Original ilegível BOLETIM ELEITORAL ESTADOS UNIDOS DO BRASIL (Decreto n. 21.076, de 24 de fevereiro de 1932) ANO II RIO DE JANEIRO, 16 DE FEVEREIRO DE 1933 N. 33 e Renato Tavares, doutores Affonso Penna Júnior, Monteiro LEGISLAÇÃO E JURISPRUDÊNCIA ELEITORAIS de Salles e Miranda Valverde, abre-se a sessão. E' lida e, sem debate, aprovada a ata da sessão anterior. O SR. CAR­ (Publicação feita de acordo com o oficio n. 4.093, de 22 da de outubro de 1932, do Sr. Diretor Geral da Imprensa Nacional VALHO MOURÃO apresenta o processo n. 231, da qual pedira e autorizada pelo Sr. Ministro Presidente do Tribunal Superior vista na sessão passada, e dá o seu voto rio sentido de que de Justiça Eleitoral). o § 3° do àrt. 2O do decreto n. 22.168 só revogou as dispo­ sições do art. 10 do Regimento Geral dos Juizos, Secretarias Fasciculos já publicados e que se acham á venda na e Cartórios Eleitorais que são incompatíveis com essas dis­ Tesouraria da Imprensa Nacional posições, e enumera em seu voto quais as disposições revo­ Fasciculo I — Código Eleitoral e todos os decretos subse­ gadas e quais as que continuam em vigor. O voto do senhor quentes, expedidos até 31 de dezembro de 1932. Carvalho Mourão é aceito unanimemente, tendo o relator da Fasciculo II — Regimentos expedidos pelo Tribunal Superior. consulta modificado o seu voto. O SR. AFFONSO PENNA JÚ­ Fasciculo III—Jurisprudência (Acórdãos — Habeas-corpus NIOR relata o processo n. 264 (do Piauí, consulta sobre as ns. 1 e 2 — Recursos ns. 1 a 4). regras da suspeição no Juizo Eleitoral), e vota no sentido de que a matéria deve se regular pelas regras da justiça Preço de cada fasciculo 1$000 comum. Foi adiado o julgamento por ter pedido vista dos autos o Sr. Carvalho Mourão. O SR. EDUARDO ESPINOLA relata o processo n. 267 (da Paraíba, consulta sobre si as certidões para fins eleitorais podem ser narrativas ou devem SUMARIO ser sempre verbo ad verbum), e vota no sentido de que as certidões para fins eleitorais podem ser narrativas, não I — Ata do Tribunal Superior. havendo necessidade da transcrição do registro em todo o seu teor. E' unanimemente aceito o voto do relator. O SE­ li" sessão ordinária, em 7 de fevereiro de 1933. NHOR MONTEIRO DE SALLES relata o processo n. 266 (de Santa II — Jurisprudência do Tribunal Superior. Catarina, consulta sobre si a nomeação para cargo público importa em naturalização tácita), e vota no sentido de que, 1. Recurso n. 12 — Minas Gerais. mesmo que o nomeado para cargo público o tenha sido 2. Processo n. 228 — Pará depois de 1908, isto não importa em naturalização tácita. III Editais e avisos. O voto do relator é aceito unanimemente. O SR. CARVALHO MOURÃO relata o processo n. 268 originado por um oficio do ministro da Justiça solicitando o cancelamento das inscri­ ções dos Drs. Fernando de Mello Vianna e Dorval Pires Porto, respectivamente, ex-Vice-Presidente da Republica e TRIBUNAL SUPERIOR DE JUSTIÇA ex-Governador do Estado do Amazonas, e levanta a preli­ minar de, no caso de declaração ministerial sobre a inclusão ELEITORAL na sanção do decreto n. 22.194, não ha o processo de can­ celamento de que trata o tirt. 55 do Código Eleitoral. O Tribunal resolve que no caso de haver declaração minis­ ATA terial, não haver processo para o cancelamento de inscrições, cabendo ao Tribunal ordenar o dito cancelamento, contra o 11* SESSÃO ORDINÁRIA, EM 7 DE FEVEREIRO DE 1933 voto do Sr. Monteiro de Salles. O relator levanta outra pre­ liminar de ser ou não aplicável o decreto n. 22.194, por PRESIDÊNCIA DO SR. MINISTRO HERMENEGILDO DE BARROS, PRE­ ser retroativo e consequentemente inconstitucional, opinando SIDENTE pela sua aplicabilidade em vista da situação creada pelo decreto n. 19.398, de 11 de novembro de 1930. O Tribunal 1) Abertura da sessão; 2) Leitura e apro­ vação da ata da sessão anterior; 3) Julgamento do resolve estar prejudicada a preliminar, podendo ser apre­ processo n. 231 — sobre as formalidades exi­ ciada como fundamento da decisão. O relator levanta a pre­ gidas no art. 10 do Regimento Geral, em face liminar de ser, ou não, concedido vista ao Dr. Fernando do que dispõe o 5 3o do art. 2° do decreto de Mello Vianna, que a requereu e requisitado ou não o n. 22.168, processo cujo julgamento fOra adia­ do na sessão anterior; 4) Processo n. 264 — processo que corre no Amazonas, como requereu o doutor sobre as regras de suspeição no Juizo Eleitoral Dorval Pires Porto. O Tribunal resolve que essa preliminar — (adiado, por ter pedido vistas o Sr. Car­ está igualmente prejudicada, por já se ter julgado não ha­ valho Mourão); 5) Julgamento do processo nu­ ver processo no caso de declaração ministerial. O relator le­ mero 267 — Piauí — sobre as certidões de re­ gistro civil, para instruir os processos eleito­ vanta, finalmente, a preliminar de estarem ou não os se­ rais; 6) Julgamento do processo n. 