Jornal fundado em 1 de Outubro de 1925 ANO XC / Nº5111 SEXTA-FEIRA 4 MARÇO DE 2016 desde 22.660,00€ PREÇO: 0,80€ ASSINATURA ANUAL: 22,50€ DIGITAL: 15€ www.gazetacaldas.com Director: José Luiz de Almeida Silva Director Adjunto: Carlos M. Marques Cipriano facebook.com/gazetacaldas Tel:262870050 / Fax: 262870058/59 [email protected] / [email protected] / [email protected] / [email protected] Editorial Um empreendimento polémico Táctica ou estratégia? Táctica ou estratégia? Soluções para os objectivos a curto prazo, ou ideias e linhas de acção para atingir os desafios estratégicos de mé- em Salir do Porto dio e longo prazo? Esta a pergunta crucial para qualquer cidadão ou região. sta é a história de um empreen- Nos últimos anos temos andado à roda dos desígnios e das inclina- dimento que nunca foi legal, mas Isaque Vicente ções de uns quantos “responsáveis” que se alcandoram nos gabine- Efoi construído. Que nunca teve li- tes do Terreiro do Paço, umas vezes ligando o processo de desen- cenças, mas foi vendido. Que não tem volvimento do Oeste a Lisboa, outras vezes a Coimbra, em certos licença de habitabilidade, mas onde domínios a Aveiro e noutros ainda a Leiria, como se brincar com moram pessoas. Fica em Salir do estas coisas fosse a solução para os problemas. Provavelmente será Porto, chama-se empreendimento do apenas uma solução para “resolver” os problemas dos interesses Caramujo e é um monte de problemas das famílias partidárias, ou de alguns lobbies, que por falta de força, que se arrasta há 13 anos. O constru- insistem em mover-se na sombra dos gabinetes ministeriais. tor, Diamantino Duarte, está enredado Na passada semana foi apresentado em Lisboa um estudo desen- em processos judiciais depois das suas volvido, sob a égide da Fundação Gulbenkian e dirigido pelo concei- empresas terem ido à falência (pelo tuado prospectivista Félix Ribeiro, intitulado “Uma Metrópole para menos uma delas em insolvência con- o Atlântico”, que representa uma proposta de estratégia territorial siderada fraudulenta) e não poupa crí- para Portugal, utilizando como ideia força o Arco Metropolitano de ticas a um advogado, aos moradores Lisboa. e à Câmara das Caldas. Os moradores Por estar agora fora das responsabilidades governamentais, e de- dizem que entregaram dinheiro que senvolvendo uma investigação com um grau de liberdade máximo, nunca mais viram e que tiveram que Félix Ribeiro pode apresentar um proposta inovadora e de ruptura comprar o terreno para não perderem com o status quo, apontando para uma mudança de paradigma do as casas. E o município diz que razões que se tem feito no último século em Portugal em termos de orga- de ordem sanitária justificam que se nização regional. forneça água e luz a um empreendi- É interessante e significativo que na apresentação televisiva a mento ilegal. Pág. 6 região que conforma este Arco, apresenta como pontos fulcrais no território as cidades de Évora, Santarém, Caldas da Rainha, Leiria, Abrantes e Sines, cobrindo um espaço onde vivem cerca de 4 PSD rejeita criação de uma comissão Ministro da Saúde milhões de habitantes (ou seja, 42% da população do país) em 24% do território e responsável por 44% das exportações. de acompanhamento do Hospital Termal hoje nas Caldas Para os autores do estudo, o sistema urbano do Arco Metropolitano O ministro da de Lisboa, que é o território nacional com maior potencial de inter- Na Assembleia Municipal de 23 de procura de parceiros para a explora- na qual acusam o PSD de “autismo Saúde, Adalberto nacionalização, estrutura-se em torno de quatro tipos de centralida- Fevereiro, a maioria social-democra- ção da actividade termal nas Caldas, político” e de “falta de vivência de- Campos Fernandes, des, das dimensões e às diversidades funcionais e às distintas capa- ta chumbou uma proposta de criação tendo como funções a apreciação dos mocrática”. Representantes do CDS/ estará hoje, 4 cidades polarizadoras: de uma comissão de acompanhamen- cadernos de encargos e contratos de PP, PS, PCP e MVC dizem que o futuro de Março, pelas · “Centralidade de nível nacional com a cidade de Lisboa como to das soluções para o Hospital Termal, que venham a ser formulados pelo do termalismo caldense merecia mais 9h00, no Museu a principal centralidade urbana da macrorregião, de grande di- apresentada pelo CDS/PP e que con- município. escrutínio público e menos “espíri- do Hospital para mensão residencial e fortemente polarizadora em termos de em- tou com o apoio de todos os partidos. A rejeição desta proposta levou a opo- to de seita” da maioria social-demo- dar posse ao novo prego e de comércio e serviços”. A ideia era que essa comissão acom- sição a unir-se e a realizar uma confe- crata, a quem acusam de conviver mal Conselho de Administração do Centro · “Centralidades de nível regional: incluem 12 aglomerações ur- panhasse o trabalho da Câmara na rência de imprensa, três dias depois, com a democracia. Pág. 10 Hospitalar do Oeste (CHO). banas (onde está Caldas da Rainha juntamente com outros cen- Presidida por Ana Paula Harfouche, a tros urbanos como Cascais, Oeiras, Sintra, Almada, Torres Vedras, nova administração conta ainda com Santarém, Setúbal, Leiria, Tomar, Évora, Sines e Santiago de Barragem do Arnóia vai ter estação elevatória mas ainda Filomena Cabeça e Idalécio Lourenço, Cacém) que apresentam uma estrutura diversificada que asso- como vogais executivos, com o director ciam a uma força atrativa relevante”. falta a rede de rega clínico António Curado e a enfermeira- · “Centralidades estruturantes: integram um conjunto de aglo- Faltavam obras no valor de 28 milhões de euros para cons- -directora, Maria de Lurdes Ponciano, merações urbanas, com destaque para diversas sedes de con- truir a rede de rega que dá sentido à Barragem do Arnóia. Fátima Ferreira tendo iniciado funções a 1 de Fevereiro. celho não incluídas no grupo anterior (os concelhos limítrofes Na passada segunda-feira, o secretário de Estado do Adalberto Campos Fernandes, que no de Lisboa AML, tal como Peniche, Rio Maior, Alcobaça, Marinha Desenvolvimento Rural, Amândio Torres, veio a Óbidos ho- último ano veio duas vezes às Caldas - Grande, Pombal, Fátima-Ourém, Torres Novas, Alcanena, mologar uma obra de 4,6 milhões de euros destinada a cons- uma vez a convite da Comissão Juntos Abrantes, Montemor-o-Novo, Sines e Santiago do Cacém)”. truir a estação elevatória para o aproveitamento hidroagrícola pelo Nosso Hospital e outra durante a · Finalmente “centralidades complementares para a consolidação das baixas de Óbidos e Amoreira. Um equipamento que per- campanha eleitoral para debater as pro- do sistema urbano e de suporte à coesão territorial concorrem mitirá filtrar a água que será depois disponibilizada para rega. blemáticas da saúde no Oeste – regres- ainda um conjunto de aglomerados, sedes de concelho, funda- Fica a faltar uma segunda fase, no valor de 23,4 milhões de sa agora, pela primeira vez como minis- mentais para a sustentação e articulação territorial.” Pág. 40 euros, para construir a rede de rega e de drenagem. Pág. 7 tro. F.F. Pub. PROMOÇÕES DE 1 A 7 DE MARÇO BIFE DA PÁ DE NOVILHO - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 4,99 € KG COSTELETÃO DE NOVILHO - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 4,89 € KG FRANGO DO CAMPO - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 2,49 € KG BATATA DOCE - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1,19 € KG AÇUCAR BRANCO FAZENDA 1 KG - - - - - - - - - - - - - - - 0,59 € OLEO VAQUEIRO 3 L - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 3,99 € 4 Março, 2016 2 Sociedade Gazeta das Caldas RE-ENCONTRO RE-ENCONTRO RE-ENCONTRO RE-ENCONTRO RE-ENCONTRO RE-ENCONTRO RE-ENCONTRORE-ENCONTRORE-ENCONTRO RE-ENCONTRO RE-ENCONTRO ALBERTO CORTEZ - da Lousã para as Caldas da Rainha para trabalhar na SEOL DR Carlos Cipriano Alberto Cortez nos prédios do Viola no local onde eram os escritórios da SEOL Em 1948, com a namorada (e futura mulher) Maria Constança e a tia desta, Maria Luísa. Na altura os namorados não podiam andar sozinhos... 85 ANOS um funcionário na distribuição de cartazes do Licor na entre a Rua Mestre Francisco Elias e a Fonte do Clube das Caldas ver jogar ping-pong e mais tar- UMA NETA, TRÊS BISNETAS E UM BISNETO Beirão. Pinheiro. Eu estava ali sentado e quando via passar de comecei a jogar futebol no juniores do Sporting. A minha tia ainda tentou por quatro vezes que eu fos- alguém com ar de querer alguma coisa da SEOL, eu E também participava nas actividades da Acção Eu sou o único sobrevivente dos primeiros quatro se para os Estados Unidos, mas como o marido não abordava-o. Normalmente era algum recado para o Católica e cheguei a pertencer à JOC (Juventude funcionários da SEOL (Sociedade Eléctrica do Oeste quisera naturalizar-se americano, não pode chamar- Eng. Vidigal. Operária Católica). Limitada). Na verdade os outros três, os engenheiros -me. E como ela própria e os meus primos também No resto eu ia aos correios e escrevia cartas. À mão Em 1960, então, com 30 anos eu já era chefe de sec- António Vidigal, Carlos Dantas da Cunha e Fernando queriam ir ter com ele e eu já estava criado e prepa- porque nem sequer tínhamos máquina de escrever. ção da SEOL, mas aceitei um emprego em Lisboa, na Pinto Correia, eram bem mais velhos do que eu, que rado para a vida, acabei por vir a aceitar o trabalho Só mais tarde vieram os móveis, enviados de Lisboa Sacor, que ficava na Rua do Alecrim. Em 1970 con- tinha 17 anos quando em 1948 vim para as Caldas nas Caldas da Rainha. e passamos a ter um escritório. O material veio mais clui um curso superior de Contabilidade no ISCAL e trabalhar na recém-criada empresa. Nem mobília tí- E foi assim que cá cheguei. Com 17 anos e uma mala. tarde, as máquinas de escrever, as máquina me- nesse mesmo ano fui trabalhar para a Leacock & Cª nhamos para o escritório.
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