Implantação Do Sistema Adutor Na Região De Guanambi/BA

Implantação Do Sistema Adutor Na Região De Guanambi/BA

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Relatório ainda sem despacho do relator RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO - SINTÉTICO TC nº 013.270/2010-9 Fiscalização nº 582/2010 DA FISCALIZAÇÃO Modalidade: conformidade Ato originário: Acórdão 442/2010 - Plenário Objeto da fiscalização: Implantação do Sistema Adutor na Região de Guanambi/BA. Funcional programática: • 06.182.1027.8348.4003/2010 - APOIO A OBRAS PREVENTIVAS DE DESASTRES - NACIONAL (CREDITO EXTRAORDINARIO) Tipo da obra: Adutora Período abrangido pela fiscalização: 26/03/2010 a 21/06/2010 DO ÓRGÃO/ENTIDADE FISCALIZADA Órgão/entidade fiscalizada: Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba - MI Vinculação (ministério): Ministério da Integração Nacional Vinculação TCU (unidade técnica): 4ª Secretaria de Controle Externo Responsável pelo órgão/entidade: nome: Orlando Cezar da Costa Castro cargo: Presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba-CODEVASF período: a partir de 25/04/2007 Outros responsáveis: vide rol no volume principal às folhas 55/59 PROCESSO DE INTERESSE - TC nº 013.270/2010-9 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Relatório ainda sem despacho do relator RESUMO Trata-se de auditoria realizada na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba - CODEVASF, no período compreendido entre 17/05/2010 e 21/06/2010. A presente auditoria teve por objetivo realizar fiscalização do Edital nº 21/2010, para contratação de empresa para execução das obras civis e montagem dos equipamentos hidromecânicos e elétricos para implantação do sistema adutor na região de Guanambi, visando reforçar o abastecimento de água dos municípios de Malhada, Iuiu, Palmas de Monte Alto, Candiba, Pindaí, Matina, Guanambi e Caetité, localizados no estado da Bahia. A partir do objetivo do trabalho e a fim de avaliar em que medida os recursos estão sendo aplicados de acordo com a legislação pertinente, formularam-se as questões adiante indicadas: 1 - A previsão orçamentária para a execução da obra é adequada? 2 - Existem estudos que comprovem a viabilidade técnica e econômico-financeira do empreendimento? 3 - O tipo do empreendimento exige licença ambiental e realizou todas as etapas para esse licenciamento? 4 - Há projeto básico/executivo adequado para a licitação/execução da obra? 5 - O orçamento da obra encontra-se devidamente detalhado (planilha de quantitativos e preços unitários) e acompanhado das composições de todos os custos unitários de seus serviços? 6 - Os quantitativos definidos no orçamento da obra são condizentes com os quantitativos apresentados no projeto básico / executivo? 7 - Os preços dos serviços definidos no orçamento da obra são compatíveis com os valores de mercado? 8 - Os procedimentos para aquisição de titularidade de terreno são regulares? O presente trabalho foi realizado com a utilização do sistema Fiscalis, o qual facilitou a implementação das diretrizes traçadas no roteiro de auditoria de conformidade. Para elaboração das matrizes de planejamento e de achados foram utilizadas as seguintes técnicas de auditoria: análise documental, pesquisa em sistemas informatizados, confronto de informações e documentos, comparação com a legislação, jurisprudência do TCU e doutrina, e conferência de cálculos. As principais constatações deste trabalho foram: • Cronograma de desembolso (físico-financeiro) incompatível com a execução física dos serviços. O volume de recursos fiscalizados alcançou o montante de R$ 58.520.157,06, correspondente ao valor do orçamento básico constante do Edital nº 21/2010, objeto desta auditoria. Entre os benefícios estimados desta fiscalização, podem-se mencionar as melhorias procedimentais nas licitações e no pagamento do item administração local durante a execução de contratos que envolvem recursos federais efetuados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba-CODEVASF. As propostas de encaminhamento para as principais constatações contemplam determinações a órgão/entidade. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Relatório ainda sem despacho do relator TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Relatório ainda sem despacho do relator S U M Á R I O Título Página 1 - APRESENTAÇÃO 1 2 - INTRODUÇÃO 2 2.1 - Deliberação 2 2.2 - Visão geral do objeto 2 2.3 - Objetivo e questões de auditoria 4 2.4 - Metodologia Utilizada 5 2.5 - VRF 5 2.6 - Benefícios estimados 5 3 - ACHADOS DE AUDITORIA 5 3.1 - Cronograma de desembolso (físico-financeiro) incompatível com a 5 execução física dos serviços. (OI) 4 - CONCLUSÃO 14 5 - PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO 14 6 - ANEXO 18 6.1 - Dados cadastrais 18 6.1.1 - Projeto básico 18 6.1.2 - Execução física e financeira 18 6.1.3 - Editais 19 6.1.4 - Histórico de fiscalizações 19 6.2 - Deliberações do TCU 20 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Relatório ainda sem despacho do relator 1 - APRESENTAÇÃO O empreendimento fiscalizado para implantação do sistema adutor na região de Guanambi, faz parte do Fiscobras 2010 em razão de ser uma obra de grande vulto, no valor de R$ 58.520.157,06, em