A Princesa Do Prazer V5.Indd

A Princesa Do Prazer V5.Indd

FLORA FRASER A princesa do prazer Tradução Tina Jeronymo Título original Pauline Bonaparte: Venus of Empire © Flora Fraser 2008 Copyright da tradução © 2010, Ediouro Publicações Ltda. Editora responsável: Roberta Campassi Produção Editorial: Ana Carla Sousa e Ângelo Lessa Copidesque: Maryanne Benford Linz Diagramação: Trio Revisão: Frederico Hartje, Marília Lamas e Taynée Mendes CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ F92p Fraser, Flora Paulina Bonaparte : a princesa do prazer / Flora Fraser ; tradução Tina Jeronymo. - Rio de Janeiro : Ediouro, 2010. Tradução de: Paulina Bonaparte : venus of empire Inclui bibliografia ISBN 978-85-00-02413-9 1. Bonaparte, Paolina, 1870-1825. 2. Napoleão I, Imperador dos franceses, 1769-1821 - Família. 3. Princesas - França - Biografia. I. Título. CDD: 923.244 CDU: 929:32(44) Texto estabelecido segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, em vigor no Brasil desde 2009. Todos os direitos reservados à Ediouro Publicações Ltda. Rua Nova Jerusalém, 345 – CEP: 21042-235 – Bonsucesso – Rio de Janeiro – RJ Tel.: (21) 3882-8200 – CEP: 3882-8212/8313 www.ediouro.com.br MMIOLOIOLO - A pprincesarincesa ddoo pprazerrazer vv5.indd5.indd 4 88/10/10/10/10 33:51:08:51:08 PMPM SUMÁRIO Árvore genealógica 6 Prefácio 9 1. Jantar em Marselha, 1796 19 2. Recém-casada na guarnição, 1797-8 39 3. Madame Leclerc em Paris, 1798-9 53 4. Irmã do primeiro-cônsul, 1800-2 71 5. Expedição ao Haiti, 1802 91 6. Clima pestilento, 1802-3 109 7. União com um príncipe romano, 1803 127 8. Amargo verão, 1804 147 9. Os Borghese em guerra, 1804-7 169 10. Messalina do Império, 1807 189 11. Beldade sulista, 1807-8 209 12. Instigadora de divórcio, 1808-12 227 13. Sobrevivência, 1812-4 247 14. Diamantes no campo de batalha, 1814-5 273 15. Tramas e planos, 1815-21 293 16. “Grandes remanescentes de beleza”, 1821-5 313 Bibliografia 331 Notas 339 MMIOLOIOLO - A pprincesarincesa ddoo pprazerrazer vv5.indd5.indd 5 88/10/10/10/10 33:51:08:51:08 PMPM Família de Paulina Bonaparte, princesa Borghese José Bonaparte Napoleão I Alexandrine de Luciano Bonaparte Elisa Bonaparte 1768–1844 1769–1821 Bleschamp 1775–1840 1777–1820 1778–1855 Júlia Clary Marie Rose Josefina de Christine Boyer Félix Pascal 1771–1845 Tascher de la Pagerie Madame 1773–1800 Bacciochi 1763–1814 Jouberthon 1762–1841 Princesa Carlota Madame de Beauharnais herdeiros Bonaparte 1795–1865 Maria Luísa Príncipe Paulo arquiduquesa da Áustria Bonaparte herdeiros 1808–1827 1791–1847 Princesa Cristina Bonaparte Rei de Roma 4 outros filhos e 1798–1847 duque de Reichstadt 4 filhas, 10 filhos 1811–1832 no total herdeiros Carlota Bonaparte Zenaide Bonaparte Príncipe Carlos Luciano 1802–1839 1801–1854 Bonaparte sem herdeiros 1803–1857 Napoleão Luís Bonaparte 4 filhos e 7 filhas 1804–1831 MMIOLOIOLO - A pprincesarincesa ddoo pprazerrazer vv5.indd5.indd 6 88/10/10/10/10 33:51:08:51:08 PMPM Carlos Maria Bonaparte Maria Letícia Ramolino 1746–1785 1749–1836 Luís Bonaparte Paulina Bonaparte Carolina Bonaparte Jerônimo Bonaparte 1778–1846 1780–1825 1782–1839 1784–1860 Hortência de Vítor Emanuel Joachim Murat Elizabeth Patterson Beauharnais Leclerc 1767–1815 1785–1879 1783–1837 1772–1802 Casamento terminou 2 filhos e 2 filhas em divórcio Napoleão Carlos