Os Tempos Míticos Das Cidades Goianas: Mitos De Origem E Invenção De Tradições

Os Tempos Míticos Das Cidades Goianas: Mitos De Origem E Invenção De Tradições

ANTÔNIO CÉSAR CALDAS PINHEIRO OS TEMPOS MÍTICOS DAS CIDADES GOIANAS: MITOS DE ORIGEM E INVENÇÃO DE TRADIÇÕES Universidade Federal de Goiás Goiânia 2003 ANTÔNIO CÉSAR CALDAS PINHEIRO OS TEMPOS MÍTICOS DAS CIDADES GOIANAS: MITOS DE ORIGEM E INVENÇÃO DE TRADIÇÕES Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História das Sociedades Agrárias da Universidade Federal de Goiás, como um dos requisitos para obtenção do Grau de Mestre, sob a orientação do Prof. Dr. Nasr Fayad Chaul. Goiânia 2003 Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) (GPT/BC/UFG) Pinheiro, Antônio César Caldas P654t Os tempos míticos das cidades goianas: mitos de origem e invenção de tradições / Antônio César Caldas Pinheiro. – Goiânia, 2003. 164f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia, 2003. Bibliografia: f. 146-155 Anexos: f. 156-164 1. Memórias – Reconstrução – Itaberaí (GO) 2. Memórias – Reconstrução – Goiás 3. Cidades Goianas – Memórias I. Universidade Federal de Goiás. Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia II. Título. CDU 908.173 OS TEMPOS MÍTICOS DAS CIDADES GOIANAS: MITOS DE ORIGEM E INVENÇÃO DE TRADIÇÕES ANTÔNIO CÉSAR CALDAS PINHEIRO Dissertação defendida e aprovada em ____ de ______________ de 2003, pela Banca Examinadora constituída pelos professores: _______________________________ Nars Fayad Chaul (Orientador) Doutor em História – UFG _______________________________ Maria Helena Capelato Doutora em História – USP _______________________________ Noé Freire Sandes Doutor em História – UFG A Deus, Eterna Memória de tudo, pelo Dom da Vida. A meus pais, Hélio e Maria José, com amor e carinho. AGRADECIMENTOS A meus pais, mestres da sabedoria, pelo amor depositado em mim e pela generosidade em se desdobrarem pela minha educação, esquecendo-se de si mesmos. A vocês todo o reconhecimento, ab imo corde. A meus irmãos Paulo César, Júlio César e Hélia Fernanda pelo incentivo e segurança advindos do carinho e harmonia que sempre cultivamos em nossa convivência. Ao Professor Nasr Chaul, pela orientação e ensino nos Caminhos de Goiás, pelo incentivo, cordialidade e disposição em estar sempre pronto a nos orientar, contribuindo sobremaneira para o aperfeiçoamento desta dissertação. Aos professores Luiz Sérgio Duarte da Silva e Noé Freire Sandes pela inestimável contribuição. Ao Amigo Euzébio Fernandes de Carvalho, historiador com futuro promissor, pela ajuda nas reflexões e métodos adotados. À Fabiane de Morais Bueno, amiga-irmã, pelo carinho e incentivo. Ao Professor José Mendonça Teles, pela amizade e pelo muito que faz pela memória em Goiás. À Professora Janira Sodré Miranda por proporcionar-me o tempo necessário à finalização deste trabalho e pela seriedade e competência na direção do Instituto de Pesquisas e Estudos Históricos do Brasil Central, lugar sagrado de convivência amiga, de serviço e aprendizado. A Maria da Conceição Silva, devotada pesquisadora e amiga sempre presente . A Simone Shimaltz, amiga de longa data, pelo seu incentivo e contribuição. Aos amigos Maria Aparecida Daniel da Silva e Jadir de Morais Pessoa pela colaboração e empréstimo de livros que muito contribuiram com este estudo. Às colegas Poliene, Patrícia, Leicy, e especialmente Lígia, pela solidariedade e carinho, virtudes solidificadoras de nossa amizade. A memória, onde cresce a história, que por sua vez a alimenta, procura salvar o passado para servir ao presente e o futuro. Devemos trabalhar de forma a que a memória coletiva sirva para a libertação e não para a servidão dos homens. Jacques Le Goff SUMÁRIO SUMÁRIO ...................................................................................................................7 LISTA DAS ILUSTRAÇÕES ........................................................................................9 RESUMO ..................................................................................................................10 ABSTRACT ............................................................................................................... 