obediência aos critérios de seleção das obras e serviços a serem fiscalizados estabelecidos na Lei nº 12.017, LDO 2010. O Edital nº 021/2010, objeto desta auditoria, visa à execução das obras civis e montagem dos equipamentos hidromecânicos e elétricos para implantação do sistema adutor na região de Guanambi, com o intuito de reforçar o abastecimento de água dos municípios de Malhada, Iuiu, Palmas de Monte Alto, Candiba, Pindaí, Matina, Guanambi e Caetité, localizados no estado da Bahia. O orçamento básico constante do edital prevê o pagamento de R$ 58.520.157,06 pelas obras/serviços e fornecimentos. Este montante de recursos será financiado pelo programa de trabalho do governo federal para Prevenção e Preparação para Desastres que tem como objetivo prevenir danos e prejuízos provocados por desastres naturais e antropogênicos. O empreendimento está inserido na ação de Apoio às Obras Preventivas de Desastre Natural, cuja finalidade é elaborar projetos de prevenção de desastres para minimizar o emprego de recursos em decorrência de demandas emergenciais, evitar e reduzir perdas e danos provocados por desastres e diminuir a vulnerabilidade das populações beneficiadas com o projeto. A implementação do empreendimento está sob a gestão da área de Desenvolvimento Integrado e Infraestrutura da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba Codevasf, vinculada ao Ministério da Integração Nacional (MI). Importância socioeconômica Segundo o estudo de viabilidade feito pela Hydros Engenharia e Planejamento Ltda, a necessidade de água para o abastecimento humano, agricultura e pecuária é notória no semi-árido baiano. O maior açude, localizado em Ceraíma (Guanambi), que atende as localidades de Guanambi, Candiba, Pilões, Pindaí e Morrinhos, atualmente está produzindo no limite de sua capacidade. Esta região é denominada Polígono da Seca, onde o clima impõe longos períodos de estiagem e se faz necessário acumular a água durante o período chuvoso em cisternas, ou buscá-la no subsolo, através da perfuração de poços. A maior parte dos rios é intermitente, o que se constitui em um fator negativo no que se refere à qualidade das águas. Nas épocas de vazões baixas ou nulas, esses rios não apresentam capacidade para assimilar as cargas orgânicas recebidas, principalmente decorrentes dos lançamentos dos esgotos urbanos tornando a água imprópria para os usos prioritários. Página 1 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Relatório ainda sem despacho do relator Segundo a Empresa Baiana de Águas e Saneamento S/A - Embasa, atualmente os sistemas de abastecimento de água nesta região apresentam um déficit de cerca de 6.405 m³/dia de água para atendimento à demanda. De acordo com projeções técnicas, em cinco anos será preciso produzir 26.577 m³/dia para atender satisfatoriamente a população da região. Em 10 anos, serão precisos 28.631 m³/dia e em 20 anos serão necessários 33.227 m³/dia. Consoante o estudo de reconhecimento, concepção e viabilidade, a situação atual do abastecimento de água das localidades inseridas na área de estudo é crítica. De maneira geral, os municípios são atendidos por captação de água subterrânea de poços com desinfecção feita em tanque de mistura com cloro e adição de flúor. Nesta região, faz-se necessária, em períodos de estiagem, a complementação do abastecimento com carros pipa. Em algumas localidades, na estiagem em 2008, o fornecimento foi feito através de manobras, chegando a um dia de abastecimento por nove dias sem água em cada setor, o que gerou a suspensão do fornecimento de água para o uso de irrigação. Em torno de 233.442 habitantes serão beneficiados com a obra da adutora nos municípios de Malhada, Iuiu, Palmas de Monte Alto, Candiba, Pindaí, Matina, Guanambi e Caetité, localizados no sudoeste do estado da Bahia. 2 - INTRODUÇÃO 2.1 - Deliberação Em cumprimento ao Acórdão 442/2010 - Plenário, realizou-se auditoria na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba - MI, no período compreendido entre 17/05/2010 e 21/06/2010. Entre as razões que motivaram esta auditoria, destaca-se o elevado vulto de recursos, no valor de R$ 58.520.157,06, para a obra de implantação do sistema adutor na região de Guanambi, no estado da Bahia. 2.2 - Visão geral do objeto O Edital nº 21/2010, objeto desta auditoria, tem como finalidade a contratação de empresa para execução das obras civis e montagem dos equipamentos hidromecânicos e elétricos para implantação do sistema adutor na região de Guanambi, visando reforçar o abastecimento de água dos municípios de Malhada, Iuiu, Palmas de Monte Alto, Candiba, Pindaí, Matina, Guanambi e Caetité, localizados no estado da Bahia. A data de abertura das propostas dos licitantes tinha como previsão inicial o dia 19 de maio de 2010. Após alterações na planilha orçamentária e no edital, a data para abertura das propostas foi prorrogada Página 2 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Relatório ainda sem despacho do relator por três vezes. Até o momento, está prevista a abertura das propostas em 15 de julho de 2010. O cronograma físico-financeiro prevê a conclusão da obra em 12 meses e o contrato terá vigência de 15 meses.

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