
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA MESTRADO EM HISTÓRIA SOCIAL DA CULTURA REGIONAL ISABELLA KARIM MORAIS FERREIRA DE VASCONCELOS UMA PRÁTICA, UM BEM CULTURAL: UMA HISTÓRIA SOBRE O BORDADO NA CIDADE DE PASSIRA-PE. (1985-2008) RECIFE 2016 ISABELLA KARIM MORAIS FERREIRA DE VASCONCELOS UMA PRÁTICA, UM BEM CULTURAL: UMA HISTÓRIA SOBRE O BORDADO NA CIDADE DE PASSIRA-PE. (1985-2008) Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em História Social da Cultura Regional da Universidade Federal Rural de Pernambuco, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História. Área de Concentração: Cultura, Patrimônio e Memória. Orientadora: Suely Cristina de Albuquerque de Luna. Coorientadora: Ana Lúcia do Nascimento Oliveira. RECIFE 2016 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL DA CULTURA REGIONAL UMA PRÁTICA, UM BEM CULTURAL: UMA HISTÓRIA SOBRE O BORDADO NA CIDADE DE PASSIRA-PE. (1985-2008) DISSERTAÇÃO DE MESTRADO ELABORADA POR ISABELLA KARIM MORAIS FERREIRA DE VASCONCELOS APROVADA EM 29 / 02 / 2016 BANCA EXAMINADORA ___________________________________________________ Profa. Dra. Suely Cristina Albuquerque de Luna Orientadora – Programa de Pós-Graduação em História - UFRPE ___________________________________________________ Profa. Dra. Maria Ângela de Faria Grillo Programa de Pós-Graduação em História - UFRPE ____________________________________________________ Profa. Dra. Thaís Fernanda Salves de Brito Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas - UFRB AGRADECIMENTOS Agradeço primeiro e principalmente a Deus. Como costumo falar, por meio Dele todas as outras coisas me foram acrescentadas. Neste caso, todas as pessoas me foram apresentadas para que eu pudesse ter as condições necessárias de chegar até aqui. Merecem meu eterno agradecimento e também minhas desculpas – não foi fácil aguentar minhas ausências e minhas angustias quando a fé fraquejava – minha mãe, meu anjo, Maria Morais; meu pai, com sua doçura infinita, Marcos Gomes; meu marido, companheiro e grande incentivador dessa empreitada, André Vasconcelos; meus irmãos, Iwson e Bento Morais. Agradeço a minha orientadora, Profª Suely Luna pela confiança, pelas orientações, pelo espaço que me proporcionou para que eu pudesse ter a autonomia suficiente para dar andamento à pesquisa. Também a minha coorientadora, Profª Ana Lúcia, mesmo tendo pouco contanto, suas pontuações foram extremamente pertinentes ao que eu buscava naqueles momentos. Bem como não posso deixar de agradecer ao meu “coorientador não oficial”, Profº Ricardo Pacheco, cujas aulas, conversas diversas e período de estágio foram de muito aprendizado. Sou grata à atenção, disponibilidade e contribuições das professoras Thaís Brito, Ângela Grillo e Maria Alice Rocha, muito mais que examinadoras e suplente, foram verdadeiras companheiras de trabalho; estendo este agradecimento, pelos mesmos motivos, às professoras Lúcia Falcão, Vicentina Ramires e ao professor Tiago Gomes (in memoriam). Não posso deixar de expressar a minha gratidão e admiração à Rafael Cipriano, nosso secretário, que resolveu todos os nossos problemas burocráticos com muita eficiência, paciência e bom humor. Aos colegas de turma que viraram amigos, Henrique, Bruno e Rosana; aos que mesmo distantes contribuíram com seu conhecimento e cordialidade, Juliana, Sandra, Luanna, Tércio, Davi, Karla, Harlan, Jeffrey, Izabelle, Helisangela e Marcelo: meu muito obrigada! Devo um agradecimento especial ao Instituto Miguel Arraes, nas pessoas de Sandra e Sheila, por me receberam com tanta boa vontade; da mesma forma agradeço a Bio Antero, chefe de redação da Rede Globo Nordeste, pela receptividade. Também agradeço à Agencia Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco - CONDEPE/FIDEM – outra instituição onde pude contar com a disponibilidade dos funcionários. – Agradeço também a Fernando Roveda e Gisela Kodja, dois pesquisadores, cujas pesquisas em formato de livro me chegaram, literalmente, em boa hora. Meus agradecimentos são ainda para Vanessa Gabriel, presidente da Câmara Municipal de Passira, e sua equipe de trabalho – Saulo, Diná, Nayara e Neto – pelo seu empenho em me ajudar na busca por documentação oficial; igualmente agradeço a secretária Letícia Albuquerque, ao assistente Rogério e ao poeta Jeseilson Ferreira, todos que, trabalhando na Prefeitura de Passira, também me ajudaram nessa busca. Aos passirenses e amigos Suelma Cristina, Hélder Santana, sem esquecer a minha prima, Mirna Morais: obrigada pela força e pela ponte que representaram para que eu chegasse a outras pessoas na cidade. Aos amigos que fiz também em outras terras, devido a trajetória acadêmica, Amanda Hora e Heitor Cardoso: obrigada! E por falar em amizade e projetos acadêmicos, agradeço