14 2014/1520152017 A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E OUTROS ENSAIOS RESPUBLICA Revista de Ciência Política, Segurança e Relações Internacionais FICHA TÉCNICA Órgão do CICPRIS – Centro de Inves- Conselho Editorial tigação em Ciência Política, Relações Internacionais e Segurança (ULHT e ULP) Adelino Torres (Professor Emérito do ISEG) Adriano Moreira (Professor Emérito da Universidade Diretor de Lisboa) João de Almeida Santos Alberto Pena Subdiretor (Universidade de Vigo) José Filipe Pinto António Bento (Universidade da Beira Interior) Coordenador Editorial Sérgio Vieira da Silva António Fidalgo (Universidade da Beira Interior) Assessoras da Direção Enrique Bustamante Teresa Candeias (Universidade Complutense Elisabete Pinto da Costa de Madrid) Gianluca Passarelli Conselho de Redação (Universidade de Roma “La Sapienza”) Diogo Pires Aurélio, Elisabete Costa, Fer- nanda Neutel, Fernando Campos, João de Guilherme d’Oliveira Martins Almeida Santos, José Filipe Pinto, Manuel (Administrador da Fundação Calouste Gonçalves Martins, Paulo Mendes Pinto e Gulbenkian) Sérgio Vieira da Silva Javier Roca García (Universidade Complutense Colaboradores Permanentes de Madrid) Todos os membros do CICPRIS Jesús Timoteo Álvarez (Universidade Complutense de Madrid) João Cardoso Rosas Paulo Ferreira da Cunha (Universidade do Minho) (Universidade do Porto) John Loughlin Pierre Musso (Universidade de Cambridge) (Universidade de Rennes 2) José Bragança de Miranda Rafael Calduch (Universidade Nova de Lisboa e ULHT) (Universidade Complutense José Lamego de Madrid) (Universidade Clássica de Lisboa) Reinhard Neumann Manuel Anselmi (Investigador no CIES (Universidade de Perúgia) e no Dinamia – ISCTE) Michel Cahen Sarah Childs (Universidade de Bordéus) (Universidade de Londes) Michelangelo Bovero Silvano Tagliagambe (Universidade de Turim) (Universidade de Sassari) Octavio Uña Juarez (Universidad Rey Juan Carlos – Madrid) Fundador da ResPublica Oreste Massari Fernando Santos Neves (Universidade de Roma «La Sapienza») Propriedade Correspondência: Cofac - Cooperativa de Formação Assessoria da ResPublica e Animação Cultural Departamento de Ciência Política, Segurança e Relações Internacionais Design Gráfico Universidade Lusófona de Humanidades Rute Muchacho e Tecnologias Campo Grande, 376, 1749-024 LISBOA. ISSN: Portugal 1645-8931 E-mail: Versão eletrónica: Teresa Candeias: [email protected] http://respublica.ulusofona.pt Elisabete Pinto da Costa: [email protected] Setembro 2015 Distribuição: Edições Universitárias Lusófonas Campo Grande, 376 1749-024 Lisboa Tel 21 751 55 00 Este trabalho é financiado por fundos nacionais através da FCT - Fundação para a Ciência e Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto «UID/CPO/4563/2016 Índice EDITORIAL João de Almeida Santos............................................................. 9 PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL Portugal na Primeira Guerra Mundial: A Força da Inevitabilidade .........................................................15 José Filipe Pinto A Grande Guerra e Portugal ......................................................33 Aniceto Afonso O Despertar da Aviação Portuguesa e a Primeira Guerra Mundial ......................................................45 Manuel Serafim Pinto Mulheres na Primeira Guerra Mundial: Mudança e Permanências ..........................................................69 Helena Neves Cronologia Política da Primeira Guerra Mundial .....................................................115 Sérgio Vieira da Silva ENSAIOS Política, Sociedade e Tecnologias da Informação ........................177 João de Almeida Santos Primatas e Políticos: Uma Perspetiva Biopolítica da Democracia ................................195 Paulo Finuras Sobre as Razões da Inexistência de Uma Questão Religiosa Aquando do 25 de Abril de 1974. Alguns Aspetos da Ação de António Ribeiro, Cardeal Patriarca de Lisboa..........................203 Paulo Mendes Pinto & Fernando Catarino A Emergência de Partidos Políticos a Nível Europeu: Uma Utopia Possível...............................................................217 Fernanda Neutel Do Partido Único ao Multipartidarismo e Suas Implicações Económicas, Políticas e Sociais: O Caso de São Tomé e Príncipe ...............................................237 Fernando Campos Mikhail Gorbachev e Frederik de Klerk: Dois Homens Novos ou Dois Embustes da História? ....................251 Sérgio Vieira da Silva O Modelo Geopolítico de Cohen e a Geoeconomia .......................281 Pedro Folgado RECENSÕES João de Almeida Santos..........................................................297 14 2014/1520152017 EDITORIAL ResPublica 14/2015 9 Este Número 14 de ResPublica estrutura-se em três partes. Na primeira parte, apresentamos um longo dossier sobre a Primeira Guer- ra Mundial que