266 — San­ nhores Fernando de Mello Vianna e Dorval Pires Porto ta Catarina — sObre si a nomeação para cargo incursos na sanção do decreto n. 22.194, opinando pela publico importa em naturalização tácita; 7) Jul­ gamento do processo n. 268 — Distrito Federal afirmativa. O Tribunal resolve considerar essa preliminar — declaração feita pelo Sr. ministro da Justi­ prejudicada, contra os votos dos Srs. Carvalho Mourão e ça sobre a exclusão eleitoral do Srs. Fernando Miranda Valverde. O Tribunal, de meritis, resolve que sejam Mello Vianna e Dorval Porto, respectivamente, canceladas as inscrições dos Drs. Fernando de Mello Vianna ex-vice-pre8idente da Republica e governador do Amazonas; 8) Encerramento da sessão. e Dorval Pires Porto, fazendo-se as necessárias comunica­ ções aos Tribunais Regionais de Minas Gerais e Amazonas, A's treze horas, presentes os juizes: ministros Eduardo tendo o Sr. Monteiro de Salles solicitado que constasse da Espinola e Carvalho Mourão, desembargadores José Linhares 586 Quinta-feira 16 BOLETIM ELEITORAL Eevereiro de 1933 ata a sua declaração de que só votara o cancelamento por Decisão do Tribunal Regional de Justiça Eleitoral do ter o Tribunal rejeitado a preliminar de que é necessário Estado de Minas Gerais um processo em qualquer caso de cancelamento de inscrição. Não tomou parte no julgamento o Sr. Renato Tavares, que, Vistos, etc.: como procurador geral, deu parecer sobre a matéria. O se­ nhor presidente declara pelo adeantado da hora encerrada a Acorda o Tribunal Regional de Justiça Eleitoral do Es­ sessão. Levanta-se a sessão ás dezeseis horas e cinco mi­ tado de Minas Gerais não conhecer do recurso pelos mesmos nutos. fundamentos constantes do acórdão proferido em 19 de de­ zembro corrente (processo n. 20, relator, o Dr. Jair Lins), em recurso igual interposto pelo prefeito de Manga. JURISPRUDÊNCIA Tribunal Regional de Justiça Eleitoral do Estado de Mi­ nas Gerais, Belo Horizonte, em 26 de dezembro de 1932. — Art. 14, n. 4, do Código Eleitoral e art. 30, classe 5", do O limeira Andrade, presidente. — Baptista de Oliveira, rela­ Regimento Interno do Tribunal Eleitoral tor. (Decisão unanime.) Processo n. 228 Recurso n. 12 Natureza do processo — Pará — Registro do Partido Repu­ MINAS GERAIS blicano Conservador Paraense. Juiz relator — O Sr. desembargador Renato Tavares. Juiz relator — O Sr. Dr. Monteiro de Salles. Recorrente — O Prefeito Municipal de Cambuquira. Ordena-se o registro do Partido Recorrido — O Tribunal Regional de Justiça Eleitoral do Republicano Conservador Paraense. Estado de Minas Gerais. ACÓRDÃO Nega-se provimento aa, recurso, para confirmar a decisão do Tribunal Visto e examinado o pedido de registro do Par­ Regional do Estado de Minas Gerais. tido Republicano Conservador Paraense: E ACÓRDÃO Considerando que a comunicação contém a de­ Vistos e examinados estes autos de recurso elei­ nominação do partido; o modo como foi ele consti­ toral, deles consta que o Prefeito de Cambuquira in­ tuído; a sua orientação política; o âmbito de sua terpôs recurso da decisão do Tribunal Regional de ação regional; os seus órgãos representativos; o en­ Minas Gerais, que rejeitou a proposta do Dr. pro­ dereço de sua sede principal e de seu representante curador regional, para que se adotasse a medida fa­ local, além de mencionar os nomes de dois delegados cultada no parágrafo único do art. 31 do decreto nesta cidade do Rio de Janeiro, ambos residentes aqui, n. 21.076, de 24 de fevereiro de 1932, ordenando que, para representá-lo junto a este Tribunal Superior; nas comarcas, municípios e termos, em que não exis­ Considerando que dita comunicação está acom­ tam juizes nas condições do art. 30 do citado decreto, panhada da cópia dos estatutos e da certidão do re­ preparam os processos as autoridades judiciarias lo­ gistro a que se refere o art. 18 do Código Civil; cais. O recurso foi interposto no prazo legal, proces­ Considerando que, nessas condições, estão satis­ sado regularmente e dele não conheceu o Tribunal feitas as exigências legais: Regional. ACORDAM os juizes do Tribunal Superior de Jus­ Subiram os autos a este Tribunal Superior, e no tiça Eleitoral em ordenar o registro do Partido Re­ seu parecer de fls. o Sr. desembargador procurador publicano Conservador Paraense, o qual deverá ser geral de Justiça Eleitoral entendeu que se deva con­ publicado, nos termos do que dispõe o art. 93 do firmar a sentença do Tribunal a quo, em virtude da Regimento Geral dos Juizos, Secretarias e Cartórios seguinte preliminar que levantou: Eleitorais. "Entendo que bem julgou o Tribunal a quo, não Tribunal Superior de Justiça Eleitoral, em 13 de conhecendo do recurso. Realmente, de uma resolução janeiro de 1933. — Hermenegildo de Barros, presi­ tomada por um Tribunal Regional rejeitando uma dente.
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