Assembleia Legislativa Do Estado De Mato Grosso Ata Da Centésima Trigésima Primeira Sessão Ordinária, Do Dia 21 De Novembro De 2012, Às 17:00 Horas

Assembleia Legislativa Do Estado De Mato Grosso Ata Da Centésima Trigésima Primeira Sessão Ordinária, Do Dia 21 De Novembro De 2012, Às 17:00 Horas

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA CENTÉSIMA TRIGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA, DO DIA 21 DE NOVEMBRO DE 2012, ÀS 17:00 HORAS. ATA N° 168 - “A” PRESIDENTE – DEPUTADO ROMOALDO JÚNIOR (EM EXERCÍCIO) 1º SECRETÁRIO – DEPUTADO DILMAR DAL BOSCO (EM EXERCÍCIO) 2º SECRETÁRIO – DEPUTADO JOSÉ DOMINGOS FRAGA ( AD HOC ) O SR. PRESIDENTE (ROMOALDO JÚNIOR) – Invocando a proteção de Deus, havendo número regimental, declaro aberta a presente Sessão e suspendo-a por quinze minutos. (SUSPENSA A SESSÃO ÀS 17:25 HORAS E REABERTA ÀS 17:39 HORAS.) O SR. PRESIDENTE (ROMOALDO JÚNIOR) – Declaro reaberta a presente Sessão. Convido o Deputado Dilmar Dal Bosco para assumir a 1ª Secretaria e o Deputado José Domingos Fraga para assumir a 2ª Secretaria. (OS SRS. DEPUTADOS DILMAR DAL BOSCO E JOSÉ DOMINGOS FRAGA ASSUMEM A 1ª E 2ª SECRETARIAS, RESPECTIVAMENTE.) O SR. PRESIDENTE (ROMOALDO JÚNIOR) – Solicito ao Sr. 2º Secretário que proceda à leitura da Ata. (O SR. 2º SECRETÁRIO PROCEDE À LEITURA DA ATA DA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DO DIA 14 DE NOVEMBRO DE 2012, ÀS 12:30 HORAS.) O SR. 2º SECRETÁRIO - Lida a Ata, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (ROMOALDO JÚNIOR) – Em discussão a Ata que acaba de ser lida. (PAUSA). Não havendo impugnação, dou-a por aprovada. Com a palavra, o Sr. 1º Secretário, para proceder à leitura do Expediente. O SR. 1º SECRETÁRIO (LÊ) – Muito obrigado, Sr. Presidente, Deputado Romoaldo Júnior. “Memorando nº 0114/2012/GJB, datado em 21 de novembro de 2012, do gabinete do Deputado Hermínio J. Barreto ao Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, Deputado Riva. Sr. Presidente, Tendo em vista a participação do Deputado Hermínio J. Barreto em Fórum realizado pela UNALE, na cidade de Florianópolis-SC (Of. 28/2012/CPAL), vimos por meio deste justificar a ausência do referido Parlamentar nas Sessões dos dias 21 e 22 de novembro de 2012. Cordialmente, MÁRCIO GLEY DA SILVA Chefe de Gabinete” “Ofício nº 2.195/2012, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo, em resposta ao Requerimento nº 222/2012, de autoria do Deputado Airton Português; Ofício nº Pág. 1 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA CENTÉSIMA TRIGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA, DO DIA 21 DE NOVEMBRO DE 2012, ÀS 17:00 HORAS. 332/2012, da Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral, em resposta à Indicação nº 1.038/2012, de autoria do Deputado Mauro Savi; Ofícios nºs 1.763, 1.812 e 1.799/2012, da Secretaria de Estado de Saúde, em resposta às Indicações nºs: 984/2012, de autoria do Deputado José Domingos Fraga; 1.042/2012, de autoria do Deputado Airton Português, e 1.059/2012, de autoria do Deputado Dilmar Dal Bosco.” Lido o Expediente, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (ROMOALDO JÚNIOR) – Encerrada a primeira parte, passemos à segunda parte do Pequeno Expediente. Com a palavra, o ilustre Deputado Emanuel Pinheiro. O SR. EMANUEL PINHEIRO – Sr. Presidente, Srs. Deputados, imprensa, assistência e telespectadores da TV Assembleia Legislativa. Sr. Presidente, iniciando essa volta do recesso, apresento uma Moção de Repúdio ao Sr. Procurador Federal da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, Dr. Jefferson Aparecido Dias, pela propositura de uma Ação Civil Pública na Justiça Federal com pedido liminar para efetuar a retirada das cédulas de Reais a expressão “Deus seja louvado”, no dia 12 de novembro do corrente ano. 1ª) MOÇÃO DE REPÚDIO: Com fulcro no art. 183, inciso IX, do Regimento Interno desta Casa de Leis, requeiro à Mesa Diretora, ouvido o soberano Plenário, que registre nos Anais Moção de Repúdio, na forma: A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO, por seus membros, mediante requerimento do Deputado Emanuel Pinheiro, vem manifestar o repúdio ao Exm° Procurador Federal da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, Dr. Jefferson Aparecido Dias, pela propositura da Ação Civil Pública na Justiça Federal, ACP 00119890-16.2012-4.03.6100, com pedido de liminar para efetuar a retirada das cédulas de Reais a expressão “Deus seja louvado”, no dia 12 de novembro do corrente ano. JUSTIFICATIVA O MPF (Ministério Público Federal) quer retirar das cédulas de Reais a expressão “Deus seja louvado”. A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, em São Paulo, entrou, nesta segunda-feira (12/11), com um pedido de liminar na Justiça Federal para efetuar a mudança. A Procuradoria argumenta que o Estado brasileiro é laico e, portanto, deve estar completamente desvinculado de qualquer manifestação religiosa. Para o MPF a frase “Deus seja louvado” atenta contra os princípios da igualdade e da não exclusão de minorias já que privilegia uma religião em detrimento de outras. “Imaginemos a cédula de Real com as seguintes expressões: ‘Alá seja louvado’; ‘Buda seja louvado’; ‘Salve Oxossi’; ‘Salve