Intercultural Competence in Conflict Mediation: a Mixed-Methods Approach on Training Design and Outcome Assessment

Intercultural Competence in Conflict Mediation: a Mixed-Methods Approach on Training Design and Outcome Assessment

IUL School of Social Sciences Department of Social and Organizational Psychology Intercultural Competence in Conflict Mediation: A mixed-methods approach on training design and outcome assessment Nuno Vladimiro Pereira Ramos Thesis submitted in partial fulfillment of the requirements for the degree of Doctor in Psychology Specialty in Social Psychology Supervisor: Carla Marina Madureira de Matos Moleiro, Assistant Professor ISCTE - Lisbon University Institute, Lisboa, Portugal Setembro, 2016 ii IUL School of Social Sciences Department of Social and Organizational Psychology Intercultural Competence in Conflict Mediation: A mixed-methods approach on training design and outcome assessment Nuno Vladimiro Pereira Ramos Thesis submitted in partial fulfillment of the requirements for the degree of Doctor in Psychology Specialty in Social Psychology Jury: Ph.D. Isabel Correia, Associate Professor at ISCTE-IUL, Portugal Ph.D. Ana Maria Carneiro da Costa e Silva, Assistant Professor at Universidade do Minho, Portugal Ph.D. Carla Marina Madureira de Matos Moleiro, Assistant Professor at ISCTE-IUL, Portugal Ph.D. Christin-Melanie Vauclair, FCT Researcher at ISCTE-IUL, Portugal Ph.D. Pedro Fernando Silva da Cunha, Associate Professor at Universidade Fernando Pessoa, Portugal Ph.D. Tiago Guedes do Nascimento Neves, Assistant Professor at Universidade do Porto, Portugal Julho, 2016 iii iv The present work was sponsored by a Doctoral Grant (Ref. SFRH/BD/76334/2011) of the Portuguese Science and Technology Foundation v vi Agradecimentos Algum do conhecimento que adquiri está escrito nas palavras desta tese. O final de percurso que se expressa neste documento, ritual e simbólico, não revela totalidade da experiência, consciência e sentimentos vividos. A riqueza que comigo fica é inestimável. Como é o sentimento de gratidão para com quem me apoiou e partilhou comigo esta viagem. Desde o princípio, quando ainda pensava sobre como poderia desenhar este projecto, encontrei na Professora Carla Moleiro o acolhimento aberto e generoso para a sua orientação teórica e metodológica. Neste processo de crescimento pude sempre contar com o seu diálogo reflexivo sobre as escolhas criteriosas que a investigação obriga, principalmente quando devemos tornar a ambição dos sonhos em prática. Agradeço o amparo e a empatia nos momentos em que as dúvidas ameaçaram, e a estimulação da dúvida quando o meu foco parecia demasiado preciso. Foi um privilégio poder contar com a sua balanceada proximidade, num misto de autonomia e segurança, que me permitiu provavelmente a mais significativa das experiências de aprendizagem académica. Na construção do meu pensamento crítico pude contar com um ambiente fantástico proporcionado pelo ISCTE. No círculo mais próximo de pensamentos e preocupações partilhadas, encontrei a solidariedade de colegas doutorandos nas reuniões do grupo de investigação de competências para a diversidade individual e cultural. Agradeço o acolhimento da Sandra Roberto, Jaclin Freire e Nuno Pinto, que passaram de amizades instantâneas até serem família escolhida. Foram várias as discussão dos resultados ao longo das sessões dos grupos de investigação HEC e H4A, e dos seminários de pesquisa organizados anualmente. Agradeço os valiosos comentários formais e informais que permitiram melhorar o meu trabalho, em particular das Professoras Luísa Lima, Célia Sales, Melanie Vauclair, Beate Seibt, Cecília Aguiar, Joana Alexandre, Sibila Marques, Sónia Bernardes e dos Professores Francesco Vachiano, Sven Waldzus e Thomas Schubert. Agradeço especialmente à Professora Wendy Stainton Rogers e ao Professor Alan Fiske pelas conversas em que me convidaram a posicionar epistemologicamente a minha vii investigação. Estas discussões tornaram-se uma bússola que levarei comigo ao longo dos meus futuros trabalhos. Nesta hora em que escolho critérios para uma sequência do reconhecimento de tantos outros, escolho os que estão mais sintonizados com a emoção: o da proximidade, da intimidade, e do coração. Felizmente, este último resolve todos e quaisquer sentimentos de injustiça que uma sequência pode trazer. No coração estão todos. E é no batimento mais forte que te agradeço, Sandra. Por partilhares as maiores alegrias e esperanças, mas também as mais profundas tristezas e desesperos. Por corajosamente escolheres manter-te ao meu lado, acreditando e sonhando futuros juntos. Superámos as trepidações que dois doutoramentos em simultâneo podem trazer a um casal. Mas acredito que construímos fundações para que possamos continuar lado a lado, a desenvolver os nossos Doutoramentos da Vida pelos próximos 50 anos. Pai, Mãe e Irmã, agradeço todo o vosso generoso e afectuoso suporte, em particular nesta recta final, e a vossa aposta na crença que seria possível chegar até aqui. O vosso orgulho é tudo para mim. Da família enquanto suporte inestimável, agradeço especialmente ao meu tio Zé e à Tia Mercês, mãe de quatro filhos... Dois deles, Paulo e Miguel foram também uns verdadeiros irmãos. Os Gonçalves são uma família especial. Obrigado pelo acolhimento nos momentos mais difíceis. À Mercês agradeço a espiritualidade que despertou em mim pelo afeto da sua Fé. Aos amigos que reúno desde há muitos anos agradeço os abraços, as palavras de força e encorajamento nos momentos de transição na vida. Domingos, Pedro, Tatiana, Joana, Vera e Sara. Às mediadoras e formadoras em mediação com que tive o privilégio de aprender, discutir e colaborar, agradeço a paixão que me transmitiram a Ursula Caser, Anabela Quintanilha, e Isabel Oliveira. Finalmente, agradeço ao Luiz por me fazer acreditar em Magia, e ao João por me abrir o coração e mostrar os segredos da infância e da parentalidade. viii Resumo O papel da diversidade cultural tem sido recentemente considerado como potencialmente desafiador do processo de mediação de conflitos. O campo reconheceu a necessidade de práticas culturalmente sensíveis, no entanto, a directrizes e avaliação de impacto da formação em competência intercultural são escassas. Assim, implementámos uma metodologia Delphi (estudo 1) recorrendo a um painel de especialistas em mediação para reunir uma proposta consensual sobre critérios de competência intercultural. Os resultados sugerem não apenas uma estratificação dos resultados do treino intercultural dentro da dimensão de consciência, conhecimento e competências práticas, mas também uma progressão em vários estadios de desenvolvimento. A partir dessas diretrizes, planeámos e implementámos um breve programa de treino intercultural para mediadores, seguindo uma abordagem de métodos mistos num desenho sequencial explicativo para avaliar o impacto do treino (estudo 3 e 4). São apresentadas evidências que o treino intercultural foi eficaz em melhorar a competência cultural percebida dos mediadores do conflito, e promoveu mudanças na conceptualização de casos. As medidas de auto-relato (estudo 1) revelaram uma maior percepção da competência intercultural global, particularmente em fatores relacionados à percepção do mediador sobre seus próprios valores e preconceitos, e estratégias de intervenção culturalmente apropriadas. A análise temática de caso-vinheta também revelou diferenças qualitativas em tópicos como caracterização de conflitos, estratégias de mediador sugeridas, características facilitadoras / obstrutivas de caso/mediador e necessidades de supervisão. Diversos argumentos são discutidos para a necessidade de infundir questões culturais nos currículos de treino de mediadores, e a adaptação das práticas aos desafios da diversidade cultural. Palavras-chave: Mediação, Cultura, Competência Intercultural, Desenho de formação, Avaliação da Formação PsycINFO Codes: 2900 Social Processes & Social Issues 2930 Culture & Ethnology 3410 Professional Education & Training 3450 Professional Ethics & Standards & Liability 3530 Curriculum & Programs & Teaching Methods 4250 Mediation & Conflict Resolution ix x Abstract The role of cultural diversity has been recently considered as it potentially challenges the process of conflict mediation. The field have acknowledged the need to culturally sensitive practices, however, guidelines and impact assessment of intercultural competence training is scarce. Hence, we implemented a Delphi methodology (study 1) resorting to a panel of mediation experts to gather a consensual proposal on intercultural competence criteria. The results suggest not only a stratification of intercultural training outcomes within awareness, knowledge, and skills dimension, but also an embedded progression across developmental stages. From these guidelines, we planned and implemented a brief intercultural training program to mediators, following a mixed methods approach in a sequential explanatory design to assess training impact (study 3 and 4). Evidence is presented that intercultural training was effective in improving conflict mediators' perceived cultural competence and promoting changes in case conceptualization. The self-report measures (study 2) revealed an increased post-test perception of global intercultural competence, and particularly within factors related to the mediator awareness about their own values and prejudices, and perceived skills for culturally appropriate intervention strategies. The case-vignette thematic analysis also revealed qualitative differences in topics such as conflict characterization, suggested mediator strategies, case and mediator facilitative/hindering characteristics, and supervision needs. Several arguments are discussed for the need to infuse cultural issues in mediation training

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