Violência Doméstica

Violência Doméstica

abril 2016 COORDENAÇÃO CIENTÍFICA ADVERTÊNCIAS Paulo Guerra, Juiz Desembargador O presente Manual foi escrito a várias Lucília Gago, Procuradora-Geral Adjunta mãos. PRODUÇÃO EXECUTIVA Foi respeitado o estilo de cada autor, sem uniformizar o texto em demasia, Paulo Guerra, Juiz Desembargador ganhando-se em autenticidade, o que se perde em homogeneidade de escrita. AUTORES DOS TEXTOS CIG – Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género A grafia adotada é a do novo acordo or- (Recolha, seleção e compilação de textos realizada por Manuel Albano tográfico, excecionando-se citações de e Marta Silva) obras e arestos em que tal acordo não foi seguido. Ana Massena, Procuradora da República e Docente do CEJ Catarina Fernandes, Procuradora da República e Docente do CEJ Os acórdãos indicados sem outra refe- rência específica estão disponíveis na Diogo Ravara, Juiz de Direito e Docente do CEJ Base de Dados do IGFEJ. Francisco Mota Ribeiro, Juiz de Direito e Docente do CEJ Os conteúdos e textos constantes des- Helena Susano, Juíza de Direito e Docente do CEJ ta obra, bem como as opiniões pessoais Lucília Gago, Procuradora-Geral Adjunta e Docente do CEJ que nela são expressas, são da exclusi- va responsabilidade dos seus Autores Maria Perquilhas, Juíza de Direito e Docente do CEJ não vinculando nem necessariamente Paulo Guerra, Juiz Desembargador e Diretor-Adjunto do CEJ correspondendo à posição do Centro de Estudos Judiciários relativamente às Sérgio Pena, Procurador da República e Docente do CEJ temáticas abordadas. Recolha de jurisprudência portuguesa e do TEDH – Auditores de Justiça do 31º Curso de Formação para os Tribunais Judiciais REVISÃO DOS TEXTOS Ana Massena Catarina Fernandes Paulo Guerra REVISÃO FINAL Paulo Guerra (Diretor-Adjunto do CEJ - Juiz Desembargador) Edgar Lopes (Coordenador do Departamento da Formação/CEJ - Juiz Desembargador) ÍNDICE NOTA DE ABERTURA 17 2 OS PLANOS NACIONAIS CONTRA A VIOLÊNCIA I A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 20 DOMÉSTICA – CIG 78 Caraterização do fenómeno e respostas aptas à sua erradicação - CIG 3 EVOLUÇÃO DO CONCEITO NA ORDEM JURÍDICA 1 QUESTÕES CONCEPTUAIS E EVOLUÇÃO NACIONAL – Catarina Fernandes 81 HISTÓRICA 21 4 O CRIME DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – Catarina Fernandes 84 2 TIPOS DE VIOLÊNCIA 31 5 BREVE RESENHA DA JURISPRUDÊNCIA NACIONAL 107 3 MITOS E ESTEREÓTIPOS SOBRE A VIOLÊNCIA 34 – Helena Susano DOMÉSTICA/CONJUGAL 6 A JURISPRUDÊNCIA DO TEDH – Catarina Fernandes 115 4 PROCESSOS E DINÂMICAS ABUSIVAS 37 5 IMPACTO