Desde 1915 O JORNAL DOS CASSIENSES [email protected] CÁSSIA | MINAS GERAIS - ANO 102 - 19 de AGOSTO de 2018 - EDIÇÃO Nº 4.703 - | REGISTRADO NO DNI Dois produtores de Cássia são pioneiros na certificação de café orgânico Além do II Fest Café e do avanço dos cafés ra do orgânico custa o dobro do tradicional. especiais, Cássia tem também agora dois pro- Quando produzia café convencional, Donizet- dutores certificados. Eles são os primeiros a ter ti usava duas toneladas de adubação, ao custo essa certificação em Cássia, segundo o exten- de R$ 2 mil. Quando passou para o orgânico, sionista da EMATER-MG, Everaldo Borges da gastou R$ 12 mil com torta de mamona, natu- Costa, que orientou um dos produtores. Doni- ral e rica em nutrientes. zetti José de Sousa e Sávio Wilmiton Benfica são os dois produtores que entram nesse con- Associação corrido mercado. Donizetti pertence à Associação dos Pro- Muita gente não conhece os processos pe- dutores Rurais do Cerrado e a EMATER-MG los quais os grãos têm que passar para adquirir trabalha com ele, dando-lhe assistência, há o sabor característico. Durante parte dos pro- bastante tempo. O produtor é receptivo. Tan- cessos, o consumidor do café convencional to que, em sua lavoura de orgânico, a EMA- recebe pequenas doses de produtos químicos, TER-MG intermediará o uso do pó de rocha, que são introduzidos para aumentar a produ- que está sendo pesquisado pela Embrapa, e que tividade. O café orgânico é produzido indo tem uma jazida em Pratápolis. “Vamos tentar contra esses princípios, permanecendo livre de usar na lavoura do Donizetti em fase experi- agrotóxicos, fertilizantes e outros tipos de in- mental para ver como se comporta a lavoura”, tervenções artificiais. O café orgânico é produ- finalizou Everaldo. zido sem utilização dos fertilizantes químicos, dos agrotóxicos, como fungicidas, herbicidas, inseticidas e outros tantos produtos usados no processo do café tradicional. O solo que produz Donizetti e Maria de Fátima vão unir forças também para comercializar o café orgânico o café convencional não é tratado da mesma melhor. As 90 sacas que produziu em um al- um representante em cada cidade. forma que o café orgânico. A agricultura or- queire e meio de terra, na propriedade vizinha gânica se baseia no cuidado, que vai desde o a Donizetti, no Alto da Serra, região que pro- Devagar e sempre plantio até o consumidor final. duz um dos melhores cafés do Brasil, será ven- Donizetti conta que vai em busca do públi- dido em grão. Sávio colhe o café em máquinas. co que valoriza esse tipo de produto. “Vamos Grupo Já Donizetti pretende comercializar o seu começar assim, devagar, e futuramente pode- Donizetti e Sávio são de um grupo de 11 produto imediatamente. Ele é o típico peque- mos vender em maior escala”, contou para A produtores de Claraval que foi certificado ago- no produtor rural familiar e toca a lavoura com Vanguarda na cozinha de casa enquanto servia ra – dois de Cássia, dois de Ibiraci e sete de a ajuda da mulher, Maria de Fátima Faleiros um cafezinho coado na hora para a equipe. O Claraval – pela EcoCert, multinacional que Silveira Sousa. Em 2015 ele ficou sabendo da café orgânico tem um custo maior que o café tem um braço em Florianópolis (SC). A cer- movimentação em Claraval e aderiu. Chamou convencional. No supermercado, o consumi- tificação vale por um ano e meio, com visitas o amigo Sávio. Arregaçou as mangas e há dois dor pode encontrar meio quilo de café de R$ técnicas para acompanhar o manejo. O grupo anos e meio trata da lavoura para produzir o 15 a R$ 18, mas de qualidade inferior se com- de produtores de Claraval rateou o custo da grão orgânico. No seu sítio, o Lagoinha, re- parado ao orgânico e ao especial. Donizetti vai certificação. As características de Sávio e Do- servou dois hectares, com 7 mil pés de café, vender o produto em três tipos de embalagens: nizetti são diferentes. Em sua fazenda, Sávio que lhe renderam 40 sacas de orgânico. Ele e a de 250 gramas a R$ 10, de meio quilo a R$ produziu 90 sacas e guardará o produto no ar- a mulher resolveram terceirizar a torrefação, 18 e um quilo a R$ 35. O de 250 gramas, mais mazém certificado de Ibiraci até que o produto, moagem e envasamento e pretendem vender o barato, é para que o consumidor experimente a que está em baixa no mercado, alcance preço café de porta em porta, na região mesmo, com bebida e se torne freguês. O trato com a lavou- Sávio guardará sua produção em grãos Dívida do Estado é de quase R$4,8 milhões Página 4 Grupo de Mulheres do Café de Cássia e região forma sub capítulo da IWCA lavoura ou não, são mulheres envolvidas com O grupo está em busca de parcerias como já a cafeicultura do grão à xícara. Essa organização acontece com as prefeituras de Cássia e Ibiraci, ajuda