Príncipe Camilo Bonaparte Borghese Princesa Catarina de 1802–1807 1775–1832 Württemberg 1783–1835 Napoleão Luís Bonaparte 2 filhos e 1 filha 1804–1831 Dermide Leclerc 1798–1804 Carlota Bonaparte Jerônimo Napoleão 1802–1839 Bonaparte Patterson 1805–1870 Napoleão III 1808–1873 herdeiros Príncipe Imperial Eugênia de 1856–1879 Guzmán 1826–1920 MMIOLOIOLO - A pprincesarincesa ddoo pprazerrazer vv5.indd5.indd 7 88/10/10/10/10 33:51:11:51:11 PMPM MMIOLOIOLO - A pprincesarincesa ddoo pprazerrazer vv5.indd5.indd 8 88/10/10/10/10 33:51:11:51:11 PMPM PREFÁCIO Numa noite em Roma, há algum tempo, eu estava passeando com o meu marido entre a via del Corso e o Tibre, e paramos numa pequena praça para deixar um carro entrar pelos portões de um grandioso palácio. Brevemente iluminado no interior, vi- mos um pátio duplo com estátuas ao estilo de deuses elevando-se ao longo da colunata interna. Os portões tornaram a se fechar em seguida, deixando-nos no escuro. A construção, descobri pelo meu mapa, sob a iluminação de rua, era o Palácio Borghese. Então foi ali, pensei, que a ousada irmã de Napoleão, Paulina Bonaparte, viveu quando era casada com o príncipe Camilo Borghese; ali ela foi imortalizada por An- tonio Canova em La Paolina, a estátua de mármore seminua e quase em tamanho natural que agora está em exposição na Villa (ou Museo e Galleria) Borghese, nos jardins de mesmo nome, acima da Piazza del Popolo. Duas lembranças distintas vieram à minha mente enquanto refletia sobre a identidade do palácio. Primeiramente, lembrei-me da vez que, alguns anos antes, fiquei diante de um retrato de Paulina Borghese em Apsley House, em Londres. Estava com uma amiga, Sabina Zanardi Landi, cuja mãe era uma Borghese. Enquanto observávamos o sorriso seráfico de Paulina e seu vesti- do diáfano revelando mamilos rosados, Sabina comentou: — Sabe, ninguém fala sobre ela na minha família. Mas você pode ver todas as cartas dela, se quiser. Estão no Vaticano. A princesa do prazer 9 MMIOLOIOLO - A pprincesarincesa ddoo pprazerrazer vv5.indd5.indd 9 88/10/10/10/10 33:51:11:51:11 PMPM A combinação de mulher libertina, correspondências e car- deais atraiu-me instantaneamente, mas eu estava ocupada, es- crevendo sobre a vida de outra mulher libertina, a de Emma, lady Hamilton, e ambas nos afastamos do retrato. E a segunda lembrança? Enquanto estive hospedada na casa de amigos belgas na Córsega, em meio ao processo de escrever sobre a esposa de Jorge IV, a rainha Carolina, visitei a Maison Bonaparte, uma casa modesta em Ajácio, onde Paulina e seu ir- mão Napoleão, como também seus outros seis irmãos, nasceram e foram criados. Nada de pátio duplo ali. Apenas uma casa dese- legante, de fachada plana, numa travessa levando a uma pequena igreja escura que ostenta o título de “catedral”. Enquanto caminhávamos por Roma naquela noite, refleti sobre a beleza de Paulina em seu retrato e sua estátua, naquela casa sim- ples, na cadeia de circunstâncias — como as conhecia até então — que haviam levado Paulina Bonaparte até o Palazzo Borghese, esse ápice de riqueza e grandiosidade. E pensei na reputação duvidosa dela no cerne da família à qual passara a pertencer pelo casamento — e fora dela. Disse ao meu marido que escreveria sobre Paulina depois de completar o livro no qual estava trabalhando na ocasião, sobre