UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO EM GEOGRAFIA A COBERTURA NATURAL, O POTENCIAL PAISAGÍSTICO E O TURISMO NO PARQUE NACIONAL DO CAPARAÓ (ES-MG) SEGUNDO A HIERARQUIA DE PAISAGENS DE GEORGES BERTRAND (1972). VICTOR SILVEIRA MASSINI VITÓRIA 2017 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO EM GEOGRAFIA A COBERTURA NATURAL, O POTENCIAL PAISAGÍSTICO E O TURISMO NO PARQUE NACIONAL DO CAPARAÓ (ES-MG) SEGUNDO A HIERARQUIA DE PAISAGENS DE GEORGES BERTRAND (1972). Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Geografia da Universidade Federal do Espírito Santo como requisito para obtenção do título de Mestre em Geografia, sob a orientação da Prof.ª Dr.ª Cláudia Câmara do Vale. VICTOR SILVEIRA MASSINI VITÓRIA 2017 AGRADECIMENTOS Agradeço À Deus, ao Sol, à Lua e às Estrelas. Aos meus pais e meus avós. À Professora e amiga Dr.ª Cláudia Câmara do Vale, pela confiança, apoio e dedicação de sempre. À Universidade Federal do Espírito Santo e ao Programa de Pós-Graduação em Geografia, seus docentes e colaboradores. À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pelo apoio à pesquisa. Ao Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio). Ao Parque Nacional do Caparaó, seus gestores e colaboradores. Aos colegas do Programa, em especial a Carlos Alberto Kuster Pinheiro, Wesley de Souza Campos Correa, Fabrício Holanda do Nascimento e Luana Zadorosny, por todas as colaborações à esta pesquisa. E à toda natureza. RESUMO Este trabalho tem por objetivo estudar a Unidade de Conservação (UC) denominada Parque Nacional do Caparaó (PNC), situado na divisa entre os estados do Espírito Santo e Minas Gerais (Brasil), inspirado pela Teoria Geral do Sistema para a ciência Geográfica. Busca-se enquadrar a área em estudo enquanto Região Natural na escala de hierarquização da paisagem integrada segundo proposta teórica de Georges Bertrand (1972; 2004), e compreender as relações entre o potencial ecológico, a exploração biológica e a ação antrópica na UC em questão. Para conhecimento da área em estudo o trabalho propôs a identificação, a classificação e o mapeamento da cobertura natural e de outros usos no PNC, com base em sistemas fitofisionômicos desenvolvidos por Carlos Rizzini (1979) e Afrânio Fernandes (2007; 2006). Dessa forma, tendo conhecimento sobre a real distribuição e composição do mosaico vegetacional do parque, procurou-se integrar tais informações às entrevistas pré estruturadas aplicadas junto ao representante do órgão gestor do parque, bem como a empreendedores do setor do turismo na região do Caparaó capixaba. Palavras-chave: Biogeografia, Turismo, Unidades de Conservação, Parque Nacional do Caparaó, Mata Atlântica. ABSTRACT This research intends to study the Conservation Unit (UC) named Parque Nacional do Caparaó (PNC), located in an area that covers both the states of Espírito Santo and Minas Gerais (Brazil), inspired by the General Systems Theory for Geographic Science. It´s attempted to conform the studied area as a Natural Region on the Hierarchization of Landscape Scale, according to the theoretical proposal by Georges Bertrand (1972; 2004), and comprehend the relation between the ecological potential, the biological exploration and the anthropic action that occur in the UC. For the understanding of the area the research proposed the identification, the classification and the mapping of the natural coverage and other uses on PNC, based on fitofisionomic systems developed by Carlos Rizzini (1979) and Afrânio Fernandes (2007; 2006). In this manner, getting to know the real distribution and composition of the vegetative mosaic in the park, it was attempted to integrate such information with the pre-structured interviews carried out with the representative of its managing body, as well as with entrepreneurs in the tourism sector on the region of Caparaó capixaba. Keywords: Biogeography, Tourism, Conservation Units, Caparaó National Park, Atlantic Forest. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Localização da área em estudo - Parque Nacional do Caparaó (ES/MG) e suas portarias de acesso.................................................................................................................. 25 Figura 2 - Imagem de satélite da região do PNC, com linha representando a divisão dos estados de MG ao lado esquerdo e ES ao lado direito........................................................................ 26 Figura 3 – Precipitação e Temperatura média da série histórica (1990 – 2016).................... 28 Figura 4 – Temperatura máxima média e Temperatura mínima média da série histórica (1990 - 2016).......................................................................................................................... 29 Figura 5 – Mapa das Unidades Geológicas no Parque Nacional do Caparaó........................ 33 Figura 6 – Perfis Oeste / Leste e Norte / Sul de variação de altitude no PNC....................... 36 Figura 7 – Compartimento de Relevo no Parque Nacional do Caparaó................................ 38 Figura 8 – Mapa Hipsométrico do Parque Nacional do Caparaó........................................... 40 . Figura 9 – Registro da espécie Baccharis discolor Baker (Asteraceae)................................. 47 Figura 10 – Registro da espécie Chusquea pinifolia Ness (Poaceae)..................................... 47 Figura 11 – Aspecto da floresta montana no Parque Nacional do Caparaó............................ 50 Figura 12 – Mapa de localização das 34 áreas mundiais consideradas hotspots..................... 55 Figura 13 – Zoneamento do PNC de acordo com o Plano de Manejo (2015)......................... 56 Figura 14 – Situação fundiária das terras do Parque Nacional do Caparaó, mostrando as áreas adquiridas e o que ainda falta adquirir, distribuído por município, em Minas Gerais e no Espírito Santo. Situação de 2014.................................................................................................... 61 / 62 Figura 15 – Distrito de São José (Alto Jequitibá-MG) e imediações, com o uso agrícola nos limites do Parque Nacional do Caparaó................................................................................... 64 Figura 16 – O conhecimento em Turismo de acordo com John Tribe (1997)......................... 66 Figura 17 – Acampamento Casa Queimada............................................................................ 71 Figura 18 - Portaria Alto Caparaó – MG................................................................................. 72 Figura 19 – Portaria Pedra Menina –ES.................................................................................. 72 Figura 20 – Imagem aérea da Cachoeira Alta no PNC............................................................ 75 Figura 21 – Histórico da legislação ambiental brasileira......................................................... 80 Figura 22 – Modelo do sistema turístico proposto por Leiper (1990)..................................... 95 Figura 23 – Modelo do Sistema Turístico proposto por Beni (2001)...................................... 96 Figura 24 – Diagrama de fluxo de entrada de energia por meio da atmosfera...................... 102 Figura 25 – Esboço de uma definição teórica de Geossistema.............................................. 105 Figura 26 – Fluxograma de atividades da Pesquisa............................................................... 108 Figura 27 – A cobertura natural e outros usos no Parque Nacional do Caparaó................... 122 Figura 28 – Distribuição percentual das classes identificadas no mapeamento do PNC...... 125 LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Sistema de classificação da vegetação do Brasil de acordo com Rizzini (1979)........................................................................................................................................48 Quadro 2 – Dados históricos do Parque Nacional do Caparaó......................................... 62 / 63 Quadro 3 – Taxa anual de visitação no Parque Nacional do Caparaó..................................... 74 Quadro 4 – Tabela das Unidades de Paisagens definidas por Bertrand (1972; 2004) com apoio na proposta de Cailleux e Tricart........................................................................................... 103 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AE – Área em Estudo. AEE – Área Estratégica Externa. AEI – Área Estratégica Interna. APA – Área de Proteção Ambiental. APP – Área de Preservação Permanente. CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente. CT – Campo do Turismo. EE – Estação Ecológica. ES – Espírito Santo. EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo. EUA – Estados Unidos da América. FAFILE – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Carangola. GEOBASES – Sistema Integrado de Bases Geoespaciais do Estado do Espírito Santo. GPS – Sistema de Posicionamento Global. IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis. IBDF – Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. ICMBIO – Instituto Chico Mendes de Biodiversidade. IDAF – Instituto de Defesa Agropecuária e Florestado do Espírito Santo. IEMA – Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. IJSN – Instituto Jones dos Santos Neves. INMET – Instituto Nacional de Meteorologia. INCAPER – Instituto Capixaba de Pesquisa e Assistência Técnica e Extensão Rural. MMA – Ministério do Meio Ambiente. NMRM
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