as mulheres do campo de maneira mútua. EMATER-MG e agora elas irão buscar o SE- Depois de uma visita que teve em São Se- BRAE-MG. Cada Estado tem um capítulo da bastião do Paraíso, a Médica Veterinária Sa- IWCA e cada microrregião tem um sub capítu- manta Maria Faleiros, diretora do SIM (Serviço lo. O sub capítulo será oficializado na Semana de Inspeção Municipal) de Cássia se encontrou Internacional do Café em Belo Horizonte, que com a presidente da IWCA Cíntia Matos e acontecerá de 7 a 9 de novembro. ela pediu que posse organizado um grupo de O próximo encontro é para definir como o mulheres, com o maior número de municípios grupo irá a Belo Horizonte. Da reunião partici- vizinhos, para mobilização da cafeicultura femi- param e ofereceram os seus apoios os prefeitos nina na região. Juntamente com Laís Peixoto, de Cássia, Marco Leandro Almeida Arantes/ da Cocapil / Ibiraci e o grupo de cafés orgânicos Kito Arantes e de Ibiraci, Antônio Lindemberg de Claraval, foi organizado o grupo. “Para ficar Garcia. Elas se uniram para um encontro esclarecedor e de incentivo mais atraente para todo mundo, colocamos O evento de Cássia teve o apoio da Secre- Mais de 50 pessoas, a maioria formada por Café foi com o intuito de criar um sub capítu- um consultor especialista em café, Leonardo taria Municipal de Assistência Social e Habita- produtoras de cafés especiais do Sudoeste de lo do IWCA (International Woman Coffee Guatti, para falar sobre técnicas e o pessoal da ção, com a participação da psicóloga Ana Lau- Minas e nordeste paulista, participaram de um Alliance), uma organização internacional que EMATER-MG falou sobre o CERTIFICA Mi- ra Sampaio Borges e a assistente social Liliane encontro na manhã de 13 de agosto, na Fazen- liga as mulheres do café, qualquer setor da ca- nas, sobre o Concurso de Qualidade do Café de Nunes Pereira. da Boa Vista, região do Resfriado, no municí- feicultura, podem ser cafeicultoras, provadoras, Minas Gerais e sobre os concursos municipais, No encontro teve música ao vivo, sorteio de pio de Cássia. O 1º Encontro das Mulheres do baristas, podem trabalhar diretamente com a além do mercado de cafés orgânicos”, disse. brindes, café da manhã e um almoço. 2 CÁSSIA | MINAS GERAIS | 19 de AGOSTO de 2018 Clube Hípico de Cássia: 43 anos Quarenta e três anos atrás! Isso!!! Há qua- renta e três anos nascia o Clube Hípico de Cás- sia!!! Sonho de um sacerdote que veio da Itália, quando da criação do Mosteiro Cisterciense de Claraval, e constituiu a primeira equipe com as modalidades da corrida como a conhecemos, talvez inspirado nas corridas equestres de Siena. Então sonho de ilustres cavaleiros e apaixo- nados por cavalos, cassienses que se encanta- ram com o que viram e formaram a primeira equipe do Clube Hípico de Cássia. Jó, Rui, Cassinho, Gonzaga, Flávio, Ricar- do, Sinézio, Pila, Nelsinho, César, Batatinha, Batatão, Caetano, Gonzaga, Carrinho, Coruja, Renzo, Roque, Eduardo, Reynaldo e tantos ou- Tradição, garra, força e dedicação: Orgulho para Cássia tros conseguiram um espaço junto ao Colégio cessária e a Equipe da Ambulância está sempre não podem ser transferidos para outra equipe. cair, o cavaleiro perde todos os pontos. Essa é São Gabriel e iniciaram seus treinamentos com pronta para qualquer eventualidade. Tecnicamente, as provas se dividem em: a última prova e vale ressaltar que é disputada animais pertencentes aos fazendeiros locais. Em alguns períodos, o Clube Hípico de Prova do Salto de Obstáculos: Revezam os praticamente à noite. Isso dificulta em demasia Quando aconteceram os primeiros amisto- Cássia passou por inúmeras dificuldades, mas se cavaleiros de cada equipe, saltando cada con- a competição. sos foi necessário buscar cavalos da raça dos Es- reergueu e, em 2017, pela primeira vez: CAM- junto um grupo de quatro obstáculos simples Temos os conjuntos (o cavaleiro e seu ca- tados Unidos, Quarto de Milha, que, com mais PEÃO!!! Quanto orgulho para a nossa cidade!! que, se forem derrubados, são remontados e valo) velocidade e destreza, se encaixavam perfeita- Isso leva e eleva o nome de Cássia para uma vistoriados a cada passagem. A altura padrão é 1 - Daio – Wisk mente nessa modalidade de esporte. região do Estado de Minas e grande parte do de 100 cm e cada obstáculo vale um total de 3 2 - Marcelo – Gold Claraval vendeu aos cassienses uma parti- Estado de São Paulo, de onde é a maioria dos pontos. 3 - Bruno – Perigo da de animais filhos do grande raçador Ébano. times rivais. Prova da Agilidade: Membros das duas 4 - Furreca – Choquito Todos vieram com nomes com a letra C: Capri- É possível refletir assim: equipes se apresentam nos bretes, conforme 5 - Raffael – Roxão cho, Combate, Colorado e tantos outros..
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