TRAUMÁTICO E CONSEQUÊNCIAS III A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – O PROCESSO PENAL 134 NA VÍTIMA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 40 1 A DENÚNCIA DO CRIME E A INVESTIGAÇÃO CRIMINAL 135 6 A AVALIAÇÃO E CONTROLO DO RISCO 42 1.1. A DENÚNCIA – Sérgio Pena 135 7 A PROTEÇÃO DA VÍTIMA 43 1.2. A INTERVENÇÃO MÉDICO-LEGAL E FORENSE 139 7.1. QUESTÕES GERAIS NA INTERVENÇÃO – Paulo Guerra COM VÍTIMAS 43 1.3. A INTERVENÇÃO DOS ÓRGÃOS DE POLÍCIA 7.2. A VÍTIMA NOS SISTEMAS JUDICIAIS CRIMINAL E DO MINISTÉRIO PÚBLICO 140 EUROPEUS 47 – Sérgio Pena 7.3. A CONVENÇÃO DE ISTAMBUL 1.3.1. BREVÍSSIMA NOTA SOBRE O INQUÉRITO NO ORDENAMENTO JURÍDICO PORTUGUÊS 50 E A COMPETÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO 7.4. OS PROFISSIONAIS DE APOIO À VÍTIMA FACE E DOS ÓRGÃOS DE POLÍCIA CRIMINAL 140 À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA/CONJUGAL 52 1.3.2. A AVALIAÇÃO DO RISCO 142 7.5. COMPETÊNCIAS E ESTILOS DE COMUNICAÇÃO 61 1.3.3. AS MEDIDAS CAUTELARES E DE POLÍCIA 144 7.6. GUIA DE RECURSOS ONLINE 64 1.3.4. A INTERVENÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO 7.7. A TELEASSISTÊNCIA A VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NO DECURSO DO INQUÉRITO – A DIRETIVA DOMÉSTICA 64 N.º 2/2015, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2015 151 8 O TRATAMENTO DO AGRESSOR DOMÉSTICO 67 1.4. A DEFESA DOS INTERESSES DA VÍTIMA: PROCEDIMENTOS URGENTES – Maria Perquilhas 154 II A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 70 1.4.1. AFASTAMENTO DA VÍTIMA DA RESIDÊNCIA Enquadramento legal HABITUAL 154 1 BREVE REFERÊNCIA AOS PRINCIPAIS INSTRUMENTOS 1.4.2. SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO 154 JURÍDICOS INTERNACIONAIS – CIG 71 1.4.3. LINHA NACIONAL DE EMERGÊNCIA SOCIAL 155 1.4.4. ESTRUTURAS DE ATENDIMENTO 155 ÍNDICE 1.4.5. ACOLHIMENTO DE EMERGÊNCIA 156 1.7.2. LIMITES FUNCIONAIS À COMPETÊNCIA 1.4.6. CASAS DE ABRIGO 156 DO MINISTÉRIO PÚBLICO – IMPOSIÇÃO 1.4.7. RETIRADA DA RESIDÊNCIA DE BENS DE USO 157 CONSTITUCIONAL DA INTERVENÇÃO PESSOAL E EXCLUSIVO DA VÍTIMA – Catarina Fernandes DE JUIZ NO INQUÉRITO 195 1.5 A VÍTIMA ENQUANTO INTERVENIENTE 157 1.7.2.1. ATOS DA EXCLUSIVA COMPETÊNCIA NO PROCESSO PENAL – Catarina Fernandes DO JUIZ DE INSTRUÇÃO CRIMINAL 195 1.5.1. IMPORTÂNCIA DO PRIMEIRO CONTACTO 1.7.2.2. ATOS A ORDENAR OU A AUTORIZAR DA VÍTIMA COM O SISTEMA FORMAL DE JUSTIÇA 159 PELO JUIZ DE INSTRUÇÃO CRIMINAL 198 1.5.2. O ESTATUTO DE VÍTIMA 160 1.7.2.3. OUTROS ATOS QUE TAMBÉM PODEM 1.5.3. INTERVENÇÃO INICIAL 161 CABER NAS COMPETÊNCIAS DO JUIZ 1.5.4. A INQUIRIÇÃO DA VÍTIMA 164 