contém algumas intervenções num Colóquio promovido pela Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração e pelo CICPRIS por ocasião do Centenário do início da Grande Guerra. Este dossier é composto por ensaios de José Filipe Pinto, Aniceto Afonso, Manuel Serafim Pinto e Helena Neves, versando a presença de Portu- gal na guerra, o papel da aviação portuguesa e as mulheres perante a guerra. Contém ainda uma extensa Cronologia Política da Grande Guerra, da autoria de Sérgio Vieira da Silva, para um melhor enqua- dramento dos anos de conflito quer do ponto de vista das opções de política interna dos Estados intervenientes quer do ponto de vista dos equilíbrios políticos internacionais. A Guerra Mundial de 1914-18, a exemplo do que viria a aconte- cer em 1939-45, foi um conflito europeu pelas motivações e mundial pelas consequências. Como disse François Furet, em Le Passé d’une Illusion, a Grande Guerra foi um acontecimento cujas consequências foram maiores do que as causas, dada a dimensão e a natureza dos fenómenos que iria provocar. Um conflito que aconteceu num tempo de impérios e destinado a fazer valer os seus interesses. Um desiderato que quatro anos de guerra desmentiram. No final da guerra, o mapa da Europa foi redefinido e os impérios austro-húngaro, alemão e otomano colapsaram. A exemplo do que aconteceu ao império russo, embora, neste caso, a ênfase deva ser colocada na Revolução de Outubro de 1917 e nas suas consequências para a geopolítica mundial, relançadas no imediato segundo pós-guerra, até à queda do Muro de Berlim, em 1989, e ao fim da URSS. Impérios que, sobretudo os da vertente oci- dental, englobavam vastas possessões ultramarinas importantes para o fornecimento das matérias-primas que a Revolução Industrial exigia e para a colocação dos produtos que não encontravam destino nos mercados europeus. Foi em nome do pragmatismo, como sublinha José Filipe Pinto, que Portugal, um país semiperiférico, se viu na necessidade de entrar na I Guerra Mundial como forma de garantir que, dentre as futuras João de Almeida Santos 10 indemnizações de guerra, lhe continuasse a ser reconhecido o direito às possessões ultramarinas. Uma garantia assumida pelo velho aliado, a Inglaterra. O mesmo que, alguns anos antes, tinha celebrado acordos visando a divisão de parte do Império Português. Uma manutenção, essa, das colónias, que cobrou um preço elevado. Na guerra de trin- cheiras, um exército deficientemente armado foi, ao mesmo tempo, herói e mártir. A segunda parte deste número é uma miscelânea de ensaios que vai da influência da tecnologia nos processos sociais e políticos até à bio- política, à política europeia ou africana ou à geopolítica e geoeconomia. No ensaio sobre Política, Sociedade e Tecnologias da Informação, João de Almeida Santos faz um balanço sobre a influência da tecnolo- gia na história das sociedades e traça um quadro prospectivo sobre o impacto, actual e futuro, na sociedade e na política das tecnologias da comunicação e da informação. Em Primatas e Políticos, Paulo Finuras aborda as origens da demo- cracia numa perspectiva evolutiva, colocando a ênfase no facto de a nossa propensão para a construção de estruturas hierárquicas ser tam- bém o nosso ponto de partida, inerente à nossa «natureza política». Trata-se aqui de uma perspectiva que conjuga a psicologia evolucionis- ta e a ciência política originando uma perspectiva pouco vulgar, desig- nada «biopolítica», que começa a despontar sobretudo no panorama editorial anglo-saxónico. Em A Emergência de Partidos Políticos a Nível Europeu: Uma Uto- pia Possível, Fernanda Neutel defende que a emergência de partidos políticos europeus transnacionais é um processo inevitável que se de- senvolverá em relação directa com o processo de integração europeia. Considera mesmo que essa evolução contribuirá para o desenvolvi- mento da União Europeia enquanto bloco político, evitando crises po- líticas e económicas. Começa por mostrar que a problemática relacio- nada com partidos políticos europeus ganhou acuidade no início do processo de integração, quando as delegações nacionais se coligaram na Assembleia Parlamentar, nos anos 50, criando dinâmicas favoráveis à sua emergência. Tal facto levou a que Ernst B. Haas considerasse, em 1968, que a emergência de partidos políticos a nível europeu se- ria um «facto inevitável da vida moderna». Para verificar o seu grau de viabilidade, este ensaio investiga as potencialidades transnacionais dos Eurogrupos através do seu grau de coesão, indaga sobre a relação Editorial entre coesão e aumento de poderes do Parlamento Europeu, sobre a 11 dinâmica negocial no Parlamento Europeu e analisa a legislação sobre partidos políticos. A experiência partidária no PE tem revelado alguma estabilidade nas organizações interpartidárias sobretudo
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