![Lei Nº 10.605, De 12 De Julho De 1988](https://data.docslib.org/img/3a60ab92a6e30910dab9bd827208bcff-1.webp)
GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS Gabinete Civil da Governadoria Superintendência de Legislação. LEI Nº 10.605, DE 12 DE JULHO DE 1988. - Revogada pela Lei nº 13.443 de 19-01-1999. - Regulamentada pelo Decreto nº 3.074 de 21-11-1988. Dispõe sobre a obrigatoriedade da prevenção e do combate da febre aftosa, da anemia infecciosa eqüina e das demais doenças, de notificação obrigatória, de animais domésticos e dá outras providências. A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1° - São obrigatórios, em todo o Estado de Goiás, a prevenção e o combate de febre aftosa, da anemia infecciosa eqüina e das demais doenças, de notificação obrigatória, de animais domésticos. Art. 2° - A coordenação e a fiscalização da prevenção e do combate das doenças mencionadas no artigo precedente são da competência da Superintendência de Produção Animal - SPA da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Parágrafo único - Para o desempenho das atribuições que lhe são conferidas neste artigo, a SPA contará com a colaboração da Secretaria da Fazenda, através dos seus órgãos de arrecadação e fiscalização, e das Polícias Civil e Militar. Art. 3° - Os proprietários, possuidores, detentores ou transportadores de animais suscetíveis de contraírem as doenças a que se refere o art. 1° ficam obrigados a: I - submetê-los às medidas de prevenção e controle nos prazos e condições fixados pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento; II - comunicar à Secretaria de Agricultura e Abastecimento a existência de animais doentes e o surgimento de focos de doenças de que tenham conhecimento; III - permitir a realização de inspeções pelos órgãos de controle sanitário do Estado. § 1° - A Secretaria de Agricultura e Abastecimento adotará as medidas de controle zoossanitário, que julgar convenientes, diante da constatação de omissão do obrigado ou quando existirem razões de ordem técnica, caso em que as despesas realizadas com tais providências serão da responsabilidade das pessoas mencionadas no "caput" deste artigo. § 2° - No caso de verificação de existência de enfermidade, denunciada ou não pelas pessoas indicadas no "caput" deste artigo, a SPA poderá isolar ou interditar a área provável de contaminação, com observância de critérios técnicos ditados pelos órgãos competentes, bem como proibir o trânsito e a movimentação de animais contaminados ou sujeitos à contaminação. Art. 4° - A SPA relacionará as doenças submetidas a prevenção e controle, podendo excluir dessa relação aquelas já debeladas e incluir outras porventura surgidas. Art. 5° - O trânsito e a movimentação de animais, pelo território do Estado de Goiás, somente serão admitidos se estes estiverem acompanhados de documentos zoossanitários previstos em regulamento. § 1° - Os transportadores de animais que não estejam de posse dos documentos a que alude este artigo, além de sujeitarem-se às penalidades previstas em regulamento, arcarão com as despesas de retorno desses animais à origem, se ficar comprovada a sua omissão no cumprimento das obrigações impostas por esta lei. § 2° - Se constatada a existência de doença contagiosa em animais em trânsito, ainda que o seu transporte esteja acobertado de documento zoossanitário, o órgão controlador poderá adotar as medidas julgadas convenientes para se evitar a disseminação do mal, correndo as despesas por conta do transportador. § 3° - Os veículos ou objetos com os quais houver contato de animais contaminados ou, ainda, procedentes de áreas infectadas ou contaminadas, serão desinfetados ou esterilizados, correndo, neste caso, as despesas por conta do proprietário. Art. 6° - Os adquirentes de animais das espécies bovina e outras sujeitas a controle sanitário oficial são obrigados a exigir dos vendedores os documentos zoossanitários, com prazo de validade não expirado, correspondentes aos animais comercializados. Art. 7° - Os proprietários, possuidores ou detentores de animais das espécies mencionadas no artigo 6° são obrigados a prestar à SPA informações cadastrais sobre os mesmos bem como outras exigidas pelo referido órgão. Art. 8° - Os estabelecimentos abatedores de animais apresentarão, mensalmente, os documentos zoossanitários exigidos pela SPA, correspondentes aos abates efetuados. Art. 9° - Os estabelecimentos laticinistas e congêneres exigirão dos seus fornecedores de leite a apresentação de documentos zoossanitários relacionados com o rebanho leiteiro, dentro dos períodos e prazos fixados pela SPA. Parágrafo único - De posse dos documentos mencionados neste artigo, os estabelecimentos recebedores de leite os encaminharão, acompanhados de relação nominal dos fornecedores do produto, ao órgão indicado no artigo 8°. Art. 10 - O funcionamento de estabelecimentos abatedores de animais, laticinistas