as seis filhas de Jorge III. Ele assentiu com a cabeça, não mui- to impressionado. Biógrafos têm o hábito de fazer tais anúncios. O tempo passou. Esquecendo minha declaração, concen- trei-me em escrever Princesses. Quando terminei, estava determi- nada a escrever sobre um homem, um que fosse de carreira pú- blica. Fui à Biblioteca Britânica e examinei os papéis de vários candidatos dignos. Então, numa noite, seguindo um impulso, li- guei para Bob Gottlieb em Nova York, meu editor na Knopf e bom amigo ao longo de toda a minha vida profissional. — Posso lhe contar uma ideia capital que tive? — perguntei, usando, por alguma razão, a gíria antiga. Bob, na verdade, estava de saída para assistir a um balé, mas, respondendo como um magnata teria feito, disse que poderia me conceder três minutos. 10 Paulina Bonaparte MMIOLOIOLO - A pprincesarincesa ddoo pprazerrazer vv5.indd5.indd 1100 88/10/10/10/10 33:51:11:51:11 PMPM — Oh, bem, tornarei a ligar quando você tiver mais tempo — falei, retomando o tipo de inglesa tímida e reservada. — Não, fale sobre essa ideia “capital” — encorajou-me ele. E eu contei que queria escrever sobre a vida de Paulina Bonaparte, a irmã favorita de Napoleão Bonaparte, uma lenda tanto por seus amantes quanto por sua lealdade ao irmão — não menos após o exílio dele, primeiro para Elba e então, depois de Waterloo, para Santa Helena. — Feito — foi a resposta. — E isso nos deixa com dois minu- tos para bater papo. Como está sua mãe? Assim, comecei, ao final de 2004, e fiquei imediatamente ab- sorta pelo pano de fundo para a história de Paulina. Pois, como o escritor Stendhal mostrou, as Guerras Napoleônicas, do ponto de vista dos personagens históricos franceses, são tão vívidas e va- riadas em compasso quanto são quando vistas pelos britânicos — como no clássico A feira das vaidades — ou quando examinadas sob a perspectiva russa, como no romance Guerra e paz. No caso de Paulina, às vezes ela estava ao lado dele — em outras era uma pedra em seu sapato —, mas foi sempre amada pelo personagem central desse período dramático, seu irmão Napoleão. Estava com ele em Milão após suas vitórias com o exército da Itália em Lodi e Rivoli. Com o marido, o general Leclerc, ela viveu modestamente na Paris consular, e visitava Napoleão e Josefina em Malmaison. Durante o Império, após seu casamento com o príncipe Borghese, residiu no suntuoso Hôtel Charost, o qual Wellington comprou mais tarde quando foi embaixador britânico na França, e que continua sendo até hoje a Embaixada Britânica em Paris. Ela morou com Napoleão em Elba e suplicou permissão para reunir-se a ele em Santa Helena. Pesquisando a vida de Paulina, examinei o reverso da moeda na qual trabalhara até então, traçando um perfil das vidas de mulheres do século XVIII baseando-me na Inglaterra. Quando escrevi sobre Emma Hamilton, encontrei uma carta de seu amante, o almirante lorde Nelson, na qual ele lhe estende “o escudo protetor de um almirante britânico”. E a esposa de Jorge IV, A princesa do prazer 11 MMIOLOIOLO - A pprincesarincesa ddoo pprazerrazer vv5.indd5.indd 1111 88/10/10/10/10 33:51:11:51:11 PMPM rainha Carolina, sobre a qual escrevi em seguida, sentia imenso orgulho pelo histórico de guerra do pai dela, o soldado e duque de Brunswick.

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