DE INSTRUÇÃO CRIMINAL 201 1.5.5. DECLARAÇÕES PARA MEMÓRIA FUTURA 165 1.8 AS MEDIDAS DE COAÇÃO – Helena Susano 202 1.5.6. OUTRAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO DA VÍTIMA 1.9 A SUSPENSÃO PROVISÓRIA DO PROCESSO 210 NO PROCESSO PENAL 173 – Catarina Fernandes 1.6 A DETENÇÃO – Francisco Mota Ribeiro 175 1.9.1. ENCONTRO RESTAURATIVO 221 1.6.1. FINALIDADES DA DETENÇÃO 176 1.6.2. PRESSUPOSTOS DA DETENÇÃO 179 2 A ACUSAÇÃO, A INSTRUÇÃO E O JULGAMENTO 222 1.6.3. QUEM DEVE OU PODE DETERMINAR OU LEVAR 2.1. DEDUÇÃO DA ACUSAÇÃO – Sérgio Pena 222 A CABO A DETENÇÃO 183 2.1.1. COMUNICAÇÕES PREVISTAS NO ART.º 37.º 1.6.4. QUEM PODE SER ALVO DE DETENÇÃO DA LEI N.º 112/09, DE 16/9 – DECISÕES FINAIS – SUJEITO PASSIVO DA DETENÇÃO 187 E DECISÕES DE ATRIBUIÇÃO DO ESTATUTO 1.6.5 IMUNIDADES OU MEDIDAS ESPECIAIS DE VÍTIMA PROFERIDAS PELO DE PROTEÇÃO DE CARÁTER PESSOAL, MINISTÉRIO PÚBLICO 225 FUNDADAS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 2.2. A FASE DE INSTRUÇÃO – Helena Susano 226 PORTUGUESA E NA LEI ORDINÁRIA 187 2.3. A FASE DE JULGAMENTO: A PRODUÇÃO 1.6.6. DURAÇÃO DA DETENÇÃO – PRAZOS MÁXIMOS 190 E VALORAÇÃO DA PROVA – Helena Susano 233 1.6.7. ATOS SUBSEQUENTES À DETENÇÃO 192 2.3.1. FASE PRELIMINAR: O DESPACHO PROFERIDO 1.7 A INTERVENÇÃO DO JUIZ DE INSTRUÇÃO 194 NOS TERMOS DO ARTIGO 311º 233 CRIMINAL NO INQUÉRITO – Francisco Mota Ribeiro 2.3.2. INQUIRIÇÃO DA VÍTIMA 235 1.7.1. ESTRUTURA ACUSATÓRIA DO PROCESSO PENAL 2.3.3. REPRODUÇÃO OU LEITURA PERMITIDA E COMPETÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA DE DECLARAÇÕES DO ASSISTENTE, A REALIZAÇÃO DO INQUÉRITO 194 TESTEMUNHA OU PARTE CÍVEL NA AUDIÊNCIA DE DISCUSSÃO E JULGAMENTO 237 ÍNDICE 3 A SENTENÇA CONDENATÓRIA E A SUA EXECUÇÃO 239 3.5.10. A LIQUIDAÇÃO «EM EXECUÇÃO 3.1. A EXECUÇÃO DA PENA PRINCIPAL – Paulo Guerra 239 DE SENTENÇA», O REENVIO PARA 3.2. A SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO DA PENA DE PRISÃO 246 OS TRIBUNAIS CIVIS E A POSSIBILIDADE DE – Paulo Guerra O TRIBUNAL ESTABELECER UMA INDEMNIZAÇÃO 3.3. AS PENAS ACESSÓRIAS – Paulo Guerra 251 PROVISÓRIA, A REQUERIMENTO 3.4. FORMAS ESPECIAIS DE PROCESSO –Paulo Guerra 252 OU OFICIOSAMENTE 271 3.5. A INDEMNIZAÇÃO EM PROCESSO PENAL 260 3.5.11. ARBITRAMENTO OFICIOSO DE REPARAÇÃO – Francisco Mota Ribeiro À VÍTIMA PELOS PREJUÍZOS SOFRIDOS, 3.5.1. PEDIDO DE INDEMNIZAÇÃO CIVIL 260 INDEPENDENTEMENTE DA DEDUÇÃO 3.5.2. PRINCÍPIO DA ADESÃO, PRINCÍPIO DO PEDIDO DO PEDIDO CÍVEL NO PROCESSO PENAL E LEGITIMIDADE 262 – EM ESPECIAL NA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 272 3.5.3. DEVER DE INFORMAÇÃO DOS EVENTUAIS 3.5.12. ARBITRAMENTO OFICIOSO DE REPARAÇÃO INTERESSADOS LESADOS 265 À VÍTIMA DE CRIME DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 3.5.4. PRINCÍPIO DA REPRESENTAÇÃO DO LESADO – NULIDADE DA SENTENÇA POR OMISSÃO POR ADVOGADO 266 DE PRONÚNCIA 272 3.5.5. A FORMULAÇÃO DO PEDIDO: TERMOS EM QUE 3.5.13. REPARAÇÃO DA VÍTIMA EM CASOS ESPECIAIS, O MESMO PODE SER DEDUZIDO E NATUREZA DO NOMEADAMENTE ÀS VÍTIMAS DE CRIMES RESPETIVO PRAZO (ARTIGO 77º CPP) 267 VIOLENTOS E DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 273 3.5.6. A CONTESTAÇÃO: TERMOS DA SUA DEDUÇÃO 3.5.14. EXEQUIBILIDADE PROVISÓRIA DA CONDENAÇÃO E O RESPETIVO PRAZO E REPRESENTAÇÃO EM INDEMNIZAÇÃO CIVIL 274 OBRIGATÓRIA POR ADVOGADO 269 3.6. RESTITUIÇÃO DE BENS APREENDIDOS NO PROCESSO 3.5.7. AS PROVAS RELATIVAS AO PEDIDO CÍVEL PENAL – Francisco Mota Ribeiro 275 E A PRESENÇA DO LESADO, DOS DEMANDADOS 3.6.1. RESTITUIÇÃO DE BENS EM PROCESSO PENAL E DOS INTERVENIENTES NA AUDIÊNCIA PERTENCENTES À VÍTIMA 275 DE JULGAMENTO 270 3.6.2. REEMBOLSO DAS DESPESAS RESULTANTES 3.5.8. O PRINCÍPIO DA LIVRE DISPONIBILIDADE DA PARTICIPAÇÃO NO PROCESSO PENAL 276 DO PEDIDO CÍVEL: RENÚNCIA E DESISTÊNCIA DO PEDIDO 270 IV A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – O DIREITO DA FAMÍLIA 3.5.9. A DETERMINAÇÃO DO OBJETO DA PRESTAÇÃO E DAS CRIANÇAS 277 INDEMNIZATÓRIA E A POSSIBILIDADE DA SUA 1 DIVÓRCIO E RESPONSABILIDADES PARENTAIS 279 CONVERSÃO ALTERNATIVA 270 – Maria Perquilhas ÍNDICE 2 PROMOÇÃO E PROTEÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS EM PERIGO – Paulo Guerra 295 3 INTERVENÇÃO TUTELAR EDUCATIVA – Lucília Gago 314 4 ARTICULAÇÃO ENTRE AS VÁRIAS INTERVENÇÕES: O PROCESSO PENAL, O PROCESSO TUTELAR EDUCATIVO, O PROCESSO DE PROMOÇÃO E PROTEÇÃO E AS PROVIDÊNCIAS TUTELARES CÍVEIS – Ana Massena 323 V A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: O DIREITO DO TRABALHO 336 – Diogo Ravara 1 A QUALIFICAÇÃO DAS AUSÊNCIAS AO TRABALHO COMO FALTAS E O SEU ENQUADRAMENTO LEGAL 339 2 A SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO 348 3 A MUDANÇA DO LOCAL DE TRABALHO 349 4 O TELETRABALHO 351 5 A ALTERAÇÃO DO TEMPO DE TRABALHO 353 6 A FORMAÇÃO PROFISSIONAL 354 7 A CADUCIDADE DO CONTRATO DE TRABALHO 354 8 O DESPEDIMENTO ILÍCITO 356 O MEDO VAI TER TUDO, TUDO… PENSO NO QUE O MEDO VAI TER E TENHO MEDO QUE É JUSTAMENTE O QUE O MEDO QUER… Alexandre O’Neill Violência Doméstica - implicações sociológicas, psicológicas e jurídicas do fenómeno - 16 - - 17 - O problema da violência doméstica constitui uma chaga social no nosso país.

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