica e antro- pológica da matéria pesquisada está sendo chamada por alguns cientistas de “A Nova Musicologia”. O grupo de pesquisadores da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás se insere nessa nova fase e é, em grande parte, fruto dos Simpósios de Musicologia da EMAC/UFG que começaram em 2011, associados à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) . A partir de 2016, o grupo de pesquisadores da EMAC/ UFG passou a fazer um proveitoso intercâmbio com a Universidade Nova de Lisboa, ampliando seus contatos inter- nacionais. Aliás, o musicólogo e organista anglo-portu- guês David Cranmer, doutor em Ciências Musicais pela University of London, que atua naquela Universidade lusitana, no “ Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical” (CESEM), é um dos organizadores desta importante cole- tânea. Cranmer é o responsável pelo coletivo “CARAVELAS - Núcleo de Estudos da História da Música Luso-Brasileiros”, um braço do CESEM. Os dois brasileiros que também participaram da organização deste livro, são pesquisado- res de diferentes gerações e de grande envergadura no panorama da Musicologia brasileira. Ana Guiomar Rêgo Souza é doutora em História Cultural pela Universidade de Brasília (UnB), foi diretora da EMAC /UFG e faz a ponte do Atlântico, como membro do Núcleo Caravelas. Robervaldo Linhares completa a tríade de Organizadores deste impor- tante livro. Ele é musicólogo, pianista e docente da EMAC/ UFG, também com doutorado em História Cultural pela UnB. A distribuição dos 29 capítulos de que compõe a obra foi agrupada em oito eixos temáticos, muito bem definidos pelos organizadores na Introdução do livro. Ana Guiomar me pediu para fazer a Apresentação desta antologia, mas, o magnífico texto introdutório cobre, com lógica e elegância, o critério de seleção e agrupamento dos temas que são apresentados. Não me resta senão dar os parabéns aos organizadores, aos pesquisadores que assinam os diferentes textos, ao coletivo CARAVELAS e, principalmente à EMAC/ UFG que alcança a sua maioridade no mundo da Musicologia. Musicologia & Diversidade está destinada a ser um item fundamental na formação de futuros pesquisadores, principalmente aqueles de países de língua portuguesa. Esta obra vem contribuir, cada vez mais, para tornar o Atlântico apenas um rio a ser cruzado de ambos os lados. Ricardo Tacuchian Academia Brasileira de Música SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................14 1 MÚSICA, MÚSICOS E SEUS ACERVOS ............................ 23 1.1 O PROCESSO DE ROMANIZAÇÃO NAS ÚLTIMAS DÉCADAS DO SÉCULO XIX NA CIDADE DE GOIÁS: ANTÍFONA DOMINE, TU MIHI LAVAS PEDES ATRIBUÍDA À JOSÉ DO PATROCÍNIO MARQUES TOCANTINS. ..........................................................................24 Ana Guiomar Rêgo Souza 1.2 O ESPÓLIO DO PIANISTA E COMPOSITOR LUCIEN LAMBERT COMO FONTE PRIMÁRIA PARA O ESTUDO DO PATRIMÓNIO MUSICAL LUSO-BRASILEIRO .................................................................61 Ana Maria Liberal 1.3 REPERTÓRIO VIOLONÍSTICO NA TRADIÇÃO LUSO- BRASILEIRA E PESQUISA MUSICOLÓGICA DIANTE DA CRISE POLÍTICA E ECONÔMICA .......................................................................74 André Guerra Cotta 1.4 ANÁLISES COMPARADAS DA ANTÍFONA SALVE REGINA DE LOBO DE MESQUITA ....................................... 107 Carlos Alberto Figueiredo 1.5 MÚSICAS, RITOS, MEMÓRIAS E SILÊNCIOS: DESAFIOS PARA UMA HISTORIOGRAFIA DA MÚSICA RELIGIOSA ........................ 148 Fernando Lacerda Simões Duarte 1.6 O ARQUIVO JOÃO ANTÔNIO ROMÃO: TESTEMUNHO DE TRÊS FASES DA MÚSICA CATÓLICA NO VALE DO PARAÍBA PAULISTA ...................................................................................................
Details
-
File Typepdf
-
Upload Time-
-
Content LanguagesEnglish
-
Upload UserAnonymous/Not logged-in
-
File Pages890 Page
-
File Size-