Celso Carlos Longo Júnior Dissertação Apresentada À Faculdade De Arquitetura E Urbanismo Da Universidade De São Paulo Para

Celso Carlos Longo Júnior Dissertação Apresentada À Faculdade De Arquitetura E Urbanismo Da Universidade De São Paulo Para

CELSO CARLOS LONGO JÚNIOR DISSERTAÇÃO APRESENTADA À FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE ÁREA DE CONCENTRAÇÃO DESIGN E ARQUITETURA ORIENTADOR PROF. DR. BRUNO ROBERTO PADOVANO SÃO PAULO 2007 Livros Grátis http://www.livrosgratis.com.br Milhares de livros grátis para download. Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. Longo Júnior, Celso Carlos L856d Design total: Cauduro Martino, 1967-1977 / Celso Carlos Longo Júnior . - -São Paulo, 2007. 162 p. : 618 il. Dissertação (Mestrado - Área de Concentração: Design e Arquitetura) - FAUUSP. Orientador: Bruno Roberto Padovano 1.Comunicação visual 2.Design 3.Desenho industrial 4.Arquitetura 5.Planejamento ambiental 6.Paradigma 7.Cauduro, João Carlos 8.Martino, Ludovico Antonio I.Título CDU 003.6 folha de aprovação Celso Carlos Longo Júnior BANCA EXAMINADORA Design Total: Cauduro Martino, 1967-1977 PROF. DR. Dissertação apresentada à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de INSTITUIÇÃO São Paulo para obtenção do título de Mestre. Área de concentração: Design e Arquitetura ASSINATURA Aprovado em: PROF. DR. INSTITUIÇÃO ASSINATURA PROF. DR. INSTITUIÇÃO ASSINATURA agradecimentos Materializar este trabalho só foi possível graças à atenção que me foi dada por João Carlos Cauduro e Ludovico Martino – mestres que- ridos com os quais, aliás, aprendi e lapidei meu ofício na prática co- tidiana. As inúmeras conversas que tivemos ao longo dos últimos anos foram de suma importância para a construção dos raciocínios aqui apresentados. A eles, e por tudo, sou muito grato. Agradeço a Bruno Padovano pela confiança e respeito irretocá- veis; a Chico Homem de Melo pela idéia da empreitada e pelo incen- tivo durante seu trajeto; a Luiz Diederichsen Villares e Murilo Terra pelas solícitas conversas e pontos de vista complementares ao cer- ne da dissertação; a Regina Stocklen pela leitura atenta dos textos originais; a Sara Goldchmit – minha amiga e parceira de labuta – pe- los sábios conselhos, pelo apoio irrestrito e pelo carinho; aos meus pais e amigos que, direta ou indiretamente, forneceram todo supor- te necessário à realização deste projeto. Por fim, sou infinitamente grato a Veridiana Scarpelli – minha mulher –, não só pela troca constante de idéias, mas também pela paciência, cumplicidade, carinho e estímulo ininterruptos. resumo abstract Sob a égide da arquitetura moderna, as competências da programa- ção visual e do desenho industrial fundiram-se pelas mãos dos arqui- tetos João Carlos Cauduro e Ludovico Antonio Martino na criação, desenvolvimento e implantação de projetos sistêmicos de identidade corporativa e ambiental. Em São Paulo, circunscrito no ápice do pa- radigma moderno entre os anos 1960 e 1970, este “design total” não só realizou vultosas e perenes identidades visuais para os setores produtivos e operacionais brasileiros, como também materializou icônicos espaços públicos para a metrópole paulistana corroboran- do, em última instância, a consolidação dessas matrizes paradigmá- ticas de projeto – as quais, àquele momento, socializaram um conhe- cimento tipológico e metodológico, reiterando um antigo ideário e aproximando o arquiteto de suas funções civis dentro das novas ne- cessidades de comunicação e informação da cidade. Under the shield of modern architecture, the competencies of visual programming and industrial design were merged by the hands of ar- chitects João Carlos Cauduro and Ludovico Antonio Martino, through the creation, development, and implementation of systemic projects of environmental and corporate identity. In São Paulo, in the 1960s and 1970s — and circumscribed by the apex of the modern paradigm — this “total design” not only yielded important and long standing vis- ual identities for the Brazilian productive and operational sectors, but also materialized iconic public spaces for the metropolis, corroborat- ing the consolidation of those projects’ paradigmatic matrices in the last instance. These matrices, at that moment, introduced in the soci- ety a typological and methodological knowledge, reiterating an old ideology and bringing the architect closer to his civil functions within the city’s new needs for information and communication. sumário APRESENTAÇÃO 11 CAPÍTULO 01 37 grupo industrial villares INTRODUÇÃO a grande escola PA R T E I 13 panorama internacional C A P Í T U LO 0 2 51 marca, identidade visual e sistema metrô de são paulo referenciar os usuários e PA R T E I I 19 ordenar os fluxos contexto brasileiro a modernidade prepara o terreno C A P Í T U LO 0 3 67 tv cultura PA R T E I I I 29 transmitindo a sintaxe moderna os anos de formação joão carlos cauduro C A P Í T U LO 0 4 73 e ludovico antonio martino zoológico de são paulo prender os visitantes e soltar os animais C A P Í T U LO 0 5 87 avenida paulista a iconicidade do planejamento ambiental C A P Í T U LO 0 6 103 transportes públicos de são paulo o modelo visual da