Lord Ganesha’; ‘Deus não existe’. Com certeza, haveria agitação na sociedade brasileira em razão do constrangimento sofrido pelos cidadãos crentes em Deus”, exemplifica o Procurador Jefferson Aparecido Dias, autor da ação. Para o Procurador, o objetivo principal do pedido é proteger a “liberdade religiosa de todos os cidadãos”. Embora Dias reconheça que a maioria dos brasileiros professe religiões de origem cristã, ele lembra que “o Brasil optou por ser um Estado laico” e, portanto, não pode tomar partido de nenhuma religião. Pág. 2 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA CENTÉSIMA TRIGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA, DO DIA 21 DE NOVEMBRO DE 2012, ÀS 17:00 HORAS. No ano passado, quando passaram a ser impressas as novas cédulas de Reais, o MPF recebeu uma representação questionando o porquê da permanência da frase no novo modelo. Durante a fase de inquérito, a Casa da Moeda – local, onde o dinheiro é impresso – informou que cabe exclusivamente ao Banco Central “não apenas a emissão propriamente dita, como também a definição das características técnicas e artísticas” das cédulas. O Banco Central, por sua vez, lança mão da Constituição Federal para justificar a presença da frase. Logo no preâmbulo da Carta Magna, aprovada em 1988, constam os dizeres: “nós, representantes do povo brasileiro, (...), promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil”. Tradição Em nota técnica enviada ao MPF, o Ministério da Fazenda afirma que a inclusão da expressão religiosa nas cédulas aconteceu em 1986, por determinação direta do então Presidente José Sarney. Posteriormente, em 1994, com o Plano Real, a frase foi mantida pelo Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, supostamente por ser “tradição da cédula brasileira”. “Não se pode admitir que a inclusão de qualquer frase nas cédulas brasileiras se dê por ato discricionário”, afirma o Procurador. Para ele, a legislação brasileira não autorizou o Conselho Monetário Nacional a manifestar preferência por esta ou aquela religião. A ação também pede que a Justiça Federal estipule multa diária de R$ 1,00 caso a União não cumpra a decisão de retirar a expressão. A multa teria mero caráter simbólico, “apenas para servir como uma espécie de contador do desrespeito que poderá ser demonstrado pela ré, não só pela decisão judicial, mas também pelas pessoas por ela beneficiadas”. De acordo com o MPF, a liminar não vai aumentar os gastos dos cofres públicos, já que a Ação Civil Pública estipula um prazo de 120 (cento e vinte) dias para que as novas cédulas comecem a serem impressas. O Presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), criticou nesta terça-feira o pedido do Ministério Público de retirar das cédulas de Real a frase “Deus seja louvado”. Em 1986, quando foi Presidente da República, Sarney determinou a inclusão da frase nas cédulas brasileiras. “Eu acho que é uma falta do que fazer porque na realidade precisamos cada vez mais ter a consciência da nossa gratidão a Deus por tudo o que fez por todos nós humanos e criação do universo, de maneira que não podemos jamais perder o dado espiritual. Tenho pena do homem que na face da Terra não acredita em Deus”, afirmou. O Cardeal Dom Odilo Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, questionou nesta segunda-feira (12) a ação do Ministério Público Federal que pede que as novas cédulas de Real sejam produzidas sem a expressão “Deus seja louvado”. “Questiono por que se deveria tirar a referência a Deus nas notas de Real. Qual seria o problema se as notas continuassem com essa alusão a Deus?”, afirmou, em nota. “Para quem não crê em Deus, ter ou não ter essa referência não deveria fazer diferença. E, para quem crê em Deus, isso significa algo. E os que creem em Deus também pagam impostos e são a maior parte da população brasileira”, segue a nota. No pedido, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão diz que a existência da frase nas notas fere os princípios de laicidade do Estado e de liberdade religiosa. O Banco Central, consultado pela Procuradoria, emitiu um parecer jurídico em que diz que, como na cédula não há referência a uma “religião específica”, é “perfeitamente lícito” que a nota mantenha a expressão. “O Estado, por não ser ateu, anticlerical ou antirreligioso, pode Pág. 3 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA CENTÉSIMA TRIGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA, DO DIA 21 DE NOVEMBRO DE 2012, ÀS 17:00 HORAS. legitimamente fazer referência à existência de uma entidade superior, de uma divindade, desde que, assim agindo, não faça alusão a uma específica doutrina religiosa”, diz o parecer do BC. Comungamos com os posicionamentos do Exm° Ex-Presidente da República, José Sarney, de Sua Excelência Reverendíssima, Dom Odilo Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, e do Banco Central do Brasil. Entendemos a importância do Ministério Público Federal, tendo em vista as suas inúmeras atribuições, e que esta Ação Civil Pública, segundo os dizeres do Presidente do Senado Federal, Senador José Sarney, “é uma falta do que fazer” do Exm° Procurador Federal, Dr.

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