ESTADO DO TOCANTINS PREFEITURA MUNICIPAL DE MATEIROS PLANO DIRETOR DE MATEIROS DESENVOLVIMENTO URBANO EM APOIO À GESTÃO AMBIENTAL Junho 2003 GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS MARCELO DE CARVALHO MIRANDA Governador RAIMUNDO NONATO PIRES DOS SANTOS Vice-Governador SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E MEIO AMBIENTE LÍVIO WILLIAM REIS DE CARVALHO Secretário NILTON CLARO COSTA Subsecretário DIRETORIA DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS BELIZÁRIO FRANCO NETO Diretor EQUIPE DE COORDENAÇÃO HUMBERTO DE CAMPOS – Naturatins ROSA ANTÔNIA RODRIGUES MONTEIRO – Seplan PREFEITURA MUNICIPAL DE MATEIROS ANTÔNIO ALVES DA SILVA - Prefeito EQUIPE LOCAL DE COORDENAÇÃO ADÃO ROCHA BRAGA GUMERCINO OLIVEIRA DA SILVA VALDETE CASTRO DA SILVA PLANO DIRETOR DE MATEIROS 3 ELABORAÇÃO TECHNUM CONSULTORIA LTDA. COORDENAÇÃO GERAL IZABEL NEVES DA SILVA CUNHA BORGES Arquiteta e Urbanista COORDENAÇÃO TÉCNICA SÔNIA HELENA TAVEIRA DE CAMARGO CORDEIRO Arquiteta e Urbanista EQUIPE TÉCNICA ALEXANDRE FORTES Engenheiro Civil CLÁUDIA MARTINS DUTRA Advogada DAISY CADAVAL BASSO Pedagoga GUNTER KOHLSDORF SPILLER Arquiteto JOÃO FILIPE CAMPELLO Engenheiro Civil LUIZ ALBERTO CORDEIRO Engenheiro Civil MÔNICA VON GLEHN HERKENHOFF Arquiteta e Urbanista PLANO DIRETOR DE MATEIROS 4 SUMÁRIO RELAÇÃO DE FIGURAS 07 RELAÇÃO DE TABELAS E QUADROS 08 ABREVIATURAS E SIGLAS 09 APRESENTAÇÃO 11 RESUMO EXECUTIVO 14 I. SITUAÇÃO ATUAL DO DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL 20 1 - O MUNICÌPIO 20 1.1. Aspectos Históricos 21 1.2. Inserção Regional 22 2 – DIMENSÃO FÍSICO AMBIENTAL 25 2.1. Meio Ambiente Natural 25 2.1.1. Aspectos Geofísicos 27 2.1.2. Unidades de Conservação 28 2.1.3. Áreas de Preservação Permanente 35 2.2. Espaços Territorial e Urbano 36 2.2.1. Estrutura Fundiária 36 2.2.2. Caracterização dos Espaços Territorial e Urbano 37 2.3. Habitação 38 2.4. Saneamento Ambiental 41 2.4.1. Abastecimento de Água 41 2.4.2. Esgotamento Sanitário e Drenagem Pluvial 41 2.4.3. Resíduos Sólidos 41 2.5. Energia Elétrica e Iluminação Pública 44 2.6. Comunicação 44 2.7. Sistema Viário e Transportes 45 3 – DIMENSÃO SOCIAL 46 3.1. Aspectos Demográficos 46 3.2. Aspectos Culturais 47 3.3. Educação 49 3.4. Esporte e Lazer 50 3.5. Promoção Social 50 3.6. Saúde 51 3.7. Segurança Urbana 51 4 – DIMENSÃO ECONÔMICA 52 4.1. Dinâmica Econômica 52 4.2. Abastecimento 52 4.3. Potencialidade Turística 53 5 – DIMENSÃO POLÍTICO INSTITUCIONAL 56 5.1. Capacidade de Administração e Gestão 56 5.2. Bases Cartográficas 56 5.3. Legislação 57 5.4. Terceiro Setor 57 6 - PONTOS FORTES E FRACOS, OPORTUNIDADES E RISCOS 59 PLANO DIRETOR DE MATEIROS 5 II. SITUAÇÃO DESEJADA PARA O DESENVOLVIMENTO 62 MUNICIPAL 7 - CENÁRIOS DE DESENVOLVIMENTO 62 7.1. Cenário Tendencial 66 7.2. Aspectos Urbanísticos do Cenário Tendencial 68 7.3. Cenário de Declínio 70 7.4. Aspectos Urbanísticos do Cenário de Declínio 73 7.5. Cenário de Dinamismo Sustentável 75 7.6. Aspectos Urbanísticos do Cenário de Dinamismo 78 Sustentável 8 - O PROJETO DA CIDADE / MUNICÍPIO 80 8.1. O Plano Diretor como instrumento básico da Política de 80 Desenvolvimento e Expansão Urbana 8.2. O Objetivo Central para o Município 81 8.3. As Linhas Estratégicas para o Desenvolvimento 81 Municipal 8.4. O Macrozoneamento 83 8.5. Os Aspectos Físico-urbanísticos da Cidade Desejada 86 8.6. O Uso e Ocupação do Solo nas Zonas Urbanas 91 8.7. Sistema de Planejamento e Gestão 94 9 - AÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL 96 BIBLIOGRAFIA 105 PLANO DIRETOR DE MATEIROS 6 RELAÇÃO DE FIGURAS Fig. 1 Localização do Município 24 Fig. 2 Planta do Município 26 Fig. 3 Vegetação 30 Fig. 4 Pedologia 31 Fig. 5 Unidades de Conservação do Município 32 Fig. 6 A cidade de Mateiros 40 Fig. 7 Vista Aérea da Cidade 39 Fig. 8 Avenida Maranhão (principal) 40 Fig. 9 Vista Parcial da Cidade 40 Fig. 10 Habitação Original Típica 40 Fig. 11 Estabelecimento Comercial 40 Fig. 12 Reservatório de Água 40 Fig. 13 Instalação Sanitária 43 Fig. 14 Sistema de Esgotamento Sanitário 43 Fig. 15 Lagoa de Oxidação 43 Fig. 16 Erosão nas Ruas 43 Fig. 17 Colheita do Capim Dourado 48 Fig. 18 Artesã em Mumbuca 48 Fig. 19 Preparação da Seda do Buriti 48 Fig. 20 Produtos Artesanais 48 Fig. 21 Dunas do Jalapão 55 Fig. 22 Dunas do Jalapão 55 Fig. 23 Pedra da Baliza 55 Fig. 24 Cachoeira da Velha 55 Fig. 25 Cachoeira da Formiga 55 Fig. 26 Fervedouro 55 Fig. 27 Povoado de Mumbuca 55 Fig. 28 Corredeiras do Rio Novo 55 Fig. 29 Aspectos Urbanísticos do Cenário Tendencial 69 Fig. 30 Aspectos Urbanísticos do Cenário de Declínio 74 Fig. 31 Aspectos Urb. do Cenário de Dinamismo Sustentável 79 Fig. 31 Macrozoneamento do município 85 Fig. 33 Aspectos Urbanísticos da cidade de Mateiros 90 Fig. 34 Uso e Ocupação do Solo Urbano em Mateiros 93 PLANO DIRETOR DE MATEIROS 7 RELAÇÃO DE TABELAS E QUADROS Tabela 1 Comunidades existentes em torno do Parque 33 Estadual do Jalapão – PEJ Tabela 2 Estrutura Fundiária 36 Tabela 3 Evolução Populacional 1991 – 2000 46 Tabela 4 Distribuição da população por gênero – 1991- 46 2000 Tabela 5 Projeção da População de Mateiros - 2001/2010 64 Quadro 1 Fatores positivos e negativos para o 59 desenvolvimento municipal sustentável Quadro 2 Cenário Tendencial 67 Quadro 3 Cenário de Declínio 72 Quadro 4 Cenário de Dinamismo Sustentável 77 PLANO DIRETOR DE MATEIROS 8 ABREVIATURAS E SIGLAS A Ação APA Área de Preservação Ambiental CADSUS Cadastro do Sistema Único de Saúde CELTINS Companhia de Energia Elétrica do Estado do Tocantins DZE Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico ECT Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos EV Evasão FPM Fundo de Participação dos Municípios FUNASA Fundação Nacional de Saúde Ha Hectare IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IDAGO Instituto de Desenvolvimento Agrário do Estado de Goiás IDHM-E Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - Educação IDHM-L Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - Longevidade IDHM-R Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - Renda INTERTINS Instituto de Terras do Tocantins IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano LE Linha Estratégica MMA Ministério do Meio Ambiente NATURATINS Instituto Natureza do Tocantins PEJ Parque Estadual do Jalapão PNMT Programa Nacional de Municipalização do Turismo PROBIO Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira SEPLAN Secretaria de Planejamento e Meio-ambiente TO Tocantins PLANO DIRETOR DE MATEIROS 9 ZAB Zona de Abastecimento e Serviços ZCM Zona Central Mista ZIA Zona de Interesse Ambiental ZPA Zona de Proteção Ambiental ZRU Zona Rural ZUR Zona Urbana ZHB Zona Habitacional PLANO DIRETOR DE MATEIROS 10 APRESENTAÇÃO Este documento consolida os trabalhos desenvolvidos para a formulação do Plano de Desenvolvimento Urbano em apoio à Gestão Ambiental para o Município de Mateiros – TO, conforme o estabelecido no contrato n.