e lembro o incentivo de Tamires Lima, Amilcar Bezerra, Paula Valadares, Rosiane Alves, Juliana Emerenciano. E finalmente, mas não menos importante, minha gratidão às pessoas com quem conversei durante a pesquisa de campo, seja nas entrevistas formais ou em conversas na beira da calçada: D. Ignês, não só uma personagem de destaque da história que me propus a contar, mas uma grande narradora, dona de um conhecimento e de um arquivo físico invejável; D. Lucia e sua filha Marcilia, verdadeiras ativistas em prol do bordado manual; Alda, um poço de simpatia e gentileza; Laudiceia, que me consentiu usar a sua copiadora onde escaneei toda a documentação que encontrei na Secretaria de Educação do Município; Dia, outra figura importante dessa narrativa; D. Ester, cuja maior lição que me deixou foi que tudo nessa vida tem que ser feito com amor; Gigi, que não hesitou um instante se quer para conceder a entrevista; Seu Biu; mais introspectivo dos entrevistados, mas não menos expressivo; D. Nena, uma entrevistada voluntária e muito querida; D. Odete, conhecida por sua dedicação ao bordado, bordando religiosamente todos os dias na calçada da rua onde mora; Aparecida, ou Cida, ex-prefeita da cidade de Passira; D. Iraci, gerente responsável pela COOPARMIL, que nos mostrou pacientemente algumas fotografias e o primeiro livro de registro das atas da cooperativa; D. Cícera, viúva de Edelço Gomes, ex-prefeito de Passira, a quem é atribuído o primeiro e maior incentivo público à atividade do bordado, na década de 1980; Rutt Kelles, pela sua confiança em me enviar sua monografia sobre a paisagem da atividade cultural do bordado em Passira. A todos e todas, e a aqueles que por algum esquecimento não citei aqui, muitíssimo obrigada! Um agradecimento final e simbólico aos meus pequenos. Primeiro, ao meu sobrinho Joaquim, que me recebia com a leveza e a espontaneidade das crianças algumas vezes que repousei em Limoeiro, quando voltava da pesquisa de campo em Passira. Por fim, a minha pequenina, que ainda em meu ventre me encheu de ânimo para terminar as linhas finais desse texto. Mesmo que biologicamente, nos três primeiros meses da gestação ela tenha absorvido grande parte das minhas energias, é com ela, minha Labelle, que encerro meus agradecimentos. RESUMO Essa pesquisa se apresenta como uma narrativa da história da prática do bordado manual em Passira, cidade localizada no agreste pernambucano. Uma tradição, uma arte, um patrimônio, um produto econômico, um saber/fazer que, a partir década de 1980 foi disseminado como símbolo indentitário, fazendo essa cidade ser reconhecida – e se reconhecer – como a “Terra do Bordado Manual”. Primeiro situa-se o leitor sobre a história da cidade, desde a época em que era um povoado, passando por sua fama como a “terra do milho”, até ser conhecida pela forte produção de bordado manual. O objetivo principal é examinar que acontecimentos fizeram com que o bordado manual viesse a ser patrimônio cultural em Passira. A partir de então, o mote passa a ser o bordado, seus significados e algumas de suas abordagens. Fala-se sobre a Feira do Bordado Manual de Passira, evento anual que acontece há mais de 20 anos, um lugar de comercialização e difusão desse bordado. Fala-se sobre o dito espaço feminino e a atuação dessas mulheres que são artesãs, mas também são empresárias, e pontua-se o desempenho de algumas cooperativas e associações junto a essas bordadeiras. Por fim, a questão do bordado manual como patrimônio cultural volta a ser discutida, dessa vez, pela perspectiva da ausência de uma educação patrimonial formalizada. As considerações finais arremata o que foi possível discutir durante a narrativa e assegura que ainda há muito que se estudar a respeito dessa prática e seu percurso histórico. Palavras-chave: Passira; bordado manual; tradição; patrimônio cultural. ABSTRACT This research is presented as a history narrative of manual embroidery practice in Passira, a city locaded in rural zone from Pernambuco. A tradition, an art, a heritage, an economic product, a knowing / doing that, from the 1980s was widespread as identity symbol, making this city be recognized - and recognize - as the "Land Embroidery Manual". First the reader is located on the city's history, from the time when it was a village, through his fame as the "land of corn," to be known strong production manual embroidery. The main objective is to examine events that caused the manual embroidery were to be cultural heritage Passira. From then on, the tone becomes embroidery, their meanings and some of its approaches. There is talk about the Fair Embroidery Passira Manual, annual event that takes place for more than 20 years, a place of marketing and
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