e congêneres dependerá de credenciamento feito pelos órgãos competentes de controle zoossanitário. Art. 11 - Compete à SPA a fiscalização das condições de estocagem, comercialização de vacinas, bem como de outros produtos veterinários; de uso na pecuária, comercializados no Estado, inclusive quando já em poder de consumidores, para utilização imediata, sendo obrigatória a apreensão de produtos com prazo de validade expirado, encontrados em mau estado de conservação e quando se apresentarem impróprios ao uso indicado, encaminhando-os ao Ministério da Agricultura, para fins de inutilização. § 1° - O funcionamento dos estabelecimentos comerciais que se dedicam à comercialização de produtos para uso na pecuária dependerá de credenciamento por parte dos órgãos públicos competentes do Ministério da Agricultura e da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. § 2° - A conservação de produtos biológicos obedecerá às normas expedidas pelos órgãos mencionados no parágrafo anterior. Art. 12 - O recebimento de vacinas pelas empresas comerciais somente poderá ser efetuado sob a fiscalização de funcionário credenciado pela SPA. Art. 13 - As empresas revendedoras de produtos para uso pecuário ficam obrigadas a adotar subsérie distinta de notas fiscais, específicas para comercialização de vacinas. Art. 14 - É vedado aos revendedores de produtos para uso pecuário emitir documentos que não correspondam a uma efetiva operação de venda. Art. 15 - As empresas revendedoras de produtos para uso pecuário ficam obrigadas a remeter, periodicamente, à SPA, uma via da nota fiscal relativa à comercialização de vacinas, na forma e nos prazos estabelecidos em regulamento, bem como a mantê-la informada quanto ao saldo de vacina existente. Art. 16 - É vedada a comercialização ambulante de produtos para uso pecuário. Art. 17 - Sem prejuízo de outras penalidades, no caso de não observância do disposto nos artigos anteriores e das exigências próprias ao comércio de produtos biológicos, a SPA poderá providenciar junto aos órgãos competentes a cassação do credenciamento do estabelecimento infrator. Art. 18 - Os serviços prestados pela SPA serão cobrados, cabendo ao Secretário de Agricultura e Abastecimento estabelecer o respectivo preço. § 1° - Os serviços referidos neste artigo são os especificados em regulamento. § 2º - O produto da arrecadação de que trata este artigo será recolhido ao Fundo Pecuário - FUNPEC - a que se refere o art. 26 desta lei, ressalvada a hipótese do §4º deste artigo. - Redação dada pela Lei nº 12.458 de 31-10-1994 . § 2° - O produto da arrecadação de que trata este artigo será recolhido ao Fundo Pecuário - FUNPEC - a que se refere o art. 26. § 3º - Os serviços, atribuições, competências e deveres cometidos ao SPA por esta lei poderão ser delegados pelo Secretário de Agricultura e Abastecimento à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Goiás - EMATER, nos municípios de Alto Paraíso, Cavalcante, Campos Belos, Colinas do Sul, Monte Alegre, São João D’ Aliança, Terezina de Goiás, Alto Horizonte, Campinaçu, Campinorte, Estrela do Norte, Formoso, Mutunópolis, Mara Rosa , Montividiu, Minaçu, Niquelândia, Novo Planalto, Nova Iguaçu, Porongatu, Santa Tereza, São Miguel do Araguaia, Trombas,Uruaçu,Alvorada do Norte,Buritinópolis, Damianópolis, Divinópolis, Flores de Goiás, Guarani de Goiás, Iaciara,, Mambaí, Nova Roma, Posse, São Domingos, Simolândia, Sítio D’Abadia, ou em outros municípios, a critério da autoridade delegante, mediante convênio específico. - Acrescido pela Lei nº 12.458 de 31-10-1994 . § 4º - Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo anterior, a EMATER -GO abrirá conta especial no Banco do Estado de Goiás S.A. , vinculada ao convênio ali tratado, onde arrecadará e movimentará os recursos provenientes da prestação dos serviços a ela cometidos nos municípios objeto da delegação e neles aplicáveis exclusivamente. - Acrescido pela Lei nº 12.458 de 31-10-1994 . § 5º - Em decorrência da delegação de que trata o § 3º, a EMATER -GO prestará contas diretamente ao Tribunal de Contas do Estado de Goiás dos recursos arrecadados e aplicados à conta do convênio ali previsto. - Acrescido pela Lei nº 12.458 de 31-10-1994 . Art. 19 - Serão punidos com multas, na seguinte graduação: I - de 20% da Unidade Fiscal de Referência por cabeça, os adquirentes de animais que deixarem de exigir do vendedor os documentos zoossanitários previstos em regulamento; II - de 10 (dez) Unidades Fiscais de Referência: a) os que se recusarem a prestar as informações referidas no art. 7° desta lei, ou que o fizerem falseando a verdade; b) os proprietários ou possuidores de animais contaminados ou contamináveis que, a qualquer título, recusem a sua fiscalização e inspeção zoossanitária; III - de 40 (quarenta) Unidades Fiscais de Referência: a) os que deixarem de
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