11 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS.....................................................................12 INTRODUÇÃO ..........................................................................................................13 Capítulo I O TEMPO MÍTICO DE ORIGEM DE ALGUMAS CIDADES GOIANAS....................20 1.1 O Arraial de Santana, Vila Boa de Goiás .................................................21 1.2 Na Trilha do Pai: a origem do Arraial do Córrego do Jaraguá .................36 1.3 Catalão, por onde Chegou o Anhanguera................................................37 1.4 De Jonas Alemão a Palmeiras de Goiás..................................................41 1.5 Anápolis: a cidade de Ana, de Santana! ..................................................50 1.6 Itaguari: entre Itaberaí, Jaraguá e o Sucuri ..............................................53 Capítulo II A MEMÓRIA E OS MECANISMOS DE LEITURA DA CONSTRUÇÃO DOS DISCURSOS HISTÓRICOS......................................................................................62 2.1 Memória ...................................................................................................62 2.2 Memória e Tradição Inventada .................................................................68 Capítulo III OS PERSONAGENS DA MEMÓRIA NO “ANNAES DA COMARCA DO RIO DAS PEDRAS” ..................................................................................................................75 3.1 Derval Alves de Castro, o Autor ...............................................................75 3.2 Os Fidalgos Távora, Cabral e Tavares .....................................................77 3.3 “Quem conta um conto aumenta um ponto” ............................................81 3.4 A Recriação do Imaginário dos Távora ....................................................83 3.5 Capitão-mor Salvador Pedroso de Campos.............................................86 Capítulo IV CURRALINHO NOS CRONISTAS E VIAJANTES ....................................................87 4.1 Curralinho e sua sua origem agrária ........................................................89 4.2 Tradição Inventada: a reconstrução em Derval de Castro .......................95 4.3 O Imaginário na Invenção de Tradições...................................................99 4.4 Evidências Históricas e Mitificação ........................................................102 Capítulo V A DESCONSTRUÇÂO DOS “ANNAES” À LUZ DA DOCUMENTAÇÃO PESQUISADA .........................................................................................................106 5.1 Os Távora: desconstrução do imaginário...............................................106 5.2 Os Távora: historiografia e documentação ............................................ 117 5.3 Existiu mesmo o Mulato Cabral?............................................................ 119 5.4 A questão da doação do patrimônio: Tavares ou Pedroso de Campos? ................................................................................................121 5.5 O Capitão-mor ........................................................................................131 5.6 A Primitiva Capela de Nossa Senhora da Abadia do Curralinho ...........136 CONCLUSÃO .........................................................................................................140 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................146 ANEXOS .................................................................................................................156 Anexo A ..........................................................................................................157 Nota do jornal Itaberahy, n. 10 de 18 de junho de 1926, refere-se a Itaberaí como a “terra de Sá Tavares”....................................................157 Anexo B ..........................................................................................................158 Registro da Patente de Alfs. passada a Salvador de Campos ..............158 Anexo C ..........................................................................................................159 Registro da Patente de Confirmação do Posto de Cap. mor das Ordenanças da Va. Boa de Goiaz e Comarca passada a Salvador Pedroso de Campos...............................................................................159 Anexo D ..........................................................................................................161 Registo do Testamento com que falleceo nesta Cidade o Capitão mór Salvador Pedrozo de Campos aos dezoito dias do mez de Janeiro de mil oito centos e vinte e trez annos ........................................................161 LISTA DAS ILUSTRAÇÕES 1 – Monumento supedâneo à Cruz do Anhanguera, na Cidade de Goiás, inaugurado em 1917. Fotografia de 1930. Acervo da Academia Itaberina de Letras e Artes. 2 – Reprodução da capa do livro História de Anápolis, de Humberto Crispim Borges, retratando o episódio em que o animal que conduzia a imagem de Santana, desgarrando-se da comitiva, é encontrado deitado, não conseguindo os camaradas levantar a canastra onde estava a imagem, o que se tomou como um desejo da santa de permanecer no local. 3 – Capa do livro de autoria de Derval Alves de Castro Annaes da Comarca do Rio das Pedras, publicado pela Casa Duprat, de São Paulo, em 1933. 4 – Fotografia de Derval Alves de Castro, década de 1930. Acervo da Academia Itaberina de Letras e Artes. 5 – Detalhe do

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