estrutura urbana veiculado num sistema C A P Í T U LO 0 7 121 banespa CONCLUSÃO 155 para um banco forte, marca e matrizes de identidade visual fortes um design total C A P Í T U LO 0 8 139 FONTES DAS IMAGENS 159 cesp dois momentos e a definição BIBLIOGRAFIA 160 precisa de um rumo apresentação O objetivo desta dissertação de mestrado, realizada dentro da área permitiu a absorção e socialização desses modelos transcriados; e de concentração de Design e Arquitetura da pós-graduação da Fa- os anos de formação dos arquitetos responsáveis aqui pelo objeto culdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, da pesquisa – os oito projetos (“tipos”). Em seguida, em respectivos é documentar os principais projetos sistêmicos de identidade cor- oito capítulos organizados cronologicamente, abordo, em profundi- porativa e ambiental realizados pelo escritório dos arquitetos João dade, tais componentes do objeto; o foco deste estudo está centra- Carlos Cauduro e Ludovico Antonio Martino, entre 1967 e 1977, que do nestes capítulos. Por fim, à conclusão cabe reiterar os principais se encaixam no legitimado rótulo de “design total”. Ao longo dos pontos elencados durante toda a monografia e justificar, em certa capítulos referentes a tais projetos, a acepção sobre esse termo se medida, o recorte escolhido – surge aí a idéia de “estereótipo” e o montará, parte por parte, não apenas pelo viés de um aparato teóri- desgaste (ou crise) natural do paradigma. co, mas também, e principalmente, pela elucidação da pragmática Cumpre notar, ainda, que optei, em determinados momentos da contida nos referidos trabalhos – respostas concretas, amplamente apresentação dos projetos, por introduzir elementos mais técnicos coordenadas e multidisciplinares, aos problemas vigentes àquele e explicativos, o que, mesmo correndo o risco de diminuir a fluidez momento (modo pelo qual, aliás, o escritório sempre operou). O in- da leitura do texto, justifica-se por completar, em sintonia com as tuito de empreender esta documentação é colaborar para sua su- imagens, o próprio entendimento dos trabalhos e uma documenta- pressão dentro da lacuna existente sobre o tema (e sua especificida- ção mais abrangente e detalhada dos mesmos; com finalidade simi- de: os programas sistêmicos) na historiografia do design moderno lar, somei à descrição, sempre que parecesse pertinente, análises brasileiro. Uma falta para com o reconhecimento e valorização da correlatas. O ponto de vista durante toda a pesquisa esteve funda- produção nacional que, dado o vulto dos resultados alcançados e do mentado numa tomada interna; o que facilmente se explica porque, próprio escritório, pode ser considerada grave. além de ser arquiteto e trabalhar diretamente na produção contem- Isto posto, à introdução – subdividida em três partes – corres- porânea de design, tive o privilégio de acompanhar de perto a dinâ- pondem os modelos paradigmáticos relativos aos primeiros siste- mica do escritório, nele colaborando cotidianamente durante al- mas de planejamento e identidade visual modernos (“protótipos”) guns anos, ao lado dos mestres João Carlos Cauduro e Ludovico formadores do panorama internacional; o contexto brasileiro que Antonio Martino. 11 INTRODUÇÃO · PARTE I panorama internacional marca, identidade visual e sistema A identificação da propriedade em ferramentas, objetos de uso doméstico, entre outros, era um modo de expressar o desejo individual de marcar os bens, determi- nado não apenas por questões de segurança, uma vez que a maioria dos equipa- mentos, móveis etc. permanecia sob o teto do proprietário. Os animais domésticos, porém, principalmente o gado, não possuíam um local geográfico fixo dentro dos limites de uma propriedade. As ovelhas, as cabras e o gado bovino de toda a comu- nidade eram sempre reunidos em manadas para serem levados de pastagem em pastagem à procura de alimento. Por essa razão, a marcação do gado era absoluta- mente necessária. A única maneira de marcar o animal permanentemente era quei- mar um desenho em seu chifre ou em seu couro. Esse modo de distinguir a proprie- dade ainda é praticado no mundo inteiro. SÍMBOLO DA AVEIA QUAKER REDESENHADO POR SAUL BASS, 1970 (A MARCA ORIGINAL FOI No entanto, no momento em que o animal passa a ser vendido no mercado, o sig- CRIADA EM FINS DO SÉCULO XIX). nificado dessa marca original de propriedade transforma-se em índice de qualida- de. A marca de um bom criador é conhecida e procurada pelos comerciantes, tornando-se uma logomarca, e o animal é comercializado como um ‘produto da algo a outrem. Porém, com o desenrolar da Revolução Industrial e marca’, a um preço correspondentemente maior. da urbanização, depois de meados do século XIX, esse procedimen- […] As primeiras marcas comerciais de muitos produtos surgiram do mesmo modo. O to ganhara novas feições, devido, principalmente, à necessidade de importador ou exportador assinalava os pacotes, as caixas e os embrulhos de espe- – dentro do contexto da produção em massa, uniformizadora – dife- ciarias, condimentos, frutas etc., a fim de evitar possíveis equívocos durante o transporte.

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