Requerimento Nº

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Gab. Senador Eduardo Suplicy REQUERIMENTO Nº Requeiro, nos termos do artigo 222 do Regimento Interno do Senado Federal, a inserção em ata de voto de aplauso para a atriz brasileira Sandra Corveloni por ter sido escolhida, no último domingo dia 25, a melhor atriz na 61ª edição do Festival de Cannes, por sua atuação no filme “Linha de Passe” e para o filme brasileiro “Muro”, do cineasta Tião, pseudônimo do Pernambuco Bruno Bezerra, que recebeu o prêmio “Um Regard Neuf” (Um Novo Olhar) na Quinzena dos Realizadores, mostra paralela ao Festival de Cannes, que traz filmes “mais independentes”. Justificação Experiente atriz de teatro, Sandra Corveloni estreou no cinema com o filme “Linha de passe”, dirigido por Walter Salles e Daniela Thomas e trata da vida de quatro irmãos, abandonados pelo pai ainda no primeiro tempo de suas vidas. A história se desenrola na capital paulista, em uma família chefiada por Cleuza (Sandra Corveloni), uma empregada doméstica que vive às voltas com problemas financeiros, mas estando sempre disponível para seus filhos. A atuação sóbria e tocante de Sandra emocionou o júri. Formada em teatro pela PUC-SP, Sandra Corveloni é atriz do Grupo Tapa, desde 1998 e professora de teatro há alguns anos onde adquiriu a sua sólida formação que lhe permitiu ser vitoriosa num prêmio onde concorriam atrizes como Angeline Jolie e Julliane Moore. Ela é a segunda brasileira a receber o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes, considerado um dos maiores eventos de cinema do mundo. Após 22 anos, Sandra, mais conhecida no teatro, repetiu a conquista de Fernanda Torres que, em 1986, foi premiada pelo filme Eu Sei Que Vou te Amar, de Arnaldo Jabor. 1 Gab. Senador Eduardo Suplicy Sandra assina ainda a co-direção da peça Amargo Siciliano, de Pirandello, em cartaz no Viga Espaço Cênico, na cidade de São Paulo. Também dirigiu As Viúvas de Artur, espetáculo que unia três peças curtas de Artur de Azevedo. No Grupo Tapa participou como atriz em dezenas de peças, entre elas Moço em Estado de Sítio, de Oduvaldo Viana Filho; Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues; Rasto Atrás, de Jorge Andrade; Major Bárbara, de Bernard Shaw e Órfãos de Jânio, Millôr Fernandes. Em uma entrevista após a divulgação do resultado de Cannes, Sandra afirma que trabalhou com muito amor, dedicação e com muita vontade: “Valeu o esforço da equipe toda do filme. Apesar de ser um prêmio de melhor atriz, todos podem se considerar vencedores. O trabalho que eu fiz foi graças ao Walter, à Daniela, aos meninos e à Fátima Toledo, preparadora de elenco. Esse prêmio é o reconhecimento de um trabalho profundo, intenso”. A própria existência do filme é considerado um milagre porque não tem atores conhecidos mostrando, por trás das câmaras, uma equipe muito jovem, segundo os dois diretores. Sem abandonar o teatro, a atriz diz que o cinema é uma coisa nova e que pode lhe trazer mais trabalhos. À imprensa contou que a periferia da Zona Leste, onde foram realizadas as filmagens, não era um “outro mundo” para ela. “Cresci na periferia também, minha família é da zona norte. Além disso, por causa do teatro, já me apresentei em todos os cantos desta cidade.” "Estou explodindo de felicidade. Esse prêmio é bom para todos, bom para o teatro e para o cinema brasileiro. É especial por várias circunstâncias, é o sol que se abre, essa magia que acontece onde existe empenho, dedicação, generosidade, sensibilidade e inteligência, tudo que Sandra possui", diz Zecarlos Machado, ator que contracenou com Sandra no teatro em peças como Major Bárbara e Contos de Sedução, ambas montagens do Tapa. Ao receber a notícia, Beatriz Segall, que contracenou com Sandra na peça O Fundo do Lago Escuro, no Tapa, enche a atriz de elogios. "Você 2 Gab. Senador Eduardo Suplicy está brincando! Que fantástico. Lembro-me muito bem dela! Ótima atriz, bati- me para que ela fizesse o papel. É uma pessoa alegre”. "Linha de Passe" foi filmado na Cidade Líder, em São Paulo. Para Walter Salles, "há indícios de que o cinema voltou a ter relação direta com a realidade" e de que os filmes da competição em Cannes refletem "o desejo dos cineastas de falar do seu tempo". Também cabe destacar que na Quinzena dos Realizadores, mostra paralela ao Festival de Cannes, que traz filmes “mais independentes”, o prêmio “Um Regard Neuf” (Um Novo Olhar) foi concedido ao filme brasileiro “Muro”, do cineasta Tião, pseudônimo do Pernambuco Bruno Bezerra. Sala das Sessões, em 27 de maio de 2008. Senador Eduardo Matarazzo Suplicy 3 .

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