º 385/2002 firmado entre a Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente do Estado do Tocantins (SEPLAN) e a Technum Consultoria Ltda. A Constituição Federal, no capítulo da Política Urbana, em seu artigo 182, preceitua que o Plano Diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana e deve constituir- se em instrumento de planejamento e gestão para a orientação das ações do setor público e da iniciativa privada na busca do desenvolvimento sustentável das cidades. O Estatuto da Cidade - Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, ao regulamentar este preceito constitucional, reitera o papel do Plano Diretor, conferindo-lhe grande importância por abranger todo o território municipal e abordar aspectos voltados à sustentabilidade sócio- cultural, econômica e ambiental. O Governo do Tocantins planejou o desenvolvimento do Estado, dividindo-o em regiões, segundo as potencialidades de cada porção de seu território. Por meio desse planejamento, ao reconhecer a potencialidade para o turismo de natureza e o ecoturismo da região, instituiu o Pólo Ecoturístico do Jalapão, criou o Parque Estadual do Jalapão (PEJ) e a APA Estadual do Jalapão, no Município de Mateiros, com vistas ao desenvolvimento dessa atividade em equilíbrio com a proteção ambiental da biodiversidade e dos ecossistemas aí existentes. Mateiros apresenta situação singular no tocante à proteção ambiental. Abriga em seu território 5 (cinco) Unidades de Conservação: uma Estação Ecológica, dois Parques, um nacional, outro estadual, duas APAs, uma federal e outra estadual. Esse conjunto de áreas protegidas, somado às zonas de transição a elas correspondentes, recomendadas pela legislação pertinente, torna o território municipal particularmente limitado para a exploração de atividades econômicas diversas. Por outro lado, a diversidade e singularidade dos recursos naturais e da paisagem favorecem o ecoturismo e o turismo de natureza a serem explorados com rigoroso controle em função da fragilidade ambiental dos atrativos da região. Mateiros é o município que concentra a maior parte desses atrativos. Por esta razão, deve cumprir um importante papel de núcleo aglutinador das PLANO DIRETOR DE MATEIROS 11 atividades turísticas a serem impulsionadas como vetores do seu desenvolvimento. Entretanto, a cidade de Mateiros não está aparelhada para desempenhar esse papel, embora, gradativamente, a demanda por infra-estrutura adequada e serviços de apoio aos turistas por parte dos cada vez mais numerosos visitantes venha crescendo. Com vistas a estruturar Mateiros de modo a tornar a cidade e o Município aptos a desenvolver sustentavelmente o turismo pretendido no Pólo Ecoturístico do Jalapão, a Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente do Estado do Tocantins (SEPLAN), com recursos provenientes de convênio firmado com o Governo Federal, juntamente com a Prefeitura Municipal, com a qual celebrou um Termo de Cooperação para tal finalidade, promoveu a elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano em apoio à Gestão Ambiental de Mateiros, como o instrumento de planejamento e gestão a orientar o processo de desenvolvimento sustentável do Município. Para sua elaboração e posterior implementação, a Prefeitura Municipal designou uma equipe, constituída de representantes do Poder Público Municipal e da sociedade organizada, como equipe de coordenação local da elaboração do Plano Diretor.
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