"O Ensino Da Dramaturgia Shakesperiana No Brasil: Realidade

"O Ensino Da Dramaturgia Shakesperiana No Brasil: Realidade

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DO DEPARTAMENTO DE LETRAS MODERNAS DOUTORADO EM ESTUDOS LÍNGÜÍSTICOS E LITERÁRIOS EM INGLÊS O ENSINO DA DRAMATURGIA SHAKESPEARIANA NO BRASIL: realidade e perspectivas Sirlei Santos Dudalski São Paulo Abril de 2007 SIRLEI SANTOS DUDALSKI O ENSINO DA DRAMATURGIA SHAKESPEARIANA NO BRASIL: realidade e perspectivas Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação do Departamento de Letras Modernas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, como requisito parcial à obtenção do título de Doutora em Estudos Lingüísticos e Literários em Inglês. Orientador: Prof. Dr. John Milton São Paulo Universidade de São Paulo Abril de 2007 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS LINGÜÍSTICOS E LITERÁRIOS EM INGLÊS Dissertação intitulada “ O Ensino da Dramaturgia Shakespeariana no Brasil: realidade e perspectivas ”, de autoria da doutoranda Sirlei Santos Dudalski, defendida diante da banca examinadora constituída pelos seguintes professores: _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ Abril de 2007 Aos meus pais, Teresa e Osias, tão presentes em toda a trajetória de minha vida. Aos meus queridos irmãos, Sérgio e Sidnei, e às suas esposas, Lea e Cláudia, pelo apoio de sempre. Aos meus sobrinhos, pelo carinho e pela alegria que trazem à minha vida. Ao Reginaldo Francisco Santos Dudalski, pelo amor e companheirismo durante os “anos de tese”. AGRADECIMENTOS Na elaboração deste trabalho, inúmeras foram as contribuições recebidas de profissionais e amigos que, direta ou indiretamente, possibilitaram sua realização. Mesmo correndo o risco de ser traída pela memória, agradeço sinceramente: Ao Prof. Dr. John Milton, que demonstrou paciência e dedicação em todos os momentos da pesquisa, sendo também extremamente generoso ao me receber em sua residência durante a fase de entrega do trabalho. À Profa. Dra. Aimara Resende da Cunha — responsável por eu gostar de estudar Shakespeare —, pela amizade, pelas sugestões, pela atenção e disposição sempre presentes em nossas conversas. Também por ter se prontificado a ler parte da tese, sempre tecendo questões de extremo valor. Ao Dr. Rômulo Ferreira da Silva, à Dra. Elisa Kipner Gutt e à Dra. Renata Tamada, por terem me fornecido apoio essencial durante o tempo que residi em São Paulo. À Profa. Dra. Tatiana Mourão, que se disponibilizou a auxiliar-me desde meu retorno a Minas Gerais. Aos amigos e colegas Gisele Wolkoff, Adriana Silene Vieira, Lajosy Silva, Graziela Maria Pinheiro, Renata Maria Rodrigues Quirino de Sousa, Taíse Figueira Motta, Gabriela Pinheiro e Carlos Fernando Santiago Rodrigues Marques (in memorian ), interlocutores que ajudaram nas diversas fases do trabalho, lendo, revisando, sugerindo ou simplesmente ouvindo. Ao amigo Fúlvio Torres Flores, sempre presente, motivador e pronto para colaborar, nos diversos momentos do trabalho. Ao amigo Lajosy Silva, também agradeço a constante hospitalidade. À amiga Rosa Symanski e à família Symanski (Natascha, Gorete e João Pedro), por terem me acolhido carinhosamente durante pesquisa de campo em Florianópolis. Ao apoio incondicional das amigas de longa data Adriana Melo, Valéria Borges, Rosângela do Carmo e Míriam Lúcia dos Santos Jorge. Às Profas. Dras. Maria Sílvia Betti e Laura Zuntini Izarra, pelas incontáveis e valiosas sugestões durante o exame de qualificação. À Prof. Dra. Walkíria Monte Mór, pela rica troca de idéias. A todos os professores de literatura da área de inglês do Departamento de Letras Modernas da Universidade de São Paulo (Maria Elisa Burgos P. da S. Cevasco, Munira Hamud Mutran, Sandra Guardini T. Vasconcelos, Marcos César de Paula Soares), pela boa vontade em colaborar com a pesquisa. Ao Prof. Dr. Carlos Daghlian, pela gentileza em repassar os questionários para os professores sócios da ABRAPUI (Associação Brasileira de Professores Universitários de Inglês). Aos alunos que cursaram a disciplina “Shakespeare e a Crítica”, no período de 2001 a 2005, da Universidade de São Paulo, por responderem questionários e participarem em entrevistas. Aos alunos de graduação do Departamento de Letras da Universidade Federal de Viçosa que sempre foram fonte de inspiração e incentivo. Aos inúmeros professores de literaturas de expressão inglesa do ensino superior de diversas partes do país que se prontificaram a responder questionários e/ou conversar sobre sua teoria e prática. Aos meus professores da graduação e do mestrado da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais que carinhosamente me estimularam e também mostraram um horizonte mais amplo. Em especial, agradeço ao Prof. Dr. José Roberto O’Shea, da Universidade Federal de Santa Catarina, e ao Prof. Dr. Roberto Rocha, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, por, além de concederem entrevistas, permitirem a observação e gravação de suas aulas. A Profa. Dra. Marlene Soares dos Santos, pelo diálogo constante. A Bárbara Heliodora, Margarida Rauen e Thaís Flores Nogueira Diniz, pela gentileza em me conceder entrevista. Ao Prof. Dr. Michael Warren, que mesmo bem distante geograficamente, sempre esteve disposto a contribuir com minha pesquisa. Aos professores colegas e ex-colegas do departamento de Letras da Universidade Federal de Viçosa que me apoiaram: Profa. Dra. Lívia Helena Rebouças Santana Loures, Prof. Dr. José Dionísio Ladeira, Profa. Dra. Suzete Aparecida Pereira Silve, Profa. Alice Maria Correia Jham, Profa. Maria das Dores Teixeira de Rezende Raggi, Prof. Mauro Pereira Baltazar, Profa. Cláudia Kümmel Moreira (e os funcionários Eliana Maria R. Benevenute, Maria Eliza Queiroz Fraga, Maria Nazaré Molica de Andrade e Nilson Ribas de Assis). À nova amiga Mara Rocha Hissa, pelas valiosas sugestões e pela dedicação que cuidou da revisão das normas e da formatação desta tese. A Funarbe (Fundação Arthur Bernardes) que me proporcionou uma ajuda de custos no período de maio de 2003 a novembro de 2005 enquanto residi em São Paulo. E, principalmente, ao contribuinte brasileiro que, através da Universidade Federal de Viçosa, me proporcionou auxílio financeiro durante o período total de afastamento da universidade. Beware, even in thought, of assuming the sterile attitude of the spectator, for life is not a spectacle, a sea of griefs is not a proscenium, a man who wails is not a dancing bear . (Aimé Césaire, in Return to my Native Land ) RESUMO De inspiração etnográfica, esta pesquisa tem por objetivo a tentativa de mapear a realidade do ensino-aprendizagem da dramaturgia shakespeariana no ensino superior brasileiro, trazendo à tona, além das questões literárias, questões pedagógicas e metodológicas. Desse modo, o caráter interdisciplinar é enfatizado, tendo sempre em mente, entretanto, as especificidades do texto dramatúrgico. Com base na filosofia educacional de Paulo Freire e de alguns de seus seguidores, principalmente Henry Giroux, bell hooks e Moacir Gadotti, propõe-se refletir sobre esse ensino-aprendizagem no contexto do início do século XXI, marcado pela intensa influência do cinema, da televisão e da internet. Para tanto, foram observadas algumas aulas da Universidade Federal de Santa Catarina, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade de São Paulo. Nessa última, por um período de quatro anos. Foram entrevistados professores de Literaturas de Expressão Inglesa, de diversos estados brasileiros, shakespearianos e não shakespearianos. Questionários fizeram parte do estudo, além da discussão de alguns textos teóricos relacionados à literatura e ao seu ensino, como, por exemplo, o trabalho de Elaine Showalter e da professora brasileira Lígia Chiappini. O desejo de ação transformadora, presente na pedagogia crítica, cujas sólidas raízes se encontram no pensamento freireano, a prática de alguns docentes, assim como as vozes de discentes, em sua maioria da Universidade de São Paulo, impulsiona-nos a reconhecer a necessidade incessante de refletir sobre a nossa ação pedagógica. Uma ação que também se faz política, ampliando as possibilidades do debate em prol de um ensino mais crítico. Palavras-chave: ensino de literatura, dramaturgia shakespeariana, pensamento de Paulo Freire, pedagogia crítica, ensino superior. ABSTRACT This study, which has an ethnographic base, maps the teaching of Shakespeare in Brazilian universities and raises literary, educational and methodological questions. It is thus an interdisciplinary study but does not lose sight of the specific qualities of the dramatic text. Using the educational philosophy of Paulo Freire and his followers, especially Henry Giroux, bell hooks and Moacir Gadotti, it examines the teaching and study of Shakespeare at the beginning of the 21st century, which has been marked by the influence of the cinema, television and Internet. The methodology used includes the observation of classes at the Federal Universities of Santa Catarina and Rio de Janeiro and the University of São Paulo, where classes were observed during a period of four years. Interviews were made with university teachers of Literatures in English, both Shakespearians and non-Shakespearians, in a number of Brazilian states. Questionnaires